Download da tese completa - Centro de Educação - Universidade ...
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Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />
Todo o potencial tecnológico atual impregna o modo <strong>de</strong> se relacionar com a<br />
arte; seja no aprimoramento técnico ou na maior interativi<strong>da</strong><strong>de</strong>; seja na possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> expansão do universo artístico <strong>de</strong> quem produz arte ou na sua maior difusão. Para o<br />
artista que se apo<strong>de</strong>ra <strong>de</strong> um conhecimento técnico <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> expressão <strong>da</strong><br />
arte – música, escultura, pintura, cinema, fotografia, arquitetura etc. – e neste resume<br />
to<strong>da</strong> a sua informação artística estará, no mínimo, restringindo-se à arte como fazer e<br />
per<strong>de</strong>ndo a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recomposição <strong>de</strong> uma arte sem fronteiras, incapacitando-<br />
se para a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> compreensão do universo <strong>da</strong> arte multimídia atual.<br />
Portanto, reafirmo que isto não é uma restrição <strong>de</strong> cunho técnico, mas <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem<br />
estética, na qual o conhecimento <strong>da</strong> expressão artística não inclui o domínio técnico e<br />
sim o <strong>da</strong> reflexão, mas que esta, em si mesma, implica no conhecimento <strong>da</strong>s técnicas e<br />
<strong>da</strong>s relações entre as manifestações. Também afirmo que esta necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> é condição<br />
essencial para a formação <strong>de</strong> diretores <strong>de</strong> arte e mídia e, até certo ponto, opcional<br />
para os outros profissionais, sendo que o ponto <strong>de</strong> encontro <strong>de</strong> ambos irá se <strong>da</strong>r na<br />
compreensão do mundo e no envolvimento tecnológico ca<strong>da</strong> vez mais acessível e<br />
inexorável.<br />
Todos os argumentos em prol <strong>de</strong> uma estética filosófica listados<br />
anteriormente, mais a contribuição tecnológica atual, dá forma à proposição <strong>da</strong> <strong>tese</strong>, a<br />
saber: a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> direção <strong>de</strong> arte e mídia – não apenas específica <strong>da</strong>s artes<br />
multimídias, mas também <strong>da</strong>s artes primárias como o teatro, a <strong>da</strong>nça entre outras – se<br />
dá no âmbito <strong>da</strong> estética, <strong>de</strong> modo o mais completo possível e que, no contexto atual,<br />
são os meios tecnológicos que propiciarão tal completu<strong>de</strong>. Negligenciar esta<br />
possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> formação a um profissional ligado à arte multimídia é enfatizar<br />
fragmentações históricas e conceituais que não resolvem a questão, mas que apenas<br />
reproduzem a forma <strong>de</strong> arte como fazer. De outro modo, encarar tal plausibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
educação é <strong>de</strong>monstrar a diferença entre o fazer, a expressão e o conhecer, tornando<br />
<strong>de</strong>finitivamente factíveis os indícios <strong>de</strong>ssa fragmentação que com o avanço<br />
tecnológico po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong>.<br />
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