Moção Global de Estratégia - Juventude Socialista
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portugueses e para a vida das famílias. O <strong>de</strong>sinvestimento<br />
inconsciente <strong>de</strong> uma das principais áreas <strong>de</strong> intervenção do<br />
Estado, aliado a uma perceção conservadora sobre a escola<br />
e o ensino, retiram o aluno do centro da educação e <strong>de</strong>negam<br />
à pedagogia, aos espaços <strong>de</strong> aprendizagem informal e à<br />
participação na vida escolar, um lugar na hierarquização dos<br />
saberes que a JS consi<strong>de</strong>ra fundamental recuperar e reformar.<br />
A promoção da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s como âmago<br />
do papel da escola pública na socieda<strong>de</strong> e como parte<br />
integrante <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do Estado Social são<br />
para a JS objetivos compatíveis com a promoção da qualida<strong>de</strong><br />
e mo<strong>de</strong>rnização do ensino e com o combate ao insucesso<br />
escolar, como se espelha nas causas e propostas que a JS<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u e continua a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r como o alargamento da<br />
escolarida<strong>de</strong> obrigatória, a educação sexual e para a cidadania<br />
ou a utilização das novas tecnologias ao serviço do ensino.<br />
A redução <strong>de</strong> horários e disciplinas <strong>de</strong> formação essencial,<br />
como via <strong>de</strong> reduzir o número <strong>de</strong> professores, e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
gestão dos mega-agrupamentos, como via da poupança em<br />
serviços essenciais para os alunos e da formação dos jovens,<br />
são o espelho <strong>de</strong> uma visão economicista da gestão da coisa<br />
pública, mo<strong>de</strong>lo com o qual não po<strong>de</strong>mos concordar.<br />
O <strong>de</strong>sprezo pelos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> aprendizagem ao longo da<br />
vida e o aumento do número <strong>de</strong> alunos por turma, que dificulta<br />
o sucesso e a prática da pedagogia diferenciada, aliados a<br />
uma prática educativa baseada em resultados <strong>de</strong> curto prazo,<br />
revela uma visão conservadora, a que a JS <strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r<br />
com propostas orientadas para um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> escola e ensino<br />
público verda<strong>de</strong>iramente para todos.<br />
Nesse sentido, importa <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a universalização do<br />
ensino pré-escolar, que se constitui como um eixo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa<br />
fundamental <strong>de</strong> aposta nas qualificações e apoio às famílias.<br />
O alargamento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> pré-escolar constitui um passo<br />
fundamental para a garantia da escola pública e confere aos<br />
jovens maior capacida<strong>de</strong> para constituir família. A aposta<br />
na qualida<strong>de</strong> da oferta pública do pré-escolar é um passo<br />
essencial para o sucesso das qualificações e formação do<br />
aluno e do indivíduo.<br />
A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, clara e inequivocamente, o primado<br />
da Escola Pública <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, como um dos eixos<br />
essenciais para a inclusão social dos jovens portugueses.<br />
É importante também valorizar a aposta na ação social<br />
escolar direta e indireta como meio para atingir a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
oportunida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> aprendizagem. A dificulda<strong>de</strong> generalizada<br />
e crescente das famílias tem que estar presente na realida<strong>de</strong><br />
das escolas, reforçando a ação social. Propostas como<br />
o projeto-piloto do empréstimo <strong>de</strong> manuais escolares, a<br />
i<strong>de</strong>ntificação precoce <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> emergência social e a<br />
distribuição <strong>de</strong> mais e melhores refeições nas escolas, ou a<br />
<strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> passes e transportes escolares para jovens, <strong>de</strong>vem<br />
ser centrais num projeto político da JS.<br />
Face aos recuos que se verificaram na Educação para<br />
a Cidadania, <strong>de</strong>vemos refletir sobre ofertas curriculares<br />
que acompanhem todo o percurso do aluno. A disciplina<br />
<strong>de</strong> Formação Cívica, pouco valorizada <strong>de</strong>ntro do quadro<br />
<strong>de</strong> aprendizagem, não dota os alunos das competências e<br />
ferramentas enquanto cidadãos e participantes da vida pública.<br />
No mesmo sentido, importa discutir o mo<strong>de</strong>lo da Educação<br />
Sexual atualmente existente nas escolas.<br />
Face aos avanços que foram implementados pelos<br />
governos socialistas nos últimos anos, é importante manter o<br />
que foi feito <strong>de</strong> bom e garantir a transversalida<strong>de</strong> do uso das<br />
novas tecnologias no ensino e os avanços ao nível do ensino<br />
especial, hoje com os apoios bastante reduzidos, o que cria<br />
dificulda<strong>de</strong>s acrescidas para os alunos com necessida<strong>de</strong>s<br />
educativas especiais.<br />
A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a universalização da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino<br />
pré-escolar, que <strong>de</strong>ve possuir uma distribuição territorial<br />
a<strong>de</strong>quada a satisfazer as carências das populações,<br />
seja nos gran<strong>de</strong>s centros urbanos, no interior ou nas<br />
freguesias rurais.<br />
A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o uso extensivo das novas tecnologias<br />
<strong>de</strong>ntro da sala <strong>de</strong> aula <strong>de</strong> forma transversal a todas as<br />
disciplinas, usando programas didáticos, como forma<br />
<strong>de</strong> preparar os jovens para um mundo cada vez mais<br />
global e tecnológico. Para tal, a JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a formação <strong>de</strong><br />
professores na área da informática e novas tecnologias, <strong>de</strong><br />
forma a potenciar os recursos do Plano Tecnológico existente<br />
nas escolas.<br />
A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que os manuais escolares do 1.º ciclo<br />
<strong>de</strong>vem ser distribuídos gratuitamente às famílias, como<br />
forma <strong>de</strong> minorar um dos principais encargos anuais que<br />
estas têm com a educação dos seus filhos. Propõe-se que<br />
a distribuição gratuita seja competência das autarquias locais<br />
a quem competiria adquirir previamente os referidos manuais.<br />
A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a continuida<strong>de</strong> dos programas <strong>de</strong><br />
requalificação do espaço escolar, necessários para uma<br />
experiência educativa consentânea com os requisitos<br />
do século XXI e para a diversificação da oferta<br />
formativa. Para tal, a JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a conclusão dos projetos<br />
<strong>de</strong> requalificação já aprovados, como medida que anteceda o<br />
alargamento da re<strong>de</strong> escolar.<br />
Um sistema educativo do século XXI tem <strong>de</strong> ser um auxiliar<br />
das famílias, permitindo conciliar <strong>de</strong> forma inequívoca a vida<br />
profissional com a vida familiar. Um sistema educativo mo<strong>de</strong>rno<br />
tem <strong>de</strong> preparar os jovens com as melhores ferramentas<br />
para um mundo global em mudança constante. Um sistema<br />
inclusivo tem <strong>de</strong> ser capaz <strong>de</strong> promover a formação contínua<br />
nos diversos níveis <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> criar diferentes caminhos<br />
para públicos cada vez mais diversos.<br />
A recente aprovação do aumento da escolarida<strong>de</strong><br />
obrigatória para 12 anos e a crescente vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> muitos<br />
milhares <strong>de</strong> portugueses em complementar a sua formação<br />
colocam novos <strong>de</strong>safios ao sistema educativo. Contudo, esta<br />
diversificação não po<strong>de</strong> implicar a <strong>de</strong>sresponsabilização dos<br />
agentes educativos, nem becos sem saída para um jovem.<br />
Sabemos que são tempos <strong>de</strong> mudança e <strong>de</strong> aperfeiçoamento<br />
do sistema e, eventualmente, <strong>de</strong> repensar o próprio <strong>de</strong>senho<br />
do sistema educativo, sem “<strong>de</strong>ixar ninguém para trás”. Opomonos<br />
a uma escolha precoce das crianças e suas famílias. Ao<br />
invés, preconizamos um caminho comum maioritário até ao<br />
9º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, após o qual um leque <strong>de</strong> opções <strong>de</strong>ve<br />
ser colocado à disposição do aluno e suas famílias.<br />
A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a educação integral do indivíduo, na<br />
qual as artes, o <strong>de</strong>sporto, a cultura e a cidadania têm um<br />
papel essencial.<br />
A JS <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> um número <strong>de</strong> alunos por turma que<br />
esteja <strong>de</strong> acordo com o nível <strong>de</strong> ensino e ida<strong>de</strong> das<br />
crianças / jovens e que permite uma aprendizagem<br />
correta por parte dos alunos.<br />
Ninguém Fica Para Trás - <strong>Moção</strong> <strong>Global</strong> <strong>de</strong> <strong>Estratégia</strong> 11