ovinos

Cenário Mercadológico da
Ovinocultura

OVINOS
Sub-reino Vertebrata
Classe Mammalia
Ordem Ungulata
Subordem Artiodactyla
Grupo Ruminantia
Família Bovineae
Subfamilia Ovinae
Gênero Ovis
Espécie Ovis aries

DIFERENÇAS
CAPRINOS OVINOS
Sem fossas lacrimais Possuem
Sem glândulas interdigitais Possuem
Têm barba Não
Cornos pra trás, forma Cornos espirala-
ovalada dos, triangular
Ossos nasais planos/curtos Ossos convexos
Cauda curta e ereta Caída

Divisão do Rebanho Ovino em
Categorias
• Cordeiro: nascimento a puberdade (5 meses) -
cordeiro mamão
• Borrego: 5 meses até apto a reprodução (12-18
meses)
• Borrega: 5 meses até o primeiro parto (12-
24meses).
• Carneiro: após apto a reprodução
• Ovelha: após o primeiro parto
• Capão: macho adulto castrado
• Rufião: ovino para identificar cio

CLIMA IDEAL PARA OVINOS
TEMPERATURA 5 o C 25 o C
PRECIPITAÇÃO
UMIDADE
RELATIVA
75 mm 115 mm ao mês
900 mm 1380 mm ao ano
55 % 70 %
65¨% 91 %
altas
temperaturas
baixas
temperaturas
Vieira (1987)

Rebanhos no Brasil
caprinos ovinos
Brasil 9 384 894 17 662 201
Sul 341 637 4 946 495
Sudeste 225 463 768 210
Centro Oeste 114 275 1 209 581
Norte 165 264 627 563
Nordeste 8 538 255 10 110 352
Fonte: PPM - IBGE, 2011
(ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Pecuaria/Producao_da_Pecuaria_
Municipal/2011)

• Persiste em muitas regiões com processos
produtivos tradicionais
• novas formas de organização, ↑consumo nas
classes mais altas, capitais, bares, restaurantes e
serviços ligados a turismo e lazer.

• Crescimento acelerado nos últimos anos
→novo perfil da demanda.
• São necessárias iniciativas que viabilizem
mecanismos de integração entre produtores,
associações e agroindústrias, evitando
assim, exclusão dos produtores de pequenos
rebanhos.

Oportunidades para expansão:
• Aumento do consumo da carne ovina
• Aumento da qualidade genética → busca de
produção de carne c/ ↓teor de gordura.
• Disponibilidade de tecnologias p/
produtores.
• ↑valorização de peles de caprinos e ovinos
no mercado internacional.
• Expansão do pólo calçadista.

HISTÓRICO DA OVINOCULTURA
NO SUL DO BRASIL

Ovinocultura paranaense: reflexo da ovinocultura
riograndense – foi formada fortemente por raças
laneiras e de produção mista como base de rebanho
ARCO – Associação Brasileira de Criadores de Ovinos,
1942; primeiro programa de melhoramento de ovinos
(PROMOVI) – alcance regional – melhoria na
produtividade da lã
Década de 90 – crise mundial da lã – rebanhos mistos
para produção de “meio-sangue” e cruzamentos
absorventes (raças de carne). Entre 1991 e 1996 – mais
de 90% das importações foram animais de carne
1991 – PROMOVI – TVC: teste de velocidade de
crescimento (RS, SC, PR, SP)

Década de 90: Crescimento numérico da raça Santa
Inês – seleção visando apenas características estéticas:
único trabalho de melhoramento pelo CNPC durou
apenas 5 anos – falta de adesão de associações e
criadores
1999- ARCO/EMBRAPA: Teste Centralizado de
Ovinos Tipo Carne : Texel, Suffolk, Hampshire, Ile de
France
2000 – EMEPA/APACCO – Programa de Avaliação de
Desempenho de Ovinos Santa Inês (7 criadores e 3
Estados NE)
2004 – GENECOC – CNPC- EMBRAPA: Programa
de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de
Corte – avaliações genéticas de reprodutores, matrizes
e animais jovens

Pirâmide da estrutura do rebanho ovino no Brasil:
forma de “moringa” –rebanhos de elite, rebanhos
multiplicadores, rebanhos comerciais
Cuidado com projetos governamentais de fomento à
criação de ovinos: o simples crescimento do número de
criatórios tende a agravar alguns problemas e não
resolvê-los!!

IBGE (2006):
• 92,4% do rebanho
Caprino e 58,5% do
Ovino estão no NE.
Efetivo Ovino:

• A ovinocultura vem gerando grande
interesse de produtores e investidores do
Sudeste e Centro-Oeste.
• Vantagens competitivas: economias de
escala, ↑disponibilidade de volumosos,
↓custo de concentrados e uso intensivo de
tecnologias.

Investimento nos negócios com
raças

• Atividade de maior visibilidade nos últimos
anos.
• Introdução de raças exóticas e adoção de Xs
absorventes.
• Surgimento de expressivo negócio – seleção
de animais de elite alcançando preços muito
elevados.

Críticas:
• Valorização de atributos estéticos e não
funcionais.
• Supervalorização de animais premiados
como reprodutores não provados em provas
de ganho de peso e testes de progênie.

Produção de Carne Ovina e
(FAO, 2008)
Caprina
Carne Ovina
1º - China – 2,4 milhões ton. = 29,1%
2º - África
3º - Nova Zelândia
4º Irã
5º - Reino Unido

1.3. PESO MÉDIO DE CARCAÇA (kg/animal)
Continente 2003 2004 2005 2006
América Central e do Norte 21,1 20,9 21,1 20,5
Oceania 18,5 19,4 19,1 18,8
Europa 14,5 14,6 14,5 14,2
Asia 13,7 13,6 13,7 13,8
Africa 13,5 13,5 13,5 13,4
América do Sul 12,9 13,1 13,1 13,4
Fonte: FAO
Consumo médio de carne ovina (kg/cap/ano) nas principais áreas de
comércio
Nova Zelândia: 18 kg; Austrália: 19 kg; UE: 3,8 kg; Sudoeste da Ásia
e Norte da África: 4,1kg; Brasil: 0,7-0,8 kg; Mundo: 1,3 kg

Fonte: Revista O Berro nº. 55
Fonte: Revista O Berro nº. 55
DESEJÁVEL
Fonte: Revista O Berro nº. 55
Fonte: Revista O Berro nº. 56

Produção de leite
• Atualmente, 250 milhões de ovelhas ordenhadas no
mundo.
• Produção mundial de 9 milhões litros = 1,4% do total de
leite produzido no mundo. (FAO 2008).

Produção Mundial
País Produção de leite(kg)
África 1.787.309
Américas 35.670
Ásia 4.196.338
Europa 3.110.163
Total Mundial 9.129.480
Fonte: FAO (2008)

Estimativa - Processamento de leite ovino -
Empresa Nº de animais
envolvidos
CONFER/ Cabanha
Dedo Verde – RS
Casa da Ovelha –
RS
Bom Gosto /
Cedrense – SC
Cabanha Capim –
Azul – MG
Brasil
Processamento
anual - litros
Produtos
1.100 48.000 Ricota, queijos,
iogurte
750 100.000 Iogurte, ricota, doce
de Leite, queijos
2.700 360.000 Queijos
120 1000 Queijos, ricota,
iogurtes, chantilly
Total 4.670 509.000 Ricota, Queijos,
Iogurte, doce de
leite, chantilly
Fonte: Casa da Ovelha, Gazeta Mercantil,
Farm Point.

Importadores de peles
curtidas e acabadas no Brasil
Itália
Espanha
Inglaterra
Portugal
EUA
Couros e Peles
E
x
p
o
r
t
a
ç
õ
e
s
Ovinos
Concorrência:
Nigéria
Quênia
África do Sul
Índia
China
Arábia Saudita
Indonésia
Irã

Exportações brasileiras:
Classe (Kg) (%)
Couro Bovino (Sub Total) 271.334.600 93,84%
Demais couros
Peles de Equídeos 0,469 0,00%
Peles de Ovinos 546.455 0,55%
Peles de Caprinos 102.599 0,08%
Peles de Suínos 18.126 0.01%
Peles de Répteis 1.436 0,01%
Outros Animais 1.530 0,01%
Aparas e Couro
Reconstituído
17.150.374 0,67%
Sub total – Demais Couros 17.820.989 1,33%
Secex – 2008
Total 289.155.589 100%

Peles Ovinas e Caprinas:
• Grande parte é perdida → má qualidade,
influenciada pelo baixo $$.
• Restante beneficiado como artesanato no
mercado interno.
• Apenas, 170 mil peles de caprinos e 970 mil
de ovinos chegam ao mercado exterior.

Algumas premissas
• Necessário sistematizar o abate.
• Preços remuneradores para motivar
produção formal.
• Entidades devem proporcionar sistema de
escoamento, garantindo a permanência e o
incremento da atividade.