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J. Herculano Pires - Portal Luz Espírita

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20 – J. <strong>Herculano</strong> <strong>Pires</strong><br />

fatos metapsíquicos, que escapavam a Spencer. Com essa ampliação, a gênese da<br />

crença na sobrevivência não deixa o terreno do concreto, dos fatos sensoriais, em<br />

que Spencer a colocara. Mas, ao mesmo tempo, o problema da indução, que implica<br />

o uso do pensamento abstrato, é substituído pela experiência imediata, mais acorde<br />

com a mentalidade primitiva. O selvagem não precisava induzir, dos vários<br />

fenômenos citados por Spencer, uma supra­realidade, pois esta se impunha a ele<br />

através dos fenômenos espíritas ou metapsíquicos, direta e imediatamente.<br />

Quanto ao problema das ectoplasmias, convém lembrarmos que o<br />

ectoplasma, emanação fluídica do corpo do médium, é hoje uma realidade,<br />

cientificamente comprovada. Não somente as experiências clássicas de Richet,<br />

Crookes, Schrenck­Notzing e outros a comprovaram, como também e<br />

principalmente os estudos experimentais do Prof. W. J. Crawford, da Universidade<br />

de Belfast, Irlanda, que já referimos. Esses estudos foram realizados entre 1914 e<br />

1920, com a médium Kathleen Goligher. Verificou Crawford a existência de<br />

alavancas de ectoplasma, produzindo os fenômenos de levitação. Mais tarde,<br />

chamou essas alavancas de “estruturas psíquicas”.<br />

No TRATADO DE METAPSÍQUICA, entretanto, Richet se refere a essas<br />

estruturas como “Alavancas de Crawford”. Gustavo Geley realizou também<br />

numerosas experiências com o ectoplasma, servindo­se da médium Eva Carrière, a<br />

mesma que realizara sessões com Richet, em Argel, na casa do General Noel,<br />

produzindo as excelentes materializações de Bien Boas, um árabe. Richet publicou,<br />

no “Tratado”, uma fotografia dessas materializações, vendo­se o fantasma de Bien<br />

Boas pairando no ar e ligado por uma “alavanca” ao corpo da médium. Constatou<br />

Geley, com o mais rigoroso critério científico, as formas de emanação fluídica do<br />

ectoplasma, que descreveu como “uma substância esbranquiçada que sai do corpo da<br />

médium”. Aconselhamos os interessados neste assunto a lerem o capítulo intitulado<br />

“Ectoplasma”, do livro HISTÓRIA DO ESPIRITISMO, editado em português pela<br />

Livraria O Pensamento, de S. Paulo, em 1960, em tradução de Júlio Abreu Filho.<br />

Mas o que nos interessa, quanto ao ectoplasma, neste momento, é a sua<br />

relação com as forças mágicas de mana ou orenda. Além da emanação fluídica<br />

esbranquiçada, a que se refere Geley, o ectoplasma apresenta­se também de forma<br />

invisível. Assemelha­se, então, a uma força imponderável,como o magnetismo ou a<br />

eletricidade. O Prof. Imoda, italiano, nas experiências de ideopIastia, que realizou<br />

com a médium Linda Gazzera, em conjugação com Richet, expõe uma curiosa teoria<br />

das três formas do ectoplasma: a invisível, a fluídica­visível e a concreta, no seu<br />

livro FOTOGRAFIAS DE FANTASMAS. Geley, por sua vez, constatou que o<br />

ectoplasma, em forma invisível, girava em torno das pessoas, nas sessões, antes da<br />

produção de fenômenos. O mais curioso, porém, é a comparação dos dados colhidos<br />

sobre a força mana ou orenda, na Polinésia, por Freedom Long, e as observações do<br />

Prof. Crawford, em Belfast, sobre o ectoplasma. Verifica­se então a plena

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