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2.4 A legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> hermenêutica pareysoniana<br />

Metodologia, a arte <strong>de</strong> dirigir o espírito<br />

Na hermenêutica, <strong>de</strong> um modo em geral, não apenas o texto possui sua<br />

importância, mas também os aspectos experienciais, subjetivos e tudo aquilo passível<br />

<strong>de</strong> apreensão por parte dos sentidos do homem e que po<strong>de</strong>m ser estabelecidos por<br />

meio <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> interpretação. A hermenêutica pareysoniana é essa ferramenta<br />

interpretativa para as questões que gravitam em torno <strong>da</strong> fragmentação <strong>da</strong> arte e na<br />

argumentação <strong>de</strong> uma educação multidimensional para um <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong><br />

profissional, utilizando a pessoali<strong>da</strong><strong>de</strong> e história do pesquisador como idéia inicial ou,<br />

na terminologia <strong>de</strong> Pareyson, como pensamento expressivo.<br />

Como primeiro passo para justificar a <strong>tese</strong> <strong>da</strong> fragmentação <strong>da</strong> arte, se fez<br />

necessária a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma categoria que tivesse a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trazer para si a<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> agrupar as diversas manifestações artísticas <strong>de</strong> forma unificante 6 , e a<br />

condição <strong>de</strong> promover o diálogo entre as diversas correntes <strong>de</strong> pensamento surgi<strong>da</strong>s<br />

ao longo <strong>da</strong> história <strong>da</strong> arte. Essa categoria, uma vez <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> evitaria, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong><br />

metodologia aqui escolhi<strong>da</strong>, a ênfase in<strong>de</strong>seja<strong>da</strong> à pessoali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou historici<strong>da</strong><strong>de</strong> nela<br />

introduzi<strong>da</strong>.<br />

Para o início <strong>da</strong> pesquisa tornou-se necessário o trabalho <strong>de</strong> aprofun<strong>da</strong>mento<br />

nas questões relativas à arte, inicialmente fazendo incursões na História <strong>da</strong> Arte e,<br />

posteriormente, na Estética como ramo <strong>da</strong> filosofia que se preocupa com a<br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, a partir <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> criação artística e seus efeitos no ser humano.<br />

Antes <strong>de</strong>sta fase <strong>da</strong> pesquisa, a teoria conheci<strong>da</strong> por mim e que dá suporte<br />

em <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> <strong>tese</strong> <strong>da</strong> fragmentação <strong>da</strong> arte, era a estética compara<strong>da</strong> proposta por<br />

Souriau (1983), que busca elementos comuns às manifestações artísticas <strong>de</strong> maneira<br />

análoga aos métodos utilizados na literatura compara<strong>da</strong>. Paulatinamente fui<br />

percebendo que, quanto mais <strong>de</strong>ixava a história <strong>da</strong> arte e tangenciava para as leituras<br />

<strong>de</strong> filosofia, mais especificamente sobre estética, todo um universo marchetado <strong>de</strong><br />

teorias até então por mim <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>s, tinha sido entorpecido pela hegemonia <strong>da</strong><br />

6 O unificante aqui não está no sentido <strong>de</strong> tornar único, mas como aglutinador <strong>da</strong>quilo que as<br />

manifestações artísticas possuem em comum e que po<strong>de</strong>m ser postos sobre a égi<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma estética<br />

filosófica, conforme abor<strong>da</strong><strong>da</strong> no capítulo três.<br />

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