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Mulheres_na_Antiguidade

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MULHERES NA ANTIGUIDADE - NEA/UERJ<br />

enquanto Khadija foi viva, Maomé não tomou mais nenhuma outra<br />

esposa, o que não causaria nenhuma estranheza no meio social, uma vez<br />

que a poligamia era uma prática comum, constituindo-se a monogamia<br />

numa exceção.<br />

Os vários casamentos de Maomé posteriormente realizados fez<br />

com que muitos ocidentais, ao longo do tempo o criticassem e, de forma<br />

levia<strong>na</strong> ou totalmente desinformada tenham construído uma imagem<br />

distorcida do Profeta, imagem esta que, de forma nenhuma corresponde<br />

à realidade. Os diversos casamentos do Profeta atenderam a questões<br />

vinculadas à própria afirmação de Maomé como líder espiritual e político<br />

do que a considerações sentimentais. A análise de alguns destes<br />

matrimônios é bastante pertinente, para um maior entendimento da vida<br />

das mulheres árabes. Mas, -- nunca é demais sublinharmos — este<br />

entendimento só será conseguido, se procurarmos realizar esta análise<br />

levando em consideração os valores sociais das tribos árabes, embora<br />

para alguns estes possam parecer estranhos, ou até mesmo pervertidos.<br />

O matrimônio numa sociedade tribal era um recurso, muitas<br />

vezes utilizado para promover alianças, dirimindo conflitos. No período<br />

em que os convertidos ao Islã enfrentavam resistências e até mesmo<br />

hostilidade <strong>na</strong> cidade de Meca com a divisão das próprias famílias os<br />

arranjos nupciais tor<strong>na</strong>ram-se ainda mais importantes e necessários.<br />

Assim, o tio de Maomé, Abu Lahab fora desde o começo hostil à sua<br />

pregação, mas tentando aproximar-se dele, prometeu em casamento dois<br />

de seus filhos às filhas do Profeta. Contudo, após este haver se recusado,<br />

de uma vez por todas, reconhecer a divindade das ba<strong>na</strong>t al-Llah ele<br />

decidiu ser melhor aliar-se ao clã de sua esposa , forçando os rapazes a<br />

repudiarem as duas moças.<br />

Após a morte de Khadija, Maomé casou-se com uma mulher de<br />

nome Sawdah, prima e cunhada de Suhayl, chefe dos Amir. Ela era viúva<br />

e a união pareceu bastante adequada para todos. Mas, Abu Bakr, que se<br />

convertera fervorosamente ao Islã e se ligara ao Profeta, desejando<br />

estreitar ainda mais seus laços de amizade, ofereceu-lhe como esposa<br />

aquela que no futuro deveria exercer uma forte influência sobre ele, a sua<br />

filha Aisha, uma criança de seis anos de idade. A aceitação de Maomé fez<br />

com que se realizasse a cerimônia do noivado, a qual não contou com a<br />

presença da noiva.<br />

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