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Estética filosófica como categoria e a fragmentação <strong>da</strong> arte<br />

Para Pareyson a existência <strong>de</strong> uma história <strong>da</strong> arte só se torna possível<br />

quando os conceitos <strong>de</strong> historici<strong>da</strong><strong>de</strong>/continui<strong>da</strong><strong>de</strong> e especificação/originali<strong>da</strong><strong>de</strong> não<br />

se excluem. Há aqui, novamente, uma forte aproximação com o pensamento <strong>de</strong><br />

complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> postulado por Morin, principalmente quando questiona a ruptura entre<br />

a reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> filosófica – ficando esta apenas na son<strong>da</strong>gem do sujeito por si próprio –<br />

e a objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> científica, em que ele <strong>de</strong>clara que o “conhecimento científico está sem<br />

consciência” (MORIN; LE MOIGNE, 2000, p. 28).<br />

Como um dos exemplos <strong>de</strong> diálogo entre formativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> há o<br />

princípio sistêmico ou organizacional <strong>da</strong> teoria <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Morin (MORIN; LE<br />

MOIGNE, 2000, p. 209-210). De pronto e sem muito esforço, po<strong>de</strong>-se associar este<br />

princípio com a compreensão pareysoniana entre uma estética filosófica e abrangente<br />

e as estéticas imputa<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> tipo específico <strong>de</strong> manifestação artística,<br />

Certamente, compete à estética estabelecer o específico <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> arte; mas a estética <strong>de</strong>ve fazê-lo num plano que<br />

interesse a to<strong>da</strong>s as artes, isto é, tendo em conta todos os<br />

aspectos <strong>da</strong> experiência artística e, por isso, as repercussões que a<br />

teoria <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> arte po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ter no âmbito <strong>da</strong>s<br />

outras artes e as ressonâncias que, no tratamento <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> arte, po<strong>de</strong> ter o tratamento geral <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as outras<br />

artes (PAREYSON, 2001, p. 13).<br />

Apesar <strong>de</strong> não usar os mesmos termos utilizados por Pascal na sua forma <strong>de</strong><br />

conhecimento do todo, é evi<strong>de</strong>nte a preocupação <strong>de</strong> Pareyson em explicitar o que é o<br />

todo para a arte e o que são as partes – advin<strong>da</strong>s, como conseqüência, <strong>da</strong>s diversas<br />

correntes do pensamento humano.<br />

Ele não ignora as divisões <strong>da</strong> arte, pelo contrário, as aceita, ao mesmo tempo<br />

em que indica os vetores intrínsecos ao primeiro princípio: <strong>da</strong> estética para a<br />

manifestação artística; <strong>da</strong> manifestação para a estética e <strong>de</strong>sta <strong>de</strong> volta às outras<br />

manifestações. Assim <strong>de</strong>fine-se uma preocupação organizacional, racional e que<br />

contempla a idéia <strong>de</strong> sistema e <strong>de</strong> partes. Pareyson trata <strong>da</strong> questão através <strong>da</strong> divisão<br />

extrema que se volta à arte: os que acentuam a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s artes; e os que<br />

acentuam a uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s artes. No primeiro grupo há o sacrifício <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> arte<br />

por enten<strong>de</strong>rem que a estética <strong>de</strong>verá se basear no empirismo que acentua as<br />

diferenças – como a linguagem, a técnica, o meio, o específico etc. No outro grupo há<br />

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