24.04.2013 Views

hifomicetos (fungos anamorfos) - Mestrado em Botânica

hifomicetos (fungos anamorfos) - Mestrado em Botânica

hifomicetos (fungos anamorfos) - Mestrado em Botânica

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Brasil, um número ínfimo se comparado às estimativas de 280.000 espécies para o mundo<br />

(ROSSMAN 1994).<br />

Este grupo está morfologicamente dividido <strong>em</strong> três grupos: Hyphomycetes com<br />

conídios produzidos <strong>em</strong> conidióforos livres ou agregados (sin<strong>em</strong>a ou esporodóquio);<br />

Coelomycetes onde os conídios são produzidos <strong>em</strong> estruturas fechadas (acérvulos, estromas,<br />

picnídios); e Agonomycetes que apresentam micélio estéril que produz apenas estruturas<br />

vegetativas de resistência como clamidósporos, esclerócios e outras estruturas relacionadas.<br />

(ALEXOPOULOS et al. 1996; GRANDI 1998b).<br />

Os <strong>fungos</strong> <strong>anamorfos</strong> apresentam três estruturas reprodutivas básicas: conidióforo,<br />

célula conidiogênica e conídio. O conidióforo é uma hifa especializada, que se origina do<br />

micélio e sustenta as células conidiogênicas; variam quanto à organização, septação,<br />

coloração, diferenciação da hifa somática, etc. As células conidiogênicas são responsáveis<br />

pela formação dos conídios; pod<strong>em</strong> variar quanto ao tipo de conidiogênese, forma, posição,<br />

coloração, etc. Os conídios são as unidades de propagação das espécies; apresentam formas<br />

variadas, sendo unicelulares a multicelulares, asseptados a multiseptados ou pseudoseptados,<br />

coloração variando de hialino a negro, exibindo vários tons claros e gradações do castanho<br />

(ALEXOPOULOS et al. 1996; GRANDI 1998b; GUSMÃO et al. 2006).<br />

A classificação dos Fungos Anamorfos foi iniciada no século XIX, sendo firmada a<br />

partir do trabalho realizado por Saccardo <strong>em</strong> sua obra Sylloge fungorum, com vários volumes,<br />

sendo o volume IV dedicado a classificação deste grupo. Esta classificação era baseada na<br />

morfologia das estruturas de reprodução, pigmentação e septação dos conídios. À medida que<br />

as pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de estruturas reprodutivas foram avançando -<br />

devido ao aprimoramento da microscopia- e as descobertas de novas espécies expunham os<br />

probl<strong>em</strong>as de inclusão de espécies <strong>em</strong> alguns gêneros, que apresentavam mais de um tipo de<br />

conídio ou coloração intermediária, esta classificação se tornou obsoleta (GRANDI 1998b;<br />

GUSMÃO et al. 2006).<br />

A partir do início da década de 50, com o avanço da microscopia eletrônica, novas<br />

propostas de classificações foram desenvolvidas, destacando-se os trabalhos de Hughes<br />

(1953), Tubaki (1963) e Barron (1968). Com o crescente número de estudos propondo novos<br />

termos, a terminologia usada para descrever os vários tipos de conídio e ontogenia se tornou<br />

muito confusa. Para organizar esta situação, taxonomistas e outros especialistas se reuniram<br />

<strong>em</strong> Kananaskis no Canadá, <strong>em</strong> 1969, para discutir a taxonomia de <strong>fungos</strong> anamórficos e<br />

padronizar a terminologia usada para estes <strong>fungos</strong>. Os resultados desta reunião, incluindo as<br />

conclusões e recomendações sobre esta terminologia, foram publicados por Kendrick <strong>em</strong><br />

10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!