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Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />

o risco <strong>de</strong> cair no extremo oposto, o do abstracionismo, que terá ligação apenas com<br />

questões gerais, <strong>de</strong>ixando a experiência artística em segundo plano. A certeza <strong>da</strong><br />

existência <strong>de</strong> problemas específicos expostos à estética por ca<strong>da</strong> materiali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

artística não implica em diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas que a estética irá tratar <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> “sobre o fundo <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> arte, isto é, num nível em que eles<br />

reaparecem como casos particulares nos problemas gerais <strong>da</strong> arte” (PAREYSON, 2001,<br />

p. 179).<br />

Embora existam boas argumentações para ambos os grupos citados, há<br />

também objeções. Talvez o único caminho seja o entendimento que multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong> fazem parte <strong>de</strong>sse princípio sistêmico, ambas com seus valores:<br />

De uma parte, a multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s artes é um <strong>da</strong>do que a estética<br />

não po<strong>de</strong> limitar-se a registrar ou pressupor: ela <strong>de</strong>ve explicá-lo, o<br />

que não po<strong>de</strong> fazer sem referir-se à essência mesma <strong>da</strong> arte e, por<br />

isso, ao princípio <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s artes. De outra parte, este<br />

princípio <strong>de</strong>ve ser não o pressuposto, mas o resultado do estudo<br />

concreto <strong>da</strong>s artes singulares, e mostrar-se como princípio que<br />

explica, a um só tempo, a convergência e a diferença <strong>da</strong>s artes,<br />

indicando uma superior e rica uni<strong>da</strong><strong>de</strong> em que as diferenças,<br />

longe <strong>de</strong> nelas se anularem, compõem-se e, ao invés <strong>de</strong> serem<br />

<strong>de</strong>scui<strong>da</strong><strong>da</strong>s, encontram a sua razão (PAREYSON, 2001, p. 176).<br />

Outro princípio que aproxima complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e formativi<strong>da</strong><strong>de</strong> é o princípio<br />

hologramático que é conseqüência do anterior e do entendimento que o todo, na arte,<br />

po<strong>de</strong> ser contemplado em ca<strong>da</strong> obra artística, via estética filosófica. Há aqui também<br />

outra aproximação, agora com o conceito <strong>de</strong> estética compara<strong>da</strong> encontrado em<br />

Soriau, no qual as obras <strong>de</strong> arte po<strong>de</strong>m ser vistas através <strong>da</strong> estética como repleta <strong>de</strong><br />

correspondências intercomunicantes. Estas correspondências po<strong>de</strong>m ser resumi<strong>da</strong>s na<br />

idéia <strong>de</strong> mundo artístico contido em ca<strong>da</strong> obra <strong>de</strong> arte e que é o conjunto <strong>de</strong> “tudo o<br />

que é trazido e apresentado pela obra, <strong>de</strong> tudo o que a constitui e <strong>de</strong> tudo o que ela<br />

constitui” (SOURIAU, 1993, p. 238), in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> técnica e do material.<br />

A arte impregna a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas ao mesmo tempo se distingue <strong>de</strong>sta. Assim<br />

como em um holograma, po<strong>de</strong>-se encontrar arte em tudo que é manufaturado pelo<br />

ser humano, inclusive nos artefatos <strong>da</strong> técnica. Este é o princípio básico <strong>da</strong><br />

formativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, já que<br />

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