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Estética filosófica como categoria e a fragmentação da arte
que, mesmo dentro de uma especificidade, estabelece-se o diálogo com o todo, o que
é vital para a função do diretor de arte e mídia. Aqui o sensível é o foco e ponto de
partida para crítica e poética, mergulhando artistas, técnicos, artesãos e diretor num
mesmo caminho, discutindo idéias e conceitos com um aglutinante imparcial, que é a
estética, mas com personalidade adquirida pela pessoalidade e historicidade de todos
os agentes envolvidos, em especial o diretor.
Portanto, um sistema voltado à preparação de diretores de arte e mídia não
deve ser "amarrado" em sua estrutura, seja pela técnica ou por uma manifestação a
priori, já que a aptidão de cada aluno se encarregará disto. Ao se acentuar as
diferenças da arte naquilo que é de sua materialidade ou técnica, caminha-se para a
fragmentação, implicando na impossibilidade de reflexão sobre o todo da arte. A
pretensão do diretor de arte e mídia é a de criação e de reflexão na arte, que pode ser
multimídia ou não. Assim, os objetivos, as competências e habilidades, o currículo e a
própria postura dos que fazem o curso de Bacharelado em Arte e Mídia devem prever
aberturas para que o diálogo entre expressões artísticas e a estética se dê da maneira
mais natural possível, com "passagens suaves" entre uma manifestação e outra e com
as contribuições da tecnológica, conforme apresentarei no próximo e último capítulo.
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