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Metodologia, a arte <strong>de</strong> dirigir o espírito<br />

lado, o que é possuído é a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, e é possuí<strong>da</strong> <strong>da</strong> única maneira<br />

como é possível possuí-la, isto é, pessoalmente, a ponto <strong>de</strong> que a<br />

formulação que <strong>de</strong>la se dá é a própria ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, isto é, a ver<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

como pessoalmente possuí<strong>da</strong> e formula<strong>da</strong>. De outro lado, a<br />

formulação <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é, <strong>de</strong> fato, uma posse e não uma simples<br />

aproximação, mas a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> nela resi<strong>de</strong> do único modo como<br />

po<strong>de</strong> residir, isto é, como inexaurível, a ponto <strong>de</strong> que aquilo que é<br />

possuído é <strong>de</strong>veras um infinito (PAREYSON, 2005, p. 85).<br />

Evi<strong>de</strong>ntemente que esta breve apresentação <strong>de</strong> alguns conceitos <strong>da</strong><br />

hermenêutica pareysoniana não contempla todo o seu método, mas apenas introduz<br />

um pouco do seu pensamento. Por enquanto as idéias até aqui apresenta<strong>da</strong>s são<br />

suficientes e po<strong>de</strong>m assim ser resumi<strong>da</strong>s: (i) que a situação histórica e pessoal é<br />

inevitável e por isso única via <strong>de</strong> acesso à ver<strong>da</strong><strong>de</strong>; (ii) que a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> não existe<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do tempo, mas (iii) se este ultrapassa seus limites, ou melhor,<br />

torna-se mais importante que a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, haverá condicionalmente uma absolutização<br />

<strong>de</strong>sta, uma i<strong>de</strong>ologização com características puramente superficiais e empíricas.<br />

Para finalizar os argumentos sobre a escolha metodológica e como sín<strong>tese</strong><br />

<strong>de</strong>sta, entendo, conjuntamente com Me<strong>de</strong>iros (2008, p. 81), que<br />

[...] a questão <strong>da</strong> compreensão hermenêutica é um aspecto que<br />

se insere na alteri<strong>da</strong><strong>de</strong>, na ética <strong>da</strong> conversação, na atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escuta, nas diferentes respostas que po<strong>de</strong>m ser atribuí<strong>da</strong>s ao<br />

caráter finito e limitado <strong>da</strong>s ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Nesses termos, só é<br />

possível lançar-se nas aventuras hermenêuticas quando há<br />

disposição para dialogar com o outro, mesmo que esse outro seja<br />

um livro, um arquivo digital, um documento, uma pessoa.<br />

E neste trabalho mais especificamente, que haja um diálogo hermenêutico<br />

pareysoniano com o projeto multidimensional para a formação <strong>de</strong> diretores <strong>de</strong> arte e<br />

mídia.<br />

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