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A obrigação da Igreja em acreditar e obedecer a Nossa Senhora de ...

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opiniões, mesmo num lugar público, não constitui a expressão do Magisterium. Só por<br />

si, não constitui uma <strong>de</strong>finição ou <strong>de</strong>claração do Magisterium.<br />

Há certos requisitos precisos para que um pronunciamento do Papa seja do<br />

Magisterium. Não estou a referir-me só a <strong>de</strong>finições solenes, mas também ao exercício<br />

do seu Magisterium ordinário e universal. Isto é outro assunto, mas é preciso falarmos<br />

nele porque hoje <strong>em</strong> dia há muita confusão sobre ele. On<strong>de</strong> eu quero chegar é isto: <strong>em</strong><br />

assuntos <strong>de</strong> revelação profética, o Papa é o único juiz e a sua <strong>de</strong>cisão é final. Mas até à<br />

altura <strong>em</strong> que o Papa faz um pronunciamento do Magisterium, t<strong>em</strong>os o direito às nossas<br />

opiniões. Santo Agostinho diz-nos que "no essencial <strong>de</strong>ve haver uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, no não<br />

essencial liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, e <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as coisas cari<strong>da</strong><strong>de</strong>." Portanto, t<strong>em</strong>os o direito à nossa<br />

opinião, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja sincera, ou seja, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> termos pesado a evidência e feito o<br />

possível para compreen<strong>de</strong>rmos as implicações.<br />

Parte II<br />

Revelação profética pública<br />

A próxima posição teológica é que a Mensag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Fátima n<strong>em</strong> é uma revelação<br />

priva<strong>da</strong> n<strong>em</strong> é parte do Depósito <strong>da</strong> Fé, mas implica, mesmo assim, a <strong>obrigação</strong> solene<br />

– perante Deus e os homens – <strong>de</strong> crer nela, <strong>de</strong> a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> a propagar até on<strong>de</strong><br />

a nossa força e as nossas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s o permitir<strong>em</strong>.<br />

Mesmo se a posição <strong>de</strong> que "Fátima está na Bíblia", a que nos acabámos <strong>de</strong> referir,<br />

não chegue a ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> por um Papa futuro numa <strong>da</strong>ta futura, estamos à mesma<br />

obrigados a crer e <strong>obe<strong>de</strong>cer</strong> à Mensag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Fátima e aos respectivos pedidos.<br />

Esta terceira posição é uma resposta clara à afirmação falsa <strong>de</strong> que "Fátima é só<br />

uma revelação priva<strong>da</strong>". Como ver<strong>em</strong>os, esta terceira posição baseia-se nas Sagra<strong>da</strong>s<br />

Escrituras e na recta razão.<br />

Mostra-se que qu<strong>em</strong> disser, mesmo que sejam pessoas como o Car<strong>de</strong>al Ratzinger<br />

ou o Padre Fox, que nós (ou o Papa, ou os Bispos, ou os padres) não somos obrigados a<br />

crer e <strong>obe<strong>de</strong>cer</strong> a <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>de</strong> Fátima está claramente errado.<br />

Esta terceira posição, muito simplesmente, é que a Mensag<strong>em</strong> que a Santíssima<br />

Virg<strong>em</strong> Maria transmitiu <strong>em</strong> Fátima é uma revelação profética pública. E esta posição<br />

foi eluci<strong>da</strong><strong>da</strong> mais completamente por melhores teólogos do que eu. Encontramos entre<br />

eles o Bispo al<strong>em</strong>ão Graber, que nos afirma que qu<strong>em</strong> diz que Fátima é uma revelação<br />

priva<strong>da</strong>, que se po<strong>de</strong> ignorar, está errado. 9 A mesma posição é <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> pelo Padre<br />

Joseph <strong>de</strong> Ste. Marie, um teólogo carmelita que ensinou <strong>em</strong> Roma. 10 Este último cita<br />

também outros teólogos que mantêm que os que diz<strong>em</strong> que Fátima não passa <strong>de</strong> uma<br />

revelação priva<strong>da</strong>, e que não é preciso <strong>da</strong>r-lhe atenção, estão muito enganados. 11<br />

E o que é uma revelação priva<strong>da</strong>? Em sentido estrito, uma revelação priva<strong>da</strong> é uma<br />

mensag<strong>em</strong> envia<strong>da</strong> por Deus ou por um Santo a um indivíduo, que t<strong>em</strong> <strong>obrigação</strong> <strong>de</strong><br />

crer nela. Assim, se <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong>, ou o nosso Santo padroeiro, aparecesse a um <strong>de</strong> nós<br />

e nos dissesse o que <strong>de</strong>víamos fazer para salvarmos a alma, ou o que <strong>de</strong>víamos fazer<br />

amanhã, ou mesmo <strong>da</strong>qui a ujma hora, essa revelação que tiv<strong>em</strong>os, e que mais ninguém<br />

po<strong>de</strong> verificar, seria priva<strong>da</strong>, e mais ninguém, a não ser nós, teria <strong>obrigação</strong> <strong>de</strong> crer nela.<br />

6<br />

http://www.fatima.org/port/crusa<strong>de</strong>r/cr74/cr74pg32.pdf

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