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opcional seu aprimoramento.<br />

Arte e mídia e a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma educação multidimensional 4-112<br />

Resta então, ain<strong>da</strong> na compreensão <strong>da</strong> fragmentação <strong>da</strong> arte, a abor<strong>da</strong>gem<br />

que coloca a estética filosófica como possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aglutinar as expressões artísticas<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> matéria-prima, do domínio técnico ou <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong> subjacente ao objeto artístico. Cabe ressaltar que o surgimento <strong>de</strong><br />

várias estéticas, tendo em vista as manifestações artísticas, também é fruto <strong>de</strong>ssa<br />

ênfase tecnicista, ao se impor o domínio <strong>da</strong> técnica e <strong>da</strong> matéria como condição à<br />

expressão e compreensão artística, restringindo estas duas àquilo que as origina.<br />

Conforme visto, não se po<strong>de</strong> negar a compreensão que a estética foi <strong>de</strong>svincula<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

sua função filosófica, tornando-se refém <strong>da</strong> exacerbação <strong>da</strong> poética e <strong>da</strong> crítica no<br />

mundo restrito a <strong>de</strong>terminado quale artístico. Houve a <strong>de</strong>svinculação entre uma<br />

estética então filosófica, revelativa e unificadora, em tantas outras puramente<br />

históricas e fragmenta<strong>da</strong>s.<br />

Essas contribuições na estética, no sentido <strong>da</strong> fragmentação aqui<br />

apresenta<strong>da</strong>, aplicaram a visão cartesiana e reducionista então vigente, chegando à<br />

segmentação <strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s ciências humanas e, por conseguinte, <strong>da</strong> arte. O caminho<br />

aberto teve como conseqüência a super-valorização <strong>da</strong> especialização, em que ca<strong>da</strong><br />

segmento se alça à ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, ao preço <strong>de</strong> cobrir com testo a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

entendimento geral, conforme nos diz Morin,<br />

Enquanto a cultura geral admite a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se buscar a<br />

contextualização <strong>de</strong> to<strong>da</strong> informação ou <strong>de</strong> to<strong>da</strong> idéia, a cultura<br />

técnica e científica, em nome do seu caráter disciplinar<br />

especializado, separa e compartimenta os conhecimentos, o que<br />

torna ca<strong>da</strong> vez mais difícil a contextualização <strong>de</strong>stes. Além disso,<br />

até a meta<strong>de</strong> do século XX, a maior parte <strong>da</strong>s ciências tinha a<br />

redução como método <strong>de</strong> conhecimento (do conhecimento <strong>de</strong> um<br />

todo para o conhecimento <strong>da</strong>s partes que o compõem), e o<br />

<strong>de</strong>terminismo como conceito principal, ou seja, a ocultação do<br />

acaso, do novo, <strong>da</strong>s invenções, e a aplicação <strong>da</strong> lógica mecânica<br />

<strong>da</strong> máquina artificial aos problemas vivos, humanos e sociais.<br />

(MORIN, 2003, p. 69)<br />

É a partir <strong>de</strong>sse formalismo e fragmentação exacerbados que se chega<br />

diretamente à retira<strong>da</strong> do objeto <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> seu contexto e <strong>de</strong> sua totali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

conduzindo a uma abstração. A construção do objeto artístico, pensado tecnicamente,<br />

não <strong>de</strong>ixa espaço para uma reflexão contextualizadora, <strong>da</strong>ndo margem para uma

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