tese silvia carvalho - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - Fiocruz
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Sílvia Maria Santos Carvalho<br />
Caracterização da transmissão da leishmaniose tegumentar americana no município <strong>de</strong> Ilhéus, Zona da Mata do Estado da Bahia<br />
Figura 1 - Ciclo <strong>de</strong> transmissão da Leishmania (Viannia)<br />
braziliensis entre Lutzomyia wellcomei e roedores silvestres na<br />
Amazônia brasileira.<br />
Fonte: Brasil (2007).<br />
No mundo, cerca <strong>de</strong> 20 espécies <strong>de</strong> leishmanias, são consi<strong>de</strong>radas capazes<br />
<strong>de</strong> causar a doença em humanos, e pelo menos 13 <strong>de</strong>ssas são <strong>de</strong>scritas nas<br />
Américas. Das espécies associadas com a doença humana no Brasil, são<br />
conhecidas sete, todas pertencentes aos sub-gêneros Leishmania e Viannia. A<br />
Leishmania (Viannia) braziliensis é a principal espécie encontrada em território<br />
nacional e associada também à forma mais grave da doença, a leishmaniose<br />
mucosa (BRASIL, 2007).<br />
Devido à diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies, é importante a i<strong>de</strong>ntificação dos parasitas e<br />
a <strong>de</strong>terminação do ciclo <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> acordo com sua distribuição geográfica.<br />
Esse conhecimento é importante não apenas para um melhor entendimento da<br />
epi<strong>de</strong>miologia e estudos biológicos básicos que auxiliam na <strong>de</strong>terminação da<br />
unida<strong>de</strong> taxonômica, mas também para que seja adotado o tratamento a<strong>de</strong>quado<br />
aos pacientes, uma vez que certos parasitas po<strong>de</strong>m causar manifestações clínicas<br />
graves (FRANKE et al., 1990).<br />
O período <strong>de</strong> incubação da doença varia <strong>de</strong> duas semanas a dois meses. A<br />
infecção é caracterizada pelo parasitismo das células do SFM, apresentando-se sob<br />
as formas cutânea (LC), cutâneo-difusa (LCD) e mucosa (LM). A primeira po<strong>de</strong><br />
apresentar lesões localizadas, po<strong>de</strong>ndo ocorrer como lesão única ou múltipla,<br />
geralmente no local da picada do flebotomíneo. As lesões se apresentam<br />
ulcelaradas com fundo granulomatoso e bordas infiltradas, com tendência à cura<br />
espontânea (BRASIL, 2007); também po<strong>de</strong> ocorrer sob a forma disseminada; essa<br />
forma clínica, provavelmente ocorre por disseminação hematogênica ou linfática do