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Mulheres_na_Antiguidade

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MULHERES NA ANTIGUIDADE - NEA/UERJ<br />

permanecer celibata após a viuvez, chamando a atenção para o fato de<br />

que até mesmos os pagãos eram capazes de suportar e lidar com tal<br />

problema, a serviço de seu Satã: ―Pois em Roma, as mulheres que<br />

lidavam com as imagens <strong>na</strong>quele fogo que jamais se estinguia<br />

consideradas como possuidoras de pressários sobre seus próprios<br />

sofrimentos, junto ao dragão (draco), são indicadas tendo como base sua<br />

virgindade‘. 163 Esta fantasia cristã foi tomada pela tradição hagiográfica.<br />

Os Atos de Silvestre, compostos primeiramente, acredita-se, no fi<strong>na</strong>l do<br />

século IV a.D., conta-nos que um dragão vivia a 365 passos no fundo de<br />

uma caver<strong>na</strong>, e que uma vez por vez, magos e ‗virgens profa<strong>na</strong>s‘<br />

carregavam até lá comida e oferendas. Privado de suas ofertas, sob o<br />

governo cristão de Constantino, o dragão soprou seu hálito fétido no ar,<br />

matando, então, os romanos. São Silvestre foi ele próprio lá embaixo <strong>na</strong><br />

caver<strong>na</strong> e trancou o dragão para sempre no fundo de seu buraco. 164 Um<br />

texto anônimo do século V, De Promissionibus, fala a respeito de virgens<br />

levando oferendas para o dragão no fundo da caver<strong>na</strong> em Roma até a<br />

época de Estilicão (portanto, <strong>na</strong> virada do século IV para o V). Mas o<br />

monge ele próprio resolveu descer à caver<strong>na</strong> e descobriu que o dragão<br />

era, <strong>na</strong> verdade, um dispositivo mecânico com olhos feitos de pedras<br />

preciosas e uma língua afiada de aço. Ele, então, o destruiu. 165<br />

6. A defesa contra os guerreiros semeados a partir do dente do<br />

dragão de Ares<br />

Jason passou pela prova de ter de enfrentar os guerreiros-da-terra<br />

<strong>na</strong>scidos do dente semeado do dragão de Ares que fora morto por<br />

Cadmo, como pode ser visto em descrito por Eumelo já desde meados<br />

do século VI a.C. (?). O fragmento relevante que diz respeito a tal<br />

passagem foi preservado em um comentário de Apolônio, e o quadro<br />

defeituoso no qual o comentário mencio<strong>na</strong> o fragmento pode implicar<br />

que Medeia teve algum envolvimento no episódio, mas isto também é<br />

muito pouco e precário para que se monte algo de consistente a<br />

163 Tertuliano Ad Uxorem 1.6.3<br />

164 Atos de Silvestre A (1).<br />

165 De Promissionibus, PL 51, p.835.<br />

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