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Mulheres_na_Antiguidade

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MULHERES NA ANTIGUIDADE - NEA/UERJ<br />

Hermópolis, Tebas e Elefanti<strong>na</strong>. Por outro lado, é interessante notar<br />

que não figuravam como divindade que dá início a criação do Cosmos,<br />

característica específica de deuses como Ra/Atum, Ptah, Thot, Amon-<br />

Ra e Khnum dos referidos mitos acima.<br />

Assim sendo, no mito de Heliópolis Atum emerge do oceano<br />

celestial (Nu) e a partir de suas ações cria o primeiro casal divino: Shu<br />

representando o ar e caráter masculino; e Tefnut, representação da<br />

umidade e de aspecto feminino. Em variantes do mito Atum gera os<br />

seres humanos a partir de suas lágrimas e encerra sua função <strong>na</strong> criação.<br />

O casal Shu-Tefnut então continua o processo de criação do Cosmos<br />

gerando um novo casal — Geb a terra e Nut divindade femini<strong>na</strong> da<br />

abobada celeste — Por sua vez, este casal gera Osíris e Isis, e Seth e<br />

Neftís outros dois casais <strong>na</strong> criação fi<strong>na</strong>lizando ao processo simbólico da<br />

origem do Cosmos.<br />

Em outros episódios divindades femini<strong>na</strong>s demonstram o<br />

grande poder que possuem. Em um dos mitos relativo à deusa Isis, a<br />

grande maga, através de estratagema faz com que um escorpião de uma<br />

picada no deus Ra durante sua caminhada diária. Com a promessa de<br />

livrá-lo da dor que divindade alguma consegue sa<strong>na</strong>r, Isis faz o<br />

impossível, obtém do deus Ra seu nome secreto, o que confere um<br />

poder significativo a Isis. Ou seja, o poder de Ra.<br />

Em outro mito, o deus Ra – o deus criador – tendo se<br />

arrependido de haver criado a espécie huma<strong>na</strong>, pois esta havia se voltado<br />

contra ele, enviou a deusa Sekhmet para destruir a humanidade. Tal<br />

deusa era identificada com o olho do sol e, neste contexto, possuía o<br />

aspecto destrutivo do raio solar. Sekhmet (deusa com a cabeça de leoa)<br />

em um dado momento destruiu e se satisfez com a morte e o sangue dos<br />

rebeldes humanos que haviam fugido para o deserto. O deus Ra, tendo<br />

aplacado sua ira e lamentando seu desejo de destruição que poria fim à<br />

humanidade, se utilizou de um artifício ou estratagema e não de uma<br />

ordem direta à deusa Sekhmet com o intuito de findar a carnifici<strong>na</strong>. Ele<br />

fez com que fossem derramados no caminho da deusa 7.000 cântaros de<br />

cerveja tingidos de vermelho para que esta acreditasse que era sangue e,<br />

embriagando-se ao bebê-lo, foi posto um fim a destruição (GRALHA,<br />

2000: 93).<br />

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