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Moção Global de Estratégia - Juventude Socialista

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enquanto entida<strong>de</strong> agregadora e <strong>de</strong>finidora da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

nacional, espelhada pela <strong>de</strong>spromoção <strong>de</strong>ste domínio à esfera<br />

da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma Secretaria <strong>de</strong> Estado. Ao Estado<br />

compete facilitar, promover e apoiar a criação artística, a<br />

preservação patrimonial e a memória histórica coletiva que é<br />

a base do nosso futuro numa base <strong>de</strong>scentralizada e próxima<br />

dos criadores e dos cidadãos.<br />

A JS compromete-se com políticas <strong>de</strong> promoção<br />

da cultura nacional, nomeadamente <strong>de</strong> incentivo aos<br />

criadores, em particular os jovens, da investigação<br />

científica na área e <strong>de</strong> apoios à sustentabilida<strong>de</strong> das<br />

indústrias criativas, associativismo cultural, museus e<br />

bibliotecas, discriminando positivamente as instituições<br />

que se <strong>de</strong>votam às populações mais carenciadas ou<br />

isoladas.<br />

A JS contesta a diminuição do financiamento público<br />

às fundações culturais que <strong>de</strong>corre do recente censo às<br />

fundações e que po<strong>de</strong> colocar em causa a manutenção<br />

<strong>de</strong> espólios culturais, museus e iniciativas periódicas <strong>de</strong><br />

indiscutível valor artístico.<br />

O acesso dos jovens à oferta artística é uma necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um Estado <strong>de</strong>mocrático, ao qual compete reduzir as<br />

assimetrias no acesso aos equipamentos culturais. A<br />

Juventu<strong>de</strong> <strong>Socialista</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a existência <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

equipamentos culturais que permita um acesso transversal<br />

da população, e em particular dos jovens, a equipamentos<br />

culturais e à oferta cultural. Este acesso está intrinsecamente<br />

ligado com a educação artística e musical que <strong>de</strong>ve ser<br />

reforçada, seja no ensino básico e Secundário, seja no ensino<br />

superior, reduzindo redundâncias do sistema e promovendo<br />

caminhos <strong>de</strong> formação alternativos.<br />

A JS propõe a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos<br />

culturais, que exigirá a completa inventariação das<br />

infra-estruturas existentes e que permitirá uma gestão<br />

mais integrada dos recursos públicos, tendo em vista a<br />

prestação <strong>de</strong> um serviço a<strong>de</strong>quado às populações. Esta<br />

medida não só contribui para a dinamização dos espaços e<br />

das cida<strong>de</strong>s, como também maximiza os recursos existentes.<br />

A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a introdução da Educação para as Artes<br />

como uma componente transversal no ensino básico e<br />

secundário, que possibilite a todos os jovens portugueses<br />

a iniciação ao gosto pelas artes performativas e criativas,<br />

com planos nacionais nos vários setores artísticos<br />

(cinema, música, dança e teatro) que incluam, entre<br />

outros, idas a espetáculos e re<strong>de</strong>nções críticas e oficinas<br />

culturais.<br />

Portugal tem um património edificado extenso e com<br />

diferentes estados <strong>de</strong> conservação. O esforço feito nos últimos<br />

anos é notável, tendo sido requalificados muitos monumentos<br />

nacionais e outros edifícios <strong>de</strong> valor patrimonial. Compete<br />

continuar e fortalecer este caminho, forçando o primado<br />

público mas simultaneamente promovendo o mecenato<br />

privado. Devemos refletir sobre a criação <strong>de</strong> mecanismos que<br />

visem criar maior facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso aos Museus Nacionais<br />

e a outros equipamentos culturais do Estado ou que usufruam<br />

<strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> apoio do Estado, como por exemplo os<br />

equipamentos <strong>de</strong> fundações privadas, no sentido <strong>de</strong> promover<br />

o acesso à cultura e uma verda<strong>de</strong>ira educação para as artes.<br />

24 Ninguém Fica Para Trás - <strong>Moção</strong> <strong>Global</strong> <strong>de</strong> <strong>Estratégia</strong><br />

A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a adoção do “Vale Cultural”, a ser<br />

atribuído pelas entida<strong>de</strong>s patronais aos trabalhadores<br />

para acesso a espetáculos <strong>de</strong> música, dança e teatro<br />

e à compra <strong>de</strong> livros, entre outros produtos culturais.<br />

Este serviço seria consi<strong>de</strong>rado mecenato cultural para efeitos<br />

fiscais. Esta iniciativa preten<strong>de</strong> contribuir para a formação<br />

<strong>de</strong> públicos para a cultura e, ao mesmo tempo, fortalecer o<br />

mercado <strong>de</strong> bens e serviços culturais e criativos.<br />

A JS sensibilizará os agentes culturais na área da<br />

museologia no sentido <strong>de</strong> flexibilizarem os horários dos<br />

museus e para, em conjunto com associações juvenis<br />

e estudantis, municípios e associações comerciais<br />

e industriais, dinamizarem iniciativas periódicas <strong>de</strong><br />

potenciação da sua visibilida<strong>de</strong> pública, tal como suce<strong>de</strong><br />

com a Noite Europeia do Investigador.<br />

Um dos ganhos tangíveis do esforço na educação artística<br />

está no aumento significativo da criação artística nacional,<br />

a qual é geradora <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> riqueza, ao mesmo<br />

tempo que cria sinergias com outros setores <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> –<br />

indústria, comércio, transportes, turismo. É através da criação<br />

que inovamos, fazemos diferente e progredimos enquanto<br />

socieda<strong>de</strong>. Inovamos quando criamos um novo <strong>de</strong>sign ou<br />

lançamos um roteiro cultural. Fazemos diferente quando<br />

transformamos o edificado existente para uma nova utilização<br />

ou quando usamos novas plataformas para passar uma<br />

mensagem. Quando combinados, estes eixos sustentam o<br />

progresso, criam valor cultural, artístico e económico. Devem<br />

ser, por isso, pon<strong>de</strong>radas formas <strong>de</strong> apostar nas indústrias<br />

criativas.<br />

A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a promoção <strong>de</strong> estágios para jovens<br />

criadores, o apoio às primeiras obras, o estabelecimento<br />

<strong>de</strong> gabinetes para empreen<strong>de</strong>dorismo cultural em<br />

colaboração com as Direções Regionais <strong>de</strong> Cultura<br />

e a promoção ativa da criação nacional junto das<br />

representações consulares portuguesas.<br />

A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a inclusão <strong>de</strong> jovens criadores<br />

portugueses em todas as visitas oficiais do Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República e do Governo, bem como das missões <strong>de</strong><br />

promoção da economia portuguesa no estrangeiro, como<br />

forma <strong>de</strong> afirmar e promover o que <strong>de</strong> melhor é feito em<br />

Portugal ao nível das artes e espetáculos.<br />

A JS atuará no sentido <strong>de</strong> sensibilizar os diversos<br />

agentes políticos, culturais e educativos a partilharem<br />

espaços e valências para a produção e edição artística<br />

e produção, bem como para a cedência <strong>de</strong> espaços em<br />

incubadoras municipais e regionais para empresas,<br />

organizações e grupos <strong>de</strong> jovens que pretendam<br />

<strong>de</strong>senvolver projetos no âmbito artístico e cultural.<br />

Uma das vertentes mais percetíveis do aumento da criação<br />

artística é ao nível das indústrias criativas. A aposta feita nos<br />

últimos anos no aumento <strong>de</strong> vagas para o Ensino Artístico ao<br />

nível do ensino superior é um caminho virtuoso a médio e longo<br />

prazo. Esta aposta contrasta com a inércia e o esquecimento<br />

atual, visíveis nos atrasos na aprovação da Lei do Cinema e<br />

na abertura dos concursos <strong>de</strong> apoio às artes. Importa apoiar<br />

e reter esta capacida<strong>de</strong> criativa, nomeadamente através do<br />

apoio à criação <strong>de</strong> centros partilháveis <strong>de</strong> edição e tratamento<br />

<strong>de</strong> som e imagem para curtas e longas-metragens e com o<br />

apoio à divulgação e distribuição <strong>de</strong>stes trabalhos. Ao nível da

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