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Metodologia, a arte de dirigir o espírito
estéticas. Na realidade, Pareyson desenvolve sua filosofia da interpretação a partir de
seu pensamento estético, particularmente, em sua obra Unitá della filosofia e Estética:
teoria della formativitá, na década de 1950 (OLIVEIRA, R., 2006).
Como uma síntese da junção entre estética e filosofia, em particular no que se
refere à teoria da formatividade, Pareyson assim se coloca:
Toda relação humana, quer se trate do conhecer ou do agir, do
acesso à arte ou das relações entre pessoas, do saber histórico e
da meditação filosófica, tem sempre um caráter interpretativo.
[...] Em suma: a originária relação ontológica é necessariamente
hermenêutica, e toda interpretação tem necessariamente um
caráter ontológico. Isto significa que da verdade não existe senão
interpretação e que não existe interpretação senão da verdade
(PAREYSON, 2005, p. 51).
Essa consonância entre hermenêutica e estética não poderia passar
despercebida, especialmente quando se tratando da escolha de uma metodologia para
este trabalho, o que poderia demonstrar certa incoerência ou, no mínimo,
desconhecimento. Outra razão para tal escolha se dá pela conexão entre
formatividade 3 e hermenêutica do pensamento filosófico pareysoniano, como
também, ao mesmo tempo, na preocupação do fortalecimento e de ir ao encontro da
consolidação de um teórico que, apesar de todo seu reconhecimento, ainda é pouco
pesquisado no Brasil.
Assim posto, será feita uma breve apresentação das principais idéias que
orbitam o pensamento pareysoniano sobre hermenêutica, arte, verdade e
interpretação, suas principais ligações como o objeto de estudo, que é a estética
filosófica, e sua aplicação durante o tempo da pesquisa. Os conceitos até aqui
encontrados, bem como os que virão a seguir, estão na base da tese apresentada
anteriormente – que trata da perspectiva de um trabalho multidimensional na
educação do diretor de arte e mídia e por conseguinte do que chamo de fragmentação
da arte – e, conseqüentemente, serão argumentados na investigação sobre a
multidimensionalidade na educação do diretor de arte e mídia.
3 No capítulo três, trato de alguns dos princípios da teoria da formatividade contidos na obra Os
problemas da Estética (PAREYSON, 2001).
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