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Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />

3.5 Manifestações artísticas e direção <strong>de</strong> arte e mídia, quando a fragmentação se<br />

evi<strong>de</strong>ncia<br />

Conforme apresentei no item 3.3.1, o campo artístico po<strong>de</strong> ser encarado<br />

através do conceito <strong>de</strong> qualia como proposto por Souriau (1983), ali ele consegue<br />

dividir as belas-artes em <strong>de</strong>zenove manifestações artísticas distintas e agrupa<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

acordo com os sete graus <strong>da</strong>s belas-artes. Como o próprio autor comenta, não é seu<br />

objetivo ter uma divisão estanque, mas passível <strong>de</strong> acréscimo, por se tratar <strong>de</strong> uma<br />

visão histórica <strong>da</strong> arte.<br />

No âmbito <strong>da</strong> educação superior <strong>da</strong> formação <strong>de</strong> profissionais ligados à arte, o<br />

que se percebe é a manutenção <strong>de</strong>sses qualia, enfatizando a repetição e a reprodução<br />

técnica. Por exemplo, parte dos cursos <strong>de</strong> música para a formação <strong>de</strong> instrumentistas é<br />

bem o espelho do que entendo como ênfase técnica à formação, já que foi <strong>de</strong>ssa<br />

maneira que assim o vivenciei. A maioria dos cursos voltados ao <strong>de</strong>senho e pintura<br />

também enfatizam o aspecto técnico, no qual muitas vezes a estética é confundi<strong>da</strong><br />

com a crítica e a poética, principalmente pelo viés normativo que muitas vezes se<br />

utiliza em sala <strong>de</strong> aula.<br />

Segundo Osinki (2001), até a primeira meta<strong>de</strong> do século XX o que existia eram<br />

duas pe<strong>da</strong>gogias distintas, nas quais a preocupação residia entre uma abor<strong>da</strong>gem<br />

calca<strong>da</strong> na livre expressão e outra na reconstrução do conhecimento artístico – tendo<br />

como base o construtivismo pós-piagetiano. A preocupação em expandir o ensino <strong>de</strong><br />

arte surge, no Brasil, a partir <strong>da</strong> história, <strong>da</strong> avaliação dos conceitos e <strong>da</strong> experiência<br />

dos cursos <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> Artística e que é analisado em Barbosa (1994; 2006) e por<br />

Prandini (2000) ao longo <strong>da</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s do século XX. No meu entendimento, o<br />

que fica patente, na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira do ensino <strong>de</strong> artes, é o <strong>de</strong>staque <strong>da</strong>do à arte<br />

como fazer, em especial a ênfase <strong>da</strong><strong>da</strong> ao trabalho ligado às artes visuais em<br />

<strong>de</strong>trimentos às outras manifestações artísticas (PRANDINI, 2000). Esta é a reali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

que compõe a prática na maioria dos cursos <strong>de</strong> arte no Brasil, o que culminou na<br />

separação literal, por exemplo, entre a Música e as outras manifestações artísticas.<br />

No entanto, oficialmente há o conhecimento <strong>da</strong> proposta <strong>de</strong> Pareyson para o<br />

ensino <strong>da</strong> arte nas três vertentes por ele proposta, conforme encontra<strong>da</strong> nos<br />

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