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Mulheres_na_Antiguidade

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MULHERES NA ANTIGUIDADE - NEA/UERJ<br />

SEXUALIDADE E COMPULSÃO PROFÉTICA NOS<br />

ORÁCULOS SIBILINOS <br />

346<br />

Prof. Dr. Vicente Dobroruka 364<br />

Este artigo trata de uma figura femini<strong>na</strong> notável - por várias<br />

razões -, mas que possivelmente não foi descrita por mulheres. Ao<br />

menos não o foi nos documentos de que dispomos; além do mais, é uma<br />

figura mitológica - como justificar sua presença num artigo que trata de<br />

mulheres no mundo antigo? E mais ainda, não me servindo de uma<br />

abordagem ―de gênero‖, como seria de esperar?<br />

Há várias razões para a escolha da Sibila como tema de minha<br />

contribuição a esta obra. A primeira, e mais óbvia, é sua presença quase<br />

cotidia<strong>na</strong> em minha vida (acadêmica, bem entendido) - lido com os<br />

Oráculos sibilinos (daqui para a frente ―OrSib‖) há muito tempo estão entre<br />

os textos oraculares mais fasci<strong>na</strong>ntes do mundo antigo, em que pese seu<br />

grego de meteco e sua métrica precária, que lembraria um Homero rude.<br />

Em segundo lugar, dentro da importância que atribuí à Sibila (ou<br />

―Sibilas‖, já que trata-se, como é comum no mundo pagão antigo, de<br />

Para as citações bíblicas utilizei a Bíblia de Jerusalém (São Paulo: Paulus, 1985),<br />

cotejada com os trechos em grego do software BibleWorks 7.0. Para os textos<br />

clássicos utilizei as edições da Loeb Classical Library. As demais fontes<br />

encontram-se listadas conforme aparecerem ao longo do capítulo. Os<br />

pseudepígrafos em geral foram citados a partir da edição de James H.<br />

Charlesworth (ed.). The Old Testament Pseudepigrapha. New York: Doubleday,<br />

1983-1985. Vol.1 (OTP 1). As citações dos Oráculos sibilinos seguiram a tradução<br />

de John J. Collins <strong>na</strong> obra de Charlesworth supracitada, mas cotejei as traduções<br />

com o texto grego estabelecido por Alfons Kurfess. Sibyllinische Weissagungen.<br />

Berlin: Heimeran, 1951. As interpretações dos trechos oraculares e as traduções<br />

dos mesmos baseiam-se em larga medida em trabalhos anteriores de minha<br />

autoria, notadamente de minha tese de doutoramento; optei por mudar ape<strong>na</strong>s<br />

alguns poucos tópicos, para que não tivesse de parafrasear a mim próprio.<br />

364 Professor de História Antiga da Universidade de Brasília, Doutor em<br />

Teologia, Professor Visitante em Clare Hall – Cambridge, e membro do Ancient<br />

Indian and Iran Trust – Cambridge.

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