Génese e mentores do antijesuitismo na Europa Moderna - LusoSofia
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<strong>Génese</strong> e <strong>mentores</strong> <strong>do</strong> <strong>antijesuitismo</strong> <strong>na</strong> <strong>Europa</strong> Moder<strong>na</strong> 39<br />
suas Constituições 51 , pretenderam assumir-se como contra-corrrente,<br />
como uma esperança de renovação. O seu arrojo e espírito de iniciativa,<br />
neste <strong>do</strong>mínio, merecer-lhes-á tanto os mais so<strong>na</strong>ntes aplausos, como<br />
as mais verrinosas censuras 52 .<br />
Críticas à <strong>na</strong>tureza <strong>do</strong> Instituto da<br />
Companhia de Jesus<br />
À partida, a feição inova<strong>do</strong>ra desta ordem levantou muitas dúvidas e<br />
suspeitas, especialmente por parte das outras ordens religiosas, quanto<br />
à plausibilidade <strong>do</strong> novo instituto religioso merecer o estatuto de Ordem<br />
em termos canónicos, assim como as prerrogativas jurídicas e privilégios<br />
eclesiásticos próprios das ordens clássicas da Igreja Católica.<br />
Giulioni, “Nuit et lumière de l’obéissance”, in Christus, n. o 7, 1955, pp. 349-368. E<br />
para uma interessante problematização da relação entre obediência e poder ver a tese<br />
de <strong>do</strong>utoramente de J. A. Pereira Monteiro, Poder e obediência. Uma perspectiva,<br />
Lisboa, 1949.<br />
51 Cf. Constitutiones Societatis Jesu lati<strong>na</strong>e et hispanicae cum earum declaratio-<br />
nibus, Madrid, 1892.<br />
52 Para ilustrar de uma forma apotegmática as invectivas polémicas lançadas nos<br />
primeiros anos contra a Companhia de Jesus, é interessante lembrar aqui a síntese <strong>do</strong>s<br />
conteú<strong>do</strong>s das críticas disferidas contra esta Ordem elenca<strong>do</strong>s por L. Estrada meses<br />
depois da morte <strong>do</strong> seu Funda<strong>do</strong>r a fim de elogiar a sua resistência:<br />
“Uns perseguem-nos porque são modernos<br />
outros porque se arrogam o nome de Jesus<br />
outros porque não trazem o hábito de frades<br />
outros porque os vêem muito depressa aproveita<strong>do</strong>s<br />
. . . tu<strong>do</strong> suportava aquele homenzinho de Deus, que tinha paciência”<br />
(Apud Manuel Pereira Gomes, op. cit., p. 30).<br />
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