J. Herculano Pires - Portal Luz Espírita
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154 – J. <strong>Herculano</strong> <strong>Pires</strong><br />
REPÚBLICA, foi Rousseau o primeiro a obter resultados positivos nesse sentido.<br />
Ambos eram utópicos, mas exerceram poderosa influência no mundo. E depois<br />
deles, compreendeuse, principalmente a partir da Revolução Francesa, que<br />
nenhuma transformação podia efetuarse e manterse, sem apoiarse na educação. As<br />
próprias formas de transformação violenta, como a Revolução Comunista e as<br />
Revoluções Nazista e Fascista, na Alemanha e na Itália, apoiaramse imediatamente<br />
na educação. Porque a educação é a orientação das novas gerações, e a transmissão<br />
às mesmas de todo o acervo cultural da civilização: é a criação do futuro, a sua<br />
elaboração.<br />
Educar, entretanto, não é apenas lecionar, ensinar nas escolas. A educação<br />
abrange todos os setores das atividades humanas e todas as idades e condições do<br />
homem. Daí a conclusão de Kardec, no mesmo comentário citado: “O egoísmo é a<br />
fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um<br />
e desenvolver a outra, deve ser o alvo de todos os esforços do homem, se ele deseja<br />
assegurar a sua felicidade neste mundo, tanto quanto no futuro”. A educação espírita<br />
deve ser feita em todos os sentidos, através da palavra e do exemplo, numa luta<br />
incessante contra o egoísmo e em favor da caridade. Nos capítulos sobre a lei de<br />
igualdade e a lei de justiça, amor e caridade, Kardec e os Espíritos apontam os<br />
rumos dessa batalha pela transformação do mundo. O próprio Espiritismo é um<br />
gigantesco esforço de educação do mundo, para que a humanidade regenerada de<br />
amanhã possa substituir o quanto antes a humanidade expiatória de hoje. Mas é<br />
necessário que os espíritas se eduquem no conhecimento e na prática da doutrina,<br />
para que possam educar o mundo nos princípios de renovação, que receberam do<br />
Consolador.<br />
4 – Império da justiça<br />
A ordem moral será o império da justiça. O mundo de regeneração não<br />
poderá efetivarse, portanto, enquanto não criarmos na Terra uma estrutura social<br />
baseada na justiça. Já vimos que a tarefa é nossa, pois o mundo nos foi dado como<br />
campo de experiência. Submetidos a expiações e provas aprendemos que o egoísmo<br />
é nefasto e que devemos lutar pelo altruísmo, a começar de nós mesmos. Mas como<br />
fazêlo? Qual o critério a seguir, para que a educação espírita do mundo se converta<br />
em realidade, produzindo os frutos necessários?<br />
Kardec nos explica; ao comentar o item 876: “O critério da verdadeira<br />
justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quereria para si mesmo,<br />
e não de querer para si o que se desejaria para os outros, pois isso não é a mesma<br />
coisa. Como não é natural que se queira o próprio mal, se tomarmos o desejo pessoal<br />
como norma de partida, podemos estar certos de jamais desejar para o próximo