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J. Herculano Pires - Portal Luz Espírita

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104 – J. <strong>Herculano</strong> <strong>Pires</strong><br />

não poderá jamais ser destruído pela crítica ou o assalto dos adversários”. Essa<br />

proclamação de Moreil, feita com pleno conhecimento da causa espírita, nas letras<br />

francesas de hoje, reafirma a perenidade da obra de Kardec e a sua vitalidade na<br />

França, de onde os adversários querem nos convencer que ela foi excluída. A obra<br />

de Moreil tem ainda outro sentido, ou seja, o de mostrar que a interpretação do<br />

Espiritismo em seu tríplice aspecto, segundo o apresentaram Kardec, Sausse, Denis<br />

e outros — como ciência, filosofia e religião —, conserva sua plena e vigorosa<br />

validade no moderno pensamento espírita da França.<br />

Com respeito ao Espírito Verdade, Moreil sustenta a reivindicação<br />

kardeciana: “A obra espírita de Allan Kardec, no seu aspecto religioso, aparece<br />

como um ditado do Espírito da Verdade, que é justamente o Consolador. O<br />

Espiritismo é, portanto, a religião fundada na promessa do Cristo: é o Terceiro<br />

Testamento anunciado aos homens”. E esclarece, a seguir: “O que é novo, portanto,<br />

no Espiritismo, em relação à religião cristã, é a explanação mais lógica e mais<br />

profundamente moral dos Evangelhos, no que eles possuem desde há dois mil anos”.<br />

E a propósito da incompreensão da natureza tríplice do Espiritismo,<br />

particularmente dos seus aspectos científico e religioso, Moreil formula a<br />

observação aguda e oportuna de que, para os sábios e para os teólogos, a religião<br />

espírita é um absurdo. “Uns e outros — acentua ele — acham bons pretextos para<br />

menosprezar a religiosidade do Espiritismo, como se a verdade fosse dogmática ou<br />

ateísta”.<br />

4 – A Falange do Consolador<br />

Desde a promessa de Jesus, no Evangelho de João, até a vinda do<br />

Consolador, podemos ver, através da História, o trabalho bimilenar de preparação<br />

que se realizou, para o seu cumprimento. Bastaria isso para nos mostrar a<br />

importância daquele momento em que o Espírito da Verdade se identificou para o<br />

Prof. Rivail. Após dois mil anos de fermentação histórica, de doloroso<br />

amadurecimento do homem, de criminosas deformações da mensagem cristã, afinal<br />

se tomava possível o restabelecimento dos ensinos fundamentais em sua pureza<br />

primitiva. De um lado, o Espírito da Verdade se apresentava aos homens, à frente de<br />

elevadas entidades espirituais, que voltavam à terra para completar a obra do Cristo;<br />

de outro. lado, Allan Kardec se colocava a postos, à frente de criaturas<br />

espiritualizadas, dispostas a colaborarem na imensa tarefa. O Céu e a Terra se<br />

encontravam e se davam as mãos. A Falange do Consolador não era apenas uma<br />

graça que descia do alto, mas também uma equipe de trabalhadores humanos, que se<br />

elevava para recebê­la. A própria intimidade, logo estabelecida entre o Espírito da<br />

Verdade e Allan Kardec, as relações afetivas que se desenvolveram entre ambos,

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