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J. Herculano Pires - Portal Luz Espírita

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13 – O ESPÍRITO E O TEMPO<br />

A expressão é metafórica. Chama­se, por exemplo, “horizonte primitivo”, o<br />

mundo do homem primitivo. A palavra horizonte mostra que devemos encarar esse<br />

homem dentro dos limites da nossa visão, de todas as condições do meio físico e<br />

social em que ele vivia, na paisagem cultural fechada pelos horizontes do mundo<br />

primitivo. Podemos assim examinar cada fase em seu meio, cada homem em seu<br />

mundo, compreendendo­os melhor.<br />

O estudo de Bozzano, embora anterior a esse método, integra­se nele. O<br />

“horizonte primitivo” é geralmente dividido em três formas: o primitivo<br />

propriamente dito, o anímico e o agrícola. Em nosso esquema, reduzimos as duas<br />

primeiras formas a uma única: o “horizonte tribal”, que nos permite abranger numa<br />

visão geral o problema mediúnico do homem primitivo, e destacamos a terceira<br />

forma, dando­lhe autonomia. Isso porque o “horizonte agrícola” tem interesse<br />

especial no tocante à mediunidade.<br />

Assim, nosso esquema da fase pré­histórica do Espiritismo é o seguinte:<br />

horizonte tribal, agrícola, civilizado, profético e espiritual. Até o “horizonte<br />

profético”, segundo Murphy. O “horizonte espiritual” é uma formulação nova,<br />

exigida pelo Espiritismo. O horizonte tribal caracteriza­se pelo mediunismo<br />

primitivo. Adotamos a palavra mediunismo, criada por Emmanuel para designar a<br />

mediunidade em sua expressão natural, pois é evidente que ela corresponde com<br />

precisão ao nosso objetivo. Mediunismo são as práticas empíricas da mediunidade.<br />

Dessa maneira, temos as formas sucessivas do mediunismo primitivo, do<br />

mediunismo oracular e do mediunismo bíblico, só atingindo a mediunidade positiva<br />

no horizonte espiritual, que surge com o Espiritismo. Somente com o Espiritismo a<br />

mediunidade se define como uma condição natural da espécie humana, recebe a<br />

designação precisa de “mediunidade” e passa a ser tratada de maneira racional e<br />

científica. Convém deixar bem clara a distinção entre fatos espíritas e doutrina<br />

espírita, para compreendermos o que Kardec dizia, ao afirmar que o Espiritismo está<br />

presente em todas as fases da história humana. Os fatos espíritas — assim chamados<br />

os fenômenos ou as manifestações mediúnicas — são de todos os tempos. As<br />

práticas mágicas ou religiosas, baseadas nessas manifestações, constituem o<br />

Mediunismo, pois são práticas mediúnicas. A doutrina espírita é uma interpretação<br />

racional das manifestações mediúnicas. Doutrina ao mesmo tempo científica,<br />

filosófica e religiosa, pois nenhum desses aspectos pode ser esquecido, quando<br />

tratamos de fenômenos que se relacionam com a vida do homem na terra e sua<br />

sobrevivência após a morte, sua vida e seu destino espiritual. É enorme a confusão<br />

feita pelos sociólogos neste assunto, seguindo de maneira desprevenida a confusão<br />

proposital feita pelos adversários do Espiritismo.<br />

Os estudos sociológicos do mediunismo referem­se sempre ao espiritismo.<br />

Entretanto, a palavra Espiritismo, criada por Allan Kardec, em 1857, e por ele bem<br />

explicada na introdução de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, designa uma doutrina por ele

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