Download da tese completa - Centro de Educação - Universidade ...
Download da tese completa - Centro de Educação - Universidade ...
Download da tese completa - Centro de Educação - Universidade ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />
transposta ao universo do ensino fun<strong>da</strong>mental e médio, <strong>da</strong> forma como preconiza os<br />
PCN’s, nos quais a arte como fazer abre espaço para uma potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> educacional,<br />
possibilitando que a arte seja entendi<strong>da</strong> como natural e passível <strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> por<br />
uma parcela dos alunos, <strong>de</strong> ser expressão para a gran<strong>de</strong> maioria e <strong>de</strong> se tornar<br />
conheci<strong>da</strong> para todos (TEIXEIRA, 2007).<br />
3.6 Aproximações<br />
O universo <strong>da</strong> arte será sempre permeado por mais <strong>de</strong> um mundo, seja este o<br />
do objeto, o do sujeito, do sensível ou do cognitivo. Pareyson coloca a estética<br />
filosófica em primeiro plano, como a reflexão sobre a experiência, mas adiciona a esta<br />
reflexão o concreto, ao “ponto em que experiência e filosofia se tocam; a experiência<br />
para estimular e verificar a filosofia, e a filosofia para explicar e fun<strong>da</strong>mentar a<br />
experiência” (PAREYSON, 2001, p. 10). Em outras palavras, a estética po<strong>de</strong> possibilitar<br />
uma compreensão <strong>da</strong> obra <strong>de</strong> arte sem a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar um mundo<br />
específico, que não o <strong>da</strong> própria reflexão.<br />
Mesmo a dicotomia entre juízo universal e juízo <strong>de</strong> gosto po<strong>de</strong> an<strong>da</strong>r nesta<br />
vere<strong>da</strong> intermediária,<br />
[...] o fato é que gosto pessoal e histórico e juízo único e universal<br />
não são dois modos opostos <strong>de</strong> conceber e teorizar a valoração<br />
estética, como resulta <strong>da</strong>quelas doutrinas contrárias, mas são,<br />
antes, dois aspectos inelimináveis <strong>da</strong> leitura e <strong>da</strong> crítica <strong>de</strong> arte<br />
(PAREYSON, 2001, p. 242).<br />
O ponto <strong>de</strong> início po<strong>de</strong> ser a individuali<strong>da</strong><strong>de</strong> e o contexto temporal, o ponto <strong>de</strong><br />
chega<strong>da</strong> uma universali<strong>da</strong><strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>svencilhar-se <strong>da</strong>s condições históricas e<br />
pessoais, tarefa “árdua e difícil, não impossível: o juízo é o ponto no qual, através <strong>da</strong><br />
mutabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do gosto histórico, se realiza e po<strong>de</strong> realizar-se um acordo entre os<br />
intérpretes.” (PAREYSON, 2001, p. 246). Dufrenne, no mesmo tom <strong>da</strong> estética<br />
pareysoniana e na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> uma fenomenologia <strong>da</strong> estética assim coloca a questão <strong>da</strong><br />
universali<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
3-107