hifomicetos (fungos anamorfos) - Mestrado em Botânica
hifomicetos (fungos anamorfos) - Mestrado em Botânica
hifomicetos (fungos anamorfos) - Mestrado em Botânica
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2- REVISÃO DE LITERATURA<br />
2.1- Hyphomycetes no Brasil: situação atual<br />
No Brasil os <strong>hifomicetos</strong>, comparado a outros grupos de <strong>fungos</strong>, ainda são pouco<br />
estudados. Trabalhos envolvendo a taxonomia de espécies desse grupo datam do início do<br />
século XX e foram publicados por Paul Christoph Hennings entre os anos de 1900 a 1908.<br />
Outras contribuições importantes foram dadas por Augusto Chaves Batista e Ahmés Pinto<br />
Viégas entre as décadas de 1930 e 1960 (FIDALGO 1968).<br />
Augusto Chaves Batista foi o fundador do Instituto de Micologia da Universidade<br />
Federal de Pernambuco, e realizou descrições de várias espécies fúngicas presentes na região<br />
amazônica e principalmente na região nordeste, com ênfase nos Ascomycetes. Suas centenas<br />
de publicações foram sumarizadas por Silva & Minter (1995). A. P. Viégas, fitopatologista do<br />
Instituto Agronômico de Campinas (SP), também publicou vários trabalhos envolvendo<br />
diversos grupos de <strong>fungos</strong>, incluindo <strong>hifomicetos</strong> (VIÉGAS 1946).<br />
Os biomas mais explorados até o momento foram a Mata Atlântica na região Sudeste,<br />
e mais recent<strong>em</strong>ente, a Caatinga na região Nordeste. Em parte isso se deve à falta de<br />
especialistas no grupo, que acaba por concentrar a maioria dos estudos <strong>em</strong> alguns estados do<br />
país.<br />
No Sudeste os estudos se concentram principalmente no Estado de São Paulo: Grandi<br />
(1985) descreveu os <strong>hifomicetos</strong> do cerrado da Reserva Biológica de Mogi-Guaçu; Grandi<br />
(1990; 1991; 1992) estudou raízes de plantas da família Marantaceae quanto à presença de<br />
<strong>hifomicetos</strong>; Grandi et al. (1995) registraram os <strong>hifomicetos</strong> <strong>em</strong> folhas de Cedrela fissilis<br />
Vell; Grandi & Attili (1996) e Grandi (1998a) apresentaram as espécies de <strong>hifomicetos</strong> sobre<br />
folhedo de Alchornea triplinervia (Spreng.) Müell. Arg.; Gusmão et al. (2000; 2001)<br />
descreveram os <strong>hifomicetos</strong> associados a folhas de Miconia cabussu Hoehne; Grandi &<br />
Gusmão (2002) apresentaram os <strong>hifomicetos</strong> associados ao folhedo de Tibouchina pulchra<br />
Cogn.; Grandi & Silva (2003) registraram a ocorrência de <strong>hifomicetos</strong> sobre folhas de<br />
Caesalpinia echinata Lam.; Grandi (2004) estudou os <strong>hifomicetos</strong> <strong>em</strong> serapilheira no<br />
município de Cubatão (SP); Grandi et al. (2008) identificaram os <strong>hifomicetos</strong> associados a<br />
briófitas <strong>em</strong> decomposição. Para o Estado do Rio de Janeiro, Calduch et al. (2002b)<br />
descreveram uma nova espécie de Dictyochaetopsis e de Paraceratocladium; Castañeda et al.<br />
(2007; 2008) descreveram novas espécies de <strong>hifomicetos</strong> <strong>em</strong> folhedo não identificado do<br />
Morro do Corcovado.<br />
4