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Jogar e Aprender Matemática - LP-Books

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18<br />

Orly Zucatto Mantovani de Assis<br />

E. U. A. chamado Robert Ashlock (1972, 1976, 1982, 1986,<br />

1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010) vem, a pelo menos 40<br />

anos, estudando os diferentes tipos de erro cometidos por<br />

crianças que aprendem os algoritmos convencionais a partir<br />

de regras como o “vai 1”. Segue um exemplo de um tipo<br />

de erro encontrado por Ashlock. Será que você consegue<br />

descobrir que regra é esta que a criança construiu a partir da<br />

regra do “vai 1” ensinada por sua professora?<br />

1 4<br />

74 385<br />

+ 43 + 667<br />

18 9116<br />

Este tipo de erro demonstra que a aprendizagem se dá,<br />

não pela internalização de regras arbitrárias, mas por uma<br />

construção interna do sujeito 3 .<br />

Há sim crianças cujo conhecimento lógico matemático<br />

já está desenvolvido o suficiente para compreender a<br />

explicação da regra do “vai 1” pelo professor. Essas crianças<br />

são capazes de construir para si a regra apresentada em<br />

sala de aula. Há, contudo, muitas outras crianças cujo<br />

conhecimento lógico matemático está menos desenvolvido<br />

e os erros que acabei de apresentar, demonstram o grande<br />

esforço que elas fazem para extrair sentido daquilo que o<br />

professor ensinou. Em outras palavras, de acordo com o<br />

construtivismo, as crianças sempre usam o conhecimento<br />

que já construíram para construir o próximo nível. Se elas<br />

já se encontram em um nível elevado de desenvolvimento,<br />

elas conseguem ver sentido nas explicações do professor.<br />

Se ao contrário, estiverem em um nível mais baixo, não verão<br />

3 O que estas crianças fizeram foi inventar uma nova regra, justapondo<br />

uma técnica convencional, que ainda não compreendem, a uma ideia criada<br />

por elas mesmas, de que se deve começar a resolver a operação pela<br />

esquerda, onde se encontram as ordens maiores.

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