J. Herculano Pires - Portal Luz Espírita
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177 – O ESPÍRITO E O TEMPO<br />
momentos de desprendimento podemos ver os Espíritos e comunicarnos com eles.<br />
A mente é um centro espiritual de controle e comunicação, que se manifesta através<br />
do cérebro. Vivemos em constante permuta de ideias e sentimentos com as pessoas<br />
de nosso convívio e com os espíritos que se afinam conosco. Além do ser espiritual<br />
que somos, existe em nós o ser do corpo, que rege a nossa vida vegetativa e<br />
conserva os instintos da espécie enquanto vivo.<br />
Nossa ligação com os Espíritos é portanto natural e normal. Hoje, depois da<br />
descoberta da antimatéria e das hipóteses tacteantes sobre os universos paralelos, os<br />
físicos descobriram que o mundo material e o antimaterial são interpenetrados. A<br />
descoberta, pelos físicos e biólogos soviéticos, do corpobioplásmico e suas funções<br />
Controladoras de todo o processo orgânico comprovam a descoberta de Kardec. As<br />
pesquisas parapsicológicas comprovaram as relações mentais no plano humano e<br />
entre esse plano e o espiritual. “A mente não é física”, afirma Rhine. “A mente é<br />
uma estrutura psicônica, formada de átomos mentais, e depois da morte do corpo<br />
pode comunicarse com as mentes encarnadas”, sustentou Wathely Caringthon.<br />
“Existe Shi”, sustenta Soai, “que sobrevive à morte corporal e pode comunicarse<br />
com as nossas mentes”. As pesquisas parapsicológicas provaram que o pensamento<br />
não é físico e que as comunicações dos Espíritos são fatos reais. Pratt investiga e<br />
prova, no exame dos fenômenos théta, a realidade dessas comunicações. Louise<br />
Rhine publica um livro de pesquisa de campo sobre essas comunicações,<br />
comprovandoas.<br />
b) A REENCARNAÇÃO — As provas de Kardec sobre a reencarnação<br />
decorrem de lembranças espontâneas e manifestações anímicas a respeito, bem<br />
como de investigações pelo processo hipnótico de regressão da memória. Albert De<br />
Rochas publicou suas pesquisas a respeito, muitas delas confirmadas pela pesquisa<br />
histórica possível. Hoje, Ian Stevenson divulga suas pesquisas de casos de<br />
lembranças, Barnejee faz o mesmo e Wladimir Raikov, na Universidade de Moscou,<br />
não obstante os impedimentos ideológicos, insiste nessas pesquisas. A lei da<br />
reencarnação não pode ser provada pelos métodos atuais das Ciências, mas é<br />
evidente que a natureza do problema requer modificações no sistema metodológico.<br />
Raikov se atém ao problema das lembranças e sua influência no comportamento<br />
individual. Encara o fenômeno como patológico e possivelmente sugestivo. Segue<br />
praticamente o método hipnótico de De Rochas. Mas sua contribuição tem sido<br />
significativa, segundo informa Barnejee. Stevenson chega a declarar que suas<br />
pesquisas chegaram à evidência do fenômeno. A revolução metodológica atual nas<br />
Ciências, com o avanço das pesquisas em todas as direções, pode levar à descoberta<br />
de um processo específico para a comprovação de fatos que escapam ao confronto<br />
de elementos puramente materiais. Os cientistas enfrentam neste momento as<br />
mesmas dificuldades que Kardec enfrentou há mais de cem anos. Mas Kardec não se<br />
embaraçou nessas dificuldades. Lembrou que a reencarnação é uma constante da