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J. Herculano Pires - Portal Luz Espírita

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159 – O ESPÍRITO E O TEMPO<br />

levava a não desviar­se do rumo traçado e a lançar esse desafio aos adversários e<br />

críticos. A tenacidade e o rigor com que prosseguiu nas pesquisas, que qualificou<br />

justamente de psicológicas, e os resultados a que chegou, positivos e irrefutáveis,<br />

teriam lhe assegurado a posição de iniciador da Psicologia Experimental que deram<br />

a Wundt, e a de pioneiro da Psicologia Profunda, que deram a Freud. Ao tratar das<br />

manifestações anímicas dos médiuns revelou a existência do inconsciente, sua<br />

dinâmica e sua influência no comportamento humano, e isso quando Sigmund Freud<br />

não tinha mais do que um ano de idade. A catarse espírita de Kardec foi muito mais<br />

eficaz e profunda que a catarse psicanalítica de hoje. Albert de Rochas o provou na<br />

França e Wladimir Raikov, seguindo o método empregado por De Rochas, o<br />

comprova hoje na Universidade de Moscou, enquanto lan Stevenson faz o mesmo na<br />

Universidade da Califórnia (EUA) embora sem o gênio e o rigor kardecianos.<br />

O preconceito científico (aberração nas ciências) e a alienação cultural ao<br />

materialismo, que colocou um pressuposto absurdo como base de toda a Ciência,<br />

negaram a Kardec o reconhecimento de sua contribuição ao desenvolvimento da<br />

Cultura. O desafio aos sábios, entretanto, surtia os seus efeitos. As pesquisas de<br />

William Crocckes, Henry Sidgurick, Edmund Gurney, Oliver Lodge, Frederic<br />

Myers, Schrenk Notzing, Charles Richet, Gustave Geley, Eugene Osty, Frederic<br />

Zollner, Paul Gibier e tantos, tantos outros nomes exponenciais da Ciência<br />

comprovaram, nos anos sucessivos, a validade absoluta do trabalho pioneiríssimo de<br />

Kardec. Hoje a Parapsicologia e a própria Física, que rompeu o seu arcabouço de<br />

materialismo estratificado, mostraram, sem querer e sem saber, que as conclusões<br />

kardecianas são verdadeiras. Incumbiram­se os parapsicólogos e os físicos atuais da<br />

reparação científica devida inexoravelmente a Kardec. Muitas pessoas reclamam da<br />

falta de pesquisas científicas dos fenômenos espíritas na atualidade, sem perceber<br />

que essas pesquisas prosseguem como deviam e como Kardec desejava, ou seja, nos<br />

laboratórios científicos de todos os grandes centros universitários do mundo, pela<br />

força das coisas, como escrevia Kardec, por necessidade absoluta do progresso<br />

científico e sem qualquer delimitação ideológica ou sectária.<br />

E enquanto os cientistas cumprem o seu dever de pesquisar sem<br />

preconceitos, os Espíritos prosseguem na prática de suas atividades doutrinárias,<br />

socorrendo as vítimas do equívoco científico (os obsedados, fascinados e<br />

subjugados) através de suas simples e humildes sessões de assistência fraterna e<br />

gratuita. Isso não impede que os espíritas, no âmbito de suas instituições<br />

doutrinárias, realizem também suas sessões de pesquisas científicas. Mas as<br />

instituições espíritas, em geral, não dispõem de condições para esse trabalho<br />

especializado (diremos mesmo: especializadíssimo) que exige a participação de<br />

especialistas, de aparelhagem custosa, de todos os recursos de um laboratório de tipo<br />

universitário. Algumas instituições espíritas aventuram­se ingenuamente à promoção<br />

de pesquisas sem disporem de nada disso. Alimentam ainda as crendices religiosas

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