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Portfolio de incidentes críticos: os relatos de consulta como ...

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uma auto-formação, ao longo da<br />

vida, <strong>como</strong> profissional e <strong>como</strong> pessoa.<br />

Apesar <strong>de</strong> saberm<strong>os</strong> que tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

event<strong>os</strong> da <strong>consulta</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>os</strong> mais<br />

rotineir<strong>os</strong> a<strong>os</strong> mais complex<strong>os</strong> e<br />

inesperad<strong>os</strong>, são criadores <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aprendizagem, pensam<strong>os</strong><br />

que são <strong>os</strong> inci<strong>de</strong>ntes <strong>crític<strong>os</strong></strong><br />

da Consulta, do Interno ou <strong>de</strong> cada<br />

um <strong>de</strong> nós, médic<strong>os</strong> em exercício, o<br />

terreno sobre o qual mais se po<strong>de</strong>rá<br />

reflectir e que um portfolio <strong>de</strong>stes inci<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>crític<strong>os</strong></strong> po<strong>de</strong> ser um instrumento<br />

vali<strong>os</strong>o do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, <strong>de</strong> avaliação da prática<br />

e do processo formativo.<br />

Os inci<strong>de</strong>ntes <strong>crític<strong>os</strong></strong> e a<br />

construção <strong>de</strong> um portfolio<br />

A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>nte crítico surge<br />

em 1954 e <strong>de</strong>ve-se a Flanagan, psicólogo<br />

citado por muit<strong>os</strong> autores. A<br />

«Técnica d<strong>os</strong> Inci<strong>de</strong>ntes Crític<strong>os</strong>» tem<br />

sido muito utilizada <strong>como</strong> método<br />

<strong>de</strong> investigação em várias áreas, incluindo<br />

o Ensino e a Medicina.<br />

Segundo Flanagan 4 , «por inci<strong>de</strong>nte<br />

enten<strong>de</strong>-se toda a activida<strong>de</strong><br />

humana observável, suficientemente<br />

completa, para que através <strong>de</strong>la<br />

se p<strong>os</strong>sam fazer induções ou previsões<br />

sobre o indivíduo que realiza<br />

a acção; para ser crítico, um inci<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong>ve dar-se numa situação tal<br />

que o fim ou intenção da acção<br />

apareçam suficientemente clar<strong>os</strong> ao<br />

observador e que as consequências<br />

da acção sejam evi<strong>de</strong>ntes».<br />

Neste contexto po<strong>de</strong>m<strong>os</strong> <strong>de</strong>finir<br />

portfolio <strong>como</strong> sendo uma colecção,<br />

selecção e organização <strong>de</strong> um conjunto<br />

<strong>de</strong> event<strong>os</strong>, ao longo <strong>de</strong> um<br />

certo tempo, que traduzam a evidência<br />

da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auto-reflexão,<br />

aprendizagem e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pessoal e profissional do seu autor.<br />

No caso d<strong>os</strong> Internat<strong>os</strong>, a aplicação<br />

<strong>de</strong>sta técnica permite que o Interno,<br />

ao reflectir sobre cada um d<strong>os</strong><br />

inci<strong>de</strong>ntes <strong>crític<strong>os</strong></strong>, reflicta também<br />

sobre o seu próprio comportamento,<br />

passando a ser, ao mesmo tempo,<br />

observador e observado, isto é,<br />

objecto «duma análise crítica <strong>de</strong><br />

acções, sentiment<strong>os</strong> e pensamen-<br />

1. Contexto<br />

2. Descrição do inci<strong>de</strong>nte<br />

3. Inferências<br />

4. Tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões/Solução<br />

Quadro I. Descrição <strong>de</strong> um inci<strong>de</strong>nte crítico<br />

ESPAÇO ADSO<br />

Data ____/____/_____<br />

1. O que é que aconteceu? i<strong>de</strong>ntificação<br />

Com quem? On<strong>de</strong>? Quando? _______________________<br />

2. O que fez com que acontecesse? causalida<strong>de</strong><br />

Quem agiu? ______________________<br />

3. Que efeit<strong>os</strong> provocou? impacto<br />

(não esquecer <strong>os</strong> efeit<strong>os</strong> afectiv<strong>os</strong>) _______________________<br />

4. Que significado tem o que aconteceu? significação<br />

Para quem? ______________________<br />

5. Porque aconteceu? explicação<br />

______________________<br />

6. Porque não <strong>de</strong>via ter acontecido? controlo<br />

______________________<br />

7. Porque é que eu g<strong>os</strong>to/não g<strong>os</strong>to disto? reflexão avaliativa<br />

É uma coisa boa? Porquê? e justificativa<br />

______________________<br />

8. Isto é exemplo <strong>de</strong> quê? reflexão crítica<br />

______________________<br />

9. É justo?... reflexão ética<br />

______________________<br />

Quadro II. Análise do inci<strong>de</strong>nte crítico<br />

t<strong>os</strong>» 5 feita por ele próprio.<br />

Como fazer um portfolio <strong>de</strong><br />

inci<strong>de</strong>ntes <strong>crític<strong>os</strong></strong>?<br />

Primeiro há que proce<strong>de</strong>r à sua selecção<br />

e colecção. Para o efeito, o<br />

Rev Port Clin Geral 2003;19:300-3 301

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