CONCEPÇÃO DO MANUAL DE PROJETO E ... - CBTU
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<strong>CONCEPÇÃO</strong> <strong>DO</strong> <strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>PROJETO</strong> E DIMENSIONAMENTO <strong>DE</strong><br />
TERMINAIS <strong>DE</strong> ÔNIBUS URBANOS<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
A função principal dos terminais urbanos é poder organizar, de forma eficiente e<br />
confortável, a transferência entre um ou vários modos de transporte e possibilitar a<br />
ampliação da acessibilidade aos usuários. Também devem oferecer apoio às atividades<br />
de operação do sistema de transporte; aos usuários e à população; e finalmente,<br />
favorecer a indução ou consolidação da regionalização de atividades econômicas<br />
urbanas.<br />
A implantação dos terminais de transferência representa uma impedância ao usuário<br />
traduzida pelo ato do transbordo e da inclusão dos tempos adicionais de acesso,<br />
circulação e espera dos ônibus, que precisam ser minimizados, tanto na determinação<br />
da oferta, como em sua funcionalidade.<br />
Por outro lado, um terminal tem a capacidade de ser referência de imagem do serviço<br />
se for concebido por um projeto que permita sua identificação como elemento<br />
estruturador da rede de transporte e que o usuário sinta-se bem ao utilizá-lo. Sistemas<br />
de transporte<br />
característica<br />
com<br />
estrutural<br />
TERMINAL METROPOLITANO MOGI DAS CRUZES<br />
exigem que haja um processo<br />
de operação no qual sejam<br />
orientadas as atividades de<br />
circulação dos veículos e<br />
usuários, do processo de<br />
transferência entre linhas, de<br />
comunicação, de orientação e<br />
prestação de serviços<br />
públicos básicos, de<br />
segurança, de manutenção,<br />
conservação e limpeza.<br />
O alcance de parcela destas funções depende de ações operacionais no contexto das<br />
empresas operadoras, quanto à prestação do serviço de transporte e da empresa<br />
gerenciadora, naquilo que se refere à gestão e planejamento dos serviços.<br />
Muitos aspectos porém, dependem de um adequado projeto funcional e arquitetônico,<br />
que por um lado equacionem os aspectos inerentes ao desenho do terminal e seu<br />
projeto físico: a disposição das pistas e plataformas; as áreas de apoio; a iluminação,<br />
ventilação, conforto, identidade, beleza e agradabilidade do local; e, por outro, ofereçam<br />
as condições adequadas às atividades operacionais que nele devem ocorrer.<br />
Desta forma, foi elaborado o DT-DPO-001-05 – Manual de Projeto e Dimensionamento<br />
de Terminais – EMTU/SP – Março/2005 que tem como objetivo principal orientar o<br />
desenvolvimento de projetos de terminais de ônibus urbanos em suas diversas fases,<br />
através de informações, critérios, parâmetros ou procedimentos a serem observados, de<br />
forma a atender adequadamente as necessidades de segurança, conforto e<br />
funcionalidade tanto dos usuários como dos veículos que o utilizam.<br />
A concepção deste manual refletiu a necessidade de adequar os parâmetros de projeto<br />
preconizados pelos conceitos difundidos nas décadas anteriores, onde os programas<br />
para as áreas de apoio, tanto de usuários como para o pessoal operacional, eram<br />
concebidos de forma bastante generosa. A sua elaboração baseou-se tanto na análise<br />
de estudos anteriormente desenvolvidos para a EMTU/SP, como o “Manual de<br />
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Implantação de Terminais de Ônibus Urbanos”, CPR – Consultoria de Projetos e Obras<br />
Ltda.(1980), “Corredor Sudoeste – Projeto Funcional Preliminar”, Oficina Consultores<br />
Associados Ltda.(1996) e “Premissas de Projeto e Dimensionamento para Terminais de<br />
Ônibus Urbanos”, Tekhnites / Opus – Oficina de Projetos Urbanos (1998), como na<br />
experiência adquirida no desenvolvimento dos 33 projetos executivos dos terminais<br />
metropolitanos (2000), integrantes do Plano de Estruturação de Média Capacidade da<br />
Região Metropolitana de São Paulo, que tanto por restrições financeiras, como pela<br />
experiência acumulada na gestão de 10 terminais existentes, foram propostos novos<br />
conceitos, traduzindo em áreas menores e projetos funcionalmente mais adequados.<br />
O processo de implantação de terminais deverá abranger as seguintes etapas de<br />
desenvolvimento de projetos:<br />
• Estudos Preliminares – abrange o estudo da região até a escolha da área definitiva,<br />
através da análise da região de implantação, do desenvolvimento de estudos de<br />
demanda, a determinação do pré-dimensionamento do terminal e finalmente a escolha<br />
do local definitivo de implantação;<br />
• Projeto Funcional – projeto composto por orientações gerais sobre a concepção<br />
arquitetônica do terminal e fluxos de pedestres e veículos, gerando os esquemas<br />
operacionais de funcionamento das pistas, plataformas e áreas de apoio e definindo<br />
os padrões funcionais e geométricos a serem seguidos pelos projetistas;<br />
• Projetos Básico e Executivo – detalhamento do projeto funcional ao nível construtivo,<br />
devendo ser desenvolvido sob as diretrizes e recomendações descritas no manual,<br />
principalmente no dimensionamento dos seus elementos operacionais.<br />
Apresenta-se a seguir, de forma sucinta, a descrição de elementos básicos, a respeito<br />
das questões funcionais do terminal, enquanto partido a ser obedecido nos projetos.<br />
2. <strong>PROJETO</strong> FUNCIONAL<br />
Através dos resultados obtidos da elaboração dos Estudos Preliminares, é possível<br />
iniciar o Projeto Funcional do terminal, visando desenvolver um lay-out mais complexo<br />
que o elaborado para a escolha da área, já incorporando os elementos básicos à<br />
respeito das questões funcionais do terminal, enquanto partido a ser obedecido nos<br />
projetos das soluções de engenharia, apresentados a seguir.<br />
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2.1. Dimensionamento do Terminal<br />
Confirmadas as linhas convencionais, troncais, alimentadoras e de passagem que<br />
operarão no terminal, deverão ser dimensionadas em função do tipo de veículo e da<br />
freqüência de cada linha, conforme indicado no quadro a seguir:<br />
Dimensionamento de Berços<br />
Padron (Linhas Alimentadoras e Troncais)<br />
Freqüência (ôn/h) Tipo de Berço por Linha Comprimento (m)<br />
Até 12 Simples 20<br />
De 13 a 24 Duplo 32<br />
Acima de 25 Triplo 44<br />
Articulado (Linhas Troncais)<br />
Freqüência (ôn/h) Tipo de Berço por Linha Comprimento (m)<br />
Até 11 Simples 33<br />
De 12 a 18 Duplo 51<br />
Acima de 19 Triplo 69<br />
Dimensionamento de Berços para Linhas de Passagem<br />
Padron<br />
Σ Freqüência (ôn/h) Tipo de Berço Comprimento (m)<br />
Até 20 Simples 20<br />
De 21 a 40 Duplo 32<br />
De 41 a 60 Triplo 44<br />
Articulado<br />
Σ Freqüência (ôn/h) Tipo de Berço Comprimento (m)<br />
Até 20 Simples 33<br />
De 21 a 40 Duplo 51<br />
De 41 a 60 Triplo 69<br />
Da mesma forma, em função da quantidade das linhas e da operacionalização do<br />
terminal, deverão ser avaliadas a necessidade de adoção de baias de desembarque.<br />
Caso o terreno disponível permita, deverão ser dimensionadas as mangueiras<br />
necessárias.<br />
Com o comprimento total necessário de plataformas deverá ser elaborado um lay-out<br />
definitivo do terminal considerando os padrões funcionais e geométricos apresentados<br />
na seqüência.<br />
2.2. Porte do Terminal<br />
Os terminais podem ser considerados de pequeno porte quando possuírem até 160 m<br />
de comprimento total de plataformas, de médio porte quando seu comprimento total de<br />
plataformas estiver dentro do intervalo entre 160 m até 320 m e de grande porte quando<br />
for maior que 320 m.<br />
Esta classificação será útil para a determinação das áreas mínimas de apoio ao usuário<br />
e de apoio operacional que deverão ser previstas nos terminais.<br />
Em alguns casos, no planejamento do sistema de transporte pode surgir a necessidade<br />
de se localizar estrategicamente um terminal numa determinada área que não<br />
comportaria fisicamente a locação de linhas com ponto final e áreas para a estocagem e<br />
regulagem de veículos para a operação, mas dada sua importância para a rede de<br />
linhas, são criados terminais de pequeno porte sem áreas de apoio. Nestes, as paradas<br />
operacionais são realizadas fora de sua área, geralmente nos bairros.<br />
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2.3. Acessibilidade<br />
Os terminais deverão ter um arranjo interno de pistas que favoreça o acesso rápido e<br />
seguro dos ônibus. É recomendada a existência de uma única entrada e uma única<br />
saída dotadas de vigilância e controle permanentes. Os acessos de veículos deverão<br />
possuir duas pistas, e sempre que possível, deverão ser previstas opções alternativas<br />
de entradas e saídas de veículos, de forma que a operação não seja paralisada em<br />
caso de acidentes ou obras nas vias de acesso.<br />
Em relação ao acesso dos usuários, dependendo do modelo tarifário e de arrecadação<br />
a ser adotado, o terminal poderá ser aberto, ou seja, para que o usuário possa acessar<br />
o terminal não é necessário o pagamento prévio da tarifa na bilheteria, ou poderá ser<br />
fechado com transferência livre, o usuário precisa pagar a tarifa ou no ônibus ou na<br />
bilheteria antes de acessar o terminal.<br />
Por questões de segurança e de ordenamento de circulação, há necessidade de<br />
definição das rotas de aproximação do sistema viário externo por meios físicos, pelo<br />
qual o acesso possa se dar em condições seguras, bem como, dos caminhamentos<br />
internos de distribuição aos diversos usos pretendidos pelo usuário, em qualquer um<br />
dos dois tipos de terminais. Nos terminais denominados fechados ou área paga deverão<br />
ser previstos bloqueios eletrônicos nos acessos junto à bilheteria.<br />
A localização dos acessos deverá sempre buscar minimizar os tempos de caminhada<br />
dos usuários, evitando deslocamentos desnecessários e conseqüente aumento no<br />
tempo de viagem.<br />
2.4. Padrões Funcionais e Geométricos<br />
A disposição física destes elementos é que define a funcionalidade das operações que<br />
ocorrem no terminal e muito da eficiência, conforto e minimização dos tempos que o<br />
processo de transferência acarreta à viagem do usuário.<br />
O principal aspecto a ser considerado é o da compartimentação de áreas específicas<br />
para cada processo que envolve a circulação de usuários e a movimentação dos<br />
ônibus.<br />
Em um terminal de transferência, distinguem-se dois fluxos de movimentação de<br />
usuários, cuja intensidade varia conforme o período do dia. No pico da manhã<br />
verifica-se o maior volume de transferências no sentido das linhas alimentadoras para<br />
as linhas troncais e no período da tarde observa-se exatamente o oposto. Objetivando<br />
minimizar os tempos de transferência, deverão ser aproximados os setores de linhas<br />
troncais e alimentadoras.<br />
Preferencialmente deverá ser adotada como solução de configuração, a utilização de<br />
uma plataforma única central, com uso de ambos os lados para embarque e<br />
desembarque.<br />
Em terminais em que essa configuração não é possível, é necessária a utilização de<br />
várias plataformas dispostas paralelamente, procurando locar as linhas troncais e<br />
alimentadoras mais carregadas numa mesma plataforma, permitindo uma integração<br />
porta-à-porta para o maior número de usuários possível.<br />
Em terminais em que a extensão necessária torna impossível esta disposição das<br />
linhas, deverá se proceder a compartimentação dos processos envolvidos,<br />
separando-os enquanto característica de embarque e desembarque. A adoção de baias<br />
de desembarque de linhas alimentadoras nas plataformas de linhas troncais e viceversa,<br />
permite atender a integração porta-à-porta, minimizando os prejuízos de perda de<br />
tempo aos usuários, mas deverá ser dada atenção especial aos percursos do ônibus no<br />
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interior do terminal, buscando-se otimizar os fluxos de desembarque, esperas em áreas<br />
de regulagem operacional e embarque, visando eliminar a circulação desnecessária dos<br />
veículos.<br />
Como norma geral, no interior do terminal deverão ser evitados ao máximo os<br />
cruzamentos e entrelaçamentos entre os ônibus em operação e entre esses e os<br />
veículos que entram ou saem das áreas de mangueira, bem como a concentração de<br />
grandes volumes de ônibus em certos trechos das vias internas.<br />
No caso das linhas troncais, a mangueira poderá atender tanto a refeição e rendição<br />
como o apoio à operação, desde que dimensionada pelo maior volume de ônibus entre<br />
estes dois tipos de mangueira. Caso existirem áreas específicas ou garagens próximos<br />
dos terminais, a mangueira poderá ser fora do terminal, desde que exista um sistema de<br />
comunicação entre o terminal e esses locais. As linhas alimentadoras terão suas<br />
mangueiras de refeição e rendição localizadas nos terminais de bairro, evitando-se a<br />
concentração excessiva de ônibus nos terminais de integração.<br />
Sempre que possível as mangueiras deverão ser desvinculadas da área das<br />
plataformas e seu arranjo físico pode ser na forma de vagas de estacionamento, à<br />
semelhança de um pátio de garagem, à 45 o , 90 o ou no sentido longitudinal, ou seja, a<br />
melhor configuração que o terreno favorecer. Em casos extremos, podem ser previstas<br />
áreas de mangueira junto às plataformas mais externas, no lado oposto ao embarque<br />
dos usuários da plataforma.<br />
Todas as pistas internas deverão permitir ultrapassagem entre ônibus e todos os raios<br />
de giro devem permitir a circulação de ônibus articulados e padron, tanto nas áreas das<br />
linhas troncais como nas alimentadoras.<br />
• Pistas<br />
Toda a circulação interna deverá permitir ultrapassagem, ou seja, deverá ser projetada<br />
com no mínimo duas pistas. As pistas deverão ter largura mínima de 3,50 m. Toda a<br />
geometria do terminal deverá ser projetada em função dos raios de giro e circulação<br />
do ônibus articulado. No interior do terminal a velocidade de operação dos veículos<br />
deverá ser 10 km/h, sendo os padrões geométricos adaptados a uma velocidade de<br />
projeto de 20 km/h.<br />
• Declividade<br />
Nas pistas de circulação de veículos nos terminais, em qualquer situação, deverá ser<br />
garantida uma declividade transversal do pavimento de 2%, sempre no sentido oposto<br />
da plataforma de embarque de passageiros, para permitir o escoamento das águas<br />
pluviais pelo sistema de drenagem. A declividade longitudinal mínima das pistas<br />
deverá ser de 0,3%. Quando ocorrerem mudanças de direção nas tangentes verticais<br />
do greide deverá haver concordância por meio de curvas verticais.<br />
• Pavimento<br />
O pavimento do sistema viário interno deverá ser rígido, de concreto de Cimento<br />
Portland, adequadamente dimensionado para o terminal.<br />
O pavimento existente do sistema viário do entorno do terminal deverá ser verificado<br />
de forma a assegurar uma operação adequada do terminal, e caso necessário,<br />
deverão ser projetados pavimentos flexíveis novos ou reforços no pavimento existente,<br />
ambas soluções adequadamente dimensionadas.<br />
• Drenagem<br />
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A captação de águas pluviais no sistema viário junto às plataformas do terminal deverá<br />
ser realizada no lado oposto ao embarque e desembarque de passageiros, evitando a<br />
localização de dispositivos de captação junto às travessias de pedestres. Em função<br />
do pavimento rígido, deverão ser localizados os poços de visitas do sistema de<br />
drenagem fora das pistas, bem como, minimizar as interferências dos demais<br />
dispositivos de drenagem no pavimento.<br />
• Plataformas<br />
Nas plataformas de embarque e desembarque deverá ser garantida uma declividade<br />
mínima de 1% para possibilitar o escoamento da água da limpeza das plataformas, do<br />
centro em direção às extremidades.<br />
As plataformas deverão ser projetadas com largura mínima de 5,0 m e 0,28 m de<br />
altura em relação à pista, facilitando o embarque e desembarque de passageiros. Nos<br />
demais passeios, ao longo das pistas, as guias deverão apresentar a altura usual de<br />
0,15 m.<br />
Recomenda-se que o comprimento máximo das plataformas seja da ordem de 150 m,<br />
enquanto somatórias dos comprimentos das baias. Caso haja interferências que<br />
impliquem em acréscimo no comprimento da plataforma, esta poderá ser ampliada até<br />
180 m como limite máximo. Caso o acréscimo de interferências venha ultrapassar este<br />
limite, a plataforma deverá ser redimensionada em sua largura para que sejam<br />
eliminadas as interferências e se reduza o comprimento.<br />
• Circulação de Pedestres<br />
As travessias internas deverão estar locadas de modo a não provocar deslocamentos<br />
desnecessários, distantes uma da outra no máximo 70,0 m, procurando organizar os<br />
fluxos dos pedestres que demandam o terminal.<br />
Onde houver travessia interna em nível, deverão ser adotadas as lombadas de<br />
segurança construídas na mesma largura das travessias internas (4,0 m de largura) e<br />
na mesma altura das plataformas, garantindo maior conforto e segurança aos<br />
pedestres na sua travessia. Nas demais calçadas, deverão ser previstos<br />
rebaixamentos das guias para a travessia de deficientes físicos de acordo com a<br />
norma NBR-9050 da ABNT.<br />
Passarelas ou passagens subterrâneas serão justificadas em terminais que possuem<br />
um grande volume de pedestres e/ou veículos gerando condições inadequadas de<br />
segurança, ou em que as condições físicas do terreno favoreçam o deslocamento em<br />
desnível. Ambas deverão ser projetadas atendendo a norma NBR-9050 da ABNT,<br />
preferencialmente dotados de escadas rolantes e elevadores para acesso de<br />
deficientes físicos. As passarelas deverão ser projetadas com uma altura mínima de<br />
4,50 m em relação às pistas e deverão apresentar uma largura mínima de 4,0 m. As<br />
passagens subterrâneas deverão apresentar uma largura mínima de 4,0 m e possuir<br />
uma altura interna de no mínimo 3,0 m.<br />
2.5. Áreas de Apoio ao Usuário e à Operação<br />
Para o atendimento das funções de apoio aos diversos agentes que convivem num<br />
terminal, usuários, pessoal de operação das empresas operadoras e pessoal de<br />
empresas prestadoras de serviços, deverão ser previstas instalações adequadas para<br />
acomodação de suas atividades.<br />
As áreas de apoio ao usuário e operacional variam conforme o porte do terminal. Nos<br />
terminais de pequeno porte em que não é possível acomodar linhas que fazem ponto<br />
final no terminal devido à restrição de área disponível, não serão previstas áreas de<br />
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apoio operacional, como: sala para as empresas operadoras, sala de quadros elétricos,<br />
refeitório, vestiários e sanitários separados por sexo, sala de limpeza; depósito de lixo,<br />
sala para grupo gerador de energia elétrica e guaritas; nem serão previstos sanitários<br />
públicos. Apenas deverão ser previstas uma sala de administração do terminal que<br />
deverá ser acoplada à bilheteria, possuindo sanitário para uso dos funcionários e<br />
medidores de entrada de energia e lixeira externa. Nos demais casos, deverão ser<br />
dimensionadas conforme é descrito a seguir.<br />
As áreas de apoio ao usuário deverão compreender:<br />
• Sanitário público feminino, localizado junto às principais áreas de circulação de<br />
usuários, como próximos dos acessos ou na plataforma, caso a configuração for uma<br />
única, central. Nos terminais de pequeno porte, ou seja, até 160 m de comprimento<br />
total de plataformas, deverá ser previsto sanitário público feminino com área mínima<br />
de 15 m 2 , contendo 2 bacias sanitárias, 3 lavatórios e 1 sanitário para deficientes<br />
físicos com bacia e lavatório, atendendo a norma NBR-9050 da ABNT; nos terminais<br />
de médio porte, ou seja, comprimento total de plataformas dentro do intervalo entre<br />
160 m até 320 m, com área mínima de 18 m 2 , contendo 3 bacias sanitárias, 4<br />
lavatórios e 1 sanitário para deficientes físicos com bacia e lavatório, atendendo a<br />
norma NBR-9050 da ABNT e nos terminais de grande porte, ou seja, comprimento<br />
total de plataformas acima de 320 m, com área mínima de 22 m 2 , contendo 4 bacias<br />
sanitárias, 5 lavatórios e 1 sanitário para deficientes físicos com bacia e lavatório,<br />
atendendo a norma NBR-9050 da ABNT.<br />
• Sanitário público masculino, localizado junto às principais áreas de circulação de<br />
usuários, como próximos dos acessos ou na plataforma, caso a configuração for uma<br />
única, central. Nos terminais de pequeno porte, deverá ser previsto sanitário público<br />
masculino com área mínima de 15 m 2 , contendo 2 bacias sanitárias, 2 lavatórios, 2<br />
mictórios e 1 sanitário para deficientes físicos com bacia e lavatório, atendendo a<br />
norma NBR-9050 da ABNT; nos terminais de médio porte, com área mínima de 18 m 2 ,<br />
contendo 3 bacias sanitárias, 3 lavatórios, 3 mictórios e 1 sanitário para deficientes<br />
físicos com bacia e lavatório, atendendo a norma NBR-9050 da ABNT e nos terminais<br />
de grande porte, com área mínima de 22 m 2 , contendo 3 bacias sanitárias, 4<br />
lavatórios, 4 mictórios e 1 sanitário para deficientes físicos com bacia e lavatório,<br />
atendendo a norma NBR-9050 da ABNT.<br />
• Bilheterias para a aquisição dos meios de pagamento definidos para uso do<br />
transporte, localizados em cada acesso de pedestres nos terminais,<br />
independentemente de seu porte, apresentando no mínimo 7,5 m 2 , com 2 guichês de<br />
atendimento, com pelo menos 1,0 m de largura por guichê, e local para cofre.do<br />
terminal.<br />
• Bicicletário, localizado na área externa dos terminais, próximo ao acesso de usuários,<br />
dotado de equipamento de guarda de bicicletas, de uso livre, sem controle<br />
operacional. As vagas para as bicicletas deverão possuir comprimento de 1,80 m e<br />
largura de 0,80 m caso os suportes das bicicletas sejam fixados um ao lado do outro e<br />
0,55 m caso os suportes fixados em posições alternadas.<br />
As áreas de apoio operacional deverão abranger:<br />
• Sala de administração do terminal, abrigará também o controle e comunicação do<br />
terminal, devendo estar localizada de forma a permitir a maior visualização possível<br />
das plataformas. Nos terminais de pequeno porte, a área mínima prevista deverá ser<br />
de 12 m 2 , nos de médio porte 15 m 2 e nos de grande porte 18 m 2 .<br />
• Sala para as empresas operadoras, nos terminais de pequeno porte, a área mínima<br />
prevista deverá ser de 9 m 2 , nos de médio porte 12 m 2 e nos de grande porte 15 m 2 .<br />
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Em alguns casos, devido à falta de área disponível, não há possibilidade de se prever<br />
uma sala exclusiva para as empresas. Desta forma, deverá ser prevista uma sala de<br />
administração do terminal maior, englobando o pessoal das empresas.<br />
• Sala de quadros elétricos, local destinado para a centralização dos quadros de<br />
distribuição elétrica do terminal, apresentando no mínimo 6 m 2 , independentemente do<br />
porte do terminal.<br />
• Refeitório, nos terminais de pequeno porte, a área mínima prevista deverá ser de<br />
12 m 2 , nos de médio porte 15 m 2 e nos de grande porte 18 m 2 , contendo uma bancada<br />
com uma cuba em aço inox, local para geladeira e marmiteira elétrica.<br />
• Vestiário feminino, nos terminais de pequeno porte, com área mínima de 9 m 2 ,<br />
contendo 1 bacia sanitária, 1 lavatório e 1 chuveiro, além de local para armários; nos<br />
terminais de médio porte, com área mínima de 12 m 2 , contendo 2 bacias sanitárias, 2<br />
lavatórios e 1 chuveiro, além de local para armários e nos terminais de grande porte,<br />
deverá ser previsto vestiário feminino com área mínima de 15 m 2 , contendo 2 bacias<br />
sanitárias, 2 lavatórios e 1 chuveiro, além de local para armários.<br />
• Vestiário masculino, nos terminais de pequeno porte, com área mínima de 9 m 2 ,<br />
contendo 1 bacia sanitária, 1 lavatório e 1 chuveiro, além de local para armários; nos<br />
terminais de médio porte, com área mínima de 12 m 2 , contendo 2 bacias sanitárias, 1<br />
lavatório, 1 mictório e 1 chuveiro, além de local para armários e nos terminais de<br />
grande porte, deverá ser previsto vestiário masculino com área mínima de 15 m 2 ,<br />
contendo 2 bacias sanitárias, 2 lavatórios, 2 mictórios e 1 chuveiro, além de local para<br />
armários.<br />
• Sanitários separados por sexo, no caso de terminais de pequeno porte em que não<br />
será possível implantar todas as áreas de apoio, deverão ser previstos sanitários para<br />
uso dos funcionários com no mínimo 4,5 m 2 , contendo 1 bacia sanitária e 1 lavatório.<br />
• Sala de limpeza, local para a guarda dos materiais e equipamentos necessários à<br />
limpeza e higiene do terminal, devendo englobar um sanitário/vestiário para uso do<br />
pessoal da limpeza. Nos terminais de pequeno porte, deverá ser prevista uma sala<br />
com área mínima de 7,5 m 2 , contendo 1 bacia sanitária, 1 tanque e 1 chuveiro, além<br />
de local para armários e prateleiras. Nos terminais de médio e grande porte, deverá<br />
ser prevista com área mínima de 12 m 2 , contendo 1 bacia sanitária, 1 lavatório, 1<br />
tanque e 1 chuveiro, além de local para armários e prateleiras<br />
• Depósito de lixo, local para o acúmulo do lixo a ser recolhido no terminal e para sua<br />
posterior retirada, em horário adequado, para a lixeira externa, apresentando no<br />
mínimo 6 m 2 , independentemente do porte do terminal;<br />
• Sala para grupo gerador de energia elétrica insonorizado, apresentando no mínimo<br />
3,50 m de largura e 5,50 m de comprimento, independentemente do porte do terminal.<br />
Deverá ser prevista ainda, uma baia para apoio a veículos de serviço localizado o mais<br />
próximo possível da sala. No caso específico de terminais de pequeno porte em que<br />
não será possível implantar todas as áreas de apoio, não será prevista sala para<br />
gerador.<br />
• Caixa d’água, deverá ser suficiente para prever a alimentação das áreas de apoio e a<br />
reserva de incêndio. Deverá ser compartimentada internamente de forma a garantir o<br />
abastecimento do terminal independentemente das atividades de limpeza e<br />
manutenção dos reservatórios de água.<br />
• Medidores de entrada de energia, caso a alimentação for em baixa tensão, deverá ser<br />
previsto o local para a instalação de medidores de água e energia elétrica, atendendo<br />
às dimensões mínimas exigidas pelas concessionárias.<br />
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• Lixeira externa, deverá ser prevista com no mínimo 3 m 2 , independentemente do porte<br />
do terminal.<br />
• Posto de controle, para controle de acesso, um em cada acesso de veículos do<br />
terminal, apresentando no mínimo 2 m 2 , independentemente do porte do terminal.<br />
Também deverão ser previstos os equipamentos de apoio destinados a trazer aos<br />
usuários do terminal uma melhoria do nível de conforto, funcionalidade e serviços,<br />
como:<br />
• Bancos para uso público, deverão ser locados sempre fora da área de circulação das<br />
plataformas, preferencialmente junto aos gradis de segurança. Deverá ser previsto<br />
pelo menos um banco com 4 assentos por berço. As dimensões mínimas do assento<br />
deverão ser: altura 0,45 m, largura mínima 0,60 m e profundidade mínima 0,40 m.<br />
• Bebedouros, deverão ser previstos no mínimo 2 bebedouros para uso público, com<br />
pelo menos 1 bebedouro acoplado para deficientes físicos, localizados junto aos<br />
acessos dos sanitários públicos e 1 bebedouro para uso do pessoal operacional.<br />
• Relógios, deverá ser previsto no mínimo 1 relógio por plataforma e o dimensionamento<br />
da quantidade de relógios para cada terminal deverá estar de acordo com as<br />
especificações do projeto de instalações elétricas.<br />
• Telefones públicos, deverão ser previstas condições para a instalação de telefones<br />
públicos, com pelo menos 1 para deficientes físicos, junto aos acessos ou,<br />
preferencialmente, em locais com baixo nível de ruído.<br />
• Cestos de lixo, deverá ser prevista, no mínimo, a instalação de 1 cesto de lixo a cada<br />
20 m de plataforma (para cada baia de ônibus proposta).<br />
2.6. Táxis e Veículos Particulares<br />
Sempre que possível, deverão ser previstas baias para embarque e desembarque de<br />
deficientes, veículos particulares e pontos de táxis, imediatamente próximos ou anexos<br />
ao terminal, nunca interferindo no espaço de operação dos ônibus, atendendo aos<br />
seguintes requisitos:<br />
• Não permitir longas esperas ou estacionamento nas baias de parada rápida;<br />
• Os locais, tanto das baias de parada rápida, quanto dos pontos de táxi, deverão<br />
oferecer uma visão ampla dos acessos do terminal;<br />
• Não deverão interferir no fluxo das vias adjacentes;<br />
• Deverão possuir delimitação exclusiva e bem definida.<br />
3. BIBLIOGRAFIA<br />
“Manual de Implantação de Terminais de Ônibus Urbanos”, CPR – Consultoria de<br />
Projetos e Obras Ltda.(1980);<br />
“Corredor Sudoeste – Projeto Funcional Preliminar”, Oficina Consultores Associados<br />
Ltda.(1996);<br />
“Premissas de Projeto e Dimensionamento para Terminais de Ônibus Urbanos”,<br />
Tekhnites / Opus – Oficina de Projetos Urbanos (1998).<br />
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EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A.<br />
Jane Aoki Alberto – e-mail: janea@emtusp.com.br – Tel.: (11) 4341 1270<br />
R. Joaquim Casemiro, 290 – São Bernardo do Campo – SP – CEP: 09890-050<br />
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