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J. Herculano Pires - Portal Luz Espírita

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150 – J. <strong>Herculano</strong> <strong>Pires</strong><br />

ingrata, para aí expiarem as suas faltas, através de um trabalho penoso e das misérias<br />

da vida, até que mereçam passar para um mundo mais feliz”. Ao mesmo tempo,<br />

Espíritos ainda na infância evolutiva, e Espíritos de um grau intermediário,<br />

mesclam­se às coletividades em expiação. Representamos uma mistura de exilados e<br />

população aborígine. Os antigos habitantes do mundo primitivo convivem com os<br />

imigrantes civilizadores. Mas estes mesmos civilizadores ainda são bastante<br />

imperfeitos, e realizam sua missão expiando as faltas cometidas em outros mundos.<br />

A explicação prossegue: “A Terra nos oferece, portanto, um dos tipos de mundos<br />

expiatórios, de que as variações são infinitas mas que têm por caráter comum o de<br />

servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses mundos,<br />

os Espíritos têm de lutar ao mesmo tempo com a perversidade dos homens e contra a<br />

inclemência da natureza, duplo e penoso trabalho, que desenvolve simultaneamente<br />

as qualidades do coração e as da inteligência. E assim que Deus, na sua bondade,<br />

transforma o próprio castigo em proveito do progresso do Espírito”.<br />

Esta bela comunicação é assinada por Santo Agostinho, que usa o título de<br />

santo para fins de identificação. A seguir, com a mesma assinatura, temos uma<br />

mensagem sobre a condição do mundo em que o nosso planeta se transformará: o<br />

mundo de regeneração. Estes mundos, explica o Espírito: “servem de transição entre<br />

os mundos de expiação e os mundos felizes”. São, portanto, simples escalas de<br />

aperfeiçoamento, na cadeia universal dos mundos. Prossegue a informação<br />

espiritual: “Nesses mundos, sem dúvida o homem está ainda sujeito às leis que<br />

regem a matéria. A humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos<br />

desejos, mas livre das paixões desordenadas que vos escravizam”. Estas frases<br />

traduzem uma bem­aventurança com que há muito sonhamos: “A palavra amor está<br />

gravada em todas as frontes; uma perfeita equidade regula as relações sociais”.<br />

Não estamos diante de uma humanidade perfeita, mas apenas de um grau de<br />

evolução superior ao nosso. O homem ainda é falível, sujeito a se deixar levar por<br />

resíduos do passado, arriscando­se a cair de novo em mundos expiatórios para<br />

enfrentar provas terríveis. Quem não verifica o realismo desta descrição,<br />

comparando o nosso desenvolvimento atual com o nosso passado, e verificando as<br />

diretrizes do progresso terreno? Os Espíritos não anunciam uma transição<br />

miraculosa, mas uma transformação progressiva do mundo, que já está em plena<br />

realização. Nosso mundo de regeneração será mais ou menos feliz, segundo a nossa<br />

capacidade de construí­lo. O homem terreno atingiu o grau evolutivo que lhe<br />

permite responder plenamente pelas suas ações. Deus respeita o seu livre­arbítrio,<br />

para que ele possa aumentar a sua responsabilidade.<br />

No mesmo capítulo citado, e com a mesma assinatura espiritual<br />

encontramos ainda estes esclarecimentos. “Acompanhando o progresso moral dos<br />

seres vivos, os mundos por eles habitados progridem materialmente. Quem pudesse<br />

seguir um mundo em suas diversas fases, desde o instante em que se aglomeraram

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