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Mulheres_na_Antiguidade

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MULHERES NA ANTIGUIDADE - NEA/UERJ<br />

OrSib 13:1 (deve ser datado em torno de 265 d.C. pela referência<br />

à Ode<strong>na</strong>th de Palmira) mostra a sibila relutante:<br />

O Deus imperecível me pede, novamente<br />

para cantar uma palavra grande e incrível. Ele que<br />

deu o poder a reis,<br />

e deles o tomou de volta, e lhes delimitou<br />

um tempo para ambas as coisas, para a vida e para<br />

a morte 375 .<br />

O divino Deus também me pressio<strong>na</strong> muito, por<br />

mais que eu relute, a proclamar essas coisas aos<br />

reis, acerca do domínio real.<br />

Por fim, o fragmento 8 é muito curto mas repleto de indicações<br />

sobre o ponto de vista do visionário relativamente ao processo de<br />

indução extática 376:<br />

Então a eritréia [a Sibila], para Deus: ‗Por quê, diz<br />

ela, ó mestre,<br />

me infliges a compulsão da profecia e<br />

não me poupas, erguida sobre a Terra,<br />

até o dia de Vossa abençoadíssima vinda?<br />

Em comum, todas as passagens sibili<strong>na</strong>s atribuem o dom da<br />

profecia a um poder externo à Sibila (Deus) e encaram esse dom como<br />

compulsão ou obrigação (compare com os sentimentos expressos por<br />

Jeremias quanto aos próprios dons proféticos, p.ex. Jr 4:19 ss.)..<br />

E, retor<strong>na</strong>ndo ao tema das origens da Sibila, Heráclito nos diz que<br />

―A Sibila, com voz enlouquecida, proferindo coisas das quais não se deve rir, sem<br />

adornos e sem perfumes, alcança mil anos com sua voz com a ajuda de [um] deus‖ -<br />

ou seja, já em seus primeiros relatos os temas do adorno e<br />

375 Lugar-comum <strong>na</strong> literatura sapiencial: cf. Ecl 3:2 ss.<br />

376 Um fragmento do qual sabemos muito pouco, localizado no Discurso aos<br />

santos de Constantino. Pela franqueza do trecho, é de se lamentar não termos<br />

mais passagens semelhantes. Talvez elas se relacionem ao contexto de 3:1-5 e<br />

296.<br />

353

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