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Entre a construção do sujeito e do objeto<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem esquecer que esta distinção não diz respeito apenas<br />

à filosofia, mas constitui um dilema frente ao qual o homem se<br />

encontra em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s [...] (PAREYSON, 2005,<br />

p. 9).<br />

Para Pareyson o pensamento revelativo é "ao mesmo tempo, expressivo,<br />

porque a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> só se oferece no interior <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> perspectiva singular: a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> só<br />

é acessível mediante uma insubstituível relação pessoal, e formulável somente através<br />

<strong>da</strong> via <strong>de</strong> acesso pessoal para ela" (PAREYSON, 2005, p. 10). Mais uma vez é acentua<strong>da</strong><br />

a necessária participação do sujeito naquele pensamento, que tem a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> como<br />

fonte e não como objetivo e que ao revelá-la acaba por exprimir o indivíduo e o seu<br />

tempo. Este é o pensamento revelativo, com sua profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> que vai além do<br />

pensamento expressivo ou histórico – no qual a palavra diz uma coisa, mas significa<br />

outra. Apesar <strong>de</strong> haver um caráter simbiôntico entre estes dois tipos <strong>de</strong> pensamento, a<br />

diferença marcante está na valoração <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo sujeito:<br />

[...] no pensamento histórico, o não dito está fora <strong>da</strong> palavra,<br />

enquanto, no pensamento revelativo, o não dito está presente na<br />

própria palavra, <strong>de</strong> modo que, enquanto no primeiro caso,<br />

compreen<strong>de</strong>r significa anular o não dito e levá-lo à <strong>completa</strong><br />

explicitação, sanando a discrepância entre dizer e fazer, no<br />

segundo caso, ao invés, compreen<strong>de</strong>r significa <strong>da</strong>r-se conta <strong>de</strong><br />

que só se possui a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> na forma <strong>de</strong> ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>ver procurá-la<br />

(PAREYSON, 2005, p. 18)<br />

A visão e o pensamento pessoal e histórico, portanto expressivo, não é, em<br />

primeiro plano, uma subjetivação <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas muito mais um aporte, ou melhor,<br />

o único possível. Evi<strong>de</strong>ntemente resguar<strong>da</strong>ndo aqui o não <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> tornar esta visão<br />

exclusiva, mas sim uma possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>. E do ponto <strong>de</strong> vista filosófico, uma<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, se vista <strong>de</strong>sta maneira, po<strong>de</strong>rá dialogar com outras<br />

(interpretações) sem implicar diretamente em contradição. Assim, subtrai-se a idéia <strong>de</strong><br />

haver uma única interpretação que possua uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong> absoluta, mas que<br />

conjuntamente, irá se somar às diversas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

São os referidos argumentos que me levaram a tecer um fio condutor que<br />

terá como objetivo manifesto a <strong>tese</strong> aqui aduzi<strong>da</strong>; a razão <strong>de</strong> realizá-la <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong><br />

<strong>Educação</strong> e, conseqüentemente, a sua justificativa e exemplari<strong>da</strong><strong>de</strong>. Aqui po<strong>de</strong>m ser<br />

evi<strong>de</strong>nciados alguns dos elementos <strong>da</strong>quilo que classifico <strong>de</strong> compreensão <strong>de</strong> técnicas<br />

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