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Metodologia, a arte <strong>de</strong> dirigir o espírito<br />
2.2 Competência argumentativa e metodológica, estética e hermenêutica<br />
Neste momento <strong>de</strong> nossa história, o<br />
significado filosófico <strong>da</strong> arte resi<strong>de</strong><br />
principalmente na circunstância <strong>de</strong> que são as<br />
ciências, sobretudo as ciências naturais, as que<br />
<strong>de</strong>terminam o modo <strong>de</strong> pensar <strong>da</strong> filosofia.<br />
Assim, ca<strong>da</strong> recor<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> arte é um corretivo<br />
a esse caráter unilateral <strong>da</strong> orientação<br />
mo<strong>de</strong>rna do mundo.<br />
Hans-Georg Ga<strong>da</strong>mer<br />
Como dito anteriormente, não é meu interesse querer <strong>da</strong>r um tratamento em<br />
profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> para to<strong>da</strong>s as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s tentativas <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> uma<br />
metodologia para as ciências humanas, muito menos trazer à exaustão os diversos<br />
conceitos sobre hermenêutica já tantas vezes <strong>de</strong>cantados. Farei apenas uma breve<br />
ligação entre hermenêutica e estética para, posteriormente, <strong>da</strong>r ênfase à<br />
hermenêutica escolhi<strong>da</strong> <strong>de</strong> suporte a esta pesquisa, que é a proposta por Luigi<br />
Pareyson.<br />
Partindo do problema exposto no item anterior, o <strong>da</strong> separação entre sujeito<br />
e objeto e entre ciência e filosofia, a contribuição <strong>da</strong><strong>da</strong> por Hans-Georg Ga<strong>da</strong>mer é no<br />
entendimento que não <strong>de</strong>ve haver uma dicotomia entre esses elementos. Levando em<br />
consi<strong>de</strong>ração o par sujeito-objeto, nem sempre o objeto é passivo e nem sempre o<br />
sujeito é ativo, há <strong>de</strong> se ter a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento entre os dois,<br />
principalmente pela concepção que o sujeito é sempre histórico, temporal e também<br />
possuidor <strong>de</strong> uma memória cultural. Assim, conhecer alguma coisa a partir do na<strong>da</strong> –<br />
ou com a aplicação <strong>de</strong> regras com a tendência <strong>de</strong> maior isonomia entre o<br />
conhecimento e o conhecedor, torna-se uma tarefa impossível. Nesse sentido, para<br />
Ga<strong>da</strong>mer (2004) haverá sempre uma pré-compreensão subjacente, não se <strong>de</strong>vendo<br />
forçar a sua <strong>completa</strong> eliminação, já que nenhuma compreensão está livre <strong>de</strong>la, assim<br />
como a utilização <strong>de</strong> metodologias científicas não é garantia <strong>de</strong> alcance <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Outro entendimento sobre os limites <strong>da</strong> razão histórica entendido por<br />
Ga<strong>da</strong>mer é que não “há nenhuma meta que coloque um fim na história, mas sempre<br />
apenas metas finitas dos homens, que se encontram na história. Essa é a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que<br />
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