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Índice<br />
Aleph 10<br />
Introdução .......................................................................................................................................... 2<br />
Aleph ..................................................................................................................................................... 5<br />
Sebastião e Silva: Normas Gerais ............................................................................................. 7<br />
Geoge Polya: A Arte de Resolver Problemas ........................................................................ 9<br />
Miguel de Guzmán: Aventuras Matemáticas ....................................................................... 10<br />
Módulo Inicial ................................................................................................................................... 11<br />
O que é o Módulo Inicial? ............................................................................................................... 12<br />
Sugestões de resolução das tarefas do Módulo Inicial ................................................................ 17<br />
Propostas de resolução das tarefas do Módulo Inicial ................................................................. 17<br />
Tema 1 – Geometria ........................................................................................................................ 19<br />
Propostas de resolução das tarefas e exercícios .......................................................................... 20<br />
Capítulo 1 – Resolução de problemas de Geometria ........................................................... 20<br />
Capítulo 2 – Referenciais e lugares geométricos ................................................................ 21<br />
Capítulo 3 – Vectores livres .................................................................................................. 26<br />
Capítulo 4 – Equações da recta ............................................................................................ 28<br />
Provas globais ................................................................................................................................. 31<br />
Tema 2 – Funções ............................................................................................................................ 35<br />
Propostas de resolução das tarefas e exercícios .......................................................................... 36<br />
Capítulo 1 – Introdução: funções e gráficos ......................................................................... 36<br />
Capítulo 2 – Estudo intuitivo de propriedades das funções e dos seus gráficos ............... 38<br />
Capítulo 3 – A parábola ......................................................................................................... 50<br />
Capítulo 4 – Funções polinomiais ........................................................................................ 50<br />
Capítulo 5 – Polinómios interpoladores ............................................................................... 57<br />
Provas globais ................................................................................................................................. 58<br />
Tema 3 – Estatística ....................................................................................................................... 61<br />
Propostas de resolução das tarefas e exercícios .......................................................................... 62<br />
Capítulo 1 – O que é a Estatística? ....................................................................................... 62<br />
Capítulo 2 – Organização e interpretação de caracteres estatísticos ................................ 63<br />
Capítulo 3 – Distribuições bidimensionais ........................................................................... 70<br />
Provas globais ................................................................................................................................. 75<br />
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2<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Introdução<br />
Ao que vem o Projecto ALEPH 10?<br />
Os presentes autores, ao embarcar no Projecto ALEPH 10, não pretendem replicar o que já existe no mercado,<br />
mesmo com melhorias pontuais aqui e ali. Pretendem, isso sim, apresentar uma resposta diferente e completa ao<br />
que julgam ser as necessidades reais e actuais, de estudantes, professores e pais.<br />
Este projecto tem muitas componentes. A complexidade do trabalho na escola e as dificuldades que a disciplina de<br />
Matemática enfrenta em Portugal (e no resto do Mundo) obrigam a uma actuação ponderada e recorrendo ao que<br />
de melhor a experiência nossa e alheia aconselha. Os estudos educacionais são muito claros: não há nenhum factor<br />
que, por si só, garanta o sucesso escolar.<br />
Entendemos que o manual escolar deve ser uma ferramenta de trabalho eficaz para o estudante, que o estudante<br />
use efectivamente (e sabemos que muitas vezes, infelizmente, serve só para decorar uma estante...) e que se torne<br />
assim no melhor aliado do trabalho do professor. Deve ainda ser um aliado dos pais, onde seja possível entender minimamente<br />
o que o estudante está a fazer, para que os pais possam ajudar o seu educando de forma consequente.<br />
Escrevemos um manual que o estudante leia efectivamente: num estilo rigoroso, mas informal, repleto de informação,<br />
mas de leitura leve, inteligível. Repetimos: um manual escolar que o estudante leia efectivamente, onde pratique as técnicas<br />
aprendidas e onde tente resolver problemas novos, que releia sem enfado quando não entende algo, que releia facilmente<br />
quando está a rever o que já foi leccionado, preparando-se para uma actividade ou uma prova de avaliação.<br />
O essencial<br />
O manual contém apenas o que consideramos essencial para a aprendizagem do estudante e que está prescrito no<br />
programa. Não contém floreados desnecessários, complementos que não estão no programa, casos e subcasos que<br />
só tornam tudo mais confuso. O ALEPH 10 vai direito ao assunto, exemplifica, motiva, expõe e fornece tarefas e exercícios<br />
para ajudar os alunos a dominar as questões.<br />
O ALEPH 10 deixa bem claro o que é opcional no programa, que assinala com (*). Não contém temas que devem ser<br />
tratados noutros anos. Os radicais serão tratados apenas no 11. o ano, quando forem estudadas as funções com radicais;<br />
as funções injectivas serão estudadas apenas no 11. o ano, quando for estudada a inversão de funções; as funções<br />
pares, ímpares e periódicas serão estudadas apenas no 12. o ano, quando essas propriedades tiverem impacto,<br />
nomeadamente no estudo das funções trigonométricas.<br />
Os temas assinalados com (*) devem ser leccionados apenas quando houver tempo para isso, mas devem ser sempre<br />
recomendados aos melhores estudantes devendo, neste caso, ser-lhes aconselhada a realização das respectivas<br />
tarefas e exercícios.<br />
O manual escolar contém apenas os exercícios necessários à prática e compreensão dos assuntos; não é por fazer<br />
exercícios em série que o aluno aprende melhor. Para testar a compreensão dos assuntos de cada tema, há pequenas<br />
provas globais no fim de cada capítulo. Para o estudante poder ver se está realmente preparado para provas de<br />
avaliação com tempo limitado, existem propostas de vários tipos, com questões de escolha múltipla, com questões<br />
de resposta aberta, sem e com utilização de calculadora. Sempre que o estudante tiver dúvidas, pode voltar ao manual<br />
escolar: a sua concisão favorece as revisões.<br />
Este guia não é um livro<br />
Ao contrário do habitual, este Guia do Professor não termina de crescer quando for impresso. Este guia contém para<br />
já apenas o início do verdadeiro Guia do Professor: um dossiê que irá crescendo ao longo do tempo e de que estas<br />
folhas são apenas o começo. Certamente que ter à mão de semear alguns textos fundamentais e ainda as resoluções<br />
de todos os exercícios do manual escolar dos estudantes é muito útil. Mas será ainda mais útil se o Guia puder<br />
ir crescendo ao longo dos anos, com acrescentos que possam ser uma mais-valia para a prática escolar diária.<br />
Assim será. Os autores irão disponibilizando, até uma nova edição do manual escolar do estudante (o que, de acordo<br />
com a legislação actual, acontecerá daqui a seis anos), novos textos básicos, propostas de abordagens alternativas,<br />
novas propostas laboratoriais, novas provas de avaliação, notas de leitura, etc.
Tarefas Periódicas<br />
Introdução | Aleph 10<br />
Uma das adições que este guia terá será a das Tarefas Periódicas. Todas as semanas, a partir de 1 de Setembro<br />
de cada ano escolar, os autores irão colocando na página da Internet do Projecto Aleph 10 pelo menos uma nova tarefa.<br />
Essa tarefa terá sempre duas componentes; a versão do estudante e a versão do professor. A primeira conterá<br />
o enunciado das tarefas, a indicação do tema/capítulo onde se inserem, quais os pré-requisitos e eventualmente<br />
algumas notas que possam enquadrar o que é proposto. A versão do professor conterá a resolução da tarefa e notas<br />
didácticas que possam ajudar o professor a integrar a tarefa nas suas aulas ou a mais facilmente tirar dúvidas aos<br />
estudantes.<br />
As tarefas a propor semanalmente (em algumas semanas poderá haver mais do que uma) incidirão sobre temas variados,<br />
próximos dos habitualmente leccionados na respectiva época do ano. Poderá ainda ser produzido algum material<br />
a pedido dos professores, para que se possa assim dirigir aos temas onde os professores acham que não existe<br />
tanta diversidade de materiais.<br />
O manual escolar do estudante<br />
O manual escolar contém um certo número de secções que pretendem contribuir para um trabalho eficaz e motivador.<br />
– Recorda: pequenos apontamentos sobre o que é necessário mobilizar de anos anteriores; caso o estudante não<br />
domine o que é referido, deve fazer uma revisão num manual escolar de anos anteriores;<br />
– Tarefas: estas propostas visam fomentar a capacidade de resolver problemas, como a comunicação matemática<br />
e o desenvolvimento de actividades de investigação, espevitando a participação efectiva do estudante;<br />
– Definições e propriedades: o destaque dado às definições e às propriedades incluídas no texto pretende facilitar o<br />
processo de localização dos dados básicos e de revisão em caso de dúvidas;<br />
– História(s): são introduzidas pequenas notas históricas motivadoras para que o aluno entenda melhor a origem<br />
de alguns dos conceitos ou dos problemas;<br />
– Exercícios: tudo aquilo que deve ser praticado pelo aluno aparece logo a seguir à respectiva exposição;<br />
– Exercícios globais: no fim de cada capítulo aparecem alguns exercícios e problemas sobre todo o tema do capítulo. Para<br />
que o salto dos exercícios que estão ao longo do manual (junto aos assuntos que são mobilizados por esses exercícios),<br />
para outros onde não será tão evidente quais os assuntos efectivamente mobilizados, não seja tão brusco e não<br />
leve ao desencorajamento dos alunos, os exercícios globais apresentam-se divididos por três graus de dificuldade:<br />
• Pratica: exercícios mais imediatos;<br />
• Pensa e resolve: exercícios não tão imediatos, obrigando a alguma reflexão prévia;<br />
• Reflecte: verdadeiros problemas, obrigando a uma procura de um caminho de resolução onde a heurística de<br />
Polya será muito útil.<br />
– Jogos muito sérios: a jogar também se aprende e estes jogos põem à prova a capacidade de raciocínio dos estudantes,<br />
contribuindo também para mobilizar os conhecimentos adquiridos;<br />
– Desafios: esta secção destina-se apenas aos alunos mais interessados, sendo de grau de dificuldade bastante elevado;<br />
– Leituras: é importante que os estudantes leiam textos com matemática ou sobre a Matemática; os autores tiveram<br />
a preocupação de escolher textos de índole variada que possam também servir de motivação para os alunos e possam<br />
mostrar a ligação da Matemática à vida real;<br />
– Prova global: não é a mesma coisa resolver problemas com tempo limitado sem sujeição a capítulos e resolver<br />
exercícios mais ou menos imediatos logo a seguir a uma explanação das ideias matemáticas que são usadas; é,<br />
assim, importante que o estudante teste os seus próprios conhecimentos em provas do tipo das que regularmente<br />
encontrará no seu percurso escolar;<br />
– Sugestões de resolução: é muito importante que o estudante se esforce por resolver ele próprio os exercícios e problemas;<br />
sabemos que isso não é fácil e os estudantes tendem a desistir à primeira dificuldade; estas sugestões<br />
pretendem ser um incentivo a que ele não desista nem vá espreitar demasiado depressa a solução;<br />
– Soluções: como o nome indica, nesta secção, aparecem as respostas a todos os exercícios; o estudante poderá assim<br />
verificar se a sua resposta está correcta (o que não quer dizer que a resolução esteja mas... já é alguma coisa).<br />
3
4<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
E a Internet?<br />
Este manual terá uma página em www.aleph10.asa.pt. Aí estarão disponíveis muitos recursos, de que destacamos<br />
aplicações interactivas em GeoGebra e uma tarefa semanal que será disponibilizada, simultaneamente, na versão<br />
do estudante e na versão do professor. Mas na Internet encontramos presentemente muitos recursos importantes para<br />
o trabalho do professor. Não iremos aqui fazer uma descrição exaustiva (nem tal seria possível), mas apenas fazer<br />
um apanhado das principais páginas que recomendamos:<br />
• Associação de Professores de Matemática – http://www.apm.pt<br />
Recomendamos a secção “Recursos/Actividades e recursos” que contém inúmeros materiais para uso na sala de<br />
aula. É ainda de salientar a secção “Recursos/Exposições” que descreve algumas exposições itinerantes que a APM<br />
cede às escolas, por um período de três semanas, mediante o pagamento de uma quantia simbólica. Na página estão<br />
incluídos os arquivos da revista “Educação e Matemática”, embora apenas acessíveis a sócios.<br />
• Sociedade Portuguesa de Matemática – http://www.spm.pt<br />
A SPM edita várias publicações importantes para o ensino. Fundou um Clube de Matemática para promover o intercâmbio<br />
entre Clubes de Matemática já existentes e divulgar e promover a criação de novos clubes de Matemática,<br />
a todos os níveis de ensino. A SPM publica a revista “Gazeta de Matemática” que contém artigos com ideias<br />
para a sala de aula, particularmente artigos que podem ser dados aos alunos mais interessados. O arquivo dos últimos<br />
anos da revista está disponível.<br />
• Olimpíadas de Matemática – http://www.spm.pt/olimpiadas/<br />
As Olimpíadas Portuguesas de Matemática (OPM), organizadas anualmente pela Sociedade Portuguesa de Matemática,<br />
são um concurso de problemas de Matemática, dirigido aos estudantes dos 2. o e 3. o Ciclos do Ensino Básico<br />
e também aos que frequentam o Ensino Secundário, que visa incentivar e desenvolver o gosto pela Matemática.<br />
• Canguru Matemático – http://www.mat.uc.pt/canguru/<br />
A Associação Canguru sem Fronteiras é uma associação de carácter internacional que tem por objectivo promover a<br />
divulgação da matemática elementar por todos os meios ao seu alcance e, em particular, pela organização de um concurso<br />
que terá lugar no mesmo dia em todos os países participantes. Pretende-se, assim, estimular e motivar o maior<br />
número possível de alunos para a matemática e é um complemento a outras actividades, tais como Olimpíadas.<br />
• Portal MOCHO – http://www.mocho.pt/<br />
O Portal do ensino das ciências e da cultura científica MOCHO ordena, para mais fácil acesso, centenas de ligações<br />
para páginas de Matemática portuguesas ou, na sua maioria, em língua portuguesa.<br />
• Casa das Ciências – http://www.casadasciencias.org/<br />
Este Portal pretende recolher materiais para servir os professores de ciências dos Ensinos Básico e Secundário<br />
fazendo primeiramente uma avaliação dos mesmos.<br />
• Apoio ao Professor – http://area.dgidc.min-edu.pt/mat-no-sec/<br />
Esta página de apoio ao Professor de Matemática foi construída entre 1997 e 2003 e contém importantes recursos,<br />
nomeadamente 10 brochuras que cobrem todos os temas do programa de Matemática A do Ensino Secundário<br />
• ALEA – http://www.alea.pt/<br />
Esta página, de excelente qualidade, fornece um apoio inestimável para o ensino das Probabilidades e Estatística<br />
no Ensino Secundário. Recomendamos vivamente a secção “dossiês e recursos” com muitos textos de índole didáctica.<br />
Os professores devem incentivar os seus alunos a participar no concurso de “desafios”.<br />
• Ciência em Portugal. Personagens e Episódios – http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/<br />
Esta página contém biografias de muitos matemáticos portugueses.<br />
Bom trabalho!
Aleph<br />
O que é o Aleph?<br />
O Aleph (lê-se áléf) é a primeira letra do alfabeto hebraico. A sua origem é, no entanto, mais<br />
antiga (3000 anos a. C.), sendo a mesma da do alfa grego. Como estes alfabetos não tinham<br />
símbolos para os números, as letras representavam também números; sendo a primeira letra<br />
do alfabeto, o aleph e o alfa representam o 1.<br />
Cantor e o infinito<br />
Aleph 10<br />
O matemático George Cantor (1845-1918) é conhecido por ter introduzido a moderna teoria de<br />
conjuntos. Mas Cantor, apesar de ter sido muito criticado durante a sua vida e mesmo depois de<br />
morrer, é hoje um dos matemáticos mais admirados pela sua capacidade de introduzir perspectivas<br />
verdadeiramente novas na Matemática.<br />
Kronecker (o matemático do símbolo de Kronecker) considerou que Cantor era um “charlatão”,<br />
um “renegado” e um “corruptor da juventude”. Poincaré considerou os trabalhos de Cantor uma<br />
“grave doença infectando a Matemática” e, muito depois de Cantor morrer, o filósofo Wittengstein<br />
lamentou que a Matemática estivesse cheia das “palavras perniciosas da teoria de conjun- George Cantor<br />
tos” que considerou “anedótica” e um “disparate completo”.<br />
A verdade é que Cantor foi o primeiro a “contar” conjuntos infinitos através do conceito de aplicação bijectiva. Dois<br />
conjuntos infinitos têm o mesmo cardinal se existir uma aplicação bijectiva entre eles. Através desta ideia, Cantor<br />
provou que há tantos números naturais como números racionais e que há mais números irracionais do que racionais.<br />
Usou o processo que hoje se designa por “argumento diagonal de Cantor”.<br />
Cantor fez um estudo muito detalhado dos conjuntos infinitos. Chamou “aleph-zero” ao cardinal do conjunto dos números<br />
naturais. Este é o número infinito mais pequeno (a que ele chamou número transfinito). Depois, obteve muitas<br />
propriedades desses seus números. Propriedades estranhas, sem dúvida, e aí se percebe a fúria de muitos dos<br />
seus contemporâneos. Mas Cantor também teve apoiantes e amigos, como Richard Dedekind.<br />
O número “aleph-um” é o menor número infinito superior a “aleph-zero”, “aleph-dois” é o menor número infinito superior<br />
a “aleph-um”, e assim sucessivamente. Existirão estes números, em particular “aleph-dez”?<br />
Cantor provou que existe sempre um número infinito superior a qualquer um dado. Não é muito difícil provar que o<br />
conjunto de todos os subconjuntos de um conjunto dado tem cardinal superior ao conjunto dado (isto é, que existe<br />
uma aplicação injectiva mas não sobrejectiva entre eles).<br />
Será “aleph-um” igual ao cardinal do subconjunto das partes do conjunto dos números naturais? Ou será igual ao<br />
conjunto dos números reais (cujo cardinal se chama a potência do contínuo)? Curiosamente, tal não pode ser provado<br />
sem um axioma suplementar chamado a “hipótese do contínuo”!<br />
Esta Matemática começa a complicar-se, mas é muito interessante. Para já, está claro que Aleph 10 existe. É o manual<br />
que escrevemos! O Aleph 11 não tardará!<br />
Jorge Luís Borges<br />
O infinito sempre fascinou os escritores. O escritor, ensaísta e poeta argentino Jorge Luís Borges<br />
(1899-1986) escreveu muito à volta de temas matemáticos, nomeadamente o infinito. Um dos seus<br />
livros de contos chama-se mesmo Aleph. Eis alguns excertos contidos nesse e noutros livros:<br />
A linha consta de um número infinito de pontos, o plano, de um número infinito de linhas; o volume,<br />
de um número infinito de planos, o hipervolume, de um número infinito de volumes...<br />
Jorge Luís Borges, O Livro de Areia<br />
in http://macedge.multiply.com/journal/item/64<br />
Jorge Luís Borges<br />
5
6<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Na parte inferior do degrau, à direita, vi uma pequena esfera furta-cores, de brilho quase intolerável. Primeiro, supus que<br />
fosse giratória; depois, compreendi que esse movimento era uma ilusão produzida pelos vertiginosos espectáculos que encerrava.<br />
O diâmetro do Aleph seria de dois ou três centímetros, mas o espaço cósmico estava ali, sem diminuição de tamanho.<br />
Cada coisa (o cristal do espelho, digamos) era infinitas coisas, porque eu a via claramente de todos os pontos do<br />
universo. Vi o populoso mar, vi a aurora e a tarde, vi as multidões da América, vi uma prateada teia de aranha no centro<br />
de uma negra pirâmide, vi um quebrado labirinto (era Londres), vi intermináveis olhos próximos perscrutando em mim<br />
como num espelho, vi todos os espelhos do planeta e nenhum me reflectiu, vi num pátio da Rua Soler os mesmos ladrilhos<br />
que, há trinta anos, vi no saguão de uma casa de Fray Bentos, vi cachos de uva, neve, tabaco, listas de metal, vapor<br />
de água, vi convexos desertos equatoriais e cada um dos seus grãos de areia, vi em Inverness uma mulher que não esquecerei,<br />
vi a violenta cabeleira, o altivo corpo, vi um cancro no peito, vi um círculo de terra seca numa vereda onde<br />
antes existira uma árvore, vi numa quinta de Adrogué um exemplar da primeira versão inglesa de Plínio, a de Philemon<br />
Holland, vi, ao mesmo tempo, cada letra de cada página (em pequeno, eu costumava maravilhar-me com o facto das letras<br />
de um livro fechado não se misturarem e se perderem no decorrer da noite), vi a noite e o dia contemporâneo, vi um<br />
poente em Querétaro que parecia reflectir a cor de uma rosa em Bengala, vi o meu quarto sem ninguém, vi num gabinete<br />
de Alkmaar um globo terrestre entre dois espelhos que o multiplicam indefinidamente, vi cavalos de crinas redemoinhadas<br />
numa praia do mar Cáspio, na aurora, vi a delicada ossatura de uma mão, vi os sobreviventes de uma batalha<br />
enviando bilhetes-postais, vi numa vitrina de Mirzapur um baralho espanhol, vi as sombras oblíquas de alguns fetos no<br />
chão de uma estufa, vi tigres, êmbolos, bisontes, marulhos e exércitos, vi todas as formigas que existem na terra, vi um<br />
astrolábio persa, vi numa gaveta da escrivaninha (e a letra fez-me tremer) cartas obscenas, claras, incríveis, que Beatriz<br />
dirigira a Carlos Argentino, vi um adorado monumento na Chacarita, vi a relíquia cruel do que deliciosamente fora<br />
Beatriz Viterbo, vi a circulação do meu escuro sangue, vi a engrenagem do amor e a modificação da morte, vi o Aleph,<br />
de todos os pontos, vi no Aleph a terra, e na terra outra vez o Aleph e no Aleph a terra, vi o meu rosto e as minhas vísceras,<br />
vi o teu rosto e senti vertigem e chorei, porque os meus olhos tinham visto esse objecto secreto e conjectural cujo<br />
nome os homens usurpam, mas que nenhum homem olhou: o inconcebível universo.<br />
Senti infinita veneração, infinita lástima.<br />
Jorge Luís Borges, O Aleph<br />
in http://www2.fcsh.unl.pt/borgesjorgeluis/textos_borgesjorgeluis/textos1.htm<br />
Na realidade, o número de sorteios é infinito. Nenhuma decisão é final, todas se ramificam noutras. Os ignorantes supõem<br />
que infinitos sorteios requerem um tempo infinito; em verdade, basta que o tempo seja infinitamente subdivisível, como<br />
o ensina a famosa parábola do Certame com a Tartaruga. Essa infinitude condiz admiravelmente com os sinuosos números<br />
do Acaso e com o Arquétipo Celestial da Loteria, que os platônicos adoram...<br />
Música rock<br />
Jorge Luís Borges, A loteria da Babilônia<br />
in http://www.releituras.com/jlborges_loteria.asp<br />
O nome aleph tem inspirado muitos outros autores. Por exemplo, há uma banda rock americana chamada aleph1 e<br />
uma banda grega chamada aleph.<br />
Certamente haverá mais.
Sebastião e Silva: Normas Gerais<br />
Aleph 10<br />
1 A modernização do ensino da Matemática terá de ser feita não só quanto a programas, mas também quanto a métodos<br />
de ensino. O professor deve abandonar, tanto quanto possível, o método expositivo tradicional, em que o papel<br />
dos alunos é quase 100% passivo, e procurar, pelo contrário, seguir o método activo, estabelecendo diálogo com os<br />
alunos e estimulando a imaginação destes, de modo a conduzi-los, sempre que possível, à redescoberta.<br />
2 A par da intuição e da imaginação criadora, há que desenvolver ao máximo no espírito dos alunos o poder de análise<br />
e o sentido crítico. Isto consegue-se, principalmente, ao tratar da definição dos conceitos e da demonstração<br />
dos teoremas, em que a participação do aluno deve ser umas vezes parcial (em diálogo com o professor) e outras<br />
vezes total (encarregando cada aluno de expor um assunto, após preparação prévia em trabalho de casa).<br />
3 Muito raramente se deve definir um conceito sem ter partido de exemplos concretos e, tanto quanto possível, sugestivos.<br />
Se a preparação psicológica tiver sido bem conduzida, será muitas vezes o aluno quem acabará por definir<br />
espontaneamente o conceito, com ou sem ajuda do professor. Em qualquer caso, este deverá encaminhar o<br />
aluno para o rigor de linguagem que equivale a dizer de pensamento. Para isso, será de grande auxílio a introdução<br />
à lógica matemática, feita logo de início.<br />
4 Quanto à demonstração dos teoremas, deve seguir-se com frequência uma norma semelhante à anterior. É altamente<br />
desejável que o aluno seja muitas vezes posto em condições de ver o teorema antes de o demonstrar e que<br />
essa visão o encaminhe a construir por si mesmo a demonstração, mais ou menos, impecável do ponto de vista<br />
lógico. Não esquecer que, na investigação matemática, a intuição precede normalmente a lógica.<br />
5 A ordem lógica na apresentação dos assuntos não é muitas vezes a mais aconselhável do ponto de vista didáctico.<br />
Normalmente, o aluno só pode tomar consciência da necessidade de certo grau de rigor, depois de ter compreendido<br />
os assuntos em primeira aproximação ou de modo intuitivo, exactamente como sucede na investigação.<br />
Assim, em vez da ordem lógica, haverá que seguir de preferência a dialéctica do intuitivo-racional e do concreto-<br />
-abstracto, em que o grau de rigor lógico se irá elevando, progressivamente, com a adesão espontânea do aluno.<br />
6 Para desenvolvimento do sentido crítico, é essencial encorajar o aluno à discussão livre e disciplinada, habituando-o<br />
a expor com calma e sem timidez os seus pontos de vista e a examinar serenamente e com interesse<br />
as opiniões dos outros.<br />
7 Ao seguir o método activo, o professor deve evitar que os alunos falem todos ao mesmo tempo. Quando um aluno<br />
tiver algo a dizer, levantará o braço. Compete então ao professor escolher entre vários. Muitas vezes o professor<br />
chamará um aluno à secretária ou à pedra. O aluno deverá então movimentar-se rapidamente e com o mínimo ruído.<br />
Deste modo se estabelece o dinamismo disciplinado, que caracteriza a vida em corpo são, e que é indispensável ao<br />
êxito do método activo. Não esquecer que o ruído é desfavorável à concentração intelectual e que tentar conciliar<br />
as duas coisas reverte geralmente em prejuízo do sistema nervoso, contribuindo para o desenvolvimento de um dos<br />
maiores flagelos da nossa época. A melhor sala de aula será muitas vezes a que estiver mais afastada da via pública.<br />
8 A Matemática não se reduz a ciência isolada platonicamente de tudo o resto. É também um instrumento ao serviço<br />
do homem nos mais variados ramos da ciência e da técnica. O professor deve sempre ter presente este facto<br />
e tentar estabelecer, sempre que possível, as conexões da Matemática com outros domínios do pensamento, atendendo<br />
a que muitos dos seus alunos irão ser físicos, químicos, biólogos, geólogos, engenheiros, economistas,<br />
agrónomos ou médicos.<br />
9 Na aprendizagem da Matemática não basta ter intuição, compreender, definir e raciocinar. É também indispensável<br />
adquirir certos automatismos psicológicos. Isto vale, especialmente, no que se refere a técnicas de cálculo. Tais<br />
técnicas são mais perfeitamente assimiladas quando o aluno conhece bem os fundamentos teóricos das mesmas.<br />
Mas esse conhecimento não basta: o professor deve insistir para que os alunos se treinem bastante em exercícios equilibrados,<br />
que requeiram a aplicação das referidas técnicas.<br />
7
8<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
10 0 treino recomendado na norma anterior não deve confundir-se de modo nenhum com a mecanização do aluno<br />
na resolução de exercícios por meio de receitas, aplicadas sem qualquer conhecimento de causa. Essa prática,<br />
tal como se tem generalizado entre nós, só contribui para desvirtuar completamente a finalidade do ensino da<br />
Matemática, habituando o aluno a não pensar e destruindo nele toda a iniciativa e toda a espontaneidade para a<br />
resolução de problemas essencialmente novos, como os que são postos a cada passo pela ciência, pela técnica<br />
e pela vida corrente.<br />
11 Alunos e professor devem assumir nas aulas uma atitude descontraída, que afaste tanto quanto possível do espírito<br />
dos alunos a ideia da nota que irão ter no fim do período (lembrando que o seu interesse principal é aprender)<br />
e modere no espírito do professor a ideia de que é juiz (lembrando que a sua missão é, acima de tudo,<br />
ensinar). Assim, o que deve dominar nas aulas é o interesse pelos assuntos tratados. Estes não têm necessariamente<br />
de ser todos reduzidos à forma de exercícios escritos (o que é muitas vezes um modo de os tornar abomináveis).<br />
Especialmente no que se refere a demonstrações – um aspecto em que é preciso insistir muito –, o professor deverá<br />
recorrer de preferência ao sistema de chamadas breves.<br />
12 É dialogando com os alunos que o professor acaba muitas vezes por esclarecer, para si próprio, certos assuntos<br />
que pretende ensinar. Isto não vem senão corroborar um velho preceito: A melhor maneira de aprender é ensinar.<br />
Haja em vista os Diálogos de Platão. No Teeteto é definida explicitamente por Sócrates a missão do mestre: ajudar<br />
a virem à luz as ideias na mente do discípulo. E quantas vezes, no mesmo instante, não se ilumina a mente do<br />
professor!<br />
13 Nesta ordem de ideias, o professor deve combater no aluno, e em si próprio, o receio de errar, enquanto se trata<br />
de fazer um esforço sincero para aprender ou ensinar. Porque só errando se aprende verdadeiramente. Ai daqueles<br />
que não aprendem à custa da própria experiência e dos próprios erros, porque esses pouco ou nada<br />
aprendem, na verdade.<br />
14 0 método heurístico (ou de redescoberta) só a princípio poderá parecer mais moroso. A criança que aprende a<br />
andar com aparelhos ou a pessoa que aprende a nadar com flutuadores só ilusoriamente aprende mais depressa:<br />
na realidade aprende mais devagar e pior.<br />
15 São por vezes obstáculos à aplicação do método heurístico os dois casos extremos que podem surgir numa<br />
turma: alunos muito bons e alunos francamente maus, especialmente os repetentes. Os primeiros estão sempre<br />
prontos a responder, não deixando tempo aos restantes para pensar (vide norma 7). Os segundos criam uma atmosfera<br />
de desinteresse, porventura mesmo de indisciplina, ou então já conhecem a receita, que aprenderam no ano<br />
anterior, acabando assim por viciar o processo heurístico. Cabe ao bom senso do professor encontrar uma solução<br />
de equilíbrio, tendo presente a norma 7.<br />
16 Terminaremos estas considerações, traduzindo algumas das medidas preconizadas na América para a renovação<br />
do ensino geral:<br />
(a) O ensino em todos os graus terá de se tornar mais flexível, mais adaptado, quer às solicitações dum mundo<br />
em rápida evolução quer às aptidões dos indivíduos.<br />
(b) Necessitamos de métodos aperfeiçoados para descobrir talentos e levá-los a atingir a plena maturidade.<br />
(c) Não devemos encorajar, seja de que modo for, qualquer sistema de ensino que tenda a criar uma geração de<br />
bárbaros, incapazes de apreender uma ideia que não lhes seja “programada” por outro cérebro.<br />
Sebastião e Silva, Guia para a utilização do Compêndio de Matemática (1. o Vol.), Curso Complementar do Ensino Secundário, Gabinete de Estudos e<br />
Planeamento do Ministério da Educação e Investigação Científica, Lisboa, 1975
George Polya: A Arte de Resolver Problemas<br />
Primeiro:<br />
É preciso compreender o<br />
problema.<br />
Segundo:<br />
Encontre a conexão<br />
entre os dados e a<br />
incógnita.<br />
É possível que seja<br />
obrigado a considerar<br />
problemas auxiliares se<br />
não puder encontrar<br />
uma conexão imediata.<br />
É preciso chegar afinal<br />
a um plano para a<br />
resolução.<br />
Terceiro:<br />
Execute o seu plano.<br />
Quarto:<br />
Examine a solução<br />
obtida.<br />
Como resolver um problema<br />
Aleph 10<br />
COMPREENSÃO DO PROBLEMA<br />
Qual é a incógnita? Quais são os dados? Qual é a condicionante?<br />
É possível satisfazer a condicionante? A condicionante é suficiente para determinar<br />
a incógnita? Ou é insuficiente? Ou redundante? Ou contraditória?<br />
Trace uma figura. Adopte uma notação adequada.<br />
Separe as diversas partes da condicionante. É possível anotá-las?<br />
ESTABELECIMENTO DE UM PLANO<br />
Já o viu antes? Ou já viu o mesmo problema apresentado sob uma forma ligeiramente<br />
diferente?<br />
Conhece um problema do mesmo tipo ou sobre o mesmo assunto? Conhece um problema<br />
que lhe poderia ser útil?<br />
Considere a incógnita! E procure pensar num problema do mesmo tipo que tenha a<br />
mesma incógnita ou outra semelhante.<br />
Eis um problema do mesmo tipo e já resolvido anteriormente. É possível utilizá-lo? É<br />
possível utilizar o seu resultado? É possível utilizar o seu método? Deve-se introduzir<br />
algum elemento auxiliar para tornar possível a sua utilização?<br />
É possível reformular o problema? É possível reformulá-lo ainda de outra maneira?<br />
Volte às definições.<br />
Se não puder resolver o problema proposto, procure antes resolver algum problema<br />
do mesmo tipo. É possível imaginar um problema parecido mais acessível? Um problema<br />
mais genérico? Um problema mais específico? Um problema análogo? É possível<br />
resolver uma parte do problema? Mantenha apenas uma parte da condicionante,<br />
deixe a outra de lado; até que ponto fica assim determinada a incógnita? Como pode<br />
ela variar? É possível obter dos dados alguma coisa de útil? É possível pensar em<br />
outros dados apropriados para determinar a incógnita? É possível variar a incógnita<br />
ou os dados, ou todos eles, se necessário, de tal maneira que fiquem mais próximos<br />
entre si?<br />
Utilizou todos os dados? Utilizou toda a condicionante? Levou em conta todas as<br />
noções essenciais implicadas no problema?<br />
EXECUÇÃO DO PLANO<br />
Ao executar o seu plano de resolução, verifique cada passo. É possível verificar claramente<br />
que o passo está correcto? É possível demonstrar que ele está correcto?<br />
RETROSPECTIVA<br />
É possível verificar o resultado? É possível verificar o argumento?<br />
É possível chegar ao resultado por um caminho diferente? É possível perceber isto<br />
num relance?<br />
É possível utilizar o resultado, ou o método, em algum outro problema?<br />
9
10<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Miguel de Guzmán: Aventuras Matemáticas<br />
A. Antes de fazer, tenta entender.<br />
B. À procura de estratégias.<br />
B.1 Procura semelhanças com outros jogos e problemas.<br />
B.2 Começar pelo fácil, torna fácil o difícil.<br />
B.3 Experimenta e procura regularidades, temas.<br />
B.4 Faz um esquema e, se vier a calhar…, pinta-o às cores.<br />
B.5 Modifica o problema, muda qualquer coisa no enunciado, para ver se assim te ocorre um caminho possível.<br />
B.6 Escolhe uma boa notação.<br />
B.7 Explora a simetria… se puderes.<br />
B.8 Suponhamos que não… aonde é que isso nos leva?<br />
B.9 Suponhamos o problema resolvido.<br />
B.10 Pensa em técnicas gerais: indução, descida, processo diagonal, princípio do pombal…<br />
C. Explora a tua estratégia.<br />
C.1 Explora as melhores ideias que te tenham ocorrido na fase B. Uma a uma. Não as mistures ao princípio.<br />
C.2 Não desistas facilmente. Mas também não teimes de mais com uma só ideia. Se as coisas se complicarem<br />
de mais, haverá provavelmente outro caminho.<br />
C.3 Resultou? De certeza? Olha para a tua solução com mais cuidado.<br />
D. Extrai o sumo do jogo e da tua experiência.<br />
Para resolver problemas<br />
D.1 Examina a fundo o caminho que seguiste. Como chegaste à solução? Ou: porque é que não chegaste à solução?<br />
D.2 Tenta perceber não só que a coisa de facto funciona, mas também porque tem de funcionar assim.<br />
D.3 Agora vê se consegues fazê-lo de maneira mais simples.<br />
D.4 Vê até onde pode ir o método que seguiste, para ver se o podes utilizar noutras circunstâncias.<br />
D.5 Reflecte um pouco sobre o teu próprio processo de pensamento e tira consequências para o futuro.
Resolução de problemas<br />
MÓDULO INICIAL
12<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
O que é o Módulo Inicial?<br />
O Módulo Inicial apareceu pela primeira vez nos programas, em Portugal, na Revisão Curricular no Ensino Secundário<br />
que começou a ser preparada no fim dos anos 90. No documento Revisão Curricular no Ensino Secundário–Cursos Gerais<br />
e Cursos Tecnológicos – 1, editado em Abril de 2000 pelo, então, “Departamento do Ensino Secundário” do Ministério<br />
da Educação, podia ler-se, nas páginas 31 e 32:<br />
Em todos os programas em que tal se justifique, haverá um Módulo Inicial no qual se incluem conceitos prévios<br />
considerados verdadeiramente essenciais e estruturantes das disciplinas em causa, e que deverão ser essencialmente<br />
trabalhados com os alunos nas primeiras duas ou três semanas de aulas do 10. o ano e sempre que se venha<br />
a revelar necessário. Trata-se de uma fase muito importante para que, sempre numa perspectiva de acompanhamento<br />
e recuperação dos alunos, os professores possam proceder a uma avaliação diagnóstica destinada a delinear<br />
as estratégias de superação das dificuldades que eventualmente se venham a detectar. É uma fase em que os<br />
alunos têm de tomar consciência clara das suas aprendizagens. Superar dificuldades exige estudo e esforço e os<br />
jovens devem entender bem o seu papel neste processo. A participação e a colaboração dos pais e encarregados<br />
de educação pode ser determinante. Também eles têm as suas responsabilidades e têm de perceber o que<br />
poderá estar em causa se não as assumirem plenamente.<br />
Poderemos dizer que a primeira fase do 10. o ano deverá exigir uma cooperação estreita entre os professores, os<br />
alunos, os pais, os directores de turma, os SPO e outros intervenientes, tendo em vista ajudar e apoiar os alunos<br />
a ultrapassar as suas eventuais dificuldades. É um caminho que deveremos prosseguir, tendo em vista a integração<br />
plena dos jovens nos seus percursos educativos e formativos. Tal integração poderá passar, tal como hoje,<br />
pela mudança de curso, o que, a acontecer, é desejável que se concretize em tempo útil, com o expresso e informado<br />
consentimento dos pais e encarregados de educação.<br />
O que está a negro no texto já estava destacado no texto original. Isto significa que o Módulo Inicial desempenha<br />
essencialmente uma tarefa de “acompanhamento e recuperação” e, portanto, de “avaliação diagnóstica”. Há alunos<br />
que revelarão tantas lacunas que será preciso mobilizar todos os actores da escola para encontrar uma via onde possam<br />
ter sucesso. Outros estarão mais à vontade e este Módulo Inicial servirá como introdução ao método de trabalho<br />
do Ensino Secundário e para refrescar a memória quanto a um certo número de conceitos e métodos mais ou<br />
menos esquecidos.<br />
Nos programas de Matemática A de 2003, este Módulo Inicial é concretizado do seguinte modo:<br />
O professor deverá propor neste módulo problemas ou actividades aos estudantes que permitam consolidar e fazer<br />
uso de conhecimentos essenciais adquiridos no 3. o Ciclo de modo tanto a detectar dificuldades em questões básicas<br />
como a estabelecer uma boa articulação entre este ciclo e o Ensino Secundário. Poderá partir de uma determinada<br />
situação, de um determinado tema, procurando evidenciar todas as conexões com outros temas e tomando como<br />
meta o desenvolvimento das competências matemáticas transversais, isto é, daquelas que atravessam todos os<br />
temas e devem constituir os grandes objectivos de um currículo de Matemática.<br />
Ou seja, neste ponto, os programas em vigor escolheram trabalhar no Módulo Inicial “problemas ou actividades” com<br />
o objectivo de “consolidar e fazer uso” dos conhecimentos matemáticos que os alunos deveriam trazer do 3. o Ciclo.<br />
Todas as lacunas detectadas deverão ser tratadas localmente se forem relativamente poucas ou aconselhando planos<br />
de revisões básicas aos alunos que revelarem mais lacunas (a desenvolver na escola se houver uma sala de<br />
estudo ou em casa).
Aleph 10<br />
Não sendo possível rever todos os conhecimentos de Números, Funções, Geometria e Estatística que os alunos deveriam<br />
trazer, muito menos ensinar todos esses conhecimentos a quem não os traz consolidados, trabalham-se<br />
problemas ou actividades que, de forma integrada, recoloquem em cima da mesa os conhecimentos do 3. o Ciclo que<br />
vão ser necessários no Ensino Secundário. O Programa de Matemática A, em vigor, determina essa abordagem global:<br />
Uma compreensão mais profunda da Matemática só se verifica quando o estudante vê as conexões, quando se<br />
apercebe que se está a falar da mesma coisa encarando-a de diferentes pontos de vista. Se os estudantes estão a<br />
explorar, por exemplo, um problema de geometria poderão estar a desenvolver a sua capacidade de visualizar, de<br />
fazer conjecturas e de as justificar, mas também poderão estar a trabalhar simultaneamente com números, calculando<br />
ou relacionando áreas e volumes, a trabalhar com proporções na semelhança de figuras ou a trabalhar<br />
com expressões algébricas.<br />
Os problemas a tratar neste módulo devem integrar-se essencialmente nos temas Números, Geometria e Álgebra<br />
deixando para outra altura os problemas que se integrem no tema Funções ou Probabilidades e Estatística. Pretende-se<br />
que os problemas a propor ponham em evidência o desenvolvimento de capacidades de experimentação,<br />
o raciocínio matemático (com destaque para o raciocínio geométrico) e a análise crítica, conduzindo ao estabelecimento<br />
de conjecturas e à sua verificação.<br />
O Programa propõe uma lista de problemas a tratar, mas avisa logo que podem ser considerados outros:<br />
“Problemas a propor: Matemática A<br />
• Unindo os pontos médios de um quadrilátero encontramos sempre um paralelogramo?<br />
• Porque é que há só cinco sólidos platónicos?<br />
• Estudo da possível semelhança entre garrafas de água de uma dada marca de 33 cl, 50 cl, 75 cl e 1,5 l?<br />
• Como resolveu o matemático Pedro Nunes equações do primeiro e do segundo graus? Podemos identificar, nos<br />
seus escritos, o uso da fórmula resolvente ou pelo menos de alguns casos particulares? Que casos Pedro Nunes<br />
não considerou ou considerou impossíveis?<br />
• Que números racionais são representáveis por dízimas finitas? Qual a dimensão do período de uma dízima infinita<br />
periódica?<br />
Alguns destes problemas poderão ser substituídos, com vantagem, por actividades ou problemas ligados ao mundo<br />
real, propostos e planificados por um grupo de professores do Conselho de Turma, de modo a integrar na sua resolução<br />
conhecimentos de várias disciplinas.”<br />
Nós dizemos o mesmo sobre os problemas propostos no manual: eis a nossa proposta de problemas, outros poderão<br />
ser considerados. Na Internet, há muitos recursos sobre os problemas propostos nos programas que podem ser<br />
considerados em alternativa ou complemento ao que é proposto no nosso manual escolar.<br />
Aconselhamos:<br />
Problema das garrafas de água (não) semelhantes<br />
Texto de Maria José Costa publicado na revista Informat:<br />
http://area.dgidc.min-edu.pt/mat-no-sec/zip/informat_08.zip<br />
Proposta de Rosa Ferreira:<br />
http://profs.ccems.pt/RosaFerreira/planos/planos10_06_07/modulo_inicial/plano01/tarefa03.<strong>pdf</strong><br />
Cinco sólidos platónicos<br />
Proposta de Rosa Ferreira:<br />
http://profs.ccems.pt/RosaFerreira/planos/planos10_06_07/modulo_inicial/plano01/tarefa02.<strong>pdf</strong><br />
Proposta de António Marques do Amaral:<br />
http://www.prof2000.pt/users/amma/ce/matB/mod_i/FT_Solidos_Platonicos.htm<br />
13
14<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Diferentes planificações do Módulo Inicial<br />
Planificação 1 (Rosa Ferreira - Escola Secundária com 3. o Ciclo D. Dinis):<br />
http://profs.ccems.pt/RosaFerreira/matA_10_2009_2010/modulo_inicial/plano01_00/plano01_00.htm<br />
Planificação 2 (Rosa Ferreira - Escola Secundária com 3. o Ciclo D. Dinis):<br />
http://profs.ccems.pt/RosaFerreira/matA_10_2009_2010/modulo_inicial/plano02_00/plano02_00.htm<br />
As nossas propostas<br />
Propomos, no manual, um conjunto de tarefas que tentam incorporar todas as recomendações anteriormente referidas.<br />
Vamos agora listar recursos suplementares que poderão ajudar os professores a concretizar essas propostas<br />
ou outras equivalentes na sala de aula.<br />
Geoplano<br />
A tarefa proposta pode facilmente ser substituída por outras, recorrendo a geoplanos imaginados, construídos ou<br />
virtuais na Internet. Eis alguns exemplos de recursos que se encontram na internet e que podem ser úteis para trabalhar<br />
a tarefa proposta ou outra semelhante.<br />
Geoplano virtual:<br />
http://web.educom.pt/~pr1305/mat_geoplano.htm<br />
Aplicação: Software geoplano computacional:<br />
http://www.inf.ufsc.br/~edla/projeto/geoplano/software.htm<br />
Geoplano:<br />
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/8489<br />
Geoplanos virtuais:<br />
http://www.escolovar.org/mat_geoplano_aplicacoes.htm<br />
Nestas páginas também se encontram actividades elementares com o geoplano, aconselháveis para os alunos que<br />
nunca trabalharam com o geoplano.<br />
http://www.dme.ufcg.edu.br/Lapem/Documentos/Módulo%205%20-%20Geoplano.<strong>pdf</strong><br />
http://ndsim.esec.pt/pagina/fcmat/documentos/Tarefas_geoplanos.<strong>pdf</strong><br />
http://www.pg.utfpr.edu.br/sinect/anais/artigos/10%20Ensinodematematica/Ensinodematematica_artigo20.<strong>pdf</strong><br />
Segmentos notáveis num triângulo<br />
Este é um tema clássico e muitas outras tarefas poderiam ter sido propostas. Nesta área também se encontram inúmeros<br />
recursos na Internet.<br />
Pontos clássicos:<br />
http://erdos.ime.usp.br/index.php/Pontos_Clássicos<br />
Pontos notáveis no triângulo:<br />
http://www.prof2000.pt/users/secjeste/modtri01/Pg000500.htm
Oito exercícios propostos por Puig Adam com pontos notáveis:<br />
http://geometrias.blogspot.com/2005/01/pontos-e-rectas-notngulo.html<br />
Enciclopédia de pontos notáveis do triângulo (há mais de 400 recenseados):<br />
http://faculty.evansville.edu/ck6/tcenters/<br />
Pontos notáveis interactivos:<br />
http://clientes.netvisao.pt/arselio/Cindy0/triangulos.htm<br />
Apresentação em <strong>pdf</strong> dos pontos notáveis:<br />
http://www.cecb.edu.br/ubec/publicacao/download.wsp?tmp.arquivo=2596<br />
Aleph 10<br />
Poliedros convexos com polígonos regulares<br />
Mais uma vez este é um tema riquíssimo onde se poderão encontrar muitas possíveis explorações e tarefas alternativas.<br />
Recomenda-se, especialmente, a página do Projecto ATRACTOR.<br />
Os cinco poliedros regulares:<br />
http://www.atractor.pt/simetria/matematica/docs/regulares.html<br />
Mas, muitos outros recursos podem ser mobilizados. O seguinte software também:<br />
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/12574<br />
E filmes? Também há muitos no YouTube. Por exemplo:<br />
Poliedros de Platão<br />
http://www.youtube.com/watch?v=wU_bf2PMjbM<br />
http://www.youtube.com/watch?v=pgrlfEUelbY<br />
http://www.youtube.com/watch?v=5QgIJOy7T7Y<br />
Também é interessante considerar poliedros não convexos. Alguns exemplos podem ser vistos em artigos publicados<br />
na Revista Educação e Matemática, como este:<br />
Poliedros regulares (EM 97, 2008):<br />
http://www.apm.pt/files/_29-32_hq_482c13d3653bf.<strong>pdf</strong><br />
O Projecto ATRACTOR continua a ser uma referência obrigatória para o estudo dos poliedros em geral:<br />
http://www.atractor.pt/mat/Polied/fr-polied.htm<br />
Os sólidos arquimedianos são referidos com frequência. Na página seguinte está uma tarefa com uma proposta de<br />
exploração dos sólidos platónicos e arquimedianos em simultâneo com o software PolyPro:<br />
http://mat.absolutamente.net/recursos/fichas/10geo/poli.<strong>pdf</strong><br />
O software PolyPro, especialmente recomendado para o estudo de poliedros, pode ser obtido aqui:<br />
http://www.peda.com/download/<br />
15
16<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Aqui pode ver um filme explicando como usar o PolyPro para estudar poliedros:<br />
http://www.youtube.com/watch?v=BrmW4wW0moQ<br />
Sobre sólidos arquimedianos pode ainda ver:<br />
http://www.eb2-miranda-douro.rcts.pt/mat/historia.htm<br />
http://www.apm.pt/apm/amm/paginas/231_249.<strong>pdf</strong><br />
E, claro, pode sempre consultar a página da APM onde se conta como foi o projecto “Poliedro na Escola” do Ano<br />
Mundial da Matemática.<br />
Dízimas finitas e infinitas<br />
Eis algumas sugestões de recursos na Internet para trabalhar o tema:<br />
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm27/dizimas.htm<br />
http://pascal.iseg.utl.pt/~jldias/am1/AMI-<strong>pdf</strong>/AMAT1-REAIS.<strong>pdf</strong><br />
http://www.passei.com.br/tc2000/matematica1/m4_46_vb.<strong>pdf</strong><br />
Algumas fichas de trabalho propostas por professores neste tema:<br />
http://profs.ccems.pt/RosaFerreira/matA_10_2009_2010/modulo_inicial/plano02_00/problema_3.<strong>pdf</strong><br />
http://profs.ccems.pt/RosaFerreira/planos/planos10_06_07/modulo_inicial/plano02/tarefa05_01.<strong>pdf</strong><br />
http://www.amma.com.pt/cm/af29/trabalhos/s10/Ft10_a2.<strong>pdf</strong><br />
http://www.prof2000.pt/users/amma/recursos_materiais/rec/10_ano/f_trab/04_05/ft10_02_04-05.htm<br />
As tarefas propostas, mas não resolvidas<br />
Sendo este Módulo Inicial essencialmente de “acompanhamento e recuperação”, com características de “avaliação<br />
diagnóstica”, não pareceu aos autores do manual adequado colocar sugestões ou soluções das tarefas do Módulo<br />
Inicial no manual ao alcance dos alunos. Os professores devem ter a possibilidade de, em cada momento, ir fazendo<br />
o seu diagnóstico informal sobre o que poderão aconselhar a cada aluno. Assim, as possíveis sugestões e soluções<br />
são colocadas aqui no Guia do Professor, para que o docente as possa administrar da maneira que achar mais conveniente<br />
em função dos alunos que tem.
Sugestões de resolução das tarefas do<br />
Módulo Inicial<br />
Tarefa 2 (A escadaria do João) (Pág. 21)<br />
Começa com um degrau, tens uma maneira de o subir,<br />
e com dois já tens duas maneiras de o fazer, faz para<br />
mais casos… e tenta ver se existe alguma regularidade<br />
entre os números que vais obtendo...<br />
Tarefa 3 (As etiquetas correctas) (Pág. 21)<br />
Escolhe uma das caixas e pensa no que acontece, isto<br />
é, se a solução é única... não esquecer que as etiquetas<br />
estão trocadas... ler com cuidado o enunciado é sempre<br />
importante...<br />
Tarefa 4 (A posição do ortocentro) (Pág. 22)<br />
Recorda a classificação de triângulos quanto aos ângulos…<br />
isso vai ajudar-te... não é nada difícil...<br />
Tarefa 5 (A posição do circuncentro) (Pág. 23)<br />
Observa com cuidado o que vai acontecendo... uma sugestão:<br />
não te esqueças a que é igual a amplitude de<br />
um ângulo inscrito numa circunferência...<br />
Tarefa 6 (A posição do baricentro) (Pág. 23)<br />
Utiliza as potencialidades de medida do programa e determina<br />
o quociente entre a distância a um lado e a respectiva<br />
mediana...<br />
Tarefa 7 (A recta de Euler) (Pág. 24)<br />
Usa as potencialidades de medida do programa. Estabelece<br />
as relações que te interessam.<br />
Tarefa 9 (O raio de circunferência inscrita) (Pág. 25)<br />
Pensa quais os números inteiros que, somados com 15,<br />
podem ser as medidas de um triângulo de 36 cm de perímetro.<br />
Não te esqueças que é um triângulo rectângulo...<br />
depois é o mesmo que na tarefa 8. Vais ver que<br />
funciona bem...<br />
Tarefa 10 (A posição do incentro) (Pág. 26)<br />
Uma boa ideia é verificar em que triângulos o incentro<br />
pertence à recta de Euler...<br />
Tarefa 12 (O paralelogramo) (Pág. 28)<br />
Primeiro revê os casos de semelhança de triângulos...<br />
depois desenha as diagonais e prova que os triângulos<br />
de cada um dos lados são semelhantes... o resto é elaborar<br />
apenas um texto claro.<br />
Módulo Inicial — Resolução de problemas | Aleph 10<br />
Tarefa 13 (O quadrado e o losango) (Pág. 29)<br />
Talvez seja bom saberes a definição de quadrado e de<br />
losango e tudo fica mais fácil… depois é só compará-<br />
-los…<br />
Tarefa 16 (Repartição de maçãs) (Pág. 33)<br />
Eu sei bem disso, ele é equações atrás de equações...<br />
Mas será que é mesmo? Pensa no problema resolvido.<br />
E começa do fim para o princípio... e não é que é mais<br />
fácil...<br />
Propostas de resolução das tarefas do<br />
Módulo Inicial<br />
Tarefa 2 (A escadaria do João) (Pág. 21)<br />
Acaba por ser a sucessão de Fibonnaci: 1, 2, 3, 5, 8... ou<br />
seja, cada termo a partir do 3. o é a soma dos dois anteriores.<br />
Existem 89 maneiras diferentes de subir as escadas.<br />
Tarefa 3 (As etiquetas correctas) (Pág. 21)<br />
Retiro uma peça de fruta da caixa que diz “maçãs e laranjas”.<br />
Como as etiquetas estão trocadas, se for uma<br />
maçã, essa caixa é só de maçãs, logo a etiqueta é<br />
“maçãs”. Então, como as etiquetas estão trocadas, a<br />
caixa com a etiqueta “laranjas” terá de conter maçãs e<br />
laranjas e a caixa com a etiqueta “maçãs” terá, portanto,<br />
de conter só laranjas. Se se retirar uma laranja da caixa<br />
com etiqueta “maçãs e laranjas”, o raciocínio é idêntico.<br />
Se se retirasse de uma das outras caixas, por exemplo,<br />
uma maçã, nada me garantia que lá não pudessem estar<br />
também laranjas. Assim, a única hipótese é começar<br />
pela caixa com a etiqueta “maçãs e laranjas”.<br />
Tarefa 4 (A posição de ortocentro) (Pág. 22)<br />
Num triângulo rectângulo, coincide com o vértice do ângulo<br />
recto, num triângulo obtusângulo, é exterior e, num<br />
triângulo acutângulo, é interior.<br />
Tarefa 5 (A posição do circuncentro) (Pág. 23)<br />
Num triângulo rectângulo, está sobre a hipotenusa, num<br />
triângulo obtusângulo, é exterior e, num triângulo acutângulo,<br />
é interior.<br />
17
18<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Tarefa 6 (A posição do baricentro) (Pág. 23)<br />
2<br />
da mediana.<br />
3<br />
Tarefa 9 (O raio da circunferência inscrita) (Pág. 25)<br />
Se os catetos do triângulo rectângulo são números inteiros,<br />
as únicas soluções são:<br />
7, 14, 15<br />
8, 13, 15<br />
9, 12, 15<br />
10, 11, 15<br />
Destes, só o triângulo 9, 12, 15 satisfaz o Teorema de Pitágoras.<br />
A área do triângulo é, então,<br />
9 × 12<br />
= 54.<br />
2<br />
Como a circunferência é tangente aos lados do triângulo,<br />
o raio é a altura de cada um dos triângulos, pois é<br />
perpendicular a cada um dos lados no ponto de tangência,<br />
como se verifica na figura:<br />
9<br />
r<br />
r<br />
r<br />
A área do triângulo é igual à soma das áreas dos três<br />
triângulos em que está dividido. Assim:<br />
9r 12r 15r<br />
+ + = 54 ⇔ r = 3<br />
2 2 2<br />
O raio da circunferência é, então, 3.<br />
Tarefa 10 (A posição do incentro) (Pág. 26)<br />
Em geral, o incentro não pertence à recta de Euler, apenas<br />
nos triângulos isósceles.<br />
Tarefa 12 (O paralelogramo) (Pág. 28)<br />
Os triângulos [ABD] e [AEF] são semelhantes, pois têm<br />
— —<br />
AB AD<br />
um ângulo comum, a saber, o ângulo BAD, e —AE = —AF = 2,<br />
pois E e F são os pontos médios dos lados [AD] e [AB].<br />
Em triângulos semelhantes, a lados proporcionais correspondem<br />
ângulos iguais. Assim, o ângulo AEF é igual<br />
ao ângulo ABD. As rectas EF e BD, cortadas pela recta<br />
AB, têm os ângulos correspondentes iguais, pelo que<br />
são paralelas. Considerando os triângulos BCD e GCH,<br />
do mesmo modo se prova que são semelhantes e conclui-se<br />
que as rectas GH e BD são paralelas. Se EF é<br />
paralela a BD e GH é paralela a BD, então EF é paralela<br />
a GH.<br />
15<br />
12<br />
E<br />
B C<br />
G<br />
Fazendo um estudo análogo em relação à diagonal AC,<br />
prova-se, do mesmo modo, que EG é paralela a FH.<br />
Assim, o quadrilátero é um paralelogramo, pois tem os<br />
lados opostos paralelos.<br />
Tarefa 13 (O quadrado e o losango) (Pág. 29)<br />
Um quadrado é um quadrilátero com os lados todos<br />
iguais e os ângulos todos rectos. Um losango é um quadrilátero<br />
com os lados todos iguais e os ângulos opostos<br />
iguais.<br />
Assim, um quadrado é um losango, pois o quadrado tem<br />
os lados todos iguais e os ângulos opostos iguais (por<br />
serem todos rectos) pelo que satisfaz todas as condições<br />
para ser losango.<br />
Mas nem todo o losango é um quadrado, pois o losango<br />
tem os lados todos iguais, mas o facto de os ângulos<br />
opostos serem iguais não obriga a que sejam todos rectos,<br />
pelo que não satisfaz obrigatoriamente todas as<br />
condições para ser um quadrado.<br />
Tarefa 16 (Repartição de maçãs) (Pág. 33)<br />
Supondo o problema resolvido, raciocina do fim para o<br />
princípio, como fica evidente na tabela:<br />
Irmão mais novo<br />
8<br />
4<br />
2<br />
4<br />
A F<br />
D<br />
Irmão do meio<br />
8<br />
4<br />
8<br />
7<br />
Irmão mais velho<br />
8<br />
16<br />
16<br />
13<br />
Os três irmãos têm, respectivamente 7, 10 e 16 anos.<br />
H
Geometria<br />
Capítulo 1 – Resolução de problemas de Geometria<br />
Capítulo 2 – Referenciais e lugares geométricos<br />
Capítulo 3 – Vectores livres<br />
Capítulo 4 – Equações da recta<br />
TEMA 1
20<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Propostas de resolução das tarefas e<br />
exercícios<br />
Capítulo 1 – Resolução de problemas de Geometria<br />
Tarefa 6 (Área de uma figura muito irregular) (Pág. 56)<br />
Para estimarmos a área da Antárctida, podemos usar um<br />
software de Geometria Dinâmica que nos permite me dir<br />
comprimentos de segmentos de recta ou uma régua graduada<br />
que nos permita medir o comprimento dos lados<br />
dos rectângulos construídos sobre o mapa. Repare-se<br />
que as partes da Antárctida não contidas em nenhum dos<br />
quadrados compensam as partes dos quadrados que não<br />
contêm nenhuma parte do mapa.<br />
Quilómetros 0 200 400 600 800 1000<br />
Medindo com software adequado, constatamos que o la do<br />
do comprimento do rectângulo maior é, aproximadamente,<br />
1809 e a sua largura é 1025, o que permite estimar que<br />
a área será 1809 × 1025 = 1 854 225 unidades de área.<br />
Quanto ao rectângulo mais pequeno, a sua área será,<br />
aproximadamente, 385 × 1236 = 475 860. Assim, uma<br />
estimativa para a área da Antárctida será:<br />
1 854 225 + 475 860 = 2 330 085 unidades de área.<br />
“Este exercício foi colocado no estudo de PISA de 2000 e, segundo<br />
o relatório publicado, “foi o item em que foi mais baixo o nível de sucesso<br />
dos estudantes portugueses relativamente ao dos seus colegas<br />
da área da OCDE. Requeria a estimativa de uma área tendo em<br />
con sideração a escala em que o mapa estava desenhado. Quase três<br />
quartos dos alunos não apresentaram qualquer tipo de resolução”.<br />
Tarefa 7 (Polígonos inscritos) (Pág. 56)<br />
Uma actividade aberta como esta, que admite várias soluções,<br />
permite que os alunos confrontem soluções e<br />
estabeleçam relações. Não se pretende obter uma construção<br />
óptima, mas sim explorar características de cada<br />
figura para a inscrever no quadrado. Não é fácil obter<br />
um triângulo equilátero sem recorrer às relações entre<br />
os ângulos. Esta actividade pode ser aproveitada para<br />
introduzir ou consolidar questões de trigonometria do<br />
triângulo rectângulo.<br />
Retirado de: Brochura de Geometria, 10. o ano, p. 71, ME<br />
Tarefa 8 (Construindo blocos) (Pág. 57)<br />
1. 12 cubos. 2. 27 cubos.<br />
3. 26 cubos. 4. 96 cubos.<br />
Tarefa 9 (Os agricultores e a água da chuva) (Pág. 58)<br />
Dependendo da posição escolhida para os pontos A, B<br />
e C consideremos diferentes soluções, mas a resolução<br />
será idêntica. Suponhamos que os pontos A, B e C se<br />
situam tal como mostra a figura seguinte:<br />
A<br />
B<br />
Os três furos do cubo definem um plano. Inclinando<br />
convenientemente o cubo, consegue-se guardar o máximo<br />
de água se a camada superior de água coincidir<br />
com a secção definida pelos três furos.<br />
A<br />
A secção definida pelos três furos divide o cubo em dois<br />
sólidos, sendo o menor um tronco de pirâmide.<br />
As bases desse tronco de pirâmide são triângulos semelhantes<br />
(porque têm dois ângulos iguais) e a razão<br />
que transforma o maior no menor é porque o ponto<br />
B é o ponto médio da aresta que o contém.<br />
Como a razão de semelhança é , a razão entre os volumes<br />
das pirâmides [FACV] e [EBDV] é .<br />
V [FACV] = × × 12 = 36 dm ( ) 3<br />
V [EBDV] = × 36 = 4,5 dm3 Vtronco de pirâmide = 36 – 4,5 = 31,5 dm3 Vcubo = 63 = 216 dm3 Volume máximo de água que se pode guardar =<br />
= 216 – 31,5 = 184,5 dm3 1<br />
2<br />
1<br />
2<br />
1<br />
8<br />
1 6 × 3<br />
3 2<br />
1<br />
8<br />
O Sr. Pedro conseguiria guardar 184,5 litros de água.<br />
Adaptado de: http://matematicanacidadela.blogspot.com/2008/11/<br />
para-que-servem-os-cortes-no-cubo.html<br />
Tarefa 10 (Cortes num tetraedro) (Pág. 58)<br />
1. Se o aluno já fez a exploração dos cortes no cubo,<br />
poderá concluir e demonstrar que os cortes no tetraedro<br />
só podem ser triângulos ou quadriláteros. Se<br />
o tetraedro tem quatro faces, um plano intersecta no<br />
máximo quatro faces, logo o corte pode ter no máximo<br />
quatro lados.<br />
C<br />
F E<br />
C<br />
B<br />
V<br />
D
Obtemos quadriláteros quando o plano intersecta as<br />
quatro faces, e estes só são rectângulos quando o<br />
plano é paralelo a duas das arestas. Se virmos o tetraedro<br />
dentro do cubo, estes são os planos paralelos<br />
a duas faces opostas do cubo.<br />
2. Para provar que estes rectângulos têm todos o mes mo<br />
perímetro, o mais fácil é recorrer a uma planificação.<br />
3. Estes rectângulos vão de um caso limite a outro e,<br />
como não há descontinuidades, um deles é quadrado.<br />
Largura<br />
a<br />
c + = aresta<br />
a Comprimento<br />
Mas este quadrado também pode ser visto quando fazemos<br />
o corte no cubo com o tetraedro por um plano que<br />
passa nos pontos médios de quatro arestas do tetraedro.<br />
Centro da<br />
face do cubo<br />
Retirado de: Brochura de Geometria, 10. o ano, pp. 89 e 90, ME<br />
Desafio D.1 (Pág. 59)<br />
Vamos mostrar que as áreas das estrelas são iguais,<br />
mos trando que as áreas não ocupadas dos hexágonos<br />
são iguais. Repare-se que o hexágono da figura 1 não<br />
tem preenchida a área correspondente a 12 triângulos<br />
equiláteros de lado 1.<br />
A área de cada um destes triângulos é<br />
√∫3<br />
que, a multi-<br />
4<br />
plicar por 12, é igual a 3√∫3, sendo esta a área não ocupada<br />
pela estrela da figura 1.<br />
Quanto à figura 2, a área não ocupada é constituída por<br />
12 triângulos rectângulos de catetos 1 e<br />
√∫3<br />
, o que permite<br />
2<br />
afirmar que a área de cada um destes triângulos é<br />
√∫3<br />
.<br />
4<br />
Como também são 12, a área não ocupada pela estrela<br />
da figura 2 é, como não podia deixar de ser, 3√∫3, o que<br />
prova que as áreas das estrelas são iguais.<br />
Tema 1 — Geometria | Aleph 10<br />
Desafio D.2 (Pág. 59)<br />
Consideremos um círculo com diâmetro d. A sua área é<br />
2<br />
Ac = π . Se ao diâmetro tirarmos e calcularmos<br />
()<br />
a área de um quadrado de lado d – , vamos obter<br />
2<br />
Aq = d – . ( )<br />
Igualando estas duas áreas e resolvendo a equação obtida<br />
em ordem a π,determinamos o tão procurado valor de π:<br />
2<br />
Ac = Aq ⇔π = d – ⇔π = d ( ) 2 – + ⇔<br />
⇔π= 4 –<br />
8<br />
+<br />
4<br />
9d 81d<br />
Aplicando a heurística de Polya a este exemplo podemos<br />
fazer várias concretizações da variável d (o diâmetro)<br />
para tentarmos “perceber” o que está a acontecer<br />
com o valor procurado para π.<br />
Fazendo d = 1, obtemos π =<br />
256<br />
≈ 3,16; considerando<br />
81<br />
d = 2, obtemos π =<br />
289<br />
≈ 3,57; e, por fim, considerando,<br />
81<br />
d = 7, obtemos π =<br />
15 376<br />
≈ 3,87.<br />
3969<br />
Mostrámos que o problema 50 do Papiro de Rhind não<br />
torna racional, como era de esperar, o π, pois, como<br />
acabámos de ver, para diferentes diâmetros vamos<br />
obter diferentes valores de π, o que é um absurdo.<br />
2<br />
d2 1 d<br />
4 9<br />
2<br />
d<br />
1<br />
2<br />
9<br />
1<br />
9<br />
1<br />
9<br />
2d 1<br />
4 9 81<br />
Capítulo 2 – Referenciais e lugares geométricos<br />
Exercício 2 (Pág. 66)<br />
y<br />
7<br />
B (–3, 2)<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-5 -4 -3 -2 -1 O 1<br />
-1<br />
-2<br />
2 3 4 5<br />
-3 A (2, –3)<br />
-4<br />
C (2, 7)<br />
y = x<br />
D (7, 2)<br />
6 7 x<br />
São pontos simétricos relativamente à recta de equação<br />
y = x.<br />
Exercício 3 (Pág. 66)<br />
b. O ponto A pertence ao 4. o quadrante; o ponto B pertence<br />
ao 1. o quadrante; o ponto C pertence ao 3. o quadrante<br />
e o ponto D pertence ao 1. o quadrante.<br />
21
22<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Tarefa 3 (Semiplanos, faixas e cantos) (Pág. 70)<br />
1. y ≥ 3<br />
2. y < 3<br />
3. i) y = –2 não é um semiplano, mas sim uma recta horizontal.<br />
ii)<br />
y<br />
iii)<br />
iv)<br />
4. y ≥ 2 e y ≤ 6 ⇔ 2 ≤ y ≤ 6<br />
y ≥ –3 e y ≤ 5 ⇔ –3 ≤ y ≤ 5<br />
x ≥ –6 e y ≤ –1 ⇔ –6 ≤ y ≤ –1<br />
5. x ≥ 3 e y ≥ 2<br />
x ≤ 3 e y ≥ 2<br />
x ≤ 3 e y ≤ 2<br />
x ≤ 3 ou y ≤ 2<br />
Exercício 4 (Pág. 71)<br />
y ≥ 2<br />
y ≤ 2<br />
y < 2<br />
Exercício 5 (Pág. 71)<br />
a. x < 2<br />
b. x ≥ –4<br />
c. y >π<br />
d. x ≤ –π<br />
4<br />
-8 -4 O<br />
-2<br />
4 8<br />
-4<br />
4<br />
4<br />
y<br />
-8 -4 O<br />
-2<br />
4 8<br />
-4<br />
y<br />
-8 -4 O<br />
-2<br />
4 8<br />
-4<br />
x<br />
x<br />
x<br />
Exercício 6 (Pág. 71)<br />
y ≥ –2 e y ≤ 6 ⇔ –2 ≤ y ≤ 6<br />
y ≤ –2 ou y ≥ 6<br />
y ≥ –4 e x ≥ –7<br />
y ≤ –4 e x ≥ –7<br />
Exercício 7 (Pág. 71)<br />
a. x > 2 e x < 3 ⇔ 2 < x < 3<br />
Exercício 8 (Pág. 78)<br />
Num referencial (O, x, y, z) a figura definida pela condição<br />
1 < x ≤ 3 é a porção do plano contida entre os planos<br />
de abcissa 1, não incluindo o plano, e o plano de<br />
abcissa 3, este sim, incluído.<br />
Exercício 9 (Pág. 78)<br />
0 ≤ x ≤ –2 e 0 ≤ y ≤ 2 e 0 ≤ z ≤ 2<br />
Exercício 10 (Pág. 78)<br />
A(2, –2, 0); B(2, 2, 0); D(–2, –2, 0); E(2, –2, 4); F(2, 2, 4);<br />
G(–2, 2, 4); H(–2, –2, 4)<br />
Tarefa 6 (Depósito de propano) (Pág. 79)<br />
Sejam:<br />
A – a localização de uma urbanização;<br />
B – a localização da outra urbanização;<br />
D – a localização do depósito;<br />
F – a localização da fábrica.<br />
Dados do problema:<br />
dist(D, F) ≥ 600<br />
dist(D, A) = dist(D, B)<br />
(Esta informação garante-nos que o depósito tem que<br />
ficar sobre a mediatriz do segmento de recta de extremos<br />
A e B).<br />
Dist(A, B) = 500<br />
Dist(A, F) = 700<br />
dist(B, F) = 900<br />
y<br />
F 1<br />
F 2<br />
D12<br />
D11<br />
D21<br />
D22<br />
x
Atendendo às restrições do problema, temos quatro<br />
possíveis soluções, duas por cada possível localização<br />
da fábrica, que designamos por F 1 e F 2. As quatro localizações<br />
possíveis são os pontos D 11 e D 12, tendo<br />
como referência a localização F 1 da fábrica e os pontos<br />
D 21 e D 22, para a localização F 2 da fábrica.<br />
Exercício 11 (Pág. 81)<br />
Uma equação da circunferência de centro O(2, –3) e<br />
raio 7 é, por exemplo, (x – 2) 2 + [y – (–3)] 2 = 7 2 ⇔<br />
⇔ (x – 2) 2 + (y + 3) 2 = 49<br />
Exercício 12 (Pág. 81)<br />
O ponto de coordenadas (2, 3) pertence à circunferência<br />
de centro (1, –1) e raio 2 se, quando substituirmos as<br />
suas coordenadas na equação da referida circunferência,<br />
obtivermos uma igualdade numérica verdadeira.<br />
Uma equação da circunferência é, por exemplo,<br />
(x – 1) 2 + (y + 1) 2 = 4.<br />
Averiguemos se o ponto (2, 3) lhe pertence. Façamos a<br />
substituição (2 – 1) 2 + (3 + 1) 2 = 4 ⇔ 1 2 × 4 2 = 4 ⇔ 17 = 4.<br />
Como obtivemos uma igualdade numérica falsa, podemos<br />
afirmar que o ponto (2, 3) não pertence à circunferência<br />
de centro (1, –1) e raio 2.<br />
Exercício 13 (Pág. 81)<br />
Uma equação da esfera aberta de centro (1, 2, 3) e raio 2<br />
é, por exemplo, (x – 1) 2 + (y – 2) 2 + (z – 3) 2 < 2 2 .<br />
Exercício 14 (Pág. 81)<br />
O ponto de coordenadas (2, 3, –1) pertence à superfície<br />
esférica de centro (0, 1, –1) e raio 1 se, quando substituirmos<br />
as suas coordenadas na equação da referida<br />
superfície esférica, obtivermos uma igualdade numérica<br />
verdadeira.<br />
Uma equação da superfície esférica é, por exemplo,<br />
(x – 0) 2 + (y – 1) 2 + (z + 1) 2 = 4. Averiguemos se o ponto<br />
(2, 3, –1) lhe pertence. Façamos a substituição:<br />
2 2 + (3 – 1) 2 + (–1 + 1) 2 = 4 ⇔ 4 + 4 + 0 = 4 ⇔ 8 = 4.<br />
Como obtivemos uma igualdade numérica falsa, podemos<br />
afirmar que o ponto (2, 3, –1) não pertence à superfície<br />
esférica de centro (0, 1, –1) e raio 2.<br />
Exercício 15 (Pág. 82)<br />
O plano mediador do segmento de recta de extremos<br />
(1, 2, 3) e (1, –2, 3) é o conjunto dos pontos que estão à<br />
mesma distância dos extremos do segmento, isto é,<br />
√∫(∫x∫ ∫–∫ ∫1∫)∫ 2 ∫ ∫+∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ ∫2∫)∫ 2 ∫ ∫+∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ ∫3∫)∫ 2 = √∫(∫x∫ ∫–∫ ∫1∫)∫ 2 ∫ ∫+∫ ∫(∫y∫ ∫+∫ ∫2∫)∫ 2 ∫ ∫+∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ ∫3∫)∫ 2<br />
⇔ (x – 1) 2 + (y – 2) 2 +(z – 3) 2 = (x – 1) 2 + (y + 2) 2 + (z – 3) 2<br />
⇔ –4y + 4y = 0 ⇔ y = 0<br />
O plano mediador procurado é o plano coordenado y = 0.<br />
Tema 1 — Geometria | Aleph 10<br />
Exercício 16 (Pág. 82)<br />
O plano mediador do segmento de recta de extremos<br />
(1, 2, 2) e (1, 2, 1) é o conjunto dos pontos que estão à<br />
mesma distância dos extremos do segmento, isto é,<br />
√∫(∫x∫ ∫–∫ ∫1∫)∫ 2∫ ∫+∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ ∫2∫)∫ 2∫ ∫+∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ ∫2∫)∫ 2 = √∫(∫x∫ ∫–∫ ∫1∫)∫ 2∫ ∫+∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ ∫2∫)∫ 2∫ ∫+∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ ∫1∫)∫ 2<br />
⇔ (x – 1) 2 + (y – 2) 2 +(z – 2) 2 = (x – 1) 2 + (y – 2) 2 + (z – 1) 2<br />
3<br />
⇔ –4z + 4 = –2z + 1 ⇔ –2z = –3 ⇔ z =<br />
2<br />
3<br />
O plano mediador procurado é o plano de equação z = .<br />
2<br />
Exercício 17 (Pág. 82)<br />
O ponto de coordenadas (1, 2, –4) pertence ao plano mediador<br />
do segmento de recta de extremidades (1, 2, –4)<br />
e (1, 2, 3), se quando substituirmos as suas coordenadas<br />
na equação do plano mediador, obtivermos uma igualdade<br />
numérica verdadeira.<br />
A equação do plano mediador é:<br />
(x – 1) 2 + (y – 2) 2 +(z – 4) 2 = (x – 1) 2 + (y – 2) 2 + (z – 3) 2<br />
⇔ 8z + 16 = –6z + 9 ⇔ z = –<br />
1<br />
2<br />
Um ponto pertence a este plano se tiver cota igual a –<br />
1<br />
.<br />
2<br />
Dado que esta exigência não é satisfeita pelo ponto<br />
(1, 2, –4), podemos afirmar que ele não pertence ao<br />
plano mediador do segmento de recta de extremidades<br />
(1, 2, –4) e (1, 2, 3).<br />
Exercício 18 (Pág. 85)<br />
Sendo k > 1, a transformação associada é:<br />
X = x, Y = ky<br />
sendo que, neste caso, para cada abcissa as ordenadas<br />
são ampliadas na mesma proporção (pois são multiplicadas<br />
por um número maior do que 1).<br />
Neste caso, obtemos um alongamento da circunferência<br />
em relação ao eixo dos xx. Assim, o eixo menor, neste<br />
caso, coincide com o diâmetro da circunferência e o<br />
eixo maior é maior do que o diâmetro da circunferência<br />
(é igual ao diâmetro multiplicado por k).<br />
A equação da circunferência é x2 + y2 = r2 .<br />
Fazendo a substituição, temos:<br />
Y2 k2 X 2 + = r 2 ⇔ + = 1, que é uma equação do<br />
mes mo tipo.<br />
X2 r2 Y2 (kr) 2<br />
Exercício 19 (Pág. 85)<br />
O raio da circunferência terá de ser igual ao semieixo<br />
me nor da elipse e a transformação associada: X = kx e<br />
Y = y.<br />
23
24<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Exercício 22 (Pág. 85)<br />
Determinar a intersecção da elipse 2x2 + y2 = 3 com o<br />
eixo dos xx corresponde a resolver a equação 2x2 = 3 ⇔<br />
x = ±√∫ . A intersecção com o eixo dos yy faz-se da<br />
mes ma forma, resolvendo a equação y2 3<br />
2<br />
= 3 ⇔ y = ± √∫3,<br />
pelo que os pontos de intersecção com os eixos coor-<br />
3<br />
denados são: , 0 ; (√∫ ) ( –√∫<br />
3<br />
, 0 ; (0, √∫3) e (0, –√∫3).<br />
2 2 )<br />
Representada esta elipse, basta notar que, trocando o x<br />
com o y na equação da elipse, obtemos a equação da<br />
outra elipse, o que significa que as elipses são simétricas<br />
em relação à bissectriz dos quadrantes ímpares.<br />
Como são simétricas em relação à bissectriz dos quadrantes<br />
ímpares, dois dos seus pontos comuns pertencem<br />
a essa bissectriz. Fazendo x = y numa das equa ções,<br />
obtemos 2x 2 + x 2 = 3 ⇔ x = ±1, donde dois dos pontos<br />
são (1, 1) e (–1, –1).<br />
Como são simétricas em relação ao eixo dos xx eao<br />
eixo dos yy (pois trocando x por –x e y por –y obtemos<br />
as mesmas equações) os outros pontos são os simétricos<br />
dos anteriores em relação aos eixos coordenados:<br />
(–1, 1) e (1, –1).<br />
Exercícios globais (Págs. 86-88)<br />
1. a.<br />
B(–√∫2, 4) y<br />
b.<br />
C(–3√∫3, 4)<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-5 -4 -3 -2 -1 O<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
1 2 3 4<br />
A(–2, –3)<br />
-4<br />
y<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
G(–2, 0)<br />
-5 -4 -3 -2 -1 O<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
A(–2, –3)<br />
-4<br />
y<br />
3<br />
2<br />
3<br />
F(1, 0)<br />
1 2 3 4<br />
E(1, –3)<br />
3<br />
D(π, 4)<br />
5<br />
x<br />
2 3<br />
5<br />
x<br />
x<br />
c.<br />
J(–2, 1)<br />
y<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
I(2, 1)<br />
-5 -4 -3 -2 -1 O<br />
-1<br />
-2<br />
1 2 3 4<br />
-3<br />
A(–2, –3)<br />
-4<br />
H(2, –3)<br />
2. Uma equação da esfera aberta de centro (–1, 0, –2) é,<br />
por exemplo, (x + 1) 2 + (y – 0) 2 + (z + 2) 2 < 32 , ou seja,<br />
(x + 1) 2 + y2 + (z + 2) 2 < 9.<br />
3. O ponto de coordenadas (2, –1, –1) pertence à super -<br />
fície esférica de centro (0, 1, –1) e raio 1 se, quando<br />
substituirmos as suas coordenadas na equação da<br />
referida superfície esférica, obtivermos uma igualdade<br />
numérica verdadeira.<br />
Uma equação da superfície esférica é, por exemplo,<br />
(x + 0) 2 + (y – 1) 2 + (z + 1) 2 = 1. Para averiguar se o<br />
ponto (2, –1, –1) lhe pertence, façamos a substituição:<br />
22 + (–1 – 1) 2 + (–1 + 1) 2 = 1 ⇔ 4 + 4 + 0 = 1 ⇔ 8 = 1.<br />
Como obtivemos uma igualdade numérica falsa, podemos<br />
afirmar que o ponto (2, –1, –1) não pertence à<br />
superfície esférica de centro (0, 1, –1) e raio 1.<br />
4. √∫(∫x∫ ∫–∫ ∫1∫)∫ 2∫ ∫+∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ ∫2∫)∫ 2∫ ∫+∫ ∫(∫z∫ ∫–∫ ∫2∫)∫ 2 = √∫(∫x∫ ∫–∫ ∫1∫)∫ 2∫ ∫+∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ ∫2∫)∫ 2∫ ∫+∫ ∫(∫z∫ ∫+∫ ∫3∫)∫ 2<br />
⇔ (x – 1) 2 + (y – 2) 2 +(z – 2) 2 = (x – 1) 2 + (y – 2) 2 + (z + 3) 2<br />
⇔ (z – 2) 2 = (z + 3) 2 ⇔ z2 – 4z + 4 = z2 + 6z + 9<br />
⇔ 10z = – 5 ⇔ z = –<br />
1<br />
2<br />
5. a. A origem pertence ao conjunto de pontos definidos<br />
pela condição x2 + y2 + 4x – 2y = 0 porque,<br />
quando substituímos x e y por zero, vamos obter<br />
uma igualdade numérica verdadeira.<br />
b. x2 + y2 + 4x – 2y = 0<br />
⇔ (x2 + 2 × 2x + 22 ) – 22 + (y2 – 2 × y + 12 ) – 12 = 0<br />
⇔ (x + 2) 2 – 4 + (y – 1) 2 – 1 = 0<br />
⇔ (x + 2) 2 + (y – 1) 2 = (√∫5) 2<br />
Circunferência de centro (–2, 1) e raio √∫5.<br />
6. Seja M o ponto médio do segmento de extremos (1, 2)<br />
e (5, 4).<br />
M = , ( ) = ( , = (3, 3) )<br />
Seja d a distância do ponto (3, –4) ao ponto M(3, 3).<br />
Então, d = √∫(∫3∫ ∫–∫ ∫3∫)∫2∫ ∫+∫ ∫[∫3∫ ∫–∫ ∫(∫–∫4∫)∫] 2 = √∫7∫2 1 + 5 2 + 4 6 6<br />
2 2 2 2<br />
= 7.<br />
5<br />
x
7. Comecemos por determinar o centro e o raio da circunferência:<br />
x 2 + y 2 – 2x – 6y + 5 = 0<br />
⇔ (x 2 – 2 × x + 1 2 ) – 1 + (y 2 – 2 × 3y + 3 2 ) – 9 + 5 = 0<br />
⇔ (x – 1) 2 + (y – 3) 2 = (√∫5) 2<br />
Façamos um esquema para percebermos o que nos<br />
está a ser pedido e, ao mesmo tempo, ver se conseguimos<br />
aplicar algumas propriedades ou teoremas<br />
nossos conhecidos:<br />
y<br />
3 5<br />
2<br />
1 2<br />
x<br />
Na figura vemos um triângulo rectângulo com catetos<br />
d1 e d2, sendo a hipotenusa o raio da circunferência.<br />
A distância procurada é o dobro de d2. Determinemos<br />
d1 usando a fórmula da distância de dois pontos:<br />
d1 = √∫(∫2∫ ∫–∫ ∫1∫)∫2∫ ∫+∫ ∫(∫2∫ ∫–∫ ∫3∫)∫2 = √∫2<br />
Pelo Teorema de Pitágoras, determinemos d2: d2 1 + d2 2 = (√∫5)2 ⇔ d2 2 = 5 – 2 ⇔ d2 2 = 3 ⇔ d2 = √∫3<br />
O comprimento da corda [AB] é 2√∫3.<br />
8. A expressão que permite definir uma coroa circular<br />
de centro (c 1, c 2) e raio interior 4 dm e raio exterior<br />
6 dm é 4 2 ≤ (x – c 1) 2 + (y – c 2) 2 ≤ 6 2 .<br />
9. No espaço define um “tubo” cilíndrico sem princípio<br />
nem fim. Mais rigorosamente, define uma superfície<br />
cilíndrica ilimitada em que o eixo de revolução é o<br />
eixo Oz.<br />
10. a. Seja 2a a aresta do cubo. Então, as coordenadas<br />
dos vértices do octaedro são:<br />
N , , ( 0) ; I( , , a) ; K( a, , ) ;<br />
a a a a a a<br />
2 2 2 2 2 2<br />
M 0,<br />
a<br />
,<br />
a<br />
; J<br />
a<br />
, 0,<br />
a<br />
; L<br />
a<br />
, a,<br />
a<br />
( 2 2)<br />
( 2 2)<br />
( 2 2)<br />
b.<br />
z – ( )<br />
a<br />
y – ( ) 2<br />
a<br />
2<br />
x – ( )<br />
a<br />
(x – a)<br />
2<br />
2 +<br />
(y – a) 2 2<br />
2<br />
+ =<br />
=<br />
+ z – ( )<br />
a<br />
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫<br />
2<br />
+ √∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ 2∫<br />
z – ( )<br />
a<br />
y – ( ) 2<br />
a<br />
2<br />
x – ( )<br />
a<br />
⇔ (x – a)<br />
2<br />
2 +<br />
(y – a) 2 2<br />
2<br />
+ =<br />
=<br />
+ z – ( )<br />
a<br />
2<br />
+<br />
2<br />
2<br />
2<br />
a2 ⇔ (x<br />
4<br />
2 – 2ax + a2 + y2 – ay + =<br />
Tema 1 — Geometria | Aleph 10<br />
= x2 – ax + y2 – 2ay + a2 4<br />
⇔ – 2ax – ay = –ax – 2ay<br />
⇔ ax – 2ax = ay – 2ay ⇔ x(a – 2a) = y(a – 2a)<br />
⇔ x = y<br />
A equação do plano mediador da aresta KL do octaedro<br />
é x = y. Facilmente se constata que os vértices<br />
D, B, F e H do cubo pertencem ao referido<br />
plano, pois estes vértices têm todos a abcissa<br />
igual à ordenada.<br />
c. A equação da superfície esférica que contém<br />
todos os vértices do octaedro tem centro no ponto<br />
(<br />
a a a a<br />
, , e raio . Assim, a equação é:<br />
2 2 2)<br />
2<br />
( x<br />
a<br />
2<br />
– ) 2<br />
2<br />
2<br />
2<br />
+ y – + z – = ( ) ( ) ()<br />
11. (x – 1) 2 + (y – 1) 2 = 2<br />
a<br />
2<br />
12. A escolha de um referencial adequado em muito facilitará<br />
a obtenção das equações.<br />
Aparece aqui a equação de uma recta, aparentemente<br />
antes de tempo. Contudo, o raciocínio é simples e<br />
não requer o recurso ao conhecimento da equação<br />
geral de uma recta.<br />
(Ver Brochura de Geometria, 10. o ano, p. 105, ME)<br />
13. A escolha de um referencial adequado em muito facilitará<br />
a obtenção das equações.<br />
Aparece aqui a equação de uma recta, aparentemente<br />
antes de tempo. Contudo, o raciocínio é simples<br />
e não requer o recurso ao conhecimento da<br />
equação geral de uma recta.<br />
(Ver Brochura de Geometria, 10. o ano, p. 105, ME)<br />
14. A resposta depende do referencial escolhido. Uma<br />
escolha cuidadosa facilitará os cálculos. Convém<br />
assim colocar a origem em C ou R. Se a origem for<br />
colocada em C, então a parte sombreada será definida<br />
por x 2 + y 2 ≤ 16 e (x – 6) 2 + y 2 ≥ 25.<br />
Jogos muito sérios (Pág. 89)<br />
Se designarmos os três espaços de cima por A, B e C<br />
e os três espaços de baixo por D, E e F, então as restrições<br />
do problema são:<br />
A + B + D + E = A + C + D + F<br />
A + B + D + E = B + C + E + F<br />
a 2<br />
a<br />
2<br />
a<br />
2<br />
25
26<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Temos seis incógnitas e duas equações, mas não devemos<br />
estar à espera de uma solução única.<br />
Simplificando as equações, obtemos:<br />
B + E = C + F<br />
A + D = C + F<br />
Escolhendo 3 pares de números com a mesma soma<br />
resolvemos o problema. Assim, se escolhermos 1, 6<br />
com 2, 5 e com 3, 4, obtemos sempre uma soma de 7<br />
donde podemos deduzir, por exemplo, a solução A = 1,<br />
B = 2, C = 3, D = 6, E = 5, F = 4.<br />
Neste caso, a soma “mágica” que se obtém em cada<br />
círculo é 14.<br />
É interessante tentar obter mais soluções e até todas as<br />
soluções possíveis, fazendo variar os números de que<br />
se parte...<br />
O mesmo tipo de círculos mágicos mas com 4 círculos<br />
tem por solução:<br />
Desafio D.1 (Pág. 89)<br />
Para provar que se A, B e P pertencem a uma circunferência<br />
de centro O, tal que a medida do ângulo AOB<br />
seja a, então o ângulo APB mede metade de a. Comecemos<br />
com um caso simples. Se o ponto P estiver no<br />
prolongamento de um dos lados do ângulo, como na figura,<br />
é fácil provar que a medida do ângulo OPB é metade<br />
da medida do ângulo AOB pois o triângulo [OPB] é<br />
isósceles.<br />
P<br />
O<br />
a<br />
A<br />
O caso geral pode ser reduzido a este dividindo o ângulo<br />
em causa por um segmento que passe pelo centro<br />
do círculo. Dado um segmento AB e um ângulo a, para<br />
construir o lugar geométrico dos pontos P tais que a<br />
medida do ângulo APB é igual a a, teremos de esperar<br />
encontrar um arco de circunferência pela propriedade<br />
da sugestão. Teremos então de construir um ângulo de<br />
B<br />
medida igual ao dobro do pretendido (o ângulo AOB) para<br />
que o ângulo pretendido apareça sobre a circunferência<br />
(o ângulo APB). Para isso, começamos por traçar um<br />
ângulo de medida igual a 90 – a sobre o segmento AB.<br />
Isso é fácil de fazer traçando uma perpendicular a um<br />
dos lados do ângulo. Em seguida, traçamos uma mediatriz<br />
do segmento AB e no ponto de intersecção<br />
temos um ângulo de medida igual a a; com outro ângulo<br />
simétrico do outro lado teremos o ângulo AOB de medida<br />
igual a 2a e, assim, O é o centro do círculo pretendido.<br />
Desafio D.2 (Pág. 89)<br />
a. Como — OE = — BC = 2 e — OA = — CD = 3 vem C(6, 5), E(2, 0)<br />
e A(0, 3).<br />
b. Na recta OD as ordenadas são um terço das abcissas.<br />
Na recta QA as ordenadas são iguais ao simétrico<br />
de metade das abcissas adicionadas de três<br />
unidades. Assim R, que é o ponto de intersecção das<br />
duas rectas, deve satisfazer estas duas condições simultaneamente.<br />
Resolvendo o sistema:<br />
<br />
y = x<br />
3<br />
x<br />
y = – + 3<br />
2<br />
Obtém-se R ( , ) .<br />
Capítulo 3 – Vectores livres<br />
Exercício 1 (Pág. 97)<br />
-2y<br />
-y<br />
x<br />
A<br />
18<br />
5<br />
a<br />
6<br />
5<br />
z<br />
z + x<br />
y + z<br />
Exercício 2 (Pág. 97)<br />
a. → OP = → RQ; → PQ = → OR; → QR = → PO; → OS = → TQ; → PT = → SR.<br />
O<br />
3z<br />
B<br />
z<br />
y<br />
-z<br />
y - z
. As coordenadas de O e P são O (0, 0, 0) e P (10, 0, 0).<br />
Assim:<br />
→<br />
OP = P – O = (10, 0, 0) – (0, 0, 0) = (10, 0, 0), logo<br />
|| → OP|| = √∫1∫0∫2∫ ∫+∫ ∫0∫2∫ ∫+∫ ∫0∫ 2 = 10.<br />
→<br />
OP = O – P = (0, 0, 0) – (10, 0, 0) = (–10, 0, 0), logo<br />
|| → PO|| = √∫(∫–∫1∫0∫)∫2∫ ∫+∫ ∫0∫ 2∫ ∫+∫ ∫0∫2 = 10.<br />
As coordenadas de P e R são P(10, 0, 0) e R(0, 10, 0).<br />
Assim:<br />
→<br />
PR = R – P = (0, 10, 0) – (10, 0, 0) = (–10, 10, 0), logo<br />
|| → PR|| = √∫(∫–∫1∫0∫)∫ 2∫ ∫+∫ ∫∫1∫0∫2∫<br />
∫+∫ ∫0∫2 = √∫2∫0∫0 = 10√∫2.<br />
Como as diagonais do octaedro regular são todas<br />
iguais, temos que || → TS|| = || → PR|| = 10√∫2 e finalmente<br />
|| → TT|| = || 0|| = 0.<br />
Exercício 3 (Pág. 100)<br />
a. → AR + → RB = → AB<br />
b. → AD + → DC = → AC<br />
c. → AP + → PR = → AR<br />
d. → AP + → PB = → AB<br />
e. → AD + → DH = → AH<br />
f. → AD + → DH + → HG = → AG<br />
g. → AD + → DC + → CA = → AA<br />
Exercício 4 (Pág. 100)<br />
a. → PQ + → QR = → PR<br />
b. → PS + → SQ = → PQ<br />
c. → PQ + → RS = → OR + → RS = → OS<br />
d. → PQ + → PO = → PQ + → QR = → PR<br />
e. → PT + → PS = → PT + → TR = → PR<br />
Exercício 5 (Pág. 101)<br />
No cubo, os vectores → DE e → CH são colineares, assim<br />
como os vectores → AB e → FG.<br />
Quanto ao octaedro, podemos considerar o seguinte par<br />
de vectores colineares → SQ, → OT, assim como → PQ e → OR.<br />
Exercício 6 (Pág. 101)<br />
a. → PQ – → RQ = → PQ + → QR = → PR<br />
b. → PO – → QR = → PO + → RQ = → PO + → OP = → PP = 0<br />
c. → PR – → RT = → PT + → TR = → PR<br />
d. → PT – → ST = → PT + → TS = → PS<br />
Exercício 7 (Pág. 104)<br />
a. → FA = A – F = (2, 0, 0) – (0, 0, 0) = (2, 0, 0)<br />
b. → FB = B – F = (2, 2, 0) – (0, 0, 0) = (2, 2, 0)<br />
c. → FC = C – F = (2, 2, 2) – (0, 0, 0) = (2, 2, 2)<br />
d. → AB = B – A = (2, 2, 0) – (2, 0, 0) = (0, 2, 0)<br />
e. → DC = C – D = (2, 2, 2) – (2, 0, 2) = (0, 2, 0)<br />
Tema 1 — Geometria | Aleph 10<br />
Exercício 8 (Pág. 104)<br />
a. a = (2, 2); b = (1, –3); c = (2, 2)<br />
b. a + b = (2, 2) + (1, –3) = (3, –1)<br />
c. a – c = (2, 2) – (2, 2) = (0, 0)<br />
d. Calculemos o produto cruzado das coordenadas dos<br />
vectores a e b: 2 × (–3) = –6 ≠ 2 × 1 = 2, logo os vectores<br />
não são colineares.<br />
e. Os vectores a e c são colineares pois têm as mesmas<br />
coordenadas.<br />
Exercícios globais (Págs. 105 e 106)<br />
1. a. Por exemplo, → AD + → DH.<br />
b. Por exemplo, → AB + → BF.<br />
2. a. Por exemplo, → AB + → BC.<br />
b. Por exemplo, → AF + → FB.<br />
c. Por exemplo, → AF + → FR.<br />
3. a. Verificar se existe um número real k não nulo tal<br />
que:<br />
(5, 5√∫2) = k(2, 2√∫2) ⇔ (5, 5√∫2) = (2k, 2k√∫2)<br />
⇔<br />
Os vectores são colineares.<br />
b. Verificar se existe um número real k não nulo tal<br />
que:<br />
(5, –5√∫5) = k(2, 2√∫2) ⇔ (5, –5√∫5) = (2k, 2k√∫2)<br />
⇔<br />
<br />
5 = 2k<br />
5√∫2 = 2k√∫2<br />
<br />
–5√∫5 = 2k√∫2 k =<br />
Como o sistema é impossível, os vectores não são<br />
colineares.<br />
c. Verificar se existe um número real k não nulo tal<br />
que:<br />
(5, 3√∫2) = k(3, 5√∫2) ⇔ (5, 3√∫2) = (3k, 5k√∫2)<br />
–5√∫5<br />
2√∫2<br />
<br />
5 = 3k<br />
k =<br />
3√∫2 = 5k√∫2<br />
Como o sistema é impossível, os vectores não são<br />
colineares.<br />
5<br />
3<br />
k = 3<br />
⇔<br />
⇔<br />
5<br />
<br />
5 = 2k<br />
⇔<br />
⇔<br />
<br />
k = 5<br />
2<br />
k = 5<br />
2<br />
<br />
k = 5<br />
2<br />
4. Como ||u|| = √∫2∫2∫ ∫+∫ ∫(∫–∫3∫)∫2 = √∫1∫3 e, dado que,<br />
u<br />
é um<br />
||u||<br />
vector de norma 1, então v =<br />
5 × u<br />
=<br />
5 × (2, –3)<br />
ou<br />
||u|| √∫1∫3<br />
seja, v =<br />
10<br />
, –<br />
15<br />
. ( √∫1∫3 √∫1∫3)<br />
27
28<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
5. a. Por exemplo, → PE + → EQ e → PB + → BQ.<br />
b. Por exemplo,<br />
→<br />
PD + → DC + → CQ e → PA + → AB + → BG + → GH + → HQ.<br />
c. Até ao ponto C.<br />
d. Até ao ponto Q.<br />
6. Designemos os pontos por A(–1, 7); B(0, 1) e C(1, –5).<br />
Determinemos a equação reduzida da recta que contém<br />
os pontos A e B.<br />
Um vector director da recta é:<br />
→<br />
AB = B – A = (0, 1) – (–1, 7) = (1, –6), pelo que o declive<br />
da recta é m = –6.<br />
Como o ponto B pertence ao eixo dos yy, a ordenada<br />
na origem é 1.<br />
Assim, a equação reduzida da recta que contém os<br />
pontos A e B é y = –6x + 1. Verifiquemos se o ponto<br />
C(1, –5) pertence à recta: –5 = –6 × 1 + 1, ou seja,<br />
–5 = –5, donde o ponto pertence à recta. Podemos<br />
concluir que os pontos A, B e C são colineares.<br />
7.<br />
A área do triângulo [DEF] é<br />
1<br />
da área do triângulo<br />
4<br />
[ABC]. Logo, a área é igual a 4.<br />
Como os pontos X, Y, Z são pontos médios do triângulo<br />
equilátero [BDE] formam um triângulo [XYZ]<br />
igualmente equilátero, em que a sua área é<br />
1<br />
da do<br />
4<br />
triângulo [BDE], logo igual a 1.<br />
18. Ponto médio do segmento [AB], coordenadas do<br />
vector → AB e norma do vector → AB.<br />
Desafios D.1 (Pág. 107)<br />
A<br />
C<br />
G<br />
Temos que: → GA + → GB + → GC = 0 ⇔ → GC + → GB = – → GA (1).<br />
Da figura resulta que: → GM = → GC + → CM e → GM = → GB + → BM.<br />
M<br />
B<br />
Adicionando vem: 2 × → GM = → GC + → GB + → CM + → BM<br />
Por (1) e atendendo a que o ponto M é o ponto médio do<br />
lado [BC], temos: 2 × → GM = – → GA + 0 ⇔ → GM = → GA.<br />
Então || → GM|| = || → 1<br />
1<br />
2<br />
GA||.<br />
2<br />
Isto mostra que o baricentro divide uma mediana em dois<br />
segmentos que estão na razão de 1 para 2.<br />
Desafios D.2 (Pág. 107)<br />
Tem-se → AB = (b1 – a1, b2 – a2) e → BC = (c1 – b1, c2 – b2). Como os vectores são colineares temos que existe<br />
k ∈ R\{0} tal que:<br />
→<br />
AB = k × → BC ⇔ (b1 – a1, b2 – a2) = k(c1 – b1, c2 – b2) b<br />
Assim, k = 1 – a1 b<br />
e k = 2 – a2 .<br />
c1 – b1 c2 – b2 b<br />
Daqui resulta que, 1 – a1 b<br />
= 2 – a2 c1 – b1 c2 – b2 ⇔ (b1 – a1)(c2 – b2) = (c1 – b1)(b2 – a2) ⇔<br />
c1 – b1 =<br />
c2 – b2. b1 – a1 b2 – a2 Capítulo 4 – Equações da recta<br />
Exercício 1 (Pág. 113)<br />
Designemos os pontos por A(–1, 2) e B(0, 3).<br />
Um vector director da recta é, por exemplo,<br />
→<br />
AB = B – A = (0, 3) – (–1, 2) = (1, 1).<br />
Pelo que uma equação da recta é, por exemplo,<br />
(x, y) = (–1, 2) + k(1, 1), k ∈ R.<br />
Exercício 2 (Pág. 113)<br />
a. Sendo A(1, 0) e B(2, 2), um vector director da recta é,<br />
por exemplo, → AB = B – A = (2, 2) – (1, 0) = (1, 2).<br />
Então, uma equação da recta é, por exemplo,<br />
(x, y) = (1, 0) + k(1, 2), k ∈ R.<br />
b. Como é paralela à recta AC, um vector director da<br />
recta é, por exemplo,<br />
→<br />
AC = C – A = (–1, 2) – (1, 0) = (–2, 2).<br />
Assim, uma equação da recta que contém o ponto B<br />
é (x, y) = (2, 2) + k(–2, 2), k ∈ R.<br />
Exercício 3 (Pág. 113)<br />
Na equação da recta (x, y) = (1, 2) + k(–1, 3), k ∈ R,<br />
quando k = 0 obtemos o ponto A(1, 2) e quando k = –1<br />
obtemos o ponto B(2, –1).<br />
→<br />
AB = B – A = (2, –1) – (1, 2) = (1, –3)<br />
Este vector (1, –3) é colinear com o vector (–1, 3) se<br />
existir um número real t diferente de zero tal que<br />
(1, –3) = t(–1, 3). Basta tomar t = –1 para que a igualdade<br />
se verifique. Logo, os vectores são colineares.
Exercício 4 (Pág. 113)<br />
A equação vectorial será, por exemplo,<br />
(x, y) = (–1, 2) + k(–3, 2), k ∈ R.<br />
Exercício 5 (Pág. 116)<br />
Designemos os pontos por A(1, 2) e por B(3, –4). Um<br />
vector director da recta é, por exemplo,<br />
→<br />
AB = B – A = (3, –4) – (1, 2) = (2, –6), pelo que o declive<br />
–6<br />
da recta é m = ⇔ m = –3.<br />
2<br />
Assim, uma equação reduzida será da forma y = –3x + b.<br />
Para determinarmos b, consideremos um dos pontos<br />
da recta, por exemplo, o ponto A. Substituindo na equação,<br />
temos –1 = –3 × 2 + b ⇔ b = 5.<br />
Então a equação reduzida da recta é y = –3x + 5.<br />
Exercício 6 (Pág. 116)<br />
Se a recta tem a direcção do vector u(0, 2) então é uma<br />
recta vertical do tipo x = constante. Como passa no ponto<br />
(1, 2) tem por equação reduzida x = 1.<br />
Exercício 7 (Pág. 116)<br />
A bissectriz dos quadrantes ímpares tem equação y = x,<br />
pelo que o declive é 1. A bissectriz dos quadrantes<br />
pares tem equação y = –x, donde o declive é –1. A equação<br />
do eixo dos xx é y = 0, donde o declive é 0.<br />
Exercício 8 (Pág. 116)<br />
a. Se a equação é y = 3, o seu declive é 0.<br />
b. Se a equação é y = 3 –2x ⇔ y = –2x + 3, o seu declive<br />
é –2.<br />
c. A equação na forma reduzida é:<br />
2x + 3y = 7 ⇔ 3y = –2x + 7 ⇔ y = –<br />
2<br />
x +<br />
3<br />
2<br />
O seu declive é – .<br />
3<br />
Exercício 9 (Pág. 116)<br />
Se a recta tem declive 3, é da forma y = 3x + b. Como<br />
contém o ponto (–1, 5), substituindo na equação, temos<br />
5 = 3 × (–1) + b ⇔ b = 8. A equação reduzida da recta é<br />
y = 3x + 8. Se a ordenada é 3, para sabermos a abcissa<br />
basta substituir na equação da recta:<br />
5<br />
3 = 3 × x + 8 ⇔ x = –<br />
3<br />
5<br />
Assim, a abcissa do ponto de ordenada 3 é – .<br />
3<br />
Exercícios globais (Págs. 118 e 119)<br />
1. O vector director da recta é (1, 3). Então, o declive da<br />
recta é m =<br />
3<br />
⇔ m = 3. Assim, y = 3x + b.<br />
1<br />
Atenden do a que passa no ponto (–2, 1), temos:<br />
1 = 3 × (–2) + b ⇔ b = 7<br />
A equação reduzida da recta é y = 3x + 7.<br />
7<br />
3<br />
Tema 1 — Geometria | Aleph 10<br />
2. Determinar a intersecção das rectas corresponde a<br />
resolver o sistema com as duas equações y = 3x – 2<br />
e y = 2x – 3. O conjunto-solução é (–1, –5).<br />
3. a. As coordenadas dos vértices do cubo são:<br />
A(3, 0, 0); B(3, 3, 0); C(0, 3, 0); D(0, 0, 0); E(3, 0, 3);<br />
F(3, 3, 3); G(0, 3, 3) e H(0, 0, 3).<br />
Como os vértices do octaedro estão no centro das<br />
faces do cubo, são pontos médios das diagonais.<br />
Logo,<br />
3 3 3 3 3 3<br />
2 2 2 2 2 2<br />
I( , , 3 ) ; J ( , 0, ) ; K ( 3, , )<br />
L<br />
3<br />
, 3,<br />
3<br />
; M 0,<br />
3<br />
,<br />
3<br />
; N<br />
3<br />
,<br />
3<br />
, 0 ( 2 2)<br />
( 2 2)<br />
( 2 2 )<br />
b. Por exemplo, a recta (x, y, z) = I + k → IJ, k ∈ R<br />
⇔ (x, y, z) = ( , , 3 ) + k ( 0, – , – 3 3<br />
3 3<br />
k ∈ R.<br />
2 2<br />
2 2)<br />
c. Por exemplo, a recta (x, y, z) = N + t × → KN, t ∈ R<br />
⇔ (x, y, z) = ( , , 0 ) + t ( – , 0, – 3 3 3 3<br />
t ∈ R.<br />
2 2 2 2)<br />
4. A recta 2x – 3y + 2 = 0 admite como equação reduzida<br />
y =<br />
2<br />
x +<br />
2<br />
. Como rectas paralelas têm o mesmo<br />
3 3<br />
declive, a recta pedida tem declive<br />
2<br />
. Logo, a sua<br />
3<br />
equação reduzida é da forma y =<br />
2<br />
x + b. Como contém<br />
3<br />
o ponto (1, 4), temos 4 =<br />
2<br />
× 1 + b ⇔ b =<br />
10<br />
, pelo que<br />
3<br />
3<br />
2 10<br />
a equação é y = x + .<br />
3 3<br />
5. A equação da bissectriz dos quadrantes pares é y = –x.<br />
Logo, o declive da recta é –1. A equação reduzida é<br />
da forma y = –x + b. Como contém o ponto (3, 4)<br />
temos, 4 = –3 + b ou seja, b = 7. Portanto, a recta pedida<br />
é y = –x + 7.<br />
6. Um vector director do eixo dos yy é (0, 1, 0). Logo,<br />
basta ver que o vector director da recta dada (0, 3, 0)<br />
é colinear com (0, 1, 0). De facto, existe um k real não<br />
nulo tal que (0, 3, 0) = k(0, 1, 0) que é k = 3, o que<br />
prova que as rectas são paralelas.<br />
7. a. Um vector director da recta r é (1, 3) e da recta s é<br />
(3, 2). Verifiquemos se eles são colineares, ou seja,<br />
se existe um k real não nulo tal que (1, 3) = k(3, 2)<br />
⇔ k =<br />
1<br />
e k =<br />
3<br />
. Isto significa que os vectores não<br />
3 2<br />
são colineares, pelo que as rectas não são paralelas.<br />
29
30<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
b. Eis um processo de resolução. Se o ponto é comum<br />
às duas rectas, então terão de existir k e λ tais que<br />
(–2, 1) + k(1, –3) = (1, –1) + λ(3, 2) ⇔<br />
(–2, + k, 1 – 3k) = (–1 + 2λ),<br />
o que leva à resolução do sistema:<br />
<br />
–2 + k = 1 + 3λ<br />
⇔<br />
1 – 3k = –1 + 2λ<br />
Assim para aqueles valores de k e λ, obtemos o<br />
pon to comum. Substituindo na equação das rectas<br />
obtemos a intersecção: ( – , – ) .<br />
10 25<br />
11 11<br />
8. Estamos perante um triângulo rectângulo em O, cuja<br />
base mede 5 e a altura é [AO]. Como a área é 10,<br />
temos que: 10 = ⇔ — OA = 4. As coordenadas<br />
do ponto A são (0, 4). Um outro ponto da recta tem<br />
coordenadas (5, 0) que designamos por B. Um vector<br />
director da recta é → 5 ×<br />
AB = B – A = (5, 0) – (0, 4) = (5, –4).<br />
4<br />
Temos, então, declive m = – . Atendendo a que o<br />
5<br />
ponto A tem coordenadas (0, 4), a ordenada na origem<br />
4<br />
é 4. Assim, a equação reduzida da recta é y = – x + 4.<br />
5<br />
— OA<br />
2<br />
9. A equação da bissectriz dos quadrantes ímpares é<br />
y = x. Como o ponto P lhe pertence, resulta que:<br />
4r – 6 = r – 12 ⇔ 4r – r = 6 – 12 ⇔ 3r = –6 ⇔ r = –2.<br />
O valor pedido é –2.<br />
10. Representemos os pontos A, B e C num referencial.<br />
B<br />
y<br />
3<br />
-3 -2 2<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
2<br />
1<br />
-4<br />
<br />
k = 12<br />
11<br />
λ = 7<br />
11<br />
-5 A<br />
O ponto D obtém-se adicionando ao ponto C o vector<br />
→ AB.<br />
→<br />
AB = B – A = (–2, 1) – (2, –5) = (–4, 6)<br />
D = C + → AB ⇔ D = (3, –1) + (–4, 6) ⇔ D = (–1, 5)<br />
Assim, o ponto pedido é D = (–1, 5).<br />
3<br />
C<br />
x<br />
11. Consideremos o triângulo rectângulo com catetos<br />
54 e 870.<br />
a<br />
870<br />
54<br />
54<br />
Como tg(a) = , temos que o declive é .<br />
870<br />
870<br />
Na indicação do enunciado temos que a 6% corresponde<br />
ao triângulo rectângulo:<br />
6<br />
100<br />
6<br />
6<br />
Como tg(b) = , temos que o declive é .<br />
100<br />
100<br />
Como<br />
54<br />
><br />
6<br />
, podemos confirmar que o declive<br />
870 100<br />
do primeiro troço é menor.<br />
12. Ao desenhar rectas do lado esquerdo, que se aproximam<br />
do eixo dos yy, obtemos rectas que têm declives<br />
negativos cada vez com maior valor absoluto.<br />
Por exemplo, começando com a recta y = –x, para<br />
nos aproximarmos do eixo dos yy temos de atribuir<br />
valores cada vez menores ao declive.<br />
Se o fizer do lado direito obtemos rectas que têm<br />
declives positivos cada vez com maior valor absoluto.<br />
Por exemplo, se começarmos com a recta y = x,<br />
para nos aproximarmos do eixo dos yy temos de<br />
atribuir valores cada vez maiores ao declive.<br />
Assim, o eixo dos yy tem declive menos infinito à esquerda<br />
e mais infinito à direita pelo que só parece ser<br />
aceitável concluir não haver declive do eixo dos yy.<br />
Desafio D.1 (Pág. 120)<br />
Se A = (a, 0) e B = (0, b) então um vector director da<br />
recta é → AB = B – A = (0, b) – (a, 0) = (–a, b) e o declive<br />
da recta é m = –<br />
b<br />
.<br />
a<br />
A equação reduzida da recta tem a forma y = mx + k,<br />
em que m designa o declive e k a ordenada na origem.<br />
b<br />
Assim, a recta tem como equação reduzida y = – x + b.<br />
a<br />
A esta equação pode ser dada a forma pedida:<br />
b<br />
y = – x + b ⇔ ay = –bx + ab ⇔ bx + ay = ab ⇔<br />
a<br />
⇔<br />
bx<br />
+<br />
ay<br />
= 1 ⇔<br />
x<br />
+<br />
y<br />
= 1<br />
ab ab a b<br />
b<br />
54
Desafio D.2 (Pág. 120)<br />
a. Podemos dizer que é sempre um número não negativo<br />
e menor ou igual à soma das normas dos dois<br />
vectores.<br />
b. Por exemplo:<br />
Os vectores u e v tem a mesma direcção e o mesmo<br />
sentido e, neste caso, a norma de u + v é igual à soma<br />
das normas dos vectores u e v.<br />
c. Por exemplo:<br />
Os vectores u e v tem a mesma direcção e sentidos<br />
opostos. Neste caso, a norma de u + v é menor do que<br />
a soma das normas dos vectores u e v .<br />
d. Não é possível, pois em qualquer triângulo qualquer<br />
lado é menor que a soma dos outros dois.<br />
Prova globais<br />
Prova global N. o 1 (Págs. 124 e 125)<br />
1. Dos dados da figura e do enunciado retiramos que o<br />
perímetro da figura é dado por:<br />
P = a + b + (a – 3) + 4 + 3 + (b – 4) ⇔ P = 2a + 2b. Se<br />
o perímetro é 100, então 2a + 2b = 100 ⇔ a + b = 50<br />
⇔ b = 50 – a.<br />
A área A da figura é dada por:<br />
A = a × b – 3 × 4 ⇔ A = ab – 12.<br />
Como b = 50 – a, então a área em função de a é dada<br />
por:<br />
A(a) = a(50 – a) – 12 ⇔ A(a) = 50a – a 2 – 12<br />
⇔ A(a) = –a 2 + 50a – 12, com a > 3.<br />
2.<br />
v<br />
u<br />
u v<br />
u v<br />
u + v<br />
u<br />
u + v<br />
v<br />
Tema 1 — Geometria | Aleph 10<br />
Considerando o referencial centrado no centro da<br />
circunferência de raio 3, obtemos:<br />
Equação da circunferência de centro (0, 0) e raio 3:<br />
x 2 + y 2 = 3 2 .<br />
Equação da circunferência de centro (3, 2) e raio 2:<br />
(x – 3) 2 + (y – 2) 2 = 2 2 .<br />
A área sombreada, no referencial escolhido, é, então,<br />
dada por: x 2 + y 2 ≤ 9 e (x – 3) 2 + (y – 2) 2 ≤ 4.<br />
3. Seja a a abcissa do ponto de intersecção da recta<br />
y = mx + 2 com o eixo das abcissas.<br />
2 × a<br />
A área do triângulo é, então, = a. Como se quer<br />
2<br />
que o triângulo tenha área 16, então a = 16. Determi-<br />
2 – 0 2 1<br />
nemos agora m: m = = = .<br />
16 – 0 16 8<br />
4. Dado que → AL = → EH, se a → EH adicionarmos o vector → HJ<br />
vamos obter o vector → EJ.<br />
5. 1. o Processo:<br />
Consideremos os vectores → AB e → BC.<br />
→<br />
AB = B – A = (0, 1) – (1, 2) = (–1, –1)<br />
→<br />
BC = C – B = (–1, 0) – (0, 1) = (–1, –1). Como obtivemos<br />
→<br />
AB e → BC que são o mesmo vector, então podemos<br />
afirmar que os três pontos são colineares.<br />
2. o Processo:<br />
Vamos determinar a recta definida, por exemplo,<br />
pelos pontos A e B e averiguemos se o ponto C lhe<br />
pertence; se lhe pertencer é porque os três pontos<br />
são colineares.<br />
Seja y = mx + b.<br />
Determinemos m: m =<br />
2 – 1<br />
=<br />
1<br />
= 1.<br />
1 – 0 1<br />
Então, a recta definida pelos pontos A e B é da forma<br />
y = x + b.<br />
Determinemos b:<br />
Consideremos, por exemplo, o ponto B(0, 1); temos<br />
que, substituindo na equação y = x + b as suas coordenadas,<br />
vamos obter uma igualdade numérica verdadeira,<br />
o que nos permitirá obter b.<br />
Assim, 1 = 0 + b ⇔ b = 1 e a equação procurada é<br />
y = x + 1.<br />
Averiguemos se C(–1, 0) pertence a esta recta:<br />
0 = –1 + 1 ⇔ 0 = 0. Como obtivemos uma igualdade<br />
numérica verdadeira podemos afirmar que o ponto<br />
C pertence à recta. Logo A, B e C são três pontos colineares.<br />
6. Temos A T = 2 × 5 + 2 × (5 × 3) + 2 × (2 × 3)<br />
⇔ A T = 10 + 2 × 15 + 2 × 6 ⇔ A T = 10 + 30 + 12<br />
⇔ A T = 52 cm 2 .<br />
31
32<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Prova global N. o 2 (Págs. 126 e 127)<br />
1. O volume do cilindro é igual ao produto da área da<br />
base pela sua altura. A altura é 30, pois é o diâmetro<br />
da bola. Quanto à área da base pode ser calculada<br />
usando, também, o facto de a bola ter o raio igual a<br />
15 cm; significa isto que o raio da circunferência da<br />
base do cilindro também é 15 e, então, a área da base<br />
do cilindro é π ×15 2 cm 2 .<br />
Assim, o volume do cilindro é 6750 π cm 3 .<br />
2. a.<br />
H<br />
x<br />
D<br />
z<br />
G F<br />
C<br />
I<br />
E<br />
A<br />
C(0, 0, 0)<br />
D(4, 0, 0)<br />
A(4, 4, 0)<br />
B(0, 4, 0)<br />
I(2, 2, 4)<br />
b. Temos Vp = × Ab × h = × 42 × 4 = × 43 Vc = 43 Assim, o volume do cubo não ocupado pela pirâmide<br />
é 43 – × 43 = cm3 .<br />
3. → AD = –3 → AB – → 1<br />
1<br />
1<br />
3<br />
3 3<br />
1 128<br />
3 3<br />
1<br />
AC<br />
2<br />
4. Vamos determinar a ordenada na origem da recta de<br />
equação 2x + 3y + 6 = 0, por dois processos diferentes:<br />
1. o Processo:<br />
Substituindo o x por zero na equação da recta e determinando<br />
a ordenada correspondente (que é a ordenada<br />
na origem): 2 × 0 + 3y + 6 = 0 ⇔ 3y = –6 ⇔<br />
⇔ y = –2.<br />
2. o Processo:<br />
Escrevendo a equação reduzida da recta:<br />
2<br />
2x + 3y + 6 = 0 ⇔ 3y = –2x – 6 ⇔ y = x – 2.<br />
3<br />
A ordenada na origem da recta 2x + 3y + 6 = 0 é,<br />
então, o termo independente do lado direito da equação,<br />
ou seja, –2.<br />
Assim, a equação da recta pedida é y = 2x – 2.<br />
5. a. Duas arestas paralelas não contidas na mesma<br />
face são, por exemplo, [AO] e [DG].<br />
i) Equação vectorial da recta que contém a aresta<br />
[AO]: (x, y, z) = (0, 0, 0) + k(1, 0, 0), k ∈ R<br />
ii) Equações cartesianas da recta que contém<br />
[DG]: y = 2 e z = 5.<br />
B<br />
y<br />
b. São faces perpendiculares, por exemplo, as faces<br />
definidas pelos pontos [OABC] e [OCDE]<br />
i) A equação do plano que contém a face [OABC]<br />
é z = 0.<br />
ii) A equação do plano que contém a face [OCDE]<br />
é x = 0.<br />
6. Para determinar a área do chão do chuveiro temos<br />
que calcular a área do quadrado “todo” e subtrair a<br />
área do orifício, que é um círculo.<br />
Área do quadrado (Q): Q = 1 × 1 = 1 2 = 1 m 2 .<br />
Área do orifício (O): Para calcularmos a área do orifício<br />
temos que reduzir centímetros a metros. Assim,<br />
10 cm são 0,1 m. O raio do orifício é 0,05 m e, então,<br />
O = π ×(0,05) 2 = 0,0025 π m 2 .<br />
A área do chão do chuveiro é (1 – 0,0025 π) m 2 .<br />
Prova global N. o 3 (Págs. 128 e 129)<br />
1. Sendo a área do quadrado [ABCD] igual a 16 cm 2 ,<br />
o seu lado tem de comprimento 4 cm.<br />
Designemos por a a medida dos segmentos [AF] e [FB].<br />
Como o triângulo [ABF] é rectângulo em F, usando o<br />
Teorema de Pitágoras temos:<br />
a 2 + a 2 = 4 2 ⇔ 2a 2 = 16 ⇔ a = √∫8<br />
Assim, o lado do quadrado [EFGH] é 2√∫8, sendo a<br />
área do quadrado 2√∫8 × 2√∫8 = 32 cm 2 .<br />
A área não sombreada é, então, igual a<br />
32 cm 2 – 16 cm 2 = 16 cm 2 .<br />
2. Se o centro é o ponto (2, 0) e o raio é 1, uma equação<br />
da circunferência é:<br />
(x – 2) 2 + (y – 0) 2 = 1 2 ⇔ x 2 – 4x + 4 + y 2 = 1<br />
⇔ x 2 + y 2 – 4x + 3 = 0<br />
Obtemos, assim, a equação pedida.<br />
Para verificar se o ponto (2, –1) pertence à circunferência<br />
temos de verificar se satisfaz a equação.<br />
Assim, substituindo, temos:<br />
2 2 + (–1) 2 – 4 × 2 + 3 = 0<br />
ou seja, 0 = 0, o que significa que o ponto pertence<br />
à circunferência.<br />
3. O plano mediador é o lugar geométrico dos pontos<br />
que estão a igual distância de (1, 2, –1) e (2, –1, 1).<br />
Suponhamos que os pontos nessas condições têm<br />
coordenadas (x, y, z); uma equação do plano mediador<br />
será então:<br />
(x – 1) 2 + (y – 2) 2 + (z + 1) 2 = (x – 2) 2 + (y + 1) 2 + (z – 1) 2<br />
⇔ x 2 – 2x + 1 + y 2 – 4y + 4 + z 2 + 2z + 1 =<br />
x 2 – 4x + 4 + y 2 + 2y + 1 + z 2 – 2z + 1<br />
⇔ 2x – 6y + 4z = 0 ⇔ x – 3y + 2z = 0
4.<br />
x<br />
D<br />
A<br />
z<br />
a) A(0, 0, 1); B(1, 1, 1); C(0, 1, 0); D(1, 0, 0)<br />
b) Se a aresta do cubo é 1, então Vcubo = 1.<br />
As arestas do tetraedro são as diagonais das<br />
faces do cubo. Assim: a2 = 12 + 12 ⇔ a = √∫2.<br />
Isto dá-nos o valor da aresta do tetraedro em função<br />
da aresta do cubo. Substituindo na fórmula<br />
que nos dá o volume do tetraedro, temos:<br />
Vtetraedro = (√∫2) 3 1<br />
× √∫2 =<br />
4<br />
=<br />
1<br />
, como queríamos<br />
12<br />
12 3<br />
demonstrar.<br />
5. Os triângulos [BCD], [DEF], [ABH] e [HFG] são iguais<br />
por terem os lados iguais cada um a cada um. Além<br />
disso, são triângulos rectângulos isósceles, pelo que<br />
os seus ângulos agudos medem 45 o . Assim sendo, o<br />
polígono [BDFH] tem os ângulos todos rectos e, como<br />
tem os lados todos iguais é um quadrado.<br />
Podemos então afirmar que → BD = → HF.<br />
Logo, temos que → GH + → BD = → GH + → HF = → GF.<br />
6. Coloquemos um referencial sobre a figura e determinemos<br />
a equação da recta que contém um dos<br />
lados do telhado (por exemplo, o lado esquerdo).<br />
y<br />
O<br />
B<br />
A recta que passa por OP terá então declive<br />
3<br />
e, como<br />
4<br />
3<br />
passa pela origem, terá por equação y = x. O que<br />
4<br />
pretendemos saber é a ordenada do ponto da recta de<br />
abcissa correspondente ao centro da cabana. Atendendo<br />
à simetria da cabana, essa abcissa é 5. Assim,<br />
3 15<br />
a altura dada será y = × 5 = .<br />
4 4<br />
P<br />
C<br />
x<br />
y<br />
Tema 1 — Geometria | Aleph 10<br />
Resolução alternativa:<br />
Recorrendo à trigonometria do 9. o ano, sabemos que,<br />
sendo a a medida de um ângulo agudo do triângulo,<br />
3<br />
se tem tg(a) = .<br />
4<br />
A altura (h) da cabana divide a largura em duas partes<br />
iguais, ou seja, cada uma tem 5 m. O bordo do<br />
telhado é a hipotenusa de um triângulo rectângulo<br />
em que um dos catetos é a altura e o outro é 5 m.<br />
Como o declive é o mesmo, este triângulo é semelhante<br />
ao anterior.<br />
5<br />
Como são semelhantes, temos que:<br />
3 3<br />
= ⇔ 4h = 15 ⇔ h = 3,75 m<br />
5 h<br />
A altura do telhado é, então, de 3,75 metros.<br />
Prova global N. o 4 (Págs. 130 e 131)<br />
1. a. Como → EH = → BC, temos que → AB + → EH = → AB + → BC = → AC.<br />
b. Como – → CG = → GC = → EA, temos que<br />
→<br />
DE – → CG = → DE + → EA = → DA.<br />
a<br />
a<br />
4<br />
c. Os pontos H e A pertencem ao plano mediador<br />
pois são equidistantes de D e E (a distância a cada<br />
um deles é igual a uma das arestas do cubo).<br />
O ponto G também é equidistante de D e E, pois a<br />
distância é igual a uma diagonal facial do cubo.<br />
Como três pontos não colineares definem um<br />
plano, o plano mediador é [HAG].<br />
2. O raio da superfície esférica é a distância do centro<br />
a um dos pontos.<br />
Assim, r = √∫(∫–∫1∫ ∫+∫ ∫1∫)∫2∫ ∫+∫ ∫(∫2∫ ∫–∫ ∫1∫)∫2∫ ∫+∫ ∫(∫1∫ ∫–∫ ∫1∫)∫2 = 1<br />
A equação da superfície esférica é então:<br />
(x + 1) 2 + (y – 2) 2 + (z – 1) 2 = 1<br />
⇔ x2 + 2x + 1 + y2 – 4y + 4 + z2 – 2z + 1 = 1<br />
⇔ x2 + y2 + z2 + 2x – 4y – 2z + 5 = 0<br />
3<br />
h<br />
33
34<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
3. O círculo amarelo tem centro no ponto (–2, –3) e raio 3.<br />
A sua equação é: (x + 2) 2 + (y + 3) 2 ≤ 9<br />
O círculo a verde tem centro no ponto (1, –3) e raio 3.<br />
A sua equação é: (x – 1) 2 + (y + 3) 2 ≤ 9<br />
A região a amarelo é a intersecção do círculo amarelo<br />
com a parte exterior do círculo verde. Assim,<br />
a resposta à questão é:<br />
(x + 2) 2 + (y + 3) 2 ≤ 9 e (x – 1) 2 + (y + 3) 2 > 9<br />
4. a. Substituindo as coordenadas do ponto A na equação<br />
da esfera obtemos: (2 – 1) 2 + (1 – 2) 2 + (1 – 1) 2 = 2<br />
valor que é menor do que 3, donde o ponto é um<br />
ponto do interior da esfera.<br />
Substituindo as coordenadas do ponto B na equação<br />
da esfera, obtemos (0 – 1) 2 + (0 – 2) 2 + (0 – 1) 2 = 6,<br />
valor que é maior do que 3, donde o ponto é exterior<br />
à esfera.<br />
b. Visto que estes pontos “estão sobre a esfera”,<br />
pertencem à superfície esférica. Para os determinar<br />
vamos substituir, na equação da superfície<br />
esférica, x por 1 e y por 1:<br />
(1 – 1) 2 + (1 – 2) 2 + (z – 1) 2 = 3<br />
⇔ 1 + (z – 1) 2 = 3 ⇔ (z – 1) 2 = 2<br />
Assim, (z – 1) 2 = 2 ⇔ z 2 – 2z + 1 = 2<br />
⇔ z 2 – 2z – 1 = 0 ⇔ z = 1 ±√∫2<br />
Os pontos são, então, (1, 1, 1 – √∫2) e (1, 1, 1 + √∫2).<br />
c. Os pontos de cota 1 constituem o conjunto dos<br />
pontos que se obtém substituindo na equação da<br />
esfera z por 1.<br />
(x – 1) 2 + (y – 2) 2 + (1 – 1) 2 ≤ 3<br />
⇔ (x – 1) 2 + (y – 2) 2 ≤ 3<br />
Ou seja, são os pontos de um círculo de centro no<br />
ponto (1, 2, 1) e raio √∫3, assente no plano z = 1.<br />
5. a. Representemos graficamente a situação:<br />
y<br />
4<br />
O 3 x<br />
3<br />
A mediatriz do lado vertical tem por equação y = .<br />
2<br />
A mediatriz do lado horizontal tem por equação x = 2.<br />
b. O ponto de encontro das mediatrizes determinadas<br />
é: 2,<br />
3<br />
. ( 2)<br />
c. Os vértices têm coordenadas (0, 0), (0, 3) e (4, 0).<br />
Calculemos as distâncias ao ponto ( 2, ) .<br />
3<br />
2<br />
( )<br />
3 – ( )<br />
3<br />
2<br />
0 – ( )<br />
3<br />
2<br />
0 – √∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫<br />
3<br />
2<br />
(0 – 2) 2 + =<br />
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫<br />
(0 – 2) 2 + =<br />
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫<br />
(4 – 2) 2 + =<br />
O que prova que o ponto de intersecção é equidistante<br />
dos vértices do triângulo.<br />
6. Como os ladrilhos são todos iguais, a solução mínima<br />
é obtida cobrindo completamente a mesa sem folgas<br />
nem sobreposições. Dois ladrilhos justapostos formam<br />
um rectângulo:<br />
20 cm<br />
2<br />
2<br />
2<br />
15 cm<br />
Em cada um dos rectângulos laterais cabem, segundo<br />
a largura, três peças destas, pois 45 : 15 = 3,<br />
e 2 peças segundo a altura, dado que 40 : 20 = 2.<br />
Assim, em cada rectângulo lateral temos 2 × 3 = 6<br />
peças destas, o que corresponde a 12 ladrilhos.<br />
Nos dois rectângulos laterais temos então 24 ladrilhos.<br />
No rectângulo grande cabem, segundo a largura, 18<br />
pe ças destas correspondentes a 270 : 15 = 18 e,<br />
segundo a altura, quatro peças correspondentes a<br />
(120 - 40) : 20 = 4.<br />
Logo, no rectângulo grande temos 4 × 18 = 72 peças<br />
que correspondem a 144 ladrilhos triangulares.<br />
O número de ladrilhos necessários para cobrir a<br />
mesa é 24 + 144 = 168 ladrilhos.<br />
5<br />
2<br />
5<br />
2<br />
5<br />
2
Funções<br />
Capítulo 1 – Introdução: funções e gráficos<br />
Capítulo 2 – Estudo intuitivo de propriedades das funções e dos seus gráficos<br />
Capítulo 3 – A parábola<br />
Capítulo 4 – Funções polinomiais<br />
Capítulo 5 – Polinómios interpoladores<br />
TEMA 2
36<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Propostas de resolução das tarefas e<br />
exercícios<br />
Capítulo 1 – Introdução: funções e gráficos<br />
Tarefa 1 (A chama da vela de aniversário) (Pág. 9)<br />
É uma actividade experimental, simples e motivadora.<br />
O material necessário para a realização desta experiência<br />
(velas de aniversário das mais pequenas, cronómetros<br />
ou relógios com contagem de segundos) é de fácil<br />
acesso. As velas pequenas de aniversário ardem de<br />
forma bastante regular, cerca de 2 mm em cada 20 segundos.<br />
A discussão da situação com toda a turma permite<br />
abordar o conceito de função, de domínio, de<br />
contradomínio, diversas formas de definir uma função<br />
(tabela, gráfico, expressão analítica) e é ainda uma oportunidade<br />
para apresentar a função como modelo de uma<br />
situação concreta descrevendo-a e fazendo previsões.<br />
(Adaptado de: Brochura de Funções, 10. o ano, pp. 64 e 65, ME)<br />
Exercício 1 (Pág. 11)<br />
a. f(1) = 156. Com um grama de manteiga a sanduíche<br />
tem 156 calorias.<br />
b. f(0) = 150; f(15) = 240; f(20,5) = 273<br />
c. Não existe –1 grama de manteiga para barrar.<br />
d. D f = [0, 25]<br />
Exercício 2 (Pág. 11)<br />
a. É função, a cada dia 1 de Janeiro corresponde um e<br />
um só custo do selo.<br />
b. É função, para uma base b dada, para cada valor da<br />
altura vamos obter valores diferentes da área.<br />
c. É função, desde que salta o pára-quedista em cada<br />
momento está a uma distância diferente do solo.<br />
d. Não é função, pois o amor da Humanidade pelos crocodilos<br />
não é quantificável.<br />
e. É função, para cada dia do ano a sua duração é sempre<br />
de 24 horas, o que corresponde a uma função<br />
constante.<br />
f. É função, em cada dia do ano só existe uma temperatura<br />
máxima.<br />
g. Não é função, a cada dia do ano, numa dada cidade,<br />
podem corresponder diferentes valores do preço do<br />
pão.<br />
Exercício 3 (Pág. 11)<br />
a. f(0) = 23<br />
b. f(1,5) = 23; f(2) = 24; f(23) = 69<br />
c. f(7) < f(1), pois f(1) = 23 e f(7) = 3 × 7 = 21<br />
Exercício 4 (Pág. 15)<br />
Os gráficos seguintes representam uma função pois, a<br />
cada objecto corresponde uma e uma só imagem ou<br />
todas as rectas paralelas ao eixo dos yy só intersectam<br />
o gráfico num único ponto.<br />
Todos os outros gráficos não representam funções, ou<br />
seja,<br />
x =<br />
4.5<br />
y = .24193548<br />
pois a cada objecto nem sempre corresponde uma e<br />
uma só imagem, ou seja, existe pelo menos uma recta<br />
paralela ao eixo dos yy que intersecta o gráfico em mais<br />
do que um ponto.<br />
Exercício 5 (Pág. 15)<br />
Os gráficos A, B, E e F podem representar viagens.<br />
Os gráficos A e E representam viagens em que não é<br />
evidente o regresso, e os gráficos B e F representam<br />
viagens que, ao fim de um certo tempo, indicam um regresso.<br />
Os gráficos C e D não representam viagens. No<br />
gráfico C é indicado que durante um certo intervalo de<br />
tempo se está simultaneamente em locais diferentes o<br />
que é impossível. No gráfico D verifica-se que no tempo<br />
0 se está em dois locais diferentes, o que é impossível.<br />
Exercício 6 (Pág. 16)<br />
À situação 1 corresponde o gráfico B 1, ao eixo dos xx<br />
corresponde o tempo e ao eixo dos yy a temperatura.<br />
À situação 2 corresponde o gráfico B 4, ao eixo dos xx<br />
corresponde o tempo e ao eixo dos yy a altura.<br />
À situação 3 corresponde o gráfico B 3, ao eixo dos xx<br />
corresponde as horas e ao eixo dos yy a temperatura.<br />
À situação 4 corresponde o gráfico B 2, ao eixo dos xx corresponde<br />
a temperatura e ao eixo dos yy a temperatura.
Alguns pontos de referência:<br />
B1 90<br />
70<br />
55<br />
B 3<br />
14<br />
13<br />
10 20<br />
15 27 39<br />
Exercício 7 (Pág. 17)<br />
a. Como nada é indicado no 1. o , 3. o e 4. o gráficos, a unidade<br />
no eixo dos yy é de um grau. No 2. o local a unidade<br />
é 0,1 graus e, neste, a variação é entre –0,6 e<br />
0,6 apresentando uma variação de 1,2.<br />
b. A zona mais fria é a que corresponde ao 4. o gráfico<br />
pois, apesar da variação de temperatura ser igual à<br />
do 1. o gráfico, atinge temperaturas negativas durante<br />
o dia. A zona mais quente corresponde ao 3. o gráfico,<br />
em que a temperatura é sempre positiva.<br />
c. O 3. o gráfico não se refere à variação da temperatura<br />
T durante um dia, pois, a partir de certa hora do dia,<br />
a temperatura parece estar sempre a aumentar.<br />
Exercícios globais (Págs. 18 e 19)<br />
1. f(0) = 0 2 = 0; f(1) = 1 2 = 1; f(–1) = (–1) 2 = 1;<br />
f(23) = 23 2 = 529<br />
2. g(√∫2) = = ; g(3) =<br />
1<br />
=<br />
1<br />
; g(–33) não existe,<br />
3 9<br />
pois a função só está definida no intervalo [–5, 4].<br />
2<br />
1 1<br />
(√∫2) 2 2<br />
3. a. 1350 metros.<br />
b. 600 metros.<br />
4. Sendo o triângulo equilátero de lado c, a altura traçada<br />
por um dos vértices divide o lado oposto em<br />
dois segmentos iguais ( ) .<br />
c<br />
2<br />
c<br />
2<br />
h<br />
c<br />
B 2<br />
B 4<br />
120<br />
100<br />
275<br />
140<br />
0 4 10<br />
5 8<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
Usando o Teorema de Pitágoras, determinemos a altura<br />
em função do lado (c).<br />
h2 = c2 – ⇔ h2 = ⇔ h =<br />
Então, A(c) =<br />
√∫3c<br />
.<br />
2<br />
c<br />
4<br />
2 3c<br />
4<br />
2 √∫3c<br />
4 2<br />
5. Se T2 é proporcional a d3 , temos que = k, onde k<br />
d<br />
é a constante de proporcionalidade.<br />
3<br />
T2 d3 Assim, = k ⇔ T 2 = kd 3 ⇔ T = √∫k∫d∫ 3 .<br />
6. a. –3 o C<br />
b. 1,5 minutos.<br />
c. A água está a aproximadamente 10 o C no minuto 1 e<br />
atinge os –3 o C aos 10 minutos. Assim, 10 – 1 = 9 minutos.<br />
7. a. 1 – x2 = (1 – x)(1 + x) donde as funções têm a<br />
mesma expressão designatória e o domínio de<br />
cada uma delas é o conjunto dos números reais.<br />
b. Ambas têm domínio R e as expressões analíticas<br />
são equivalentes em R, pois<br />
= = x2 – 3<br />
8. a. A expressão tem domínio R\{–√∫3, √∫3} e<br />
x2 x<br />
+ 3 tem domínio R. Como as funções reais não<br />
têm o mesmo domínio não representam a mesma<br />
função.<br />
4 – 9<br />
x2 x<br />
– 3<br />
4 – 9<br />
x2 (x<br />
+ 3<br />
2 – 3)(x2 + 3)<br />
x2 + 3<br />
b. Embora o domínio das duas funções seja R, a função<br />
√∫(∫x∫ 2 ) só tem imagens não negativas enquanto<br />
que as imagens da função x são todo o conjunto R.<br />
Como as funções não têm o mesmo contradomínio<br />
não representam a mesma função.<br />
D.1 (Pág. 20)<br />
Entre dois números racionais há sempre um número irracional,<br />
e entre dois números irracionais há sempre<br />
um número racional.<br />
y<br />
x<br />
T 2<br />
37
38<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
D.2 (Pág. 20)<br />
Seja a variável independente o tempo (em minutos) em<br />
que a origem corresponde às 12 h.<br />
Seja a variável dependente a distância em quilómetros.<br />
Fernando:<br />
Parte da origem (0, 0). Como demora 15 minutos a percorrer<br />
cada quilómetro, chega ao castelo 75 minutos<br />
depois, a que corresponde o ponto (75, 5).<br />
A equação reduzida da recta que descreve o percurso<br />
do Fernando é y =<br />
1<br />
x.<br />
15<br />
Irmã do Fernando:<br />
Parte do ponto (0, 5). Como demora 20 minutos a percorrer<br />
cada quilómetro, chega a casa 100 minutos depois,<br />
a que corresponde o ponto (100, 0).<br />
A equação reduzida da recta que define o seu percurso<br />
é y = –<br />
1<br />
x + 5.<br />
20<br />
Recorrendo às potencialidades da calculadora obtemos:<br />
A representação gráfica cuja intersecção é:<br />
a. Encontram-se aproximadamente às 12h42min.<br />
b. O Fernando está a uma distância de aproximadamente<br />
2857 metros de casa. Assim, a distância do<br />
Fernando ao castelo é de 2125 metros.<br />
c. Um horário possível para visitas ao castelo é: das 9h<br />
às 12h e das 13h30min. às 16h30min.<br />
Naturalmente que os alunos podem resolver esta<br />
questão sem a utilização da calculadora resolvendo<br />
um sistema.<br />
Capítulo 2 – Estudo intuitivo de propriedades das funções<br />
e dos seus gráficos<br />
Tarefa 1 (Observar gráficos) (Pág. 27)<br />
Para o 1. o gráfico temos:<br />
D f = R CD f = ]–∞, 3[<br />
Zeros: {–4, –1, 1, 4}<br />
Quadro de variação de sinal:<br />
x<br />
f(x)<br />
Para o 2. o gráfico temos:<br />
D g = R CD g = ]–2, 2[<br />
Zeros: O conjunto dos números inteiros relativos, Z<br />
Quadro de variação de sinal: para cada k inteiro positivo,<br />
x<br />
g(x)<br />
Para o 3. o gráfico temos:<br />
D h = R CD h = ]–∞, 3[<br />
Zeros: {–1,9}<br />
Quadro de variação de sinal:<br />
Tarefa 2 (Observar mais gráficos) (Pág. 28)<br />
No 1. o gráfico temos:<br />
Domínio: R Contradomínio: ]–∞, 1[ ∪ {2}<br />
Zeros: {–0,75}<br />
Crescente: ]–∞, 0[<br />
Decrescente: ]2, +∞[<br />
Constante: [0, 2]<br />
No 2. o gráfico temos:<br />
Domínio: R Contradomínio: [–3, +∞[<br />
Zeros: {–4, –2, –1, 1, 2, 4}<br />
Crescente: em ] –3, – [ ; em] 0, [<br />
Decrescente: em ]–∞, –3[; em ] – , 0[ e em 3 3<br />
2 2<br />
3<br />
2 ]<br />
e em ]3, +∞[<br />
No 3. o gráfico temos:<br />
Domínio: R\{1} Contradomínio: R\{0}<br />
Zeros: não tem<br />
Decrescente: em ]–∞, 1[ e em ]1, +∞[<br />
3<br />
, 3[ 2<br />
Nota: Não se deve escrever que é decrescente no conjunto<br />
]–∞, 1[ ∪ ]1, +∞[ porque a função não decresce efectivamente<br />
nesse conjunto, decresce apenas em cada intervalo ]–∞, 1[ e<br />
]1, +∞[ em separado.<br />
Tarefa 3 (Analisar o gráfico) (Pág. 28)<br />
Df = [0, 24]<br />
Zeros {8, 22}<br />
CDf = [–4, 6]<br />
x 0<br />
8<br />
22<br />
f(x) –1 – 0 + 0 –<br />
x<br />
f(x)<br />
–∞<br />
0<br />
–1<br />
–<br />
–k – 1<br />
x –∞<br />
h(x)<br />
➔<br />
–<br />
–4<br />
0 –<br />
0 +<br />
6<br />
–4<br />
–1,9<br />
➔<br />
–k<br />
0<br />
–1<br />
0 –<br />
0 +<br />
9<br />
1<br />
1<br />
0 +<br />
k<br />
0 +<br />
3<br />
1<br />
11<br />
➔<br />
➔ 1<br />
15<br />
6<br />
4<br />
0<br />
–<br />
➔<br />
–<br />
k + 1<br />
0<br />
+∞<br />
+∞<br />
24<br />
–2<br />
24<br />
–2
Tarefa 4 (Interpretar gráficos) (Pág. 29)<br />
1. 10 metros e 19 metros.<br />
2. 20 anos.<br />
3.<br />
Tarefa 5 (Monotonia, extremos, limites e continuidade<br />
de funções) (Pág. 32)<br />
1.<br />
2.<br />
3.<br />
4.<br />
lim f(x) = 20<br />
x→ +∞<br />
Máximo relativo:<br />
1 em x = –2<br />
Máximo absoluto: não tem<br />
Mínimo relativo:<br />
–1 em x = –0,5<br />
Mínimo absoluto: não tem<br />
Máximo relativo: não tem<br />
Máximo absoluto: não tem<br />
Mínimo relativo:<br />
2,5 em x = 5<br />
Mínimo absoluto: não tem<br />
Máximo relativo: não tem<br />
Máximo absoluto: não tem<br />
Mínimo relativo: não tem<br />
Mínimo absoluto: não tem<br />
lim a(x) = –∞<br />
x→ –∞<br />
lim a(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
lim d(x) = –∞<br />
x→ –∞<br />
lim g(x) = 0<br />
x→ –∞<br />
lim g(x) = 0<br />
x→ +∞<br />
Descontínua em x = –0,5 Contínua em R<br />
Crescente:<br />
]–∞, –2[<br />
Decrescente:<br />
1<br />
] –2,<br />
1<br />
2[<br />
e – , +∞<br />
2<br />
Crescente:<br />
]–∞, 1[<br />
Decrescente:<br />
]1, 5[<br />
] [<br />
Crescente:<br />
]–∞, –2[ e ]0, 1[<br />
Decrescente:<br />
]–2, 0[<br />
Constante:<br />
]1, +∞[<br />
Crescente:<br />
]–∞; 1,25[<br />
Decrescente:<br />
]1,25; +∞[<br />
Descontínua em x = –2 e<br />
x = 2<br />
Descontínua em x = 1 Contínua no seu domínio Contínua no seu domínio<br />
Contínua no seu domínio Descontínua em x = 1<br />
Máximo relativo: Máximo relativo:<br />
2 em x = –2<br />
2 em x = 0<br />
Máximo absoluto:<br />
2 em x = –2<br />
Mínimo relativo:<br />
0,5 em x = 0<br />
Mínimo absoluto: não tem<br />
Máximo relativo: não tem<br />
Máximo absoluto: não tem<br />
Mínimo relativo: não tem<br />
Mínimo absoluto: não tem<br />
Máximo relativo: não tem<br />
Máximo absoluto: não tem<br />
Mínimo relativo: 0,2 e<br />
0,5 em x = –0,5 e x = 1<br />
respectivamente<br />
Mínimo absoluto:<br />
0,2 em x = –0,5<br />
lim b(x) = –∞<br />
x→ –∞<br />
lim b(x) = 2<br />
x→ +∞<br />
lim e(x) = 0<br />
x→ –∞<br />
lim e(x) = 0<br />
x→ +∞<br />
lim h(x) = +∞<br />
x→ –∞<br />
lim h(x) = +∞<br />
x→ +∞<br />
Máximo absoluto: não tem<br />
Mínimo relativo: não tem<br />
Mínimo absoluto: não tem<br />
Máximo relativo: 1,5 e 3<br />
em x = 1 e x = 3<br />
respectivamente<br />
Máximo absoluto: não tem<br />
Mínimo relativo:<br />
0,5 em x = 0<br />
Mínimo absoluto:<br />
0,5 em x = 0<br />
Máximo relativo:<br />
1 em x = –2<br />
Máximo absoluto: não tem<br />
Mínimo relativo:<br />
1,3 em x = 1<br />
Mínimo absoluto: não tem<br />
lim c(x) = +∞<br />
x→ –∞<br />
lim c(x) = +∞<br />
x→ +∞<br />
lim f(x) = +∞<br />
x→ –∞<br />
lim i(x) = –∞<br />
x→ –∞<br />
lim i(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
Descontínua em x = –1;<br />
x = 1; x = 2; x = 3<br />
Crescente:<br />
]–2, 0[ e ]2, +∞[<br />
Decrescente:<br />
]–∞, –2[ e ]0, 2[<br />
Crescente:<br />
]0, 1]<br />
Decrescente:<br />
]–∞, 0[<br />
Decrescente:<br />
]–∞, 0[ e ]0, +∞[<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
Nota: na função i(x) é igualmente aceitável considerar que a função<br />
é decrescente em ]–2, –1[, em ]–1, 1[, em ]1, 2[ e em ]3, +∞[ visto<br />
que não estamnos a considerar monotonia em pontos. A monotonia<br />
num ponto pode definir-se mas é muito mais complexa.<br />
A este propósito pode ser consultada a obra Princípios de Análise<br />
Matemática (Ed. McGraw-Hill, 1994), de um dos presentes<br />
autores, pp. 267-268.<br />
Tarefa 6 (Zeros e limites de funções) (Pág. 35)<br />
3<br />
1. f(x) = 0 ⇔ 2x + 3 = 0 ⇔ x = –<br />
2<br />
7<br />
g(x) = 0 ⇔ –3x + 7 = 0 ⇔ x =<br />
3<br />
h(x) = 0 ⇔ 3 = 0 impossível, logo não tem zeros.<br />
r(x) = 0 ⇔ 2x = 0 ⇔ x = 0<br />
2. lim f(x) = +∞;<br />
x→ +∞<br />
lim g(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
lim h(x) = 3<br />
x→ +∞<br />
lim r(x) = +∞<br />
x→ +∞<br />
;<br />
;<br />
;<br />
Exercício 1 (Pág. 41)<br />
As expressões que definem as funções representadas<br />
são: x 2 ; x 2 + 4; x 2 – 1; (x – 7) 2<br />
Exercício 2 (Pág. 41)<br />
y = (x + 2) 2<br />
Os vértices das parábolas são: (0, 2); (–2, 0); (0, 3); (3, 0)<br />
Exercício 3 (Pág. 43)<br />
As expressões que definem as funções representadas<br />
são: 2x2 ; x2 ; x2 1<br />
2<br />
Exercício 4 (Pág. 43)<br />
Crescente:<br />
1<br />
] – , 1 e ]1, +∞[<br />
2 [<br />
Decrescente:<br />
1<br />
] +∞, –<br />
2 [<br />
lim f(x) = –∞<br />
x→ –∞<br />
lim g(x) = +∞<br />
x→ –∞<br />
lim h(x) = 3<br />
x→ –∞<br />
lim r(x) = –∞<br />
x→ –∞<br />
-8 -6 -4 -2<br />
-2<br />
-4<br />
y = 2x 2 – 3<br />
y<br />
8<br />
6<br />
4<br />
-8 -6 -4 -2<br />
-2<br />
y<br />
8<br />
6<br />
4 y = 2(x – 3) 2<br />
y = 2x 2<br />
4 6 8 x<br />
Os vértices são: (0, 0); (0, 0); (0, –3); (3, 0)<br />
2<br />
2<br />
-4<br />
-6<br />
2<br />
2<br />
y = x 2 + 2<br />
4 6 8 x<br />
y = –2x 2<br />
Crescente:<br />
]–∞, –2[ e ]2, 3[<br />
Decrescente:<br />
]–2, –1[; [–1, 1]; ]1, 2] e<br />
]3, +∞[<br />
y = x 2 – 3<br />
y = (x – 3) 2<br />
39
40<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Tarefa 8 (Área mínima) (Pág. 45)<br />
Designemos por x o perímetro do círculo. Então, o perímetro<br />
do quadrado será 36 – x.<br />
Atendendo a que o perímetro do círculo é x vamos deter -<br />
x<br />
minar o seu raio: 2πr = x ⇔ r =<br />
2π<br />
x 2<br />
Assim, a área do círculo será A = () 2π<br />
π.<br />
Atendendo a que o perímetro do quadrado é 36 – x, o<br />
36 – x x<br />
lado do quadrado é l = ⇔ l = 9 – .<br />
4<br />
4<br />
Pelo que a área do quadrado é A = ( 9 – ) 2<br />
A soma das áreas é dada pela função:<br />
x<br />
x<br />
2π<br />
4<br />
A(x) = ( ) 2 2<br />
π + 9 – ( )<br />
Estamos perante uma função quadrática em que o coeficiente<br />
de x2 é positivo, pelo que o mínimo corresponde<br />
às coordenadas do vértice. Com uma calculadora gráfica<br />
podemos obter uma representação gráfica da função.<br />
Assim, um valor aproximado de x é 15,8 cm ou seja, o<br />
perímetro do círculo é aproximadamente 15,8 cm e<br />
36 – 15,8 = 20,2 cm será o perímetro do quadrado.<br />
Assim, o fio deve ser cortado em duas partes uma de<br />
15,8 cm e outra de 20,2 cm.<br />
Exercício 5 (Pág. 46)<br />
A função representada a vermelho tem dois zeros: – e –<br />
Então a parábola é da forma a x + x + . ( )( )<br />
Como o ponto (–3, –1) pertence à parábola temos:<br />
( x + x + , ou seja, x )( ) 2 + x + 3.<br />
As expressões que definem as funções representadas<br />
a preto e a azul são x2 e 2x2 3 9<br />
2 2<br />
3 9<br />
2 2<br />
4 3 9<br />
4 8<br />
9 2 2<br />
9 3<br />
+ 1, respectivamente.<br />
x<br />
4<br />
.<br />
Exercício 6 (Pág. 46)<br />
a. y<br />
b.<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
-8 -6 -4 -2<br />
-2<br />
c. y<br />
d.<br />
2<br />
-8 -6 -4 -2 2 4 6 8 x<br />
-2<br />
-4<br />
-6<br />
-8<br />
-10<br />
-12<br />
y = 2x 2 + 2<br />
2 4 6 8 x<br />
y = –3x 2 – 3<br />
Os processos usados para determinar o vértice são:<br />
1. o processo:<br />
Fazendo y = constante (a constante é escolhida de modo<br />
a facilitar os cálculos).<br />
2. o processo:<br />
Usando a fórmula – , – . ( )<br />
3. o processo:<br />
Escrever a equação na forma: a(x – h) 2 b Δ<br />
2a 4a<br />
+ k<br />
a. 1. o processo:<br />
2x2 + 2 = 10 ⇔ x = –4 ou x = 4<br />
O ponto médio entre os zeros dá a abcissa do vértice:<br />
–4 + 4<br />
= 0<br />
2<br />
O valor da parábola em 0 dá a ordenada do vértice:<br />
y = 2 × 0 + 2 ⇔ y = 2<br />
Vértice (0, 2)<br />
2. o processo:<br />
Δ = –16<br />
3. o processo:<br />
2x2 + 2 = 2(x – 0) 2 0 –16<br />
2 × 2 4 × 2<br />
+ 2<br />
Vértice (0, 2)<br />
V = ( – , – )<br />
y = 2x 2 + 8x + 8 y<br />
6<br />
-8 -6 -4 -2 2 4 6 8 x<br />
-2<br />
= (0, 2)<br />
y = –x 2 + 6x – 9<br />
b. 1. o processo:<br />
x2 + 8x + 8 = 8 ⇔ x = 0 ou x = –8<br />
O ponto médio entre os zeros dá a abcissa do vértice:<br />
= –4<br />
O valor da parábola em –4 dá a ordenada do vértice:<br />
(–4) 2 0 – 8<br />
2<br />
+ 8(–4) + 8 = –8<br />
Vértice (–4, –8)<br />
4<br />
2<br />
-8 -6 -4 -2 2 4 6 8 x<br />
-2<br />
-4<br />
-6<br />
-8<br />
y<br />
2<br />
-4<br />
-6<br />
-8
2. o processo:<br />
Δ = 32<br />
V = – , – = (–4, –8) ( )<br />
3. o processo:<br />
x2 + 8x + 8 = x2 + 8x + 16 – 16 + 8 = (x + 4) 2 8 32<br />
2 4 × 1<br />
– 8<br />
Vértice (–4, –8)<br />
c. 1. o processo:<br />
–3x2 – 3 = –6 ⇔ x = –1 ou x = 1<br />
O ponto médio entre os zeros dá a abcissa do vértice:<br />
= 0<br />
O valor da parábola em 0 dá a ordenada do vértice:<br />
–3 × 02 –1 + 1<br />
2<br />
– 3 = –3<br />
Vértice (0, –3)<br />
2. o processo:<br />
Δ = –36<br />
V = – , – = (0, –3) ( )<br />
3. o processo:<br />
–3x2 – 3 = –3(x – 0) 2 0 –36<br />
2(–3) 4(–3)<br />
– 3<br />
Vértice: (0, –3)<br />
d. 1. o processo:<br />
–x2 + 6x – 9 = –9 ⇔ x = 0 ou x = 6<br />
O ponto médio entre os zeros dá a abcissa do vértice:<br />
= 3<br />
O valor da parábola em 3 dá a ordenada do vértice:<br />
–32 0 + 6<br />
2<br />
+ 6 × 3 – 9 = 0<br />
Vértice (3, 0)<br />
2. o processo:<br />
Δ = 0<br />
V = – , – = (3, 0) ( )<br />
3. o processo:<br />
–x2 + 6x – 9 = –(x2 – 6x + 9) = –(x – 3) 2<br />
6 0<br />
2(–1) 4(–1)<br />
Vértice: (3, 0)<br />
Exercício 7 (Pág. 47)<br />
Os zeros da função representada a vermelho são: –1,5<br />
e –4,5.<br />
A função representada a preto tem um único zero: 0<br />
A função representada a azul não tem zeros.<br />
Exercício 8 (Pág. 47)<br />
a. Não tem zeros.<br />
b. 2x 2 + 8x + 8 = 0 ⇔ x = –4 –2√∫2 ou x = –4 + 2√∫2<br />
Os zeros são –4 – 2√∫2 e –4 + 2√∫2.<br />
c. Não tem zeros.<br />
d. –x 2 + 6x – 9 = 0 ⇔ x = 3<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
Tarefa 9 (Estudo da função quadrática) (Pág. 49)<br />
Como a < 0 a concavidade está voltada para baixo. Se<br />
a função tiver dois zeros é positiva no intervalo entre<br />
eles e negativa fora do intervalo entre os zeros.<br />
Consideremos, por exemplo, –x2 + x + 6 > 0.<br />
O conjunto solução da inequação escolhida é ]–2, 3[.<br />
Se a função tem um zero duplo ela nunca é positiva,<br />
sendo negativa excepto no zero.<br />
Por exemplo, –x 2 – 6x – 9 < 0.<br />
O conjunto solução da inequação escolhida é R\{–3}.<br />
Se a função não tem zeros ela é negativa em todo o seu<br />
domínio.<br />
Por exemplo, –x 2 – x – 1 > 0.<br />
A inequação é impossível.<br />
-8<br />
-4<br />
-4<br />
Exercício 9 (Pág. 49)<br />
a. Como não tem zeros reais e o coeficiente de x 2 é positivo,<br />
a função é sempre positiva.<br />
b. A função tem os zeros –2 – √∫3 e –2 + √∫3 e o coeficiente<br />
de x 2 é negativo. Então a função é positiva no<br />
intervalo entre as raízes: ]–2 – √∫3, –2 + √∫3[.<br />
c. Como tem os zeros 2 e –6 e o coeficiente de x 2 é negativo,<br />
será positiva no intervalo entre as raízes ]–6, 2[.<br />
Exercício 10 (Pág. 49)<br />
a. ]–2, 3[<br />
b. R\{3}<br />
c. Impossível<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
-6 -4 -2<br />
-2<br />
-4<br />
y<br />
2<br />
1<br />
-3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
y<br />
2<br />
1<br />
-3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
y<br />
2<br />
1<br />
1<br />
4 6 8 x<br />
2 3 4 x<br />
2 3 4 x<br />
41
42<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Exercício 11 (Pág. 50)<br />
a. Como o coeficiente de x2 é positivo temos:<br />
b. Como o coeficiente de x 2 é negativo temos:<br />
c. Como o coeficiente de x 2 é negativo temos:<br />
Tarefa 10 (Transformações da função módulo) (Pág. 51)<br />
1.<br />
Do eixo dos xx por adição de um Do eixo dos yy por adição de um<br />
número real à variável indepen- número real à variável dependente.dente.<br />
f(x) = |x – h|, translação associada f(x) = |x| + k, translação associada<br />
ao vector (h, 0).<br />
ao vector (0, k).<br />
2.<br />
-15 -10<br />
-5<br />
y<br />
10<br />
5<br />
-5<br />
3.<br />
Consideremos p um número real. Se p > 0 (o produto de<br />
dois números positivos é positivo) todas as imagens<br />
são não negativas. Assim, a concavidade mantém-se.<br />
Se p < 0 (o produto de um número negativo por um número<br />
positivo é um número negativo) todas as imagens<br />
são não negativas e a concavidade fica voltada para o<br />
sentido negativo do eixo dos yy.<br />
y<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-4 -3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
O efeito de |p| ser menor ou maior que 1:<br />
|p| < 1 |p| > 1<br />
y<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-4 -3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
lim f(x) = lim f(x) = +∞<br />
x→ +∞ x→ –∞<br />
lim f(x) = lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞ x→ –∞<br />
lim f(x) = lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞ x→ –∞<br />
f(x) = |x – 3|<br />
5<br />
10 15 x<br />
Se adicionarmos um número real h à variável independente e um<br />
número real k à variável dependente.<br />
f(x) = |x – h| + k, translação associada ao vector (h, k).<br />
-15 -10<br />
f(x) = 2|x|<br />
1 2 3 4 x<br />
1 2 3 4 x<br />
-5<br />
y<br />
10<br />
5<br />
-5<br />
-15 -10<br />
f(x) = |x + 2| + 4<br />
5<br />
-5<br />
10 15 x<br />
y<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-4 -3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
y<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-4 -3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
y f(x) = |x| – 2<br />
10<br />
5<br />
-5<br />
5<br />
10 15 x<br />
1 2 3 4 x<br />
f(x) = –2|x|<br />
1 2 3 4 x<br />
Se |p| < 1 o gráfico de p × f(x) fica, para cada valor de x, mais<br />
afastado do eixo dos yy, pelo facto de cada imagem ser multiplicada<br />
pelo valor absoluto de um número menor que 1.<br />
Se |p| > 1 o gráfico de p × f(x) fica, para cada valor de x, mais<br />
próximo do eixo dos yy, pelo facto de cada imagem ser multiplicada<br />
pelo valor absoluto de um número maior que 1.<br />
Tarefa 11 (Propriedade da função módulo) (Pág. 52)<br />
Se |x + y| = x + y então x + y = |x| + |y| e, pelo menos x ou y<br />
terá de ser positivo (ou nulo).<br />
Se x for positivo, x + y = x + |y| e, então, y = |y|, ou seja, y é<br />
também positivo ou nulo.<br />
Se |x + y| = –x – y então –x – y = |x| + |y| e, pelo menos,<br />
x ou y terá de ser negativo.<br />
Se x for negativo, –x – y = –x + |y| e, então, –y = |y|, ou<br />
seja y é também negativo ou nulo.<br />
Conclusão: tem-se |x + y| = |x| + |y| quando x e y forem<br />
ambos do mesmo sinal ou ambos nulos.<br />
Tarefa 12 (Estudo de funções com módulo) (Pág. 52)<br />
Para a função g temos:<br />
Df = R CDf = [–1, +∞[<br />
Quadro de variação:<br />
x –∞ 3<br />
+∞<br />
f(x)<br />
–1<br />
Quadro de sinais:<br />
x<br />
f(x)<br />
Limites: lim f(x) = +∞;<br />
lim f(x) = +∞<br />
Dh = R<br />
CDh = ]–∞, 1]<br />
Quadro de variação:<br />
x –∞ –1<br />
h(x)<br />
1<br />
Quadro de sinais:<br />
x<br />
h(x)<br />
–∞<br />
x→ –∞<br />
–∞<br />
Limites: lim h(x) = –∞ ;<br />
x→ –∞<br />
+ 0 – 0<br />
–<br />
➔<br />
➔<br />
5<br />
2<br />
x→ +∞<br />
4<br />
–<br />
3<br />
0 +<br />
lim h(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
7<br />
2<br />
2<br />
–<br />
3<br />
0<br />
➔<br />
➔<br />
+<br />
–<br />
+∞<br />
+∞<br />
+∞
Tarefa 13 (Resolução algébrica de equações e inequações)<br />
(Pág. 54)<br />
1. Inequação impossível, pois |x – 2| + 5 ≥ 5.<br />
2. Equação impossível, pois |x – 2| + 5 ≥ 5.<br />
3. R\{2}, pois |x – 2| ≥0.<br />
Tarefa 14 (Resolução de equações e de inequações)<br />
(Pág. 54)<br />
1. Algebricamente: Se x ≥ 2 então x – 2 + 5 > 12, ou seja,<br />
x > 9. Se x < 2 então –x + 2 + 5 > 12, ou seja, x < –5.<br />
Logo, o conjunto solução será ]–∞, –5[ ∪ ]9, +∞[.<br />
2. Algebricamente: Se x ≥ 2 então x – 2 + 5 < 12, ou<br />
seja, x < 9. Se x < 2 então –x + 2 + 5 < 12, ou seja,<br />
x > –5. Logo, o conjunto solução será ]–5, 9[.<br />
3. Algebricamente: Se x ≥ 2 então x – 2 + 5 = 8, ou seja,<br />
x = 5. Se x < 2 então –x + 2 + 5 = 8, ou seja, x = –1.<br />
Logo, o conjunto solução será {–1, 5}.<br />
Tarefa 15 (Resolução numérica de equações e de inequações)<br />
(Pág. 54)<br />
1.<br />
Conjunto solução: ]–10,5; 35,5[<br />
2.<br />
Equação impossível.<br />
3.<br />
Conjunto solução: {–0,81; 0,98}<br />
4.<br />
Conjunto solução: ]–0,32; –0,28[<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
Tarefa 16 (Representação gráfica de funções) (Pág. 57)<br />
-5<br />
-5<br />
-4 -3 -2<br />
-4 -3 -2<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-1<br />
-1<br />
-2<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-1<br />
-1<br />
-2<br />
g(x) + 2<br />
1 2 3 4 5 x<br />
g(x + 3)<br />
1 2 3 4 5 x<br />
-5<br />
-5<br />
-4 -3 -2<br />
-4 -3 -2<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-1<br />
-1<br />
-2<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-1<br />
-1<br />
-2<br />
g(x) – 2<br />
1 2 3 4 5 x<br />
g(x – 3)<br />
1 2 3 4 5 x<br />
43
44<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Tarefa 17 (Transformações de funções quadráticas)<br />
(Pág. 58)<br />
1<br />
1. h x ( 4 )<br />
1<br />
2. h(x)<br />
4<br />
3. –h(x)<br />
4. h(x – 2)<br />
Exercícios globais (Págs. 59-68)<br />
1. a. Como 300 : 88 é cerca de 3,4 basta juntarmos 3<br />
grá ficos iguais ao dado e mais um pedaço de um<br />
quarto para termos o gráfico das distâncias do planeta<br />
Mercúrio ao Sol durante 300 dias.<br />
y<br />
100<br />
50<br />
-5<br />
-5<br />
-5<br />
-4 -3 -2<br />
-4 -3 -2<br />
-4 -3 -2<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-1<br />
-1<br />
-2<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-1<br />
-1<br />
-2<br />
y<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-1<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
-4<br />
1 2 3 4 5 x<br />
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 x<br />
b. O gráfico será em tudo idêntico ao do planeta Mercúrio<br />
do enunciado mas, desta vez, no eixo dos yy estará<br />
entre 200 e 250 e no eixo dos xx entre 0 e 700.<br />
y<br />
250<br />
200<br />
2g(x)<br />
1 2 3 4 5 x<br />
g(2x)<br />
1 2 3 4 5 x<br />
–g(x)<br />
-5<br />
-5<br />
-4 -3 -2<br />
-4 -3 -2<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-1<br />
-1<br />
-2<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-1<br />
-1<br />
-2<br />
0 700 x<br />
0,3g(x)<br />
1 2 3 4 5 x<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1 g(0,1x)<br />
-5 -4 -3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
1 2 3 4 5 x<br />
g(–x)<br />
1 2 3 4 5 x<br />
2. a. D f = R CD f = R<br />
Zeros: {0, 2}<br />
Crescente: ]0, 1[<br />
Decrescente: em ]–∞, 0[ e em ]1, +∞[<br />
Não tem intervalos em que é constante.<br />
b. D g = R CD g = [1, +∞[<br />
Zeros: não tem<br />
Crescente: ]1, +∞[<br />
Não tem intervalos em que seja decrescente.<br />
Constante: ]–∞, 1[<br />
c. D h = R CD h = [0, +∞[<br />
Zeros: {0}<br />
Crescente: em ] 0, [ e em ] , +∞[<br />
Decrescente: em ]–∞, 0[ e em ] , 7 13<br />
8 8<br />
7 13<br />
8 8 [<br />
Não tem intervalos em que seja constante.<br />
∪] , +∞[<br />
CDi = R<br />
Zeros: { – , 1 1<br />
2 2<br />
9 9<br />
8 8}<br />
1<br />
Crescente: ] , +∞[ 2<br />
d. D i = ] –∞, [<br />
Decrescente: ] –∞, 1<br />
2[<br />
Não tem intervalos em que seja constante.<br />
3. O ponto de intersecção das rectas é o ponto (–1, 5).<br />
A intersec ção das rectas é a intersec ção dos gráficos<br />
das funções afins que representam as rectas.<br />
4. O volume pode ser expresso em função do tempo<br />
10<br />
pela expressão V(t) = .<br />
5 + 3t<br />
1<br />
V(0) = 2; V(25) =<br />
8<br />
5.<br />
y = x 2 + 1<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
-4 -3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
1<br />
-4 -3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
5 y = 2x<br />
4<br />
3<br />
2<br />
2 y<br />
– 3<br />
-3<br />
y<br />
1 2 3 4x<br />
y = (x + 5) 2<br />
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
y<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1 2 3 4 x -4 -3 -2 -1<br />
-1<br />
-2<br />
1<br />
-3<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
y<br />
1 x<br />
y = 4(x – 3) 2<br />
1 2 3 4<br />
x
6. a. (x + 4) 2 – 3 (a azul)<br />
(x – 3) 2 + 3 (a vermelha)<br />
b. (x + 2) 2 (a azul)<br />
–(x – 1)(x – 3) = –x 2 + 4x – 3 (a vermelha)<br />
7. a. Se não contratar mais nenhum trabalhador produz<br />
100 radiadores por dia, um valor constante ao<br />
longo do tempo. Se contratar 15 trabalhadores<br />
passa logo a produzir 107 radiadores por dia, contratando<br />
30 trabalhadores produz 114 radiadores<br />
por dia. Contratando menos de 15 trabalhadores<br />
não aumenta a sua produção. Ou seja, a represen -<br />
tação gráfica dá saltos de 7 em 7, cada vez que a<br />
contratação atinge um múltiplo de 15 trabalhadores.<br />
Designemos por x o número de contratações. Assim,<br />
o domínio é o intervalo [200, +∞[. A função não é<br />
contínua.<br />
b. Com os trabalhadores que tem produz 100 radiadores<br />
por dia. Então tem de contratar mais trabalhadores<br />
para produzir os 420 radiadores que faltam. Para<br />
produzir 7 radiadores necessita de 15 trabalhadores.<br />
Assim, 420 : 7 = 60 conjuntos de 15 trabalha dores.<br />
Logo, necessita de 15 × 60 = 900 tra balhadores.<br />
8. a. [–2, 2] × [–2, 2]:<br />
b. [–5, 5] × [–5, 5]:<br />
125<br />
y<br />
c. [–10, 10] × [–100, 100]:<br />
d. [–5, 20] × [–5, 20]:<br />
100<br />
200 225 250 275 x<br />
Na alínea d) pois é mais notória a localização do vértice<br />
da parábola relativamente aos eixos coordenados.<br />
9. a. f(x) = 0 ⇔ –2x + 3 = 0 ⇔ x =<br />
b.<br />
c.<br />
x<br />
f(x)<br />
x<br />
f(x)<br />
d. lim f(x) = +∞ ;<br />
x→ –∞<br />
–∞<br />
–∞<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
10. a. Na calculadora, Y1 = ao primeiro membro da inequação<br />
e Y2 = ao segundo membro.<br />
Determinar os pontos de intersecção:<br />
Conjunto solução: ]–∞, –7[ ∪ ]97, +∞[<br />
b. Na calculadora Y1 = ao primeiro membro da inequação<br />
e Y2 = ao segundo membro.<br />
Determinar os pontos de intersecção:<br />
Os extremos do conjunto solução são valores<br />
aproximados com uma casa decimal: ]11,9; 22,1[<br />
11. a. Como a < 0,<br />
b. Como a > 0,<br />
➔<br />
3<br />
2<br />
+ 0<br />
lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
lim f(x) = lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞ x→ –∞<br />
lim f(x) = lim f(x) = +∞<br />
x→ +∞ x→ –∞<br />
12. Dg = R<br />
|x – 2| ≥0 ⇔ – |x – 2| ≤0 ⇔ 3 – |x – 2| ≤3<br />
⇔ 3 – |x – 2| –1 ≤ 2<br />
CDg = ]–∞, 2]<br />
3<br />
2<br />
0<br />
3<br />
2<br />
➔<br />
–<br />
+∞<br />
+∞<br />
45
46<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
3 – |x – 2| – 1 =<br />
Para x < 2 a função é representada por uma recta<br />
com declive positivo logo é crescente.<br />
Para x ≥ 2 a função é representada por uma recta<br />
com declive negativo logo é decrescente.<br />
x<br />
g(x)<br />
Determinar os zeros.<br />
Resolver a inequação: 2 – |x – 2| >0<br />
x<br />
g(x)<br />
;<br />
Dh = R<br />
|x – 2| ≥0 ⇔ –2 |x – 2| ≤0 ⇔ –2 |x – 2| + 1 ≤ 1<br />
CDh = ]–∞, 1]<br />
–2 |x – 2| + 1 =<br />
3 – |x – 2| – 1 =<br />
Para x < 2 a função é representada por uma recta<br />
com declive positivo logo é crescente.<br />
Para x ≥ 2 a função é representada por uma recta<br />
com declive negativo logo é decrescente.<br />
x<br />
h(x)<br />
Determinar os zeros.<br />
Resolver a inequação: –2 |x – 2| + 1 > 0<br />
x –∞<br />
3<br />
2<br />
5<br />
2<br />
h(x) – 0 + 0<br />
lim h(x) = –∞<br />
x→ –∞<br />
–∞ 2<br />
–∞<br />
–<br />
lim g(x) = –∞<br />
x→ –∞<br />
➔<br />
–∞ 2<br />
➔<br />
;<br />
<br />
x se x < 2<br />
–x + a se x ≥ 2<br />
<br />
<br />
0<br />
4x – 3 se x < 2<br />
–2x + 5 se x ≥ 2<br />
x se x < 2<br />
–x + 4 se x ≥ 2<br />
lim h(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
2<br />
0 +<br />
lim g(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
1<br />
4<br />
0<br />
➔<br />
➔<br />
–<br />
–<br />
+∞<br />
+∞<br />
+∞<br />
+∞<br />
13. Por exemplo:<br />
14. Por exemplo:<br />
15. Os valores de b resultam da resolução do sistema:<br />
<br />
x2 + y2 = 4<br />
y = 3x + b<br />
Isto equivale a determinar para que valores de b a<br />
equação x2 + (3x + b) 2 = 4 tem solução em x. O discriminante<br />
desta equação em x terá de ser maior ou<br />
igual a zero, o que conduz à resolução da inequação<br />
em b:<br />
(6b) 2 – 4 × 10 × (b2 – 4) ≥ 0 ⇔ b2 – 40 ≤ 0<br />
⇔ b ≥ –2 × √∫10 e b ≤ –2 × √∫10<br />
Então, b ∈ [–2√∫1∫0, 2√∫1∫0].<br />
16. O vértice está na parte positiva do eixo dos yy e a concavidade<br />
está voltada para baixo. Assim, a abcissa<br />
do vértice é um ponto máximo.<br />
Tem máximo igual a 3 no ponto de abcissa 2,5. É crescente<br />
no intervalo ]–∞; 2,5[.
17. a. O volume de água no depósito é de 4π m3 .<br />
O ponto de intersecção de f(t) com a recta y = 4π<br />
dá o tempo que demora a esvaziar o depósito.<br />
O depósito demora 1189 segundos a esvaziar.<br />
b. Basta procurar a intersecção de f com a recta<br />
y = 2. O resultado é, aproximadamente, 1264 segundos.<br />
18. Trata-se de resolver a equação:<br />
f(m2 ) – 2f(m) + f(2m) =<br />
⇔ 2m2 m<br />
2<br />
– 1 – 2(2m – 1) + 4m – 1 =<br />
1<br />
⇔ m = 0 ou m =<br />
4<br />
1<br />
Os valores de m são 0 e .<br />
4<br />
19. Sendo A e B pontos da função quadrática, temos:<br />
r = f(2), ou seja, r = –2<br />
s = f(–1), ou seja, s = 4<br />
A recta passa nos pontos A(2, –2) e B(–1, 4).<br />
4 + 2<br />
O declive da recta é m = ⇔ m = –2.<br />
–1 –2<br />
A equação reduzida da recta é da forma<br />
y = mx + b. Como m = –2, temos y = –2x + b.<br />
A recta contém o ponto (2, –2). Assim, –2 = –4 + b,<br />
ou seja, b = 2. Uma equação da recta é y = –2x + 2<br />
e o valor de b é 2.<br />
20. A função é da forma f(x) = mx + b. Como f(–1) = 3 e<br />
f(1) = 1, temos que:<br />
<br />
3 = – m + b<br />
1 = m + b<br />
⇔<br />
<br />
Assim, f(x) = –x + 2 e f(3) = –1.<br />
21. a. Se o vértice é (2, –1), a função é da forma:<br />
f(x) = a(x – 2) 2 – 1. Como contém o ponto (0, 3),<br />
temos que f(0) = 3, pelo que resulta a = 1. Assim,<br />
temos f(x) = x2 – 4x + 3.<br />
b. Os zeros são 1 e 3.<br />
m<br />
2<br />
3 = – 1 + b + b<br />
⇔<br />
m = 1 – b<br />
<br />
b = 2<br />
m = –1<br />
22.<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
v<br />
65<br />
60<br />
55<br />
50<br />
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 m<br />
A função é crescente, o que significa que, quanto<br />
maior é o carvão consumido, maior é a velocidade<br />
da locomotiva. O gráfico sugere que a representação<br />
analítica é uma parte de uma parábola.<br />
23. Um gráfico termopluviométrico é um gráfico que<br />
representa a distribuição das temperaturas e das<br />
precipitações médias num determinado período de<br />
tempo – geralmente um ano – para uma determinada<br />
estação meteorológica. Aí podemos ler dados<br />
que nos permitem concluir quais as temperaturas<br />
mínimas e máximas mensais, qual a amplitude térmica<br />
anual, qual a precipitação total anual, quais os<br />
meses secos. E com estes dados consegue-se<br />
identificar qual o tipo de clima do local onde foram<br />
feitas as medidas da temperatura e da precipitação.<br />
24. Basta ler as coordenadas no gráfico e escrever equações<br />
das funções.<br />
a. 2,5 segundos. c. 90 metros.<br />
b. 35 segundos. d. 200 metros.<br />
25. Atendendo a que:<br />
2x + b = 20 ⇔ b = 20 – 2x<br />
2a + 2x = 50 ⇔ a = 25 – x<br />
V(x) = x(20 – 2x)(25 – x) ⇔ V(x) = 2x 3 – 70x 2 + 500x<br />
Domínio da função:<br />
x > 0; a > 0; b > 0<br />
Assim terá de se verificar, simultaneamente:<br />
x > 0<br />
25 – x > 0 ⇔ x < 25<br />
20 – 2x > 0 ⇔ x < 10<br />
D V = ]0, 10[<br />
V(x) = 2x 3 – 70x 2 + 500x<br />
47
48<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
26. a. Seja 2x a base do triângulo.<br />
A área do triângulo é T(x) = 10x. A área do quadrado<br />
é T(x) = 4x2 . Para as duas áreas serem<br />
iguais tem-se 10x = 4x2 5<br />
⇔ x = .<br />
2<br />
b. No gráfico está representado T(x) e a “bold” Q(x).<br />
A partir de x = , a área do quadrado assume valores<br />
maiores que a área do triângulo. Assim a<br />
função afim assume valores superiores à função<br />
quadrática no intervalo] 0, [ .<br />
5<br />
2<br />
5<br />
2<br />
27. a. f(0) = 20. A temperatura é de 20 oC. b. 2 horas.<br />
c. 5 horas.<br />
d. Calcular as coordenadas do vértice:<br />
2t2 – 14t + 20 = 20 ⇔ t = 0 ou t = 7<br />
Abcissa do vértice:<br />
=<br />
Ordenada:<br />
f( = –4,5 )<br />
A temperatura mínima atingida pelo gelo foi de<br />
–4,5 o 0 + 7 7<br />
2 2<br />
7<br />
2<br />
C.<br />
e. 3,5 horas.<br />
28. Por exemplo:<br />
Têm o mesmo declive pois trata-se sempre da mes ma<br />
função.<br />
29. Temos V(r) = πr3 4<br />
. É uma função definida apenas<br />
3<br />
por números positivos e é sempre crescente. Podemos<br />
traçar uma tabela de valores e observar o<br />
aumento rápido do volume quando o raio aumenta:<br />
x<br />
0<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
y<br />
0<br />
4,1888<br />
33,5103<br />
113,0972<br />
268,0823<br />
523,5983<br />
904,7779<br />
1436,7538<br />
2144,6588<br />
3053,6255<br />
O gráfico representa uma função cúbica e mostra que<br />
o volume cresce sem limites quando o raio aumenta.<br />
9<br />
30. a. f(t) = t + 32, com t em graus na escala Celsius.<br />
5<br />
b.<br />
y<br />
80<br />
-80 -60 -40 -20<br />
-20<br />
40 60 80 x<br />
9<br />
c. O declive, , representa o tipo de aumento dos<br />
5<br />
graus Fahrenheit em função do aumento dos<br />
graus Celsius: por cada 5 graus Celsius de aumento,<br />
há 9 graus Fahrenheit de aumento.<br />
31. Sendo –2 e 3 os zeros da função quadrática, ela é<br />
da forma f(x) = a(x + 2)(x – 3). Como contém o ponto<br />
(0, 12), temos que a(0 + 2)(0 – 3) = 12, pelo que resulta<br />
a = –2.<br />
A função é f(x) = –2x 2 + 2x + 12.<br />
32. a) Como o coeficiente de x 2 é negativo, a parábola<br />
está voltada para o sentido negativo do eixo dos yy.<br />
Assim o vértice da parábola será o ponto máximo.<br />
Fazendo –x 2 + 30x – 5 = –5 obtém-se x = 0 ou x = 30.<br />
Como são valores com a mesma imagem, a abcissa<br />
do vértice é a média entre os dois valores,<br />
ou seja, 15. O valor máximo será então L(15) = 220.<br />
O lucro máximo é de 220 milhares de euros.<br />
b) Determinar o mínimo é encontrar as soluções da<br />
inequação –x 2 + 30x – 5 ≥ 195 ⇔ x ∈ [10, 20].<br />
A quantidade de vendas varia entre 10 e 20, com<br />
estes valores incluídos.<br />
60<br />
40<br />
20<br />
-40<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
-2<br />
-4<br />
20<br />
1<br />
2
33. Como o coeficiente de x 2 é positivo, a parábola está<br />
voltada para o sentido positivo do eixo dos yy.<br />
Assim, o vértice será um ponto mínimo. Então, a<br />
função só assumirá o valor 4 uma vez, ou seja, a<br />
equação 3x 2 + 6x – m = 4 só tem uma solução. Para<br />
isso, o discriminante tem de ser zero, pelo que se<br />
obtém m = –7.<br />
34. Se x é o número de dias e y a temperatura, sendo os<br />
zeros da função 12 e 24, a função quadrática é da<br />
forma y = a(x – 12)(x – 24) para um certo valor de a.<br />
Como o ponto (0, –24) pertence ao gráfico, substituindo<br />
na equação, temos –24 = a(0 – 12)(0 – 24),<br />
pelo que a = – . A função quadrática tem a forma<br />
f(x) = – (x – 12)(x – 24). Para determinar a tempe -<br />
ratura no 30. o dia substituímos x por 30. Ao 30. o dia,<br />
a temperatura é de –9 o 1<br />
12<br />
1<br />
2<br />
C.<br />
35. Um dos zeros da função quadrática é 12. O outro é o<br />
zero da função f(x). Assim, 368x – 184 = 0 ⇔ x = .<br />
Se representarmos o vértice da parábola por (h, k), o<br />
valor de k será 1058. A abcissa do vértice é o ponto<br />
médio entre os zeros, . A função qua-<br />
2<br />
drática será então da forma g(x) = a x – + 1058.<br />
Como o ponto , 0 pertence à função quadrática,<br />
2<br />
temos que a x + + 1058 = 0 ⇔ a = –32.<br />
2<br />
g(x) = –32 x – + 1058<br />
g(x) = –32x2 1<br />
2<br />
1<br />
+ 12<br />
2 25<br />
=<br />
2 4<br />
25<br />
( 4)<br />
1 ( 2 )<br />
25<br />
( 4 )<br />
25<br />
( 4)<br />
+ 400x – 192<br />
36. Uma recta que passa na origem é da forma y = kx.<br />
As rectas que só têm um ponto comum com a função<br />
são aquelas para as quais a equação<br />
x 2 – 4x + 4 = kx tem uma única solução. Basta verificar<br />
para que valores de k o discriminante é zero.<br />
Assim, temos k = 0 ou k = –8.<br />
As rectas são y = 0 e y = –8x.<br />
37. a. h(2) = 60<br />
b. 40t – 5t 2 = 75 ⇔ t = 3 ou t = 5. O instante é ao fim<br />
de 3 segundos.<br />
c. Como na função a < 0, o ponto máximo será o<br />
vértice da parábola. A abcissa do vértice será o<br />
ponto médio dos valores para os quais a função<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
atinge os 75 metros. A abcissa será então igual a<br />
4. A ordenada que corresponde à altura máxima<br />
é h(4) = 80. A pedra atinge uma altura máxima de<br />
80 metros.<br />
38. a. O valor de a.<br />
b. o valor de h.<br />
c. o valor de h.<br />
d. o valor de a e de k.<br />
e. o valor de k.<br />
Desafio D.1 (Pág. 69)<br />
Se x > 0 e y > 0 a expressão é equivalente a x + y = 4.<br />
Se x > 0 e y < 0 a expressão é equivalente a x – y = 4.<br />
Se x < 0 e y > 0 a expressão é equivalente a -x + y = 4.<br />
Se x < 0 e y < 0 a expressão é equivalente a -x – y = 4.<br />
Representando as quatro rectas obtemos a seguinte representação<br />
gráfica:<br />
Como cada recta apenas pode ser considerada no quadrante<br />
definido pelas coordenadas antes enunciadas, em<br />
cada quadrante apenas um lado do quadrado central pode<br />
ser considerado. Assim, a condição |x| + |y| = 4 é represen -<br />
tada por um quadrado.<br />
Desafio D.2 (Pág. 69)<br />
a.<br />
c.<br />
d. h(x) =<br />
-14 -12 -10<br />
x – f(x) se x ≥ 0<br />
x – f(x + 1) se x < 0<br />
<br />
y<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
-8 -6 -4 -2<br />
-2<br />
-4<br />
2 4 6 8 10 12 14 x<br />
-6<br />
-8<br />
y<br />
4<br />
2<br />
-6 -4 -2<br />
-2<br />
-4<br />
y<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
-6 -4 -2<br />
-2<br />
2<br />
2<br />
4 6<br />
4 6<br />
x<br />
x<br />
49
50<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Capítulo 3 – A parábola<br />
Tarefa 1 (Lançamento de uma bola) (Pág. 77)<br />
1. Assumindo que a gravidade é de 10 m/s2 , para se determinar<br />
o tempo que a bola demora a atingir o solo<br />
temos de resolver a equação:<br />
h(t) = 0 ⇔ – 5t2 + 48t + 32 = 0 ⇔<br />
⇔ t =<br />
24 – 4√∫4∫6<br />
ou t =<br />
24 + 4√∫4∫6<br />
5<br />
5<br />
A bola atinge o solo para o valor de t =<br />
24 + 4√∫4∫6<br />
, ou<br />
5<br />
seja, t 10,2 segundos.<br />
2. Para se determinar a altura máxima atingida pela bola<br />
vamos calcular as coordenadas do vértice da parábola.<br />
À semi-soma das abcissas dos zeros corresponde a<br />
abcissa do vértice 4,8. Assim, h(4,8) = 147,2 e o vértice<br />
da parábola tem coordenadas (4,8; 147,2). A altura máxima<br />
atingida pela bola é, então, 147,2 metros aproximadamente.<br />
3. Considera a janela de visualização abaixo:<br />
Obtemos o gráfico:<br />
Este gráfico é uma parábola.<br />
4. O eixo de simetria passa pelo vértice e tem por equação<br />
x = 4,8. A bola está a subir durante os primeiros<br />
4,8 segundos e depois começa a descer durante 5,4 segundos,<br />
isto é, entre os 4,8 segundos em que atinge<br />
a altura máxima e os 10,2 segundos quando toca no<br />
solo. O eixo de simetria separa o intervalo de tempo<br />
em que a bola está a subir e o intervalo de tempo em<br />
que está a descer.<br />
Tarefa 4 (Equação da parábola) (Pág. 78)<br />
1. e 2.<br />
y<br />
(0, p)<br />
Foco<br />
y = –p<br />
–p<br />
Directriz<br />
x<br />
3. d(P, F) = √∫x∫ 2 ∫ ∫+∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ ∫p∫)∫ 2<br />
4. A distância de um ponto (x, y) da parábola à directriz<br />
é a medida do segmento perpendicular que une o<br />
ponto à directriz.<br />
A distância de um ponto ao eixo dos xx é dada pela<br />
ordenada, isto é, y. A distância do eixo dos xx a uma<br />
recta horizontal é dada pela ordenada em valor abso -<br />
luto dessa recta, logo é p.<br />
Assim, a distância à directriz de um ponto da parábola<br />
é dada por y + p.<br />
5. Como a distância de um ponto da parábola ao foco e<br />
à directriz são iguais temos que:<br />
√∫x∫2∫ ∫+∫ ∫(∫y∫ ∫–∫ ∫p∫)∫2 = y + p ⇔ – 4p y = – x2 ⇔ y = x2 1<br />
4p<br />
Capítulo 4 – Funções polinomiais<br />
Tarefa 3 (Estudo gráfico de uma função polinomial)<br />
(Pág. 88)<br />
As representações seguintes ajudam às respostas.<br />
1. CD f = R<br />
2. É crescente.<br />
3. Não.<br />
4. lim f(x) = +∞ ; lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
x→ –∞<br />
Exercício 1 (Pág. 89)<br />
a. A(x) + B(x) = –3x 3 – 2x 2 + 7x – 3<br />
b. A(x) – B(x) = 3x 3 – 2x 2 + 3x – 1<br />
Exercício 2 (Pág. 90)<br />
a. (x 2 + x – 15)(x + 1) = x 3 + 2x 2 – 14x – 15<br />
b. (3x 3 + 11x 2 + x – 15)(x – 1) = 3x 4 + 8x 3 – 10x 2 – 16x + 15<br />
c. (x 3 + x 2 + x – 5) 2 = x 6 + 2x 5 + 3x 4 – 8x 3 – 9x 2 – 10x + 25<br />
d. (x – 1) 2 = x 2 – 2x + 1
Exercício 3 (Pág. 90)<br />
P(x) × Q(x) tem grau 7.<br />
Exercício 4 (Pág. 94)<br />
a. x + 9 = 1 × (x + 6) + 3<br />
b. x + 6 = 1 × (x + 9) – 3<br />
c. 2x + 3 = 1 × 2x + 3<br />
d. x 2 + 2x + 5 = 1 × (x 2 + 2x + 2) + 3<br />
e. x 3 – x 2 + 2x + 5 = (x – 3) (x 2 + 2x + 2) + 6x + 11<br />
Exercício 5 (Pág. 94)<br />
O grau do quociente é 3 e o grau máximo do resto é 1.<br />
Exercício 6 (Pág. 94)<br />
O resto da divisão, usando o algoritmo, é (a + 10)x + (b – 2).<br />
Para o polinómio ser nulo terá de ser a + 10 = 0 e b – 2 = 0.<br />
Assim, a = –10 e b = 2.<br />
Exercício 7 (Pág. 98)<br />
a. Quociente: 1<br />
Resto: 3<br />
b. Quociente: 1<br />
Resto: –3<br />
c. Quociente: x + 4<br />
Resto: 11<br />
d. Quociente: x4 + x3 + x2 + x + 3<br />
Resto: 8<br />
1 0 0 0 2 5<br />
1 1 1 1 1 3<br />
e. Quociente: x 2 – 3x + 8<br />
Resto: –11<br />
1 1 1 1 3 8<br />
–2<br />
Exercício 8 (Pág. 98)<br />
a. Os divisores do termo independente são:<br />
{–4, –2, –1, 1, 2, 4}. Estes são os candidatos a serem<br />
valores possíveis para a.<br />
Aplicando a regra de Ruffini e a fórmula resolvente<br />
das equações de 2. o grau, obtemos:<br />
(x + 1), x – ( ) , ( x – –1 + √∫3∫3 –1 – √∫3∫3<br />
4<br />
4 )<br />
2<br />
–6<br />
–9<br />
1 9<br />
–6<br />
1 3<br />
1 6<br />
–6<br />
1 –3<br />
1 2 3<br />
2 8<br />
1 4 11<br />
1 –1 2 5<br />
–2 6 –16<br />
1 –3 8 –11<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
b. Os divisores do termo independente são<br />
{–9, –3, –1, 1, 3, 9}. Estes são os candidatos a serem<br />
valores possíveis para a.<br />
Aplicando a regra de Ruffini e a fórmula resolvente<br />
para a equação do segundo grau, obtemos x + 3; x – √∫3;<br />
x + √∫3.<br />
c. Os divisores do termo independente são:<br />
{-6, -3, –2, –1, 1, 2, 3, 6}. Estes são os candidatos a<br />
serem valores possíveis para a.<br />
Aplicando a regra de Ruffini, nenhum deles é divisor,<br />
nenhum conduz a resto 0, logo, não existem factores<br />
do tipo x – a.<br />
Exercício 9 (Pág. 98)<br />
Algoritmo normal da divisão:<br />
4x4 –5x3 – 4x2 + 0x + 2<br />
– 4x4 + 8x3 +3x 3 – 4x 2<br />
–3x 3 + 6x 2<br />
2x2 + 0x<br />
–2x2 + 4x<br />
+4x + 2<br />
–4x + 8<br />
+10<br />
Regra de Ruffini:<br />
4 –5 –4 0 2<br />
2 8 6 4 8<br />
4 3 2 4 10<br />
A regra funciona pois corresponde a operar só com os<br />
coeficientes.<br />
Exercício 10 (Pág. 99)<br />
a. Aplicando o teorema do resto, temos:<br />
k × 33 – 9 × 32 + 22 × 3 – 39 = 0 ⇔ k = 2<br />
b. 3 3 + 5 × 3 2 – 20 × 3 + k = 0 ⇔ k = –12<br />
x – 2<br />
4x3 + 3x2 + 2x + 4<br />
c. (–2) 3 + k(–2) 2 – 6 × (–2) + 6 = 0 ⇔ k = –<br />
Exercício 11 (Pág. 99)<br />
Aplicando o teorema do resto, temos que:<br />
a. A divisão não é exacta. O valor do polinómio para<br />
x = 3 é 42.<br />
b. A divisão não é exacta. O valor do polinómio para<br />
x = 7 é 152.<br />
c. A divisão não é exacta. O valor do polinómio para<br />
x = –1 é –13.<br />
5<br />
2<br />
51
52<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Exercício 12 (Pág. 102)<br />
a. Pelo Teorema de Cauchy, os zeros reais estão no intervalo<br />
[–4, 4]. Pelo Critério de Divisibilidade, os divisores<br />
do termo independente são os candidatos a<br />
zeros deste polinómio: –2, –1, 1, 2.<br />
Por aplicação do Teorema do Resto, temos P(–2) = 0<br />
e P(1) = 0.<br />
Aplicando a Regra de Ruffini, temos:<br />
Assim temos a seguinte decomposição em factores<br />
2x3 + 3x2 – 3x – 2 = (x + 2)(x – 1)(2x + 1)<br />
b. Pelo Teorema de Cauchy, os zeros reais estão no intervalo<br />
[–6, 6]. Pelo Critério de Divisibilidade, os divisores<br />
do termo independente são os candidatos a<br />
zeros deste polinómio: –5, –1, 1, 5.<br />
Pelo Teorema do Resto, temos P(–1) = 0.<br />
Utilizando a regra de Ruffini:<br />
1 –3 –3 –5<br />
–1 –1 –2 5<br />
Assim, x3 – 3x2 – 3x – 5 = (x + 1)(x2 + 2x – 5).<br />
Recorrendo à fórmula resolvente, podemos encontrar<br />
as raízes do trinómio.<br />
x2 + 2x – 5 = 0 ⇔ x = –1±√∫6<br />
A decomposição em factores é:<br />
x3 – 3x2 – 3x -5 = (x + 1)(x + 1 + √∫6)(x + 1 – √∫6)<br />
c. Pelo Teorema de Cauchy, os zeros reais estão no intervalo<br />
[–3, 3]. Pelo Critério de Divisibilidade, os divisores<br />
do termo independente são os candidatos a<br />
zeros deste polinómio: –2, –1, 1, 2.<br />
Pelo Teorema do Resto, temos P(1) = 0; P(2) = 0;<br />
P(–1) = 0.<br />
Utilizando a regra de Ruffini:<br />
1 –2 0 0 –1 2<br />
1 1 –1 –1 –1 2<br />
2<br />
–2<br />
1<br />
2 3 –3 –2<br />
–4 +2 +2<br />
2 –1 –1 0<br />
2 1<br />
2 1 0<br />
1 2 –5 0<br />
1 –1 –1 –1 –2 0<br />
2 2 2 2<br />
1 1 1 1 0<br />
–1 –1 0 –1<br />
1 0 1 0<br />
Assim, a decomposição é:<br />
x 5 + 2x 4 – x + 2 = (x – 2)(x – 1)(x + 1)(x 2 + 1)<br />
Exercício 13 (Pág. 102)<br />
a.<br />
1<br />
Zeros: –2, 1, – { 2 }<br />
Quadro de sinal:<br />
x<br />
f(x)<br />
Na janela:<br />
Máximo: Mínimo:<br />
Quadro de variação:<br />
x<br />
f(x)<br />
Máximo relativo em x = –1,37 cujo valor é 2,6.<br />
Máximo absoluto: não tem.<br />
Mínimo relativo em x = 0,37 cujo valor é –2,6.<br />
Limites nos ramos infinitos:<br />
lim f(x) = +∞ ; lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
x→ –∞<br />
b.<br />
Zeros: {–1 – √∫6, –1, –1 + √∫6}<br />
Quadro de sinal:<br />
x<br />
f(x)<br />
–∞<br />
–∞<br />
–<br />
–<br />
Na janela:<br />
–∞ –1,37<br />
➔<br />
–2<br />
0 +<br />
2,6<br />
–1-√∫6<br />
0 +<br />
1<br />
–<br />
2<br />
0 –<br />
–1<br />
0 –<br />
Máximo: Mínimo:<br />
➔<br />
0,37<br />
–2,6<br />
1<br />
0<br />
–1+√∫6<br />
0<br />
➔<br />
+<br />
+<br />
+∞<br />
+∞<br />
+∞
c.<br />
Quadro de variação:<br />
x<br />
f(x)<br />
Máximo relativo em x = –2,41 cujo valor é 5,66.<br />
Máximo absoluto: não tem.<br />
Mínimo relativo em x = 0,41 cujo valor é –5,66.<br />
Mínimo absoluto: não tem.<br />
Limites nos ramos infinitos:<br />
lim f(x) = +∞ ; lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
x→ –∞<br />
Zeros: {–1, 1, 2}<br />
Quadro de sinal:<br />
x<br />
f(x)<br />
Na janela:<br />
Máximo: Mínimo:<br />
Quadro de variação:<br />
x<br />
f(x)<br />
–∞<br />
–<br />
–∞ –0,46<br />
➔<br />
–1<br />
0 +<br />
2,35<br />
Máximo relativo em x = –0,46 cujo valor é 2,35.<br />
Máximo absoluto: não tem.<br />
Mínimo relativo em x = 1,64 cujo valor é –2,24.<br />
Mínimo absoluto: não tem.<br />
Limites nos ramos infinitos:<br />
lim f(x) = +∞ ; lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
x→ –∞<br />
Exercícios globais (Págs. 103-106)<br />
1. Utilizando a Regra de Ruffini para x = –2, temos:<br />
–2<br />
–∞ –2,41<br />
➔<br />
5,66<br />
Q(x) = x3 – 2x2 + 3x – 6<br />
R(x) = 14<br />
➔<br />
➔<br />
1<br />
0 –<br />
1 0 –1 0 2<br />
–2 +4 –6 12<br />
1 –2 +3 –6 14<br />
0,41<br />
–5,66<br />
1,64<br />
–2,24<br />
2<br />
0<br />
➔<br />
➔<br />
+<br />
+∞<br />
+∞<br />
+∞<br />
2. Usando a Regra de Ruffini, temos:<br />
Quociente: 4x 2 + 4x + 3<br />
Resto: 16<br />
3. Pelo Teorema do Resto, temos que:<br />
2 × (–3) 3 – 5 × (–3) + m = 5 ⇔ m = 44<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
4. c é o produto das raízes e b é o simétrico da soma<br />
das raízes. Assim, b = 8 e c = 7, logo V = (–4, –9).<br />
5. Usando o Teorema do Resto, temos:<br />
donde a = 7 e b = 15.<br />
6. Seja x um dos lados do rectângulo e y o outro.<br />
O perímetro do rectângulo é 2x + 2y = 36.<br />
Logo, y = 18 – x.<br />
A área do rectângulo é x × y.<br />
A área pode ser escrita em função de x:<br />
A(x) = x(18 – x) ⇔ A(x) = 18x – x 2<br />
A função é representada por uma parábola em que<br />
a < 0; tem um máximo no seu vértice cuja abcissa é 9.<br />
Assim, um dos lados é 9 metros e o outro dado por<br />
y = 18 – x é também 9 metros, donde o rectângulo de<br />
maior área é um quadrado de lado 9 metros.<br />
7. Usando o Teorema do Resto, temos:<br />
Q(–1) = 0 a – b + c = –1<br />
Q(2) = 0 ⇔ 4a + 2b + c = –8<br />
Q(0) = 4 c = 4<br />
Assim, a = –3, b = 0 e c = 4.<br />
8. Usando duas vezes a regra de Ruffini e visto que a raiz<br />
é dupla, ou seja, de cada vez que se usar a regra, o resto<br />
terá de ser zero. Obtemos, assim, o seguinte sistema:<br />
9. a.<br />
3<br />
<br />
P(5) = 0<br />
P(2) = 9<br />
<br />
<br />
4 –8 –9 7<br />
12 12 9<br />
⇔<br />
a + b = –1<br />
2a + b = –4<br />
4 4 3 16<br />
<br />
<br />
Assim, a = –3 e b = 2.<br />
Zeros: 1,<br />
3<br />
, 2 { 2 }<br />
–25a + b = –160<br />
–4a + b = –13<br />
53
54<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Quadro de sinal:<br />
x<br />
f(x)<br />
Na janela:<br />
Máximo: Mínimo:<br />
Quadro de variação:<br />
x –∞ 1,21<br />
1,79 +∞<br />
f(x)<br />
0,96<br />
–0,1<br />
Máximo relativo em x = 1,21 cujo valor é 0,96.<br />
Máximo absoluto: não tem.<br />
Mínimo relativo em x = 1,79 cujo valor é –0,1.<br />
Mínimo absoluto: não tem.<br />
Limites nos ramos infinitos:<br />
lim f(x) = +∞ ; lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
x→ –∞<br />
Algebricamente, pelo Teorema de Cauchy, os zeros<br />
reais estão no intervalo [–7, 7]. Pelo Critério de Divisibilidade,<br />
os divisores do termo independente<br />
são os candidatos a zeros deste polinómio:<br />
–6, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 6.<br />
Por aplicação do Teorema do Resto, temos P(2) = 0<br />
e P(1) = 0.<br />
Aplicando a Regra de Ruffini, temos:<br />
2 –9 +13 –6<br />
2 4 –10 +6<br />
1<br />
–∞<br />
–<br />
➔<br />
1<br />
3<br />
2<br />
0 + 0 –<br />
Assim, 2x 3 – 9x 2 + 13x – 6 = (x – 2)(x – 1)(2x – 3).<br />
Não detectamos nenhuma contradição com os resultados<br />
obtidos com a calculadora. Assim, os resultados<br />
da calculadora merecem mais confiança.<br />
b.<br />
Determinação dos zeros na janela indicada:<br />
➔<br />
2 –5 3 0<br />
2 –3<br />
2 –3 0<br />
2<br />
0<br />
➔<br />
+<br />
+∞<br />
Quadro de sinal:<br />
x<br />
f(x)<br />
–∞<br />
–<br />
Determinação dos extremos na mesma janela:<br />
Máximo: Mínimo:<br />
Quadro de variação:<br />
x –∞ –0,79<br />
f(x)<br />
6,16<br />
➔<br />
–1,34<br />
Máximo relativo em x = –0,79 cujo valor é 6,16.<br />
Máximo absoluto: não tem.<br />
Mínimo relativo em x = 0,84 cujo valor é –5,39.<br />
Mínimo absoluto: não tem.<br />
Limites nos ramos infinitos:<br />
lim f(x) = +∞ ; lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
x→ –∞<br />
Algebricamente, pelo Teorema de Cauchy, os zeros<br />
reais estão no intervalo [–12, 12]. Pelo Critério de<br />
Divisibilidade, os divisores do termo independente<br />
são os candidatos a zeros deste polinómio: –1, 1.<br />
Nenhum destes valores é um zero do polinómio,<br />
por aplicação da Regra de Ruffini. Não detectamos<br />
nenhuma contradição com os resultados obtidos<br />
com a calculadora. Assim, os resultados da calculadora<br />
merecem mais confiança.<br />
c.<br />
Determinação de um dos zeros na janela indicada:<br />
Zeros:<br />
2<br />
, 3 { 3 }<br />
Quadro de sinal:<br />
x<br />
f(x)<br />
0 +<br />
0,09<br />
Determinação dos extremos:<br />
Máximos: não tem.<br />
➔<br />
–∞<br />
2<br />
3<br />
+ 0 –<br />
0 –<br />
0,84<br />
–5,39<br />
1<br />
0<br />
1,4<br />
0<br />
➔<br />
+<br />
+<br />
+∞<br />
+∞<br />
+∞
Mínimos (com a calculadora na mesma janela):<br />
Quadro de variação:<br />
x<br />
f(x)<br />
–∞ 0,85<br />
➔<br />
–0,14<br />
Mínimo relativo que também é mínimo absoluto em<br />
0,85 cujo valor é -0,14.<br />
Limites nos ramos infinitos:<br />
lim f(x) = +∞ ; lim f(x) = –∞<br />
x→ +∞<br />
x→ –∞<br />
Algebricamente, Pelo Teorema de Cauchy, os zeros<br />
reais estão no intervalo [–3, 3]. Pelo Critério de Divisibilidade,<br />
os divisores do termo independente<br />
são os candidatos a zeros deste polinómio:<br />
–3, –1, 1, 3.<br />
Por aplicação do Teorema do Resto, temos P(1) = 0.<br />
Aplicando a Regra de Ruffini, temos:<br />
3 –5 5 –5 2<br />
1 3 –2 3 –2<br />
Podemos assim factorizar:<br />
3x 4 – 5x 3 + 5x 2 – 5x + 2 = (x – 1)(3x 3 – 2x 2 + 3x – 2) =<br />
= (x – 1)(x 2 (3x – 2) + (3x – 2)) = (x – 1)(3x – 2) (x 2 + 1).<br />
Não detectamos nenhuma contradição com os resultados<br />
obtidos com a calculadora. Assim, os resultados<br />
da calculadora merecem mais confiança.<br />
10. a. Adicionando 1 a ambos os membros da equação,<br />
esta assume a forma x3 + 1 = (c + 1)x + c + 1. Como<br />
ambos os membros são divisíveis por x + 1, então<br />
x = –1 é uma solução da equação.<br />
Substituindo em ambos os membros x por –1,<br />
obtemos 0 = 0, o que prova que –1 é solução da<br />
equação.<br />
b. x3 + 1 = (c + 1)x + c + 1 ⇔ x3 + 1 = cx + x + c + 1<br />
⇔ x3 + 1 = c(x + 1) + (x + 1) ⇔ x3 + 1 = (c + 1) (x + 1)<br />
⇔ (x2 – x + 1)(x + 1) = (c + 1) (x + 1)<br />
Como –1 é solução da equação, as restantes são<br />
as soluções da equação:<br />
x2 – x + 1 = c + 1 ⇔ x2 – x – c = 0 ⇔ x =<br />
1±√∫1∫ ∫+∫ ∫4∫c<br />
.<br />
2<br />
11. Substituindo em p(x) x por x – 2, temos:<br />
y = (x – 2) 2 (x – 3)((x – 2) 2 – 4)<br />
⇔ y = (x – 2) 2 (x – 3)(x – 4)x<br />
2 é um zero duplo da função, por isso a representação<br />
é a da alínea a).<br />
➔<br />
3 –2 3 –2 0<br />
+∞<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
12. O polinómio P(x) é pelo menos do 3. o grau, visto que<br />
a sua decomposição em factores tem de conter<br />
(x + 3)(x – 1)(x + 5).<br />
13. Se o eixo dos yy é um eixo de simetria e a distância<br />
entre os zeros é 4, então os zeros são –2 e 2. A função<br />
é da forma f(x) = a(x – 2)(x + 2).<br />
Como o valor mínimo é –5, ele está sobre o eixo de<br />
simetria pelo que a abcissa do vértice é 0. Temos<br />
então que f(0) = –5 donde a = .<br />
A função é x2 5<br />
4<br />
5<br />
– 5.<br />
4<br />
14. A base é um quadrado de lado 20 – 2x. O volume é<br />
dado por V(x) = x(20 – 2x) 2 .<br />
Sabendo que x > 0 e que 20 – 2x > 0, então<br />
20 – 2x > 0 ⇔ x < 10.<br />
Usando a calculadora gráfica numa janela adequada<br />
temos a seguinte representação gráfica:<br />
Usando as potencialidades da calculadora obtemos<br />
o máximo que é:<br />
Logo, o lado do quadrado a cortar será aproximadamente<br />
igual a 3,3 cm.<br />
15. a. Resolvendo a equação f(x) = g(x) temos:<br />
x3 – x2 – 2x = 0 ⇔ x = 0 ou x = –1 ou x = 2<br />
Assim, f(0) = 1; f(–1) = ; f(2) = 2<br />
Logo, as coordenadas dos pontos A, B e C são:<br />
A(0, 1); B( –1, 1<br />
2<br />
1<br />
; C(2, 2)<br />
2)<br />
b. A recta que contém os pontos A e C tem por<br />
equação reduzida y =<br />
1<br />
x + 1. O ponto B pertence<br />
2<br />
a essa recta. Logo, os pontos são colineares.<br />
16. Seja a uma das dimensões da folha. Assim teremos:<br />
h<br />
T<br />
x<br />
a – h<br />
55
56<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Pelo Teorema de Pitágoras, vem:<br />
x2 + h2 = (a – h) 2 ⇔ h =<br />
a<br />
A área do triângulo é:<br />
A(x) = × x × ⇔ A(x) =<br />
Para encontrar uma solução vamos substituir o a<br />
pela medida do lado que dobra. Para uma folha de<br />
dimensões 14,5 cm por 21 cm tem-se:<br />
A(x) =<br />
Utilizando a calculadora, numa janela adequada, obtemos:<br />
2 – x2 2a<br />
x(210,25 – x2 1 a<br />
2<br />
)<br />
58<br />
2 – x2 x(a<br />
2a<br />
2 – x2 )<br />
4a<br />
Calculemos o máximo:<br />
O problema é o mesmo partindo de uma folha rectangular<br />
com outras dimensões.<br />
Assim, para uma folha de dimensões 14,5 por 21 cm,<br />
o valor da área do triângulo é de 20,23 cm 2 e a base<br />
é de 8,37 cm.<br />
17. x 4 – 4x 3 + 3x 2 = x 2 (x 2 – 4x + 3) = x 2 (x – 1)(x – 3)<br />
Representando graficamente obtém-se:<br />
18. a. Em cada caso, o gráfico da função g(x) está a “bold”.<br />
[–10, 10] × [–1000, 1000]:<br />
[–10, 10] × [–10, 10]:<br />
[1, 5] × [–2, 2]:<br />
b.<br />
x ∈ ]2, 3[ ∪ ]3, 4[<br />
c. Para x ≠ 3, temos que:<br />
(x – 3) 2 > (x – 3) 4 ⇔ 1 > (x – 3) 2 ⇔ x2 – 6x + 8 < 0<br />
Assim, x ∈ ]2, 4[.<br />
Para x = 3 a desigualdade não se verifica pelo<br />
que x ∈ ]2, 3[ ∪ ]3, 4[.<br />
19. a. Se tem vértice em (3, –1) é da forma:<br />
f(x) = a(x – 3) 2 – 1<br />
Como contém o ponto (1, 3), temos que f(1) = 3,<br />
donde 4a – 1 = 3 ⇔ a = 1.<br />
Assim, f(x) = x2 – 6x + 8.<br />
b. Como os zeros são (–1, 0) e (2, 0) a função é da<br />
forma f(x) = a(x + 1)(x – 2).<br />
Como contém o ponto (0, 6), temos que f(0) = 6.<br />
Então, –2a = 6 ⇔ a = –3<br />
Logo, f(x) = –3x2 + 3x + 6.<br />
20. a. d(2) = 26<br />
A altura do edifício é de 14 metros.<br />
b. d(t) = 2,75 ⇔ 5t2 + 3t – 2,75 = 0 ⇔ t = –1, 1 ou t = 0,5<br />
Demorou 0,5 segundos, pois o tempo negativo<br />
não tem significado no contexto do problema.<br />
21. x – x – = x ( )( ) 2 – x + =<br />
= x2 – x + =<br />
Um polinómio de coeficientes inteiros é, por exemplo,<br />
12x2 12 7 1 12x<br />
12 12 12<br />
– 7x + 1.<br />
2 1 1 7 1<br />
4 3 12 12<br />
– 7x + 1<br />
12<br />
Desafio D.1 (Pág. 107)<br />
Seja P(x) = anxn + an – 1xn – 1 + a1x + a0 um polinómio de<br />
coeficientes inteiros divisível por x – a.<br />
Pelo Teorema do Resto, temos que:<br />
P(a) = 0 ou seja,<br />
anan + an – 1an – 1 + … + a1a + a0 = 0.<br />
Passando a0 para o segundo membro e colocando a em<br />
evidência no 1. o membro temos:<br />
a(anan – 1 + an – 1an – 2 + … + a1) = – a0 Como anan – 1 + an – 1an – 2 + … + a1 é um número inteiro<br />
isto prova que o termo independente a0 é um múltiplo<br />
inteiro de a.
Desafio D. 2 (Pág. 107)<br />
–x 5 + 3x 4 + 4x 3 – 12x 2 > 0 ⇔ x 2 (–x 3 + 3x 2 + 4x – 12) > 0<br />
⇔ x 2 (x 2 (–x + 3) –4(–x + 3)) > 0<br />
⇔ x 2 (x 2 – 4)(–x + 3) > 0<br />
Como x = 0 não é solução da inequação e x 2 > 0 para<br />
x ≠ 0, apenas temos de determinar onde (x 2 – 4)(–x + 3) é<br />
positivo, ou seja, determinar onde os dois polinómios<br />
têm o mesmo sinal.<br />
Assim, x 2 – 4 é positivo para x < –2 e para x > 2 e negativo<br />
em –2 < x < 2;<br />
–x + 3 é positivo para x < 3 e negativo para x > 3.<br />
O sinal dos dois polinómios é o mesmo em:<br />
]–∞, –2[ ∪ ]2, 3[<br />
Capítulo 5 – Polinómios interpoladores<br />
Nota: O uso da calculadora pode dar um “forte” apoio à validação dos resultados,<br />
quanto às regressões pedidas em alguns dos problemas.<br />
Tarefa 1 (Estimativa) (Pág. 113)<br />
Para uma maior facilidade de cálculo vamos representar<br />
o ano de 1990-1991 por 0 e o ano de 1992-1993 por<br />
2. E vamos representar o número de alunos aos milhares,<br />
ou seja, respectivamente 14,5 e 17,3.<br />
Assim, temos de realizar a interpolação para 1991-1992,<br />
ou seja, para 1.<br />
Os dados conhecidos são os pontos (0; 14,5) e (2; 17,3).<br />
A equação da recta que contém estes dois pontos é obtida<br />
por resolução do sistema:<br />
Daqui resulta a recta de regressão linear: y = 2,8x + 14,5.<br />
Como queremos saber o valor para 1, temos:<br />
y = 2,8 × 1 + 14,5, pelo que y = 15,9.<br />
O número de alunos inscritos em 1991-1992 é estimado<br />
em 15 900 alunos.<br />
Tarefa 2 (Polinómio interpolador do 2. o grau) (Pág. 113)<br />
Considerando a mesma estratégia do exercício anterior,<br />
temos os pontos (0; 14,5); (2; 17,3) e (3; 19,1).<br />
A equação de uma função quadrática que contém estes<br />
três pontos é obtida por resolução do sistema:<br />
14,5 = c<br />
17,3 = 4a + 2b + c<br />
19,1 = 9a + 3b + c<br />
<br />
<br />
14,5 = b<br />
⇔<br />
17,3 = 2m + b<br />
Daqui resulta que a regressão quadrática é dada por:<br />
y = x2 2<br />
+<br />
17<br />
x + 14,5. Para x = 1 obtemos y = 15,7(6).<br />
15 15<br />
O número de alunos inscritos em 1991-1992 é estimado<br />
em 15 767 alunos.<br />
⇔<br />
<br />
b = 14,5<br />
m = 2,8<br />
c = 14,5<br />
b =<br />
17<br />
15<br />
2<br />
a =<br />
15<br />
<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
Tarefa 3 (Polinómio interpolador passando por 3 pontos)<br />
Pág. (114)<br />
Dados os três pontos trata-se de encontrar o polinómio<br />
P(x) = ax2 + bx + c, ou seja,<br />
P(1) = 3<br />
P(4) = 5<br />
P(7) = 1<br />
o que dá origem ao sistema:<br />
1<br />
a = –<br />
3 = a + b + c<br />
3<br />
5 = 16a + 4b + c ⇔ b =<br />
7<br />
3<br />
1 = 49a + 7b + c<br />
a = 1<br />
<br />
O polinómio é, então, P(x) = – x2 1 7<br />
+ x + 1.<br />
3 3<br />
Tarefa 4 (Fórmula da interpolação) (Pág. 114)<br />
Estudemos agora o caso geral da interpolação a partir<br />
de três pontos.<br />
O polinómio do segundo grau pretendido, parábola, terá<br />
por equação geral<br />
x = ax2 + bx + c, com a ≠ 0<br />
Contudo, já vimos no caso da interpolação linear que o<br />
resultado final foi<br />
f(x) = y<br />
x – x<br />
1 + 1 (y2 – y<br />
x<br />
1)<br />
2 – x1 Para além das constantes, aparece o factor x – x1. No<br />
caso deverá aparecer uma estrutura semelhante, como<br />
diz o enunciado, mas desta vez com dois factores<br />
(x – x1)(x – x2), pelo que podemos, desde já, começar a<br />
procurar algo parecido com isso e que simplificará bastante<br />
os cálculos. Neste caso, podemos arriscar que a<br />
estrutura será semelhante a:<br />
y = a(x – x1)(x – x2) + b(x – x1) + c<br />
Como a parábola pretendida passa pelos três pontos<br />
dados, temos:<br />
y 1 = c<br />
y 2 = b(x 2 – x 1)+ c<br />
y 3 = a(x 3 – x 1)(x 3 – x 2)+ b(x 3 – x 1)+ c<br />
<br />
<br />
x f(x)<br />
x 1<br />
x 2<br />
x 3<br />
<br />
Este é um sistema linear nas incógnitas a, b e c que<br />
vamos agora determinar. O valor de c está determinado.<br />
Podemos tirar o valor de b da segunda equação obtendo<br />
b = (y2 – y1) (x2 – x1) y 1<br />
y 2<br />
y 3<br />
57
58<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Substituindo na terceira equação obtemos o valor de a:<br />
y3 = a (x3 – x1)(x3 – x2) (y2 – y1) (x2 – x1) (x3 – x1) + y1 ⇔ y3 – y1 = a (x3 – x1)(x3 – x<br />
(y2 – y<br />
2) 1)<br />
(x3 – x<br />
(x<br />
1)<br />
2 – x1) (y<br />
⇔ 3 – y1) (x3 – x1) = a(x3 – x2) +<br />
(y2 – y1) (x2 – x1) ⇔ a(x3 – x2) =<br />
(y3 – y1) (x3 – x1) –<br />
(y2 – y1) (x2 – x1) (y<br />
⇔ a = 3 – y1) (y<br />
– 2 – y1) (x3 – x1)(x3 – x2) (x2 – x1)(x3 – x2) Substituindo na expressão inicial, obtemos<br />
y = – ( ) (x – x (y3 – y1) (y2 – y1) 1)(x – x2) +<br />
(x3 – x1)(x3 – x2) (x2 – x1)(x3 – x2) Ou seja,<br />
+<br />
(y2 – y1) (x – x1) + y1 (x2 – x1) (x – x<br />
y = 1)(x – x2) (y3 – y<br />
(x<br />
1)–<br />
3 – x1)(x3 – x2) –<br />
(x – x1)(x – x2) (x2 – x1)(x3 – x2) (y2 – y1) +<br />
(x – x<br />
+ 1)<br />
(x2 – x1) (y2 – y1) + y1 Esta fórmula é chamada fórmula da interpolação quadrática<br />
para f conhecidos os pontos (x 1, y 1), (x 2, y 2) e<br />
(x 3, y 3) do gráfico de f.<br />
Tarefa 5 (Interpolação linear e estimativas) (Pág. 114)<br />
1. Temos f(2) = 4 e f(3) = 8.<br />
Considerando na fórmula da interpolação linear x 1 = 2,<br />
y 1 = 4, x 2 = 3 e y 2 = 8, temos f(x) = 4x – 4.<br />
Logo, f(2,3) = 5,2.<br />
2. Considerando x1 = 2, y1 = 4, x2 = 2,5, y2 = 4√∫2, x3 = 3<br />
e y3 = 8, temos:<br />
(x – 2)(x – 2,5)<br />
y = (8 – 4) –<br />
(3 – 2)(3 – 2,5)<br />
–<br />
(x – 2)(x – 2,5)<br />
(4√∫2 – 4) +<br />
(2,5 – 2)(3 – 2,5)<br />
+<br />
(x – 2)<br />
(4√∫2 – 4) + 4<br />
(2,5 – 2)<br />
Fazendo x = 2,3, obtemos y ≈ 5,076.<br />
3. Como 3,1 < π
Analisando os restos, concluímos que o polinómio<br />
P(x) apenas admite 2 como um zero simples.<br />
Como o polinómio 2x 2 + 1 não admite zeros reais, uma<br />
vez que a equação 2x 2 + 1 = 0 é impossível, o polinó -<br />
mio decomposto num produto de factores de menor<br />
grau possível terá a forma P(x) = (x – 2)(2x 2 + 1).<br />
6. Calculemos os zeros da função g(x):<br />
g(x) = 0 ⇔ x = 3 ou x = 9,4<br />
Como a distância entre a posição inicial e final é de<br />
9,4 cm, um dos zeros da função f é 3 e o outro é 0.<br />
Com os zeros de f podemos calcular a abcissa do<br />
vértice, x = .<br />
Como a ordenada é 4,5, a função f é da forma<br />
f(x) = a(x – 1,5) 2 + 4,5.<br />
Como o gráfico de f contém o ponto (0, 0), temos<br />
0 = a(0 – 1,5) 2 + 4,5 ⇔ a = –2<br />
A expressão analítica da função f é:<br />
f(x) = –2(x – 1,5) 2 0 + 3<br />
2<br />
+ 4,5<br />
Prova global N. o 2 (Pág. 118)<br />
1. a. D = [–3, –1] ∪ [0, 4]; CD = [–1, 2]<br />
b. Os zeros da função são {–1, 2}.<br />
c. [0, 4]<br />
d. Não existe, pois a função é crescente em todo o<br />
seu domínio.<br />
2. Se a 700 metros estão 7 oC, temos de saber a 1300 metros<br />
quanto diminuiu. Como a cada 180 metros desce<br />
1 oC, temos que ≈ 7,2 oC. Então, aos 2000 metros<br />
estará uma temperatura de 7 oC – 7,2 oC = –0,2 o 1300<br />
180<br />
C.<br />
Atendendo a que a função é uma função afim e que<br />
contém, por exemplo, os pontos (700, 7) e (880, 6),<br />
a sua representação gráfica é:<br />
Determinemos a expressão analítica usando os pontos<br />
anteriores:<br />
m = –<br />
1<br />
7 = m × 700 + b<br />
180<br />
⇔<br />
7 = m × 880 + b<br />
98<br />
b =<br />
9<br />
<br />
o C<br />
15<br />
10<br />
5<br />
500 1000 1500 2000<br />
m<br />
<br />
A expressão analítica é f(x) = –<br />
1<br />
x +<br />
98<br />
.<br />
180 9<br />
Tema 2 — Funções | Aleph 10<br />
3. Pelo Teorema do Resto, temos Q(2) = 0.<br />
Assim, 4 × 2 3 + (2 – k) 2 – 48 = 0 ⇔ k = –2 ou k = 6<br />
Os valores de k são –2 e 6.<br />
4. Pela definição de quociente e de resto, temos:<br />
P(x) = (x 2 + 2x + 3)(3x – 2) + 5x + 2<br />
⇔ P(x) = 3x 3 + 4x 2 + 10x – 4<br />
5. Se tem vértice no ponto (1, 2), a função é da forma<br />
y = a(x – 1) 2 + 2.<br />
Como o gráfico contém o ponto (0, 1), temos<br />
0 = a(0 – 1) 2 + 2 ⇔ a = –1<br />
Assim, a expressão da função é y = –(x – 1) 2 + 2.<br />
A solução é única, pois uma função quadrática tem<br />
apenas três graus de liberdade e esses foram preenchidos<br />
pelos dados do vértice (2 restrições) e da intersecção<br />
com o eixo dos yy (1 restrição).<br />
6. Determinemos os valores de x para os quais a função<br />
assume o valor 1,4:<br />
–0,1(x – 4,5) 2 + 3 = 1,4 ⇔ x = 0,5 ou x = 8,5<br />
Atendendo a que o Marco recebe a bola na parte descendente,<br />
o valor que importa para o problema é 8,5.<br />
A distância entre o André e o Marco é de 8,5 metros.<br />
Prova global N. o 3 (Pág. 120)<br />
1. a.<br />
-10<br />
b. (–9, –3); (2, 2); (7, 7)<br />
2. De P(1) = 0 concluímos que a + b + c = –1.<br />
Como P(–x) + P(x) = 0, temos<br />
–x 3 + ax 2 – bx + c + x 3 + ax 2 + bx + c = 0<br />
⇔ 2ax 2 + 2c = 0<br />
Para este polinómio ser o polinómio nulo resulta o<br />
seguinte sistema:<br />
<br />
-8<br />
2a = 0<br />
2c = 0<br />
-6<br />
-4<br />
⇔<br />
y<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
-2<br />
-2<br />
-4<br />
-6<br />
-8<br />
-10<br />
<br />
a = 0<br />
c = 0<br />
f(x) = g(–x) – 3<br />
2 4 6 8 10x<br />
Assim, temos que de a + b + c = –1 resulta b = –1.<br />
Portanto, P(x) = x 3 – x. Logo, P(2) = 6.<br />
59
60<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
3. Os pontos (2, 0) e (6, 0) são os zeros da função quadrática.<br />
Esta pode, então, ser escrita como<br />
y = a(x – 2)(x – 6). Como contém o ponto (0, –3),<br />
temos –3 = a(0 – 2)(0 – 6) ⇔ a = – .<br />
A expressão que define a função quadrática é:<br />
y = – x2 1<br />
4<br />
1<br />
+ 2x – 3<br />
4<br />
4. a. O consumo de água é nulo às 7h e às 23h.<br />
b. Crescente: [7, 13] e [16, 18]<br />
Decrescente: [13, 16] e [18, 24]<br />
c. Às 13 horas, o consumo foi de 1,5 m 3 .<br />
5. Se P(x) dividido por Q(x) dá resto 44, pelo Teorema<br />
do Resto, temos que P(2) = 44, isto é:<br />
2 × 2 n + 10 – 30 = 44 ⇔ 2 n + 1 = 64 ⇔ n = 5<br />
6. a. Com os valores da tabela podemos escrever:<br />
30 = b69a e 314 = b160a Dividindo a segunda expressão pela primeira, temos:<br />
= ⇔ 2,32a 160 314<br />
= 10,47<br />
( ) a<br />
69<br />
Usando a calculadora gráfica podemos determinar<br />
um valor aproximado de a. Para tal, podemos<br />
traçar uma tabela de valores da função y = 2,32a e<br />
procurar um valor de a que permita obter para y<br />
um valor próximo de 10,47. Obtemos o valor aproximado<br />
de a = 2,79.<br />
Para calcular um valor aproximado de b basta su bstituir<br />
numa das expressões que já conhecemos:<br />
30 = b692,79 ⇔ b =<br />
30<br />
⇔ b ≈ 0,00022<br />
A função é y = 0,00022 × x2,79 .<br />
b. Usando a função anterior, obtemos<br />
y = 0,00022 × 1302,79 ⇔ y ≈ 174<br />
O boi pesa aproximadamente 174 kg.<br />
c. O comprimento do peito aumentou 81 cm (160 – 69).<br />
O peso aumentou 28 kg (314 – 30).<br />
A percentagem de aumento do peso em relação<br />
284<br />
ao comprimento é × 100 = 312%.<br />
91<br />
Prova global N. o 4 (Pág. 122)<br />
1. a. D f = ]–1, 3[<br />
b. CD f = [1, 4[<br />
c.<br />
y<br />
(–2, 7) (2, 7)<br />
(0, 5)<br />
(–1, 3) (1, 3)<br />
30<br />
g(x)<br />
69 2,79<br />
2. L(x) = xa(x) – O(x)<br />
⇔ L(x) = x(–0,008x + 1300) – (0,0024x 2 + 10 6 )<br />
⇔ L(x) = –0,0104x 2 + 1300x – 10 6<br />
x<br />
Como a < 0 a função tem um máximo no vértice.<br />
– 0,0104x2 + 1300x – 106 = –106 ⇔ x = 0 ou x = 125 000<br />
A abcissa do vértice é<br />
0 + 12 500<br />
= 62 500.<br />
2<br />
A empresa deve produzir 62 500 unidades.<br />
3. Pela definição de divisão, temos<br />
P(x) = (x 2 – 3x + 1)(x + 1) + 2x + 1, ou seja,<br />
P(x) = x 3 – 2x 2 + 2.<br />
O resto da divisão é igual ao valor do polinómio no<br />
ponto –1, P(–1) = –1.<br />
4. P(x) + Q(x) = (a 2 – 3a + 2)x 3 + (a – 2)x 2 – 4ax + 4<br />
Para este polinómio ser do 2. o grau em x, o coeficiente<br />
de x 3 terá de ser igual a zero.<br />
Então, a 2 – 3a + 2 = 0 ⇔ a = 1 ou a = 2.<br />
Simultaneamente, o coeficiente de x 2 terá de ser diferente<br />
de zero, a ≠ 2.<br />
Para que o polinómio seja do 2. o grau a = 1.<br />
5. a.<br />
Os zeros são –2 e 2.<br />
b.<br />
Tem um máximo relativo em x = 0 cujo valor é –4.<br />
Não é máximo absoluto, pois lim f(x) = +∞ e<br />
x→ –∞<br />
lim f(x) = +∞ .<br />
x→ +∞<br />
c. Vamos calcular os zeros da função:<br />
x 4 – 3x 2 – 4 = 0 ⇔ (x 2 ) 2 – 3x 2 – 4 = 0<br />
⇔ x 2 = – 1 x 2 = 4 ⇔ x = –2 ou x = 2<br />
Utilizando a Regra de Ruffini, podemos escrever a<br />
função polinomial como o produto:<br />
x 4 – 3x 2 – 4 = (x 2 – 4)(x 2 + 1)<br />
Como x 2 + 1 é sempre positivo, o sinal da função<br />
vai depender do sinal de x 2 – 4. Como o sinal de<br />
x 2 – 4 é negativo no intervalo ]–2, 2[ a função é<br />
negativa nesse intervalo.<br />
6. a. Designemos o ano de 1995 como sendo o ano 0.<br />
Assim, o valor de b será 78.<br />
O modelo linear é y = ax + 78.<br />
Como no ano de 2005 a esperança média de vida é de<br />
80,3 anos, temos que (10; 80,3) é um ponto que satisfaz<br />
ao modelo, pelo que 80,3 = a × 10 + 78 ⇔ a = 0,23.<br />
O modelo linear é y = 0,23x + 78.<br />
b. Para a esperança média de vida ser de 81,5 anos<br />
temos de determinar o valor de x no modelo:<br />
81,5 = 0,23x + 78 ⇔ x ≈ 15,22<br />
15,22 anos corresponde a 15 anos e 3 meses.<br />
Após 15 anos e 3 meses, ou seja, em Março de 2010.
Estatística<br />
Capítulo 1 – O que é a Estatística<br />
Capítulo 2 – Organização e interpretação de caracteres estatísticos<br />
Capítulo 3 – Distribuições bidimensionais<br />
TEMA 3
62<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Propostas de resolução das tarefas e<br />
exercícios<br />
Capítulo 1 – O que é a Estatística?<br />
Tarefa 1 (Resultados duvidosos) (Pág. 128)<br />
Pode pensar-se que o erro do médico suíço Lombard<br />
foi ter considerado uma amostra muito pequena por incluir<br />
apenas no seu estudo os óbitos ocorridos na cidade<br />
suíça de Genebra. Mas, na realidade, o erro está no<br />
facto de apenas ter registado as profissões na hora da<br />
morte. Os estudantes, a morrer como estudantes morrem<br />
sempre cedo… Os outros todos já foram também<br />
estudantes (ou quase todos) mas ficam registados na<br />
última profissão não é? Não aparecendo como estudantes,<br />
os dados recolhidos ficam inutilizados.<br />
Tarefa 2 (Regras a que deve obedecer uma sondagem)<br />
(Pág. 132)<br />
d. Universo constituído pela população recenseada residente<br />
em Portugal continental.<br />
e. Amostra constituída por 1006 entrevistas efectivas:<br />
52,5% dos entrevistados do sexo feminino; 47,5% do<br />
sexo masculino; 30,9% dos entrevistados com idades<br />
entre os 18 e os 34 anos; 35,8% entre os 35 e 54<br />
anos e 33,3% dos indivíduos com mais de 55 anos.<br />
Por regiões, 18,7% dos entrevistados residem no<br />
Norte Litoral, 12,7% no Grande Porto, 15,6% no Centro<br />
Litoral; 28,6% na Grande Lisboa e 8,8% no Sul.<br />
f. Não contemplada na ficha técnica.<br />
g. Não contemplada na ficha técnica.<br />
Quando se fala numa “distribuição proporcional de registos<br />
de não respondentes, sem opinião e abstenção,<br />
passando a usar-se a expressão ‘Projecção‘” e “O erro<br />
de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%<br />
é de mais ou menos 3,1%”.<br />
Tarefa 3 (Diferença entre sondagem e resultado eleitoral)<br />
(Pág. 133)<br />
Três possíveis causas de desajustamento entre as sondagens<br />
com vista a determinar o sentido de voto nas<br />
eleições e a votação propriamente dita são:<br />
i) elevado número de abstenção;<br />
ii) má selecção da amostra;<br />
iii) falsas declarações prestadas pelos entrevistados.<br />
Mas há mais:<br />
iv) acontecimento brutal que revolte os eleitores contra<br />
determinada pessoa ou partido;<br />
v) fraude eleitoral;<br />
vi) erro na redistribuição estatística dos eleitores que<br />
se recusaram a responder à sondagem.<br />
Tarefa 4 (População e amostra) (Pág. 135)<br />
1. População 6. População<br />
2. População 7. Amostra<br />
3. Amostra 8. Amostra<br />
4. Amostra 9. População<br />
5. Amostra 10. População<br />
Tarefa 5 (Sondagem da SIC sobre a pena de morte)<br />
(Pág. 135)<br />
A sondagem levada a cabo pela SIC tem como referência<br />
uma amostra enviesada, pois quem respondeu foram<br />
pessoas que estavam a assistir ao programa, não foram<br />
seleccionadas para serem representativas da população<br />
portuguesa e a sua opinião pode ter sido condicionada<br />
pelo próprio programa (por exemplo, imagens chocantes<br />
ou testemunhos dilacerantes ao vivo). Na sondagem<br />
apresentada pelo Expresso, possivelmente, foram tidos<br />
em conta os necessários procedimentos para uma correcta<br />
selecção da amostra, o que levou a resultados diferentes<br />
dos apresentados pela sondagem da SIC.<br />
Tarefa 6 (Elvis Presley está vivo?) (Pág. 136)<br />
Como fontes de enviesamento da amostra temos, por<br />
um lado, o facto de nem todos os elementos da população<br />
dos Estados Unidos terem a mesma probabilidade<br />
de serem seleccionados, pois só os ouvintes das estações<br />
de rádio em causa, é que se iam pronunciar sobre<br />
a questão da morte do Elvis; por outro lado, temos o<br />
facto de os elementos da amostra não serem seleccionados,<br />
mas sim serem eles os interessados ou não em<br />
responder, com a agravante de a chamada telefónica ser<br />
paga. E quem está disposto a pagar é quem quer agitar<br />
as águas à volta de Elvis.<br />
Tarefa 7 (Amostra aleatória) (Pág. 137)<br />
Só a amostra da terceira situação é aleatória, pois, na<br />
primeira situação, a amostra seria válida apenas para<br />
tirar conclusões sobre as preferências musicais dos<br />
alunos do Ensino Secundário que também frequentam<br />
o Conservatório. É natural que um aluno que frequenta<br />
um Conservatório tenha uma apetência musical diferente<br />
de outro que não o frequente e, portanto, conclusões<br />
que se tirem de tal amostra não podem ser válidas<br />
para a população dos alunos do Ensino Secundário. Na<br />
segunda situação, a amostra não é representativa da<br />
população, pois é possível que as pessoas à saída do<br />
supermercado se lembrem melhor dos produtos que ou<br />
acabaram de comprar ou que aí encontraram, sendo<br />
assim as suas respostas enviesadas. Na terceira situação,<br />
a amostra já é representativa da população. É um<br />
exemplo de amostragem sistemática.
Tarefa 8 (Estatística Descritiva e Indutiva) (Pág. 139)<br />
1. Temos aqui um exemplo de Estatística Indutiva. De<br />
uma amostra de 10 televisores infere-se para a população<br />
do lote de 100. Acredita-se, com base na<br />
Teoria da Estatística Indutiva/Inferência Estatística,<br />
que, se 10 televisores aleatoriamente seleccionados<br />
estiverem todos bons, então o mesmo deve acontecer<br />
aos restantes.<br />
2. Temos novamente um exemplo de Estatística Indutiva.<br />
Sendo a amostra representativa da população<br />
de todos os eleitores portugueses, então é de esperar<br />
que o que se passa na amostra também se passe<br />
na população e, portanto, que mais de 50% dos portugueses<br />
votem nesse candidato.<br />
3. Aqui temos apenas um problema de Estatística Descritiva,<br />
visto que a informação foi feita com base nos<br />
dados relativos ao salário de todos os empregados<br />
da empresa.<br />
4. Como apenas se estudou o salário de uma amostra<br />
de trabalhadores da empresa, estamos perante um<br />
problema de Estatística Indutiva.<br />
Capítulo 2 – Organização e interpretação de caracteres<br />
estatísticos<br />
Exercício 1 (Pág. 143)<br />
a. Variável do tipo quantitativo e contínua.<br />
b. Variável do tipo qualitativo.<br />
c. Variável do tipo quantitativo e contínua.<br />
d. Variável do tipo qualitativo.<br />
e. Variável do tipo qualitativo.<br />
f. Variável do tipo quantitativo e discreta.<br />
g. Variável do tipo quantitativo e contínua.<br />
h. Variável do tipo qualitativo.<br />
i. Variável do tipo quantitativo e discreta.<br />
j. Variável do tipo quantitativo e discreta.<br />
k. Variável do tipo qualitativo.<br />
l. Variável do tipo quantitativo e discreta.<br />
Exercício 2 (Pág. 146)<br />
Tendo em conta que num jogo de basquetebol existem<br />
quatro períodos de 10 minutos, ou seja, a duração do<br />
jogo é de 40 minutos e não há aqui ninguém que jogue<br />
os 40 minutos, é natural considerar-se as classes<br />
[0, 10[, [10, 20[, [20, 30[ e [30, 40[. No caso de haver<br />
prolongamentos já teremos de considerar as classes:<br />
[0, 10[, [10, 20[, [20, 30[, [30, 40[ e [40,50[.<br />
Exercício 3 (Pág. 147)<br />
Tabela de frequências absolutas:<br />
Classe<br />
[0, 10[<br />
[10, 20[<br />
[20, 30[<br />
[30, 40[<br />
Tema 3 — Estatística | Aleph 10<br />
Histograma onde se pode ver a frequência absoluta de<br />
cada classe:<br />
Exercício 4 (Pág. 147)<br />
As situações das alíneas b. e c. são propositadamente<br />
ambíguas, pois não se sabe qual a dimensão da amostra,<br />
nem o que se pretende com os dados a analisar. Por<br />
exemplo, no caso do exemplo b. não é indiferente se as<br />
pontuações se referem a uma turma ou à escola toda.<br />
No primeiro caso, pode não ter qualquer interesse considerar<br />
classes com aquela amplitude, pois correr-se-<br />
-ia o risco de a maior parte das classes consideradas<br />
ter frequência nula. Por outro lado, pareceria muito mais<br />
interessante considerar classes de amplitude 5, já que<br />
nos transmite informação de uma forma mais sugestiva.<br />
No caso da alínea c. será que tem interesse saber<br />
quantos professores estão perto da reforma, para fazer<br />
uma programação atempada das necessidades? Se sim,<br />
talvez se justifique considerar classes com aquela amplitude.<br />
São estas condicionantes que devem ser objecto<br />
de discussão.<br />
Exercício 5 (Pág. 147)<br />
Frequência absoluta<br />
3<br />
1<br />
1<br />
4<br />
Retirado de: Brochura de Estatística, 10. o ano, pp. 41 e 42, ME<br />
a. Nenhum aluno teve nota inferior a 4.<br />
b. Dado que a altura da barra correspondente à classe<br />
[8, 12[ é o dobro da altura da barra da classe [4, 8[, é<br />
de esperar que 20% dos alunos tenham tido nota<br />
entre 8 e 12.<br />
63
64<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
c. Usando um raciocínio idêntico ao usado para respon -<br />
der à alínea b. podemos afirmar que 70% dos alunos<br />
tiveram nota superior a 12 ou, então, considerando<br />
que 10% + 20% = 30% dos alunos tiveram nota entre<br />
4 e 12, então os restantes, 100% – 30% = 70% tiveram<br />
nota superior a 12.<br />
Exercício 6 (Pág. 148)<br />
As classes não têm todas a mesma amplitude. No que<br />
diz respeito às notas negativas, as classes têm uma<br />
amplitude de 5 pontos, enquanto nas notas positivas a<br />
amplitude é de 10 pontos, e este facto pode ser observado<br />
no histograma.<br />
Neste histograma dá ideia de haver um domínio claro<br />
de notas positivas ou perto disso. Estaríamos à espera<br />
que, como o histograma é um diagrama de áreas,<br />
mesmo que as classes não tivessem todas a mesma<br />
amplitude, o aspecto visual do histograma seria muito<br />
fiável, pois a área do rectângulo correspondente deveria<br />
ser proporcional à frequência absoluta da classe.<br />
Mas isso não acontece neste caso porque as frequências<br />
absolutas das classes contíguas ]85, 90] e ]90, 95]<br />
têm vectores muito díspares, 339 e 1694, respectivamente.<br />
Se tivermos apenas a classe ]85, 95] a sua frequência<br />
absoluta será 2033, que não provoca um<br />
contraste tão chocante com a classe seguinte, ]95, 105],<br />
de frequência 1277. Vejamos como ficaria o histograma<br />
com as classes todas da mesma amplitude.<br />
Um aspecto muito diferente! A distribuição dos dados<br />
pelos diferentes intervalos é muito equilibrada e até parece<br />
normal.<br />
Exercício 7 (Pág. 153)<br />
Consideremos a seguinte tabela onde estão consideradas<br />
as classes e as respectivas frequências absolutas das<br />
idades das atletas das equipas do Olivais e do Ribera:<br />
Classe<br />
[18, 22[<br />
[22, 26[<br />
[26, 30[<br />
[30, 34[<br />
Idades do Olivais<br />
2<br />
4<br />
2<br />
1<br />
Função cumulativa Função cumulativa<br />
para o Ribera para o Olivais<br />
Por comparação dos dois gráficos vemos que a equipa<br />
do Pallacanestro Ribera apresenta um gráfico enviesado<br />
para a direita, ou seja, tem jogadoras mais velhas, relativamente<br />
às jogadoras do Olivais Coimbra.<br />
Exercício 8 (Pág. 155)<br />
Turma A<br />
6 5<br />
9 9 7 6<br />
9 8 6 3 3 0<br />
8 7 6 4 1 1<br />
5 2<br />
Olhando para o diagrama obtido, somos levados a afirmar<br />
que a Turma B tem melhores resultados que a Turma A.<br />
Exercício 9 (Pág. 157)<br />
Se a distribuição dos dados é simétrica significa que<br />
50% dos dados estão de cada lado da média, estando<br />
50% acima da média e os restantes 50% estarão abaixo<br />
da média; no que diz respeito à mediana e atendendo à<br />
definição de mediana, os dados estão, tal como em relação<br />
à média, 50% acima e 50% abaixo. Em conclusão,<br />
a média e a mediana têm que coincidir, quando a distribuição<br />
dos dados é simétrica.<br />
Exercício 10 (Pág. 157)<br />
a.<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
Turma B<br />
Idades do Ribera<br />
0<br />
3<br />
5<br />
2<br />
0<br />
0 0 1 4 5 7 7 9 9<br />
1 1 1 2 2 7 8<br />
2 4 8<br />
A média é 11 237,5 e a mediana é 7700. Então, a distribuição<br />
não é simétrica.
.<br />
A nova média é 30 925 enquanto que a mediana se<br />
mantém igual a 7700.<br />
c.<br />
d.<br />
A nova média é 11 271,25 enquanto que a mediana se<br />
mantém igual a 7700.<br />
Média<br />
Mediana<br />
Dados<br />
11 237,5<br />
7700<br />
Dados com o<br />
valor 335 000<br />
30 925<br />
7700<br />
Dados com o<br />
valor 600<br />
11 271,25<br />
7700<br />
Observando a tabela e comparando os dados, vemos<br />
que a média é muito sensível a alterações nos dados<br />
enquanto que a mediana não é tão sensível. No exemplo<br />
apresentado nem sequer muda com as alterações<br />
apresentadas (pois as alterações aconteceram sempre<br />
do mesmo lado relativamente à mediana).<br />
e. Os alunos podem ter confundido a mediana com o<br />
terceiro quartil.<br />
Exercício 11 (Pág. 158)<br />
a.<br />
Turma 1 Turma 2<br />
Com uma casa decimal, a média, nas duas turmas, é<br />
de 11,2.<br />
b. Se olharmos só para os resultados obtidos na alínea<br />
anterior, somos levados a afirmar que as turmas tiveram<br />
um comportamento igual porque a média é a<br />
mesma nas duas turmas. Mas observa-se claramente<br />
nos dados que o comportamento não foi bem<br />
o mesmo. Enquanto na turma 1 há dois alunos muito<br />
bons (com notas entre 16 e 18) e dois alunos muito<br />
maus (com notas entre 4 e 6), na turma 2 não existe<br />
nenhum aluno desses tipos, ordem todos mais próximos<br />
da média.<br />
Exercício 12 (Pág. 161)<br />
Tema 3 — Estatística | Aleph 10<br />
Comparando este diagrama com o da equipa do Olivais,<br />
(pág. 161 do manual), vemos que está mais simétrico do<br />
que o da equipa dos Olivais, ou seja, tem uma distribuição<br />
de idades mais equilibrada. Mas a amplitude de<br />
idades é menor! Ou seja, enquanto que a distribuição de<br />
idades da equipa do Ribera vai de 22 a 30 anos, na<br />
equipa do Olivais ela vai de 18 a 30 anos, mais 4 anos<br />
de amplitude. Isto é, a equipa do Olivais tem jogadoras<br />
mais jovens e de um espectro de idades maior. Tendo<br />
mais jogadoras jovens, tem mais futuro!<br />
Exercício 13 (Pág. 162)<br />
Os diagramas de extremos e quartis respeitantes aos<br />
pontos marcados nos jogos dos play-offs e nos jogos<br />
das competições europeias são, respectivamente:<br />
Comparando os dois diagramas, vemos que nas competições<br />
europeias houve uma distribuição mais concentrada<br />
dos pontos marcados (amplitude interquartil<br />
menor). Contudo, como a mediana nas competições europeias<br />
foi maior, os pontos aí marcados são um pouco<br />
melhores na parte central da distribuição do que nos<br />
play-offs, ou seja, o comportamento da equipa do Olivais<br />
nas competições europeias foi bastante razoável<br />
(no que diz respeito a pontos marcados).<br />
A mediana não é muito diferente, mas nos jogos dos<br />
play-offs, há um grande enviesamento para a esquerda<br />
(ou seja, mais jogos com poucos pontos marcados).<br />
Exercício 14 (Pág. 162)<br />
Os diagramas de extremos e quartis correspondentes<br />
aos três tipos de cachorros, carne de vaca, carne de<br />
porco e carne de aves são, respectivamente:<br />
Pela análise dos diagramas podemos inferir que o cachorro<br />
de carne de vaca e o cachorro de carne de porco<br />
têm sensivelmente as mesmas calorias, enquanto que<br />
o cachorro de carne de aves tem claramente muito<br />
menos calorias.<br />
65
66<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Exercício 15 (Pág. 165)<br />
a.<br />
b.<br />
A média é 2,833 e o desvio-padrão é 1,495.<br />
A média é 2,833 e o desvio-padrão é 1,495.<br />
Observação:<br />
Nestas duas distribuições, a média e o desvio-padrão<br />
mantêm-se. Os dados da segunda distribuição<br />
são obtidos da primeira multiplicando cada um deles<br />
por 10. Vejamos o que está a acontecer, começando<br />
por calcular a média da segunda distribuição:<br />
– 0 × 30 + 1 × 180 + 2 × 450 + 3 × 430 + 4 × 200 + 5 × 70 + 6 × 30 + 7 × 20 + 8 × 30<br />
x =<br />
30 + 180 + 450 + 430 + 200 + 70 + 30 + 20 + 30<br />
Colocando o 10 em evidência, vamos obter:<br />
– 10(0 × 30 + 1 × 18 + 2 × 45 + 3 × 43 + 4 × 20 + 5 × 7 + 6 × 3 + 7 × 2 + 8 × 3)<br />
x =<br />
10(3 + 18 + 45 + 43 + 20 + 7 + 3 + 2 + 3)<br />
Logo,<br />
– 0 × 3 + 1 × 18 + 2 × 45 + 3 × 43 + 4 × 20 + 5 × ×7 + 6 × 3 + 7 × 2 + 8 × 3<br />
x =<br />
3 + 18 + 45 + 43 + 20 + 7 + 3 + 2 + 3<br />
que é a expressão que nos dá a média para a primeira<br />
distribuição, justificando, deste modo, que<br />
ambas as distribuições tenham a mesma média.<br />
Quando um raciocínio semelhante justificamos que o<br />
desvio-padrão é igual, nas duas distribuições.<br />
Exercício 16 (Pág. 165)<br />
a.<br />
A média é 15,809 e o desvio-padrão é 6,044.<br />
b.<br />
A média é 15,809 e o desvio-padrão é 6,044.<br />
Exercícios globais (Págs. 166-171)<br />
1. a.<br />
b.<br />
c.<br />
Na Lista 1 temos o número de países visitado, na<br />
Lista 2 a frequência absoluta e na Lista 3 a frequência<br />
absoluta acumulada.<br />
Cada aluno visitou, em média, 4 países.<br />
A mediana é 4 e a moda também é.<br />
d. Por exemplo, escolher um aluno à sorte a partir do<br />
seu número de aluno, escolher todos os alunos<br />
que tenham nascido no dia n (sorteando, em seguida,<br />
se forem mais de 50, ou escolhendo também<br />
do dia n + 1 se forem menos de 50); escolher<br />
um aluno à sorte em cada uma das turmas da escola<br />
até chegar a 50.<br />
2. a.<br />
O número médio de turistas estrangeiros que visitaram<br />
Portugal, entre 1995 e 2000, foi de 10,733<br />
milhões.<br />
b. Se no ano 2000 visitaram Portugal 12,1 milhões de<br />
turistas estrangeiros e, destes, 7,6% são espanhóis,<br />
então<br />
7,6 × 12,1<br />
= 0,9196 milhões, ou seja, 919 600<br />
100<br />
de espanhóis visitaram Portugal no ano 2000.
3. a.<br />
b.<br />
c.<br />
Classe<br />
[0; 4,5[<br />
[4,5; 9[<br />
[9; 13,5[<br />
[13,5; 18[<br />
[18; 22,5[<br />
[22,5; 27]<br />
Frequência<br />
A média é 13,5454 e o desvio-padrão é 6,031.<br />
4. a. Os diagramas de extremos e quartis correspondentes<br />
aos três tipos de cereais, colocados nas<br />
prateleiras 1, 2 e 3 são, respectivamente:<br />
b. Podemos observar que os cereais colocados nas<br />
prateleiras 1 e 2 apresentam um enviesamento<br />
para a direita, apresentando todos uma grande<br />
concentração de calorias em torno da mediana<br />
(junto ao solo e a seguir, são os cereais que estão<br />
mais ao alcance das crianças, as mais gulosas...).<br />
Os cereais colocados na prateleira 3 são os que<br />
apresentam uma distribuição mais equilibrada<br />
(destinadas aos adultos, mais conscientes da necessidade<br />
de uma dieta equilibrada... nem nas prateleiras<br />
do supermercado as coisas são deixadas<br />
ao acaso!!!).<br />
5. a. A mediana é 4.<br />
b. Amplitude interquartil: 10 – 2 = 8.<br />
c. Amplitude: 12 – 0 = 12.<br />
4<br />
5<br />
13<br />
8<br />
10<br />
4<br />
6. a.<br />
7. a.<br />
Tema 3 — Estatística | Aleph 10<br />
Estamos perante uma distribuição com média 5,26,<br />
bimodal (pois apresenta dois valores com maior<br />
frequência, o 4,6 e o 5,1), a mediana é 5,15 e o desvio-padrão<br />
é 1,055.<br />
b. O diagrama de extremos e quartis desta distribuição<br />
é:<br />
c. Portugal, com 5,3% do PIB da despesa pública em<br />
educação posiciona-se acima da mediana e abaixo<br />
do terceiro quartil, mas, claramente, mais próximo<br />
da mediana.<br />
Estamos perante uma distribuição com média<br />
igual a 21,99.<br />
A moda é igual a 7,1.<br />
A mediana é igual a 20,55 e o desvio-padrão é<br />
igual a 14,646.<br />
b. O diagrama de extremos e quartis desta distribuição<br />
é:<br />
c. Portugal com 14,7% do PIB per capita a preços<br />
correntes na União Europeia, em 2006, posicionava-se<br />
entre o primeiro quartil e a mediana.<br />
8. A posição aproximada da média é a correspondente<br />
à linha vertical grossa.<br />
9. O ecrã onde está representado o histograma e o diagra -<br />
ma de extremos e quartis da mesma distribuição é o b.<br />
67
68<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
10.<br />
Classe<br />
[3, 4[<br />
[4, 5[<br />
[5, 6[<br />
[6, 7[<br />
[7, 8[<br />
[8, 9]<br />
Frequência<br />
2<br />
8<br />
12<br />
4<br />
1<br />
1<br />
Usando a marca das classes para calcular a média<br />
vamos obter:<br />
A média com os dados agrupados em classes é 5,39,<br />
enquanto que a média real é 5,26.<br />
A mediana dos dados agrupados em classes é 5,5,<br />
enquanto a mediana real é 5,15.<br />
A discrepância deve-se ao facto de usarmos a mar -<br />
ca da classe o que introduz enviesamentos, neste<br />
caso, relativamente pequenos.<br />
11. a. Atleta A<br />
Atleta B<br />
Ambos os atletas têm a mesma média e a mesma<br />
mediana, que são, respectivamente, 470 e 469. No<br />
entanto, o atleta A tem um desvio-padrão menor,<br />
o que faz com que seja mais regular que o atleta B.<br />
b. O técnico de estatística terá aconselhado o seleccionador<br />
a optar pelo atleta A, pois é mais regular<br />
que o atleta B.<br />
12. a. Como os dados estão apresentados em percentagem,<br />
somando as percentagens dadas vamos<br />
obter 88,4%, ficando a faltar 11,6% para se obter<br />
os 100%, o que nos permite afirmar que responderam<br />
“Nunca” 11,6% dos inquiridos.<br />
b. O número total de inquiridos foi:<br />
145 × 100<br />
= 1250 pessoas.<br />
11,6<br />
c. Resposta %<br />
Todos os dias 37,3<br />
1 vez por semana 29<br />
1 vez por mês 10,4<br />
Raramente 11,3<br />
Nunca 11,6<br />
Não responde 0,4<br />
A moda da distribuição é os habitantes lerem o<br />
jornal todos os dias, uma vez que é a resposta<br />
que tem maior frequência absoluta.<br />
d. Não se pode calcular a média nem o desvio-padrão<br />
da distribuição, pois as classes são de natureza<br />
qualitativa.<br />
13. Consideremos o seguinte conjunto de dados:<br />
2, 3, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 15<br />
Facilmente se verifica que a média é 5 e o terceiro<br />
quartil é 4,5.<br />
14. a.<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />
Dados<br />
0<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
Dados<br />
0<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
Frequência<br />
0<br />
1<br />
2<br />
3<br />
5<br />
0<br />
6 0<br />
7 0<br />
8 2<br />
Frequência<br />
0<br />
1<br />
0<br />
2<br />
4<br />
5<br />
6 4<br />
7 2<br />
8 0<br />
9 1<br />
10 0
.<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />
Dados<br />
0<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
No primeiro conjunto de dados observados a<br />
média é igual a 3,84 e a mediana é 4.<br />
No segundo conjunto de dados observados a<br />
média e a mediana assumem o mesmo valor e<br />
são iguais a 5.<br />
No terceiro conjunto de dados observados, a<br />
média é igual a 6,68 e a mediana é 7,5.<br />
Conclui-se que no primeiro conjunto de dados a<br />
média não é um elemento do conjunto observado<br />
enquanto que a mediana é.<br />
No segundo caso, são ambos elementos do conjunto<br />
de dados observados.<br />
No terceiro conjunto de dados nem a média nem<br />
a mediana fazem parte do conjunto de dados observados.<br />
5<br />
Frequência<br />
0<br />
2<br />
0<br />
0<br />
0<br />
1<br />
6 2<br />
7 3<br />
8 5<br />
9 3<br />
Tema 3 — Estatística | Aleph 10<br />
15. 1, 2, 3, 4, 5 2, 3, 4, 5, 6<br />
Média = 3 Média = 4<br />
3, 5, 7, 9, 11<br />
Média = 7<br />
O último conjunto obtém-se adicionando os dois<br />
ele mentos que estão nas posições correspondentes<br />
nos dois primeiros conjuntos. Assim, é de esperar<br />
que a média seja a soma das médias dos dois<br />
primeiros conjuntos.<br />
16. a. Se a média de 20 dos 21 alunos da turma é 145 cm<br />
e se o aluno que faltou no dia da medição mede 150,<br />
podemos obter a média da turma considerando:<br />
– 20 × 145 + 150 3050<br />
x = = = 145,24, ou seja, a<br />
21<br />
21<br />
média da turma subiu cerca de 24 centésimas.<br />
b. Para determinarmos a altura do outro aluno que<br />
faltou vamos resolver a seguinte equação em<br />
20 × 145 + x<br />
ordem a x: = 146, onde se obtém<br />
17. a.<br />
para x o valor de 166, ou seja, a altura do aluno<br />
que faltou deve ser de 166 cm para que a média<br />
da altura da turma passe de 145 cm para 146 cm.<br />
– x<br />
21<br />
– xR<br />
Não se pode determinar a média – x fazendo as<br />
médias de – x A com – x R, porque os dois conjuntos<br />
de dados não têm o mesmo número de dados: há<br />
10 notas negativas e 25 notas positivas.<br />
– xA<br />
69
70<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Desafio D.1 (Pág. 172)<br />
Se quisermos que a média coincida com o valor mínimo<br />
da distribuição de dados temos que ter os dados todos<br />
iguais, o mesmo se pode afirmar para o caso do máximo.<br />
Fazemos coincidir a média com a mediana considerando,<br />
por exemplo, o seguinte conjunto de dados:<br />
1, 2, 3, 4, 5<br />
Fazemos coincidir a média com o Q 1 considerando, por<br />
exemplo, o seguinte conjunto de dados:<br />
1, 5, 5, 5, 5, 6, 6, 6, 6<br />
Média e Q 1 é igual a 5.<br />
Fazemos coincidir a média com o Q 3 considerando, por<br />
exemplo, o seguinte conjunto de dados:<br />
Média e Q 3 é igual a 6.<br />
5, 5, 5, 5, 5, 6, 6, 6, 11<br />
Desafio D. 2 (Pág. 172)<br />
Podemos traduzir algebricamente o desvio-padrão dos<br />
dados x1, x2, …, xn pela fórmula:<br />
(x1 – – x) 2 + (x2 – – x) 2 + … + (xn – – x) 2<br />
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ n∫<br />
∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫<br />
Se os dados são transformados em ax1 + b, ax2 + b, …,<br />
axn + b, então a média será<br />
= =<br />
= a + b = a – ax1 + b + ax2 + b + … + axn + b a(x1 + x2 + … + xn) + nb<br />
n<br />
n<br />
(x1 + x2 + … + xn) x + b<br />
n<br />
O novo desvio-padrão será dado por<br />
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ n∫<br />
∫ ∫ ∫<br />
=<br />
=<br />
(ax1 + b – (a<br />
∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫<br />
– x + b)) 2 + (ax2 + b – (a – x + b)) 2 + … + (axn + b – (a – x + b)) 2<br />
= |a|<br />
(ax1 + a<br />
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫<br />
– x) 2 + (ax2 + a – x) 2 + … + (axn – a – x) 2<br />
n<br />
a<br />
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫<br />
2 (x1 – – x) 2 + a2 (x2 – – x) 2 + … + a2 (xn – – x) 2<br />
n<br />
(x1 –<br />
√∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫<br />
– x) 2 + (x2 – – x) 2 + … + (xn – – x) 2<br />
n<br />
Em conclusão, se os dados x 1, x 2, …, x n são transformados<br />
em ax 1 + b, ax 2 + b, …, ax n + b, então a média sofrerá<br />
o mesmo tipo de transformação e o desvio-padrão será<br />
multiplicado por |a|.<br />
Capítulo 3 – Distribuições bidimensionais<br />
Exercício 1 (Pág. 179)<br />
Representando os dados graficamente, através da nu -<br />
vem de pontos, vemos claramente que o nível da proteína<br />
aumenta com o tempo de gestação. Podemos<br />
traçar uma recta no gráfico, de modo que os pontos se<br />
encontrem próximos da recta e bem distribuídos para<br />
um lado e outro dela. Diz-se, então, que as variáveis<br />
estão positivamente correlacionadas. É, pois, de esperar<br />
que se consiga saber, através do tempo de gestação,<br />
qual é o nível provável de proteína no sangue.<br />
Nível de proteína<br />
1,2<br />
1<br />
0,8<br />
0,6<br />
0,4<br />
0,2<br />
0<br />
0 10 20 30 40<br />
Tempo de gestação (semanas)<br />
Exercício 2 (Pág. 180)<br />
a. Desde 1992 até 2007, o número de pessoas apoiadas<br />
pelo Banco Alimentar aumentou. Esse aumento<br />
contra Fome foi de 60 445 – 15 000 = 45 445.<br />
A percentagem de aumento de pessoas apoiadas<br />
pelo Banco Alimentar Contra a Fome foi:<br />
45 445 × 100<br />
= 302,966, ou seja, houve um aumento<br />
15 000<br />
de aproximadamente 303%.<br />
b. O número de toneladas de produtos que entraram foi<br />
de 9441 – 202 = 9239. A percentagem de aumento foi<br />
9239 × 100<br />
= 4573,762, ou seja, houve um aumento<br />
202<br />
de aproximadamente 4574% de toneladas de produtos<br />
que entraram no Banco Alimentar Contra a Fome.<br />
c. Atendendo às duas respostas anteriores é de esperar<br />
que, em média, em 2007 tenha sido distribuída<br />
uma maior quantidade de produtos alimentares por<br />
pessoa do que em 1992, pois se houve, por um lado,<br />
um aumento de 303% de pessoas apoiadas, por outro<br />
lado houve um aumento de 4574% de toneladas de<br />
produtos que entraram no Banco Alimentar Contra a<br />
Fome.
d. Em média cada pessoa recebeu, em 1992,<br />
202<br />
= 0,013466, ou seja, cada pessoa recebeu<br />
15 000<br />
cer ca de 13,5 kg, enquanto que, em 2007, cada pessoa<br />
recebeu<br />
9441<br />
= 0,1561915, ou seja, em média no ano<br />
60 445<br />
de 2007, cada pessoa recebeu aproximadamente<br />
156 kg.<br />
Estes dados confirmam a resposta dada na alínea<br />
an terior.<br />
e. O diagrama de dispersão que relaciona o número de<br />
ins ti tuições apoiadas e o número de pessoas apoiadas<br />
é:<br />
Número de pessoas apoiadas<br />
70 000<br />
60 000<br />
50 000<br />
40 000<br />
30 000<br />
20 000<br />
10 000<br />
0<br />
Gráfico obtido na calculadora<br />
Pode observar-se que, à medida que o número de<br />
instituições aumentou, também aumentou o número<br />
de pessoas apoiadas.<br />
f. O gráfico que relaciona a evolução da entrada de produtos<br />
alimentares, em toneladas, desde 1992:<br />
9000<br />
8000<br />
7000<br />
6000<br />
5000<br />
4000<br />
Gráfico obtido com a calculadora<br />
3000<br />
2000<br />
1000<br />
0<br />
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008<br />
Ano<br />
Toneladas 10 000<br />
0 50 100 150 200<br />
Número de instituições<br />
250 300<br />
O gráfico anterior mostra que o número de toneladas<br />
de produtos alimentares angariadas pelo Banco Alimentar<br />
Contra a Fome tende a aumentar. Embora<br />
Tema 3 — Estatística | Aleph 10<br />
essa tendência seja crescente, houve dois anos que<br />
contrariaram essa tendência; foram os anos de 2001<br />
e 2004, em que o número de toneladas decresceu,<br />
relativamente aos anos anteriores.<br />
Exercício 3 (Pág. 181)<br />
Para melhor compreendermos estes dados podemos<br />
fazer uma representação gráfica adequada, obtendo<br />
uma nuvem de pontos, em que representamos nas ordenadas<br />
a variável de interesse (distância atingida no<br />
salto em comprimento) e na abcissa a variável explicativa<br />
(peso do estudante).<br />
Observamos que não há uma relação clara entre estas<br />
duas características. A nuvem de pontos encontra-se<br />
bastante dispersa. Diz-se então que as duas características<br />
estão fracamente correlacionadas. Não é de esperar<br />
que o facto de sabermos o peso do aluno nos indique<br />
de algum modo a distância que ele vai saltar. Pode ser<br />
pesado e saltar bastante, como pode saltar pouco.<br />
Exercício 4 (Pág. 181)<br />
Representando os dados graficamente, obtém-se:<br />
Humidade<br />
Salto (cm)<br />
240<br />
220<br />
200<br />
180<br />
160<br />
140<br />
120<br />
40 50 60 70<br />
Peso (kg)<br />
140<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
0 500 1000 1500<br />
Profundidade<br />
Observamos que, quando a profundidade aumenta, a<br />
humidade diminui. Diz-se, neste caso, que as duas variáveis<br />
estão negativamente correlacionadas, pois variam<br />
em sentidos opostos.<br />
71
72<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Exercícios globais (Págs. 182-187)<br />
1. Com correlação positiva temos os gráficos (A), (C) e (E);<br />
com correlação negativa temos os gráficos (B) e o (H).<br />
Sem correlação temos os gráficos (D), (F), (G) e (I).<br />
2. a.<br />
A recta de regressão que ajusta estes dados é:<br />
y = 22 704,18x – 40 432 690,99<br />
b. A população masculina portuguesa, em 2010, será<br />
de aproximadamente y(2010) = 5 202 718, conforme<br />
pode ser observado no ecrã:<br />
3. a.<br />
4.<br />
A recta de regressão que se ajusta a estes dados<br />
é y = 21 117,47x – 36 908 038,41<br />
b. A população feminina portuguesa em 2010 será<br />
de aproximadamente y(2010) = 5 538 077, conforme<br />
pode ser observado no ecrã:<br />
Pela análise do gráfico de dispersão, vemos que<br />
existe uma correlação negativa, com um coeficiente<br />
de correlação igual a –0,99. Temos, pois, uma forte<br />
correlação negativa.<br />
5. Façamos os vários diagramas de dispersão e analisemos<br />
os resultados:<br />
Analisando este diagrama de dispersão, podemos<br />
dizer que não há qualquer tipo de correlação entre<br />
as variáveis calorias e gordura.<br />
Analisando este diagrama de dispersão, podemos<br />
dizer que não há nenhum tipo de correlação entre as<br />
variáveis calorias e fibras.<br />
Analisando este diagrama de dispersão, podemos<br />
dizer que há uma correlação positiva entre as variáveis<br />
calorias e açúcar.<br />
6. O centro de gravidade da distribuição de dados do<br />
problema anterior, considerando as calorias e o açúcar,<br />
é o ponto médio de cada conjunto de dados:<br />
O centro de gravidade é o ponto (7; 112,4). O centro<br />
de gravidade pode ser observado nas figuras abaixo,<br />
sendo o ponto de intersecção das rectas horizontal<br />
e vertical. A partir daí podemos fazer uma estimativa<br />
para a recta de regressão sem ter de a calcular,<br />
bastando fazer uma estimativa para o declive. Os<br />
pontos (8, 120) e (10, 130) parecem ser pontos na direcção<br />
da recta de regressão. Uma estimativa do declive<br />
pode ser então 5, mas, como é só um valor<br />
aproximado, outras estimativas são admissíveis.
A calculadora indica-nos que a recta de regressão é<br />
a recta de equação y = 5,808x + 71,746. O declive é<br />
5,808 e, como tal, a nossa estimativa não é nada má.<br />
7. Por uma análise do tipo de dados em questão é de<br />
esperar que entre todas as colunas haja uma correlação<br />
positiva, numas mais forte do que noutras. Este<br />
facto pode ser comprovado pela sequência de diagramas<br />
de dispersão apresentados.<br />
8.<br />
Tema 3 — Estatística | Aleph 10<br />
O centro de gravidade desta distribuição é o ponto<br />
(4,5 ; 4) e a recta de regressão terá um declive negativo.<br />
Vejamos o diagrama de dispersão com a recta de regressão:<br />
Daqui podemos confirmar o que acabamos de intuir,<br />
ou seja, o declive é, aproximadamente, igual a –1,53.<br />
9. a.<br />
A recta de regressão que se ajusta a estes dados<br />
é y = 0,0331x + 6,749.<br />
b. O declive 0,0331 representa o aumento de longevidade<br />
por cada aumento de 1 dia na gestação. A<br />
ordenada na origem representa a longevidade mínima<br />
para uma gestação mínima.<br />
c. Representação gráfica dos resíduos:<br />
d. O elefante é claramente um outlier.<br />
e. O resíduo correspondente ao elefante é 11,896,<br />
conforme pode ser observado no ecrã seguinte.<br />
73
74<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
f. O animal com maior resíduo em valor absoluto é o<br />
elefante, conforme pode ser observado no ecrã:<br />
O período de gestação do elefante é de uma enormidade<br />
de 645 dias, quase dois anos, no que se distingue<br />
de todos os outros considerados. Também<br />
vive 40 anos, o que é muito superior a todos os outros.<br />
Não admira que tenha um período de gestação<br />
tão grande. Uma singularidade no reino animal!<br />
g. Retirando a girafa, vamos obter o seguinte diagrama<br />
de dispersão e a recta de regressão nele sobreposta:<br />
A recta de regressão que se ajusta a estes dados,<br />
sem a girafa, é y = 0,0365x + 6,393.<br />
Comparando as duas rectas de regressão no mes mo<br />
gráfico podemos ver que são muito semelhantes:<br />
h. Retirando o elefante, vamos obter o seguinte diagrama<br />
de dispersão e a recta de regressão nele sobreposta:<br />
A recta de regressão que se ajusta a estes dados,<br />
sem o elefante, é y = 0,024x + 8,097.<br />
Comparando as duas rectas de regressão no mes mo<br />
gráfico podemos ver que são muito diferentes.<br />
Concluímos, destas duas alíneas, que a presença<br />
de um outlier provoca grandes alterações na recta<br />
de regressão.<br />
10. Consideremos a tabela e o respectivo diagrama de<br />
dispersão:<br />
Pela análise do diagrama de dispersão vemos que<br />
existe uma correlação positiva, o que elimina todos<br />
os valores negativos apresentados.<br />
Uma análise mais cuidada permite-nos afirmar que<br />
a correlação é forte, logo só podemos pensar nos<br />
valores 0,77 e 0,99, mas este último não é possível,<br />
pois os pontos teriam que estar, praticamente, todos<br />
alinhados sobre uma recta. Assim, o valor que melhor<br />
serve para coeficiente de correlação é o 0,77.<br />
Confirmemos:<br />
Temos, então, que o coeficiente de correlação é<br />
r = 0,7689 ou seja, aproximadamente 0,77.<br />
Desafio D.1 (Pág. 188)<br />
O diagrama de dispersão correspondente aos dados é:<br />
Regressão linear Regressão quadrática<br />
Por observação, vemos que a regressão quadrática<br />
ajusta muito melhor à nuvem de pontos obtida.
Averiguemos o que se passa com os resíduos:<br />
Na Lista 5 temos os resíduos correspondentes à regressão<br />
linear e na Lista 6 os resíduos correspondentes<br />
à regressão quadrática. É visível que os valores da<br />
Lista 6 são muito inferiores aos da Lista 5, o que está<br />
de acordo com o facto de a regressão quadrática se<br />
ajustar melhor a este conjunto de dados.<br />
Provas globais<br />
Prova global N. o 1 (Pág. 192)<br />
1. a.<br />
3. a Feira<br />
4. a Feira<br />
5. a Feira<br />
6. a Feira<br />
Sábado<br />
Domingo<br />
2. a Feira<br />
RTP 1<br />
27,8<br />
25,3<br />
24,7<br />
25,3<br />
23,2<br />
22,6<br />
25,7<br />
SIC<br />
24,1<br />
24,7<br />
25,9<br />
25,3<br />
26,7<br />
30,1<br />
24,6<br />
Diferença<br />
3,7<br />
0,6<br />
–1,2<br />
0<br />
–3,5<br />
–7,5<br />
1,1<br />
b. Vamos ordenar as diferenças por ordem crescente<br />
e posteriormente calcular a mediana:<br />
Posição 1 2 3 4 5 6 7<br />
Diferença –7,5 –3,5 –1,2 0 0,6 1,1 3,7<br />
Como temos 7 dados a mediana estará na posição:<br />
7 + 1<br />
=<br />
8<br />
= 4. Assim, a mediana é zero.<br />
2 2<br />
c. Dado que a mediana é zero, isto significa que de<br />
um lado e de outro há igual quantidade de valores,<br />
de um dos lados negativos, do outro positivos;<br />
assim, ambas as estações tiveram o mesmo número<br />
de dias com mais audiências de uma em relação<br />
à outra.<br />
2. Para resolver esta questão vamos recorrer à calculadora<br />
gráfica. Começamos por introduzir todos os<br />
dados na Lista 1; de seguida, vamos elaborar um histograma<br />
que nos vai permitir contar o número de<br />
efectivos de cada valor que a variável assume; este<br />
é um processo rápido e que evita erros de contagem<br />
quando os dados são apresentados em bruto.<br />
Tema 3 — Estatística | Aleph 10<br />
Vai ser preciso ajustar a<br />
janela de visualização para<br />
ver bem o histograma.<br />
Vamos agora trabalhar o gráfico obtido para que este<br />
nos apresente os dados de que necessitamos. Vejamos<br />
na sequência de ecrãs apresentados de seguida<br />
o que devemos fazer:<br />
Com a tecla que nos permite percorrer o gráfico, podemos<br />
observar os valores que a variável assume. No<br />
último ecrã apresentado vemos que, para um míni mo<br />
igual a três e inferior a quatro, temos cinco efectivos,<br />
o que, na prática e no presente contexto, sig nifica que<br />
existem cinco agregados familiares com três pessoas.<br />
Continuando a percorrer o gráfico, vamos obter os<br />
restantes valores que a variável assume, permitindo<br />
responder aos itens colocados nesta questão.<br />
a.<br />
Vemos, na Lista 2, os valores que a variável assume,<br />
e na Lista 3, a respectiva frequência absoluta.<br />
A tabela completa é a que se apresenta a seguir,<br />
onde na Lista 4 vemos a frequência relativa, obtida<br />
dividindo a Lista 3 por 40 (o número total de agregados<br />
familiares estudados).<br />
75
76<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
b. Vamos usar a calculadora para obter a média e a<br />
mediana. Obtemos os seguintes ecrãs:<br />
Estamos, agora, em condições de dizer que a mé dia<br />
é 4,85 e a mediana 5. Quanto à moda, também é 5.<br />
3. A amplitude interquartil, dado que é de quatro unidades<br />
nos dois diagramas apresentados.<br />
4. Comecemos por introduzir os dados nas Listas 1 e 2<br />
da calculadora gráfica. De seguida vamos obter a<br />
nuvem de pontos correspondente aos dados introduzidos,<br />
daí resultando o que pode ser observado<br />
nas imagens seguintes:<br />
Usando, novamente, a calculadora, vamos adicionar<br />
a regressão linear a este gráfico.<br />
A recta de regressão é, então,<br />
y = 21,0457x – 41 229,6286. Agora, é só calcular:<br />
Se a tendência se mantiver, em 2002 haverá cerca<br />
de 904 mortes enquanto que, em 2005, o número de<br />
mortes será de 968.<br />
Prova global N. o 2 (Pág. 194)<br />
1. a. Trata-se de uma sondagem, pois não estava envol<br />
vida a totalidade dos agregados domésticos<br />
portugueses.<br />
b. i) Os agregados portugueses que apresentam níveis<br />
de posse de computador acima da média<br />
são apenas os que se situam em Lisboa e Vale<br />
do Tejo (44,7%).<br />
ii) Os agregados portugueses que apresentam níveis<br />
de ligação à Internet acima da média são os que<br />
se situam em Lisboa e Vale do Tejo com 26,9%<br />
e na Região Autónoma dos Açores com 22,3%.<br />
2. a.<br />
xi 0<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
fi 3<br />
18<br />
45<br />
43<br />
20<br />
7<br />
6 3<br />
7 0<br />
8 1<br />
fr 0,211<br />
0,129<br />
0,322<br />
0,307<br />
0,143<br />
0,050<br />
0,021<br />
0<br />
0,007<br />
b. Calculemos a média:<br />
– x = (0 × 3 + 1 × 18 + 2 × 45 + 3 × 43 + 4 × 20 +<br />
+ 5 × 7 + 6 × 3 + 7 × 0 + 8 × 1) : 140<br />
A moda é 2 e a mediana é 3 (calculada com a calculadora<br />
gráfica, conforme pode ser observado na<br />
figura abaixo, onde se pode também confirmar o<br />
valor obtido para a média).<br />
3. O estudante A faz chamadas, em regra, mais longas<br />
que o estudante B, pois 75% das chamadas do estudante<br />
A duram mais de 2 minutos (120 s). Quanto ao<br />
estudante B, as chamadas por ele realizadas são, em<br />
regra, de duração inferior a 2 minutos; com efeito,<br />
75% das chamadas são mais curtas do que 2 minutos;<br />
logo, quando comparadas com as chamadas<br />
efectuadas pelo estudante A, mais de 75% são mais<br />
curtas. Por outro lado, o estudante faz chamadas com<br />
uma duração parecida, pois a amplitude interquartil<br />
é de 110 – 50 = 60 s, enquanto o estudante A faz chamadas<br />
com uma duração muito variada, pois, neste<br />
caso, a amplitude interquartil é de 350 – 120 = 230 s.
4. As duas variáveis estão muito relacionadas uma com<br />
a outra, pois à medida que uma aumenta, a outra, geralmente,<br />
também aumenta da mesma maneira.<br />
Prova global N. o 3 (Pág. 196)<br />
1. A média e a mediana do número de alunos que conseguiu<br />
entrar nas escolas de Medicina do país entre<br />
1990 e 2000<br />
(400 445 470 465 485 475 475 475 561 566 735),<br />
não incluindo a Medicina Dentária, foi de 505 (arredondamento<br />
de 504,72) e 475, respectivamente, conforme<br />
pode ser observado nos resultados obtidos<br />
com a calculadora.<br />
Os valores apresentados por estas medidas não poderão<br />
ser considerados semelhantes, porque apresentam<br />
uma diferença de 30, muito superior à va ria-<br />
ção entre alguns anos consecutivos. Tal, deve-se ao<br />
facto de a distribuição não ser simétrica, mas também<br />
ao facto de haver um valor muito discrepante em<br />
relação aos outros, 735, e outros dois francamente<br />
maiores que os restantes (561 e 566). A mediana não<br />
é nada afectada por este facto e, assim, fornece uma<br />
melhor ideia geral da distribuição dos dados.<br />
2. a. Usando uma calculadora gráfica, vamos obter:<br />
Para a média obtemos o valor de 450 euros e para<br />
a mediana o valor de 300 euros A moda é 300.<br />
b. O valor encontrado para a média não caracteriza<br />
de maneira nenhuma os vencimentos dos funcionários<br />
da empresa, pois 7 dos 8 funcionários auferem<br />
de um vencimento inferior à média. Com<br />
efeito, o salário de 1500 euros, apesar de respeitar<br />
apenas a um funcionário, influencia enormemente<br />
o cálculo da média.<br />
Tema 3 — Estatística | Aleph 10<br />
3. O Sérgio terá uma nota compreendida entre os 55%<br />
e os 70%. Tal pode ser observado no gráfico abaixo,<br />
onde a linha horizontal verde marca 50% (a mediana)<br />
e a linha horizontal vermelha marca 25% (1. o Quartil),<br />
da distribuição das notas.<br />
1<br />
0,8<br />
0,6<br />
0,4<br />
0,2<br />
0<br />
35<br />
45 55 65 75 85 95<br />
4. Comecemos por calcular a soma dos pontos obtidos<br />
na corrida dos 100 m e do lançamento do peso.<br />
Soma<br />
100 m Peso (100 m +<br />
peso)<br />
Total<br />
final<br />
1. Erki Nool EST 933 796 1729 8641<br />
2. Roman Sebrle CZE 878 803 1681 8606<br />
3. Chris Huffins USA 980 806 1786 8595<br />
4. Dean Macey GBR 903 766 1669 8567<br />
5. Tom Pappas USA 901 782 1683 8425<br />
6. Tomas Dvorak CZE 881 846 1727 8385<br />
7. Frank Busemann GER 881 760 1641 8351<br />
8. Attila Zsivoczky HUN 838 787 1625 8277<br />
9. Stefan Schmid GER 874 731 1605 8206<br />
10. Henrik Dag ard SWE 897 788 1605 8178<br />
Com uma calculadora gráfica, vamos construir a<br />
nuvem de pontos correspondente à soma obtida e ao<br />
total final de pontos, para encontrar a recta de regressão<br />
assim como o coeficiente de correlação.<br />
O coeficiente de correlação entre a soma dos pontos<br />
dessas duas provas e o resultado final é de 0,62.<br />
Se usarmos a recta de regressão para prever o resultado<br />
final do atleta finlandês, este é de aproximadamente<br />
8239 pontos.<br />
77
78<br />
Aleph 10 | Guia do Professor<br />
Prova global N. o 4 (Pág. 198)<br />
1. a. Usando uma calculadora gráfica, colocamos os da dos<br />
na Lista 1 e calculamos as medidas estatísticas:<br />
Podemos observar que a média é – x = 10 010,67 e<br />
a mediana med = 8312,5.<br />
b. É a mediana, porque a média está muito influenciada<br />
pelo número de lojas existentes em Lisboa,<br />
Porto e Setúbal, valores que se afastam muito da<br />
realidade nacional.<br />
c. Em alguns distritos isto verifica-se, mas não em<br />
todos, como é o caso de Aveiro, Santarém, Coimbra,<br />
Évora e Portalegre.<br />
2. a. Utilizando, uma vez mais, a calculadora, temos:<br />
A média é – x = 105,65 km/h, a mediana é igual a<br />
100 km/h e a moda é igual a 90 km/h.<br />
b. A alteração introduzida só vai afectar a média,<br />
o que nos permite afirmar que a média é facilmente<br />
alterada com a substituição de um valor por outro<br />
diferente. Vejamos:<br />
A média passou de 105,65 km/h para 110,87 km/h,<br />
enquanto que a mediana se manteve inalterada.<br />
3. a. Pela análise do diagrama vemos que existem 12<br />
alunos do sexo feminino e 17 do sexo masculino.<br />
Metade dos alunos do sexo feminino têm 50 ou<br />
mais anos, enquanto que mais de metade dos alunos<br />
do sexo masculino têm entre 11 e 37 anos.<br />
b. A moda deste conjunto de dados é 64 anos.<br />
c. A diferença prende-se com o facto de o Leonardo,<br />
após ter agrupado os dados em classes, usar a<br />
marca da classe para calcular a média, introduzindo,<br />
deste modo, um enviesamento nos cálculos<br />
que efectuou, o que por si só é suficiente para<br />
conduzir a valores discrepantes dos valores reais<br />
calculados pela Catarina.<br />
4. a. Usando a seguinte janela de visualização:<br />
obtemos a nuvem de pontos:<br />
b. Podemos observar que, à medida que a idade aumenta,<br />
também aumenta a altura das crianças.<br />
c. A altura prevista pela recta de regressão, para<br />
uma criança de 118 meses, é de 143,7 cm, confor -<br />
me pode ser observado abaixo: