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Mulheres_na_Antiguidade

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MULHERES NA ANTIGUIDADE - NEA/UERJ<br />

trazer para debate a interação social, as formas de negociação que nos apontem<br />

para a variedade de caminhos que nos permitam construir a abordagem<br />

da arqueologia de gênero.<br />

Pesquisadores e arqueólogos da pré-história que seguem a<br />

abordagem de M.Conkey são motivados pela rejeição do<br />

comportamento humano e com o comportamento do homem. Eles<br />

apreendem os estudos de gênero visando dar ênfase aos vestígios<br />

arqueológicos que forneçam visibilidade as atividades da mulher <strong>na</strong> préhistória.<br />

O primeiro passo dessa vertente de estudo começa com o<br />

reconhecimento do trabalho feminino em atividades consideradas<br />

exclusivamente de domínio masculino.<br />

Segundo Conkey, cabe aos pesquisadores ―procurar pelas mulheres‖<br />

revisando os dados arqueológicos e se perguntando em que lugar social a<br />

mulher poderia ser vista, em qual atividades produtivas e qual o seu papel<br />

social <strong>na</strong> organização de tarefas que envolvia a sociedade ao qual fazia<br />

parte. A procura pelas mulheres <strong>na</strong> pré-história também se estende ao<br />

interesse <strong>na</strong> representação iconográfica e <strong>na</strong>s imagens de figuras<br />

femini<strong>na</strong>s produzidas <strong>na</strong> <strong>Antiguidade</strong> (CONKEY, 1997: 415).<br />

A retomada da re-a<strong>na</strong>lise dos dados arqueológicos se deve ao<br />

fato que a documentação textual deter uma visão de gênero generalizante<br />

<strong>na</strong> qual os papeis sociais se definem como masculino e feminino. A<br />

atividade é determi<strong>na</strong>da pela identificação das funções sociais <strong>na</strong>s<br />

sociedades pré-históricas. Algumas pesquisas usam o material<br />

arqueológico para ratificar o comportamento padrão do feminino ligado<br />

a procriação, agricultura e cuidados com a família. Enquanto que o<br />

masculino está relacio<strong>na</strong>do a caça, a defesa e manutenção do grupo<br />

familiar <strong>na</strong> qual a voz da mulher é silenciada.<br />

Cabe enfatizar que a inspiração feminista tem resultado em<br />

publicações sobre a Arqueologia de Gênero com possibilidade de se tor<strong>na</strong>r<br />

discipli<strong>na</strong> acadêmica (CONKEY, 1997: 412) abordando a mulher <strong>na</strong> préhistória,<br />

a mulher <strong>na</strong> história, a mulher <strong>na</strong> antiguidade e no mundo<br />

contemporâneo. Segundo Conkey, a arqueologia francesa mantém a<br />

perplexidade diante da emergência da arqueologia de gênero e considera ser<br />

um, modelo histórico e cultural, especifico da vertente anglo-america<strong>na</strong>.<br />

O termo arqueologia de gênero não tem similaridade <strong>na</strong> língua francesa,<br />

sugerindo que a genealogia da antropologia de gênero é marcadamente<br />

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