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Mulheres_na_Antiguidade

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MULHERES NA ANTIGUIDADE - NEA/UERJ<br />

Tinham direito de participar <strong>na</strong> oração pública de sexta-feira, ficando<br />

atrás dos homens.<br />

Ao fi<strong>na</strong>lizarmos este modesto trabalho, gostaríamos de tecer<br />

algumas rápidas considerações sobre o tema. Primeiramente,<br />

enfatizamos mais uma vez a limitação impostas pela documentação, o<br />

que nos leva a ter uma visão bastante precária do cotidiano das mulheres<br />

no mundo muçulmano, pois, se para aquelas pertencentes aos estratos<br />

mais ricos da sociedade a documentação é mais abundante, embora<br />

padeça de defeitos inerentes ao próprio meio em que foi produzida; para<br />

as mulheres ―trabalhadoras‖, como as que habitavam a zo<strong>na</strong> rural, por<br />

exemplo, ela é praticamente inexistente.<br />

Um outro aspecto da questão é a reflexão sobre a inserção da<br />

mulher numa sociedade tribal e de que maneira ela era tratada. Que<br />

direitos lhe eram reconhecidos? Qual o grau de autonomia que<br />

desfrutavam para gerir o seu próprio destino? Que acesso tinham aos<br />

bens produzidos?<br />

Na sociedade árabe pré-islâmica podemos afirmar que a resposta<br />

a estas questões deixa antever uma situação de extremo preconceito,<br />

discrimi<strong>na</strong>ção e até mesmo de violência contra a mulher. Então, a<br />

formulação de uma outra pergunta se impõe, até que ponto o<br />

estabelecimento do Islamismo modificou esta situação?<br />

Podemos afirmar, sem medo de errar, que a doutri<strong>na</strong> islâmica<br />

significou uma proteção para as mulheres, proteção esta que pode ser<br />

lida em diversas passagens do Alcorão: ―E àqueles que acusarem (de<br />

adultério) as mulheres castas e depois não apresentarem quatro testemunhas, infligilhes<br />

oitenta açoites e nunca mais aceiteis seus testemunhos e estes são os difamadores‖<br />

327.<br />

Contudo, seria ingênuo de nossa parte não concordar com<br />

aqueles que apontam a forma discrimi<strong>na</strong>tória com que são tratadas as<br />

mulheres <strong>na</strong>s sociedades islâmicas. Mas, acreditamos que a explicação<br />

327 Citação extraída da Sura, 24,4, o qual se encontra exposto <strong>na</strong><br />

obra:BINGEMER, Maria Clara Luccheti (org.). Violência e Religião:<br />

Cristianismo, Islamismo e Judaísmo – Três religiões em confronto e diálogo.<br />

Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2001, p.198.<br />

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