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Jornal FRATERnidade - Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora

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FRA ERnida<strong>de</strong><br />

Porto, Dezembro <strong>de</strong> 2007 – Número 8 “A Família” – Distribuição gratuita – Proprieda<strong>de</strong> do FRATER<br />

“Como é que alguém po<strong>de</strong> celebrar um Ano Novo, se continua com um coração<br />

velho? Ano Novo, novida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.”<br />

(Toma e lê – Contos, <strong>de</strong> Pedrosa Ferreira, Edições Salesianas)<br />

Apresentação do FRATER<br />

O FRATER é um grupo constituído por cristãos admiradores <strong>de</strong> Francisco <strong>de</strong> Assis, que caminham lado a<br />

lado, com as Irmãs <strong>Franciscanas</strong> <strong>Missionárias</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong>. Po<strong>de</strong> fazer parte do FRATER todo o<br />

cristão, <strong>de</strong> qualquer parte do mundo, empenhado na vivência da fraternida<strong>de</strong> Universal.<br />

Objectivos:<br />

- Aprofundar a dignida<strong>de</strong> da vocação Cristã e a sua missão específica na Comunida<strong>de</strong> Eclesial.<br />

- Conhecer a Espiritualida<strong>de</strong> Franciscana e a sua articulação com o projecto <strong>de</strong> vida das FMNS.<br />

- Exercitar-se na oração, na escuta da Palavra para permanecer fiel ao Amor <strong>de</strong> Deus e dos Irmãos.<br />

- Comprometer-se na construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> mais justa e mais fraterna.<br />

Roubaram a alma ao Natal<br />

O Natal é festa <strong>de</strong> luz e <strong>de</strong> paz, <strong>de</strong> alegria e <strong>de</strong><br />

amor. Não se celebra sem espanto poético, por<br />

Deus se ter revelado num menino nascido num<br />

estábulo <strong>de</strong> Belém.<br />

Só o celebra bem, solidária e fraternamente,<br />

quem é capaz <strong>de</strong> enxugar uma lágrima ou<br />

reparar uma injustiça.<br />

O Natal <strong>de</strong>sperta uma luz interior, divina<br />

certamente, visível aos olhos do coração <strong>de</strong><br />

quem se <strong>de</strong>ixa aquecer ao “Sol da Justiça”, que<br />

os profetas anunciaram para a plenitu<strong>de</strong> dos<br />

tempos.<br />

A cultura mo<strong>de</strong>rna e mais a pós-mo<strong>de</strong>rna, teima<br />

ofuscar os símbolos cristãos da celebração do<br />

Natal, sufocando as ricas tradições que fazem<br />

parte do nosso património espiritual e cultural.<br />

Ao acen<strong>de</strong>rmos as velas nas igrejas ou nos<br />

presépios e árvores nas nossas casas, po<strong>de</strong>ríamos<br />

abrir-nos à verda<strong>de</strong>ira luz espiritual trazida a<br />

todas as mulheres e homens <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> pelo<br />

Menino-Deus, para que vivam em paz, convivam<br />

fraternalmente e não sejam predadores da<br />

Criação. Os animais e as plantas também fazem<br />

parte do presépio.<br />

Em termos sociológicos, o Natal tem-se<br />

convertido numa múmia seca em que apenas<br />

permanecem alguns rasgos do <strong>de</strong>funto, mas sem<br />

vislumbre <strong>de</strong> alma ou <strong>de</strong> vida.<br />

Régis Debray, outrora marxista e agora<br />

presi<strong>de</strong>nte honorário do Instituto Europeu <strong>de</strong><br />

Ciências da Religião, previne que a ausência <strong>de</strong><br />

sacralida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>vastadora da cultura e ajuda a<br />

compreen<strong>de</strong>r a crise actual por que passa a<br />

Europa – uma socieda<strong>de</strong> em que Deus vai<br />

<strong>de</strong>saparecendo do cenário.<br />

Com tal perda do sentido da transcendência é a<br />

própria socieda<strong>de</strong> que <strong>de</strong>finha, como é visível no<br />

vazio e na fealda<strong>de</strong> das comunida<strong>de</strong>s em que o<br />

rigor e o vigor morais são somente aparentes.<br />

Não admira que, na celebração do Natal, o<br />

motivo religioso, que constitui a sua verda<strong>de</strong>ira<br />

substância, se converta cada vez mais no tédio<br />

<strong>de</strong> um consumismo <strong>de</strong>senfreado que nada sacia<br />

e até tira sentido às palavras, por muito que,<br />

nestes dias, nos encham a boca para<br />

<strong>de</strong>sejarmos, com sorriso amarelo, boas festas a<br />

toda a gente.<br />

Ao per<strong>de</strong>rmos o valor incondicional <strong>de</strong> cada<br />

pessoa, o princípio moral <strong>de</strong> que o fim não<br />

justifica os meios ou a confiança <strong>de</strong> que a<br />

verda<strong>de</strong> amorosa e o amor verda<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>veriam<br />

ser sempre os nossos guias nas relações<br />

interpessoais e sociais, obrigando-nos a<br />

compromissos que ultrapassem os interesses<br />

egoístas, não há Natal que resista na sua<br />

mensagem genuína.<br />

É tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertarmos para a luz do Natal,<br />

<strong>de</strong>ixando-nos guiar pela sua estrela ou pela sua<br />

mensagem <strong>de</strong> paz, que rejeita todos os disfarces<br />

da mentira, da hipocrisia e do egoísmo, por<br />

imperativos da gran<strong>de</strong>za e da beleza da verda<strong>de</strong><br />

acerca <strong>de</strong> nós e dos outros.<br />

Rui Osório, <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Notícias, Dezembro <strong>de</strong> 2006<br />

1


A Família Light<br />

Era uma vez uma família light. Era pequena,<br />

com poucos filhos. Chamamos-lhe “light”, isto é,<br />

leve, superficial. Toda esta família light girava à<br />

volta <strong>de</strong> três electrodomésticos fundamentais.<br />

O primeiro <strong>de</strong>les era o frigorífico. Servia para as<br />

pessoas comerem a qualquer momento do dia e<br />

da noite, sem submeter-se a horários nem a<br />

dietas. Servindo-se cada qual ao seu gosto e<br />

individualmente, não precisavam <strong>de</strong> se sentar à<br />

mesa com os outros e com eles conviver.<br />

O segundo electrodoméstico era a televisão.<br />

Ligavam-na ao amanhecer, quando acordavam, e<br />

era <strong>de</strong>sligada apenas quando o ultimo<br />

adormecia. Havia tantos aparelhos <strong>de</strong> televisão<br />

em casa conforme o número <strong>de</strong> quartos.<br />

Também havia uma na sala <strong>de</strong> jantar para, no<br />

caso <strong>de</strong> algum dia toda a família se juntar, não<br />

haver o perigo <strong>de</strong> falarem. Na sala <strong>de</strong> estar<br />

estava a televisão do pai. A da cozinha era para<br />

a mãe.<br />

O terceiro electrodoméstico era a aparelhagem<br />

<strong>de</strong> som. Também existia a versão walkman para<br />

os novos. A música produzia um <strong>de</strong>licioso efeito<br />

isolador: cortavam qualquer relação com os<br />

<strong>de</strong>mais. Não <strong>de</strong>ixava que as pessoas caíssem na<br />

tentação <strong>de</strong> se ouvirem umas às outras e <strong>de</strong><br />

dialogarem em família.<br />

Na família light existia uma férrea autorida<strong>de</strong><br />

para tudo o que era acessório (a escolha do<br />

carro, o lugar das férias <strong>de</strong> verão…) e uma total<br />

anarquia para o que era fundamental (rezar, ir à<br />

missa…). Infelizmente, não era uma família<br />

feliz.<br />

- O que torna a família feliz não é o ter mais, mas o ser mais: ser espaço on<strong>de</strong> todos se amam e se<br />

sentem amados.<br />

Toma e lê, Contos, Pedrosa Ferreira, Edições Salesianas<br />

XXXV Peregrinação Anual da Família Franciscana a Fátima<br />

De 5 a 7 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2007 <strong>de</strong>correu a XXXV<br />

Peregrinação Anual da Família Franciscana a<br />

Fátima.<br />

O Frater juntou-se à festa da Família<br />

Franciscana Portuguesa, à qual também<br />

pertence.<br />

Vários foram os temas <strong>de</strong>senvolvidos ao longo<br />

<strong>de</strong>stes dias. Destacamos o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

tema da Peregrinação – “O<br />

Evangelho: coração da<br />

vocação franciscana”.<br />

Na primeira intervenção, a cargo do Frei João<br />

Benedito (OFM Conv.) do Brasil, foram<br />

levantadas várias questões: o que faz <strong>de</strong> S.<br />

Francisco <strong>de</strong> Assis um ser tão especial e tão<br />

amado por todos? Quem é S. Francisco para nós?<br />

O que é ser franciscano no mundo <strong>de</strong> hoje? O<br />

que nos pe<strong>de</strong> o Evangelho?<br />

Mesmo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 800 anos, Francisco continua a<br />

ser jovem e actual. É agora o tempo em que o<br />

Senhor nos chama para nos encontrarmos com o<br />

Evangelho. Esse é o Carisma fundacional que nos<br />

une a todos na família Franciscana. O Senhor a<br />

todos chama; Francisco teve a coragem <strong>de</strong><br />

respon<strong>de</strong>r e viver <strong>de</strong> acordo com o Evangelho<br />

por isso, a regra <strong>de</strong> vida é observar o Santo<br />

Evangelho.<br />

Da segunda intervenção feita por Frei David<br />

Azevedo (OFM), <strong>de</strong>stacamos:<br />

2


- No Evangelho está a pessoa <strong>de</strong> Jesus; por isso<br />

<strong>de</strong>vemos estar enamorados d´Ele. Que gran<strong>de</strong>za<br />

tem Jesus na nossa vida? Procuremos observar o<br />

Evangelho. Qual é a diferença dos franciscanos?<br />

– observar ao nível da superfície e tentar chegar<br />

à sua profundida<strong>de</strong>. Francisco não queria<br />

partilhar Jesus num só aspecto – queria tudo.<br />

- Franciscano ou é irmão ou não é franciscano.<br />

- Cristo é o maior exemplo do que é ser irmão,<br />

assumindo toda a história da humanida<strong>de</strong> e<br />

assumindo isso até nos piores momentos em que<br />

foi perseguido e mal tratado. A Cruz é um<br />

“monumento” <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e fraternida<strong>de</strong>.<br />

Importa viver o Evangelho na perspectiva <strong>de</strong><br />

filhos e irmãos. O Homem só se sentirá Homem<br />

quando passar a viver o seu nível divino.<br />

Sorri!...<br />

Este ano não vai haver presépio!...<br />

Da intervenção do <strong>Jornal</strong>ista Desportivo<br />

Espanhol e membro da Jufra, Xavier Ramos,<br />

<strong>de</strong>stacamos:<br />

- Para os jovens nem sempre é fácil, porque não<br />

está na moda ser cristão, ser solidário…<br />

- Até os pais, <strong>de</strong> hoje, parece que estão mais<br />

preocupados que os filhos tenham uma boa<br />

formação académica do que sejam boas pessoas.<br />

Como começou a tradição <strong>de</strong> fazer o Presépio…<br />

Acta nº 51 do Frater<br />

Foi Francisco <strong>de</strong> Assis em princípios do século XIII, que reproduziu ao vivo o<br />

nascimento <strong>de</strong> Jesus, durante o Inverno <strong>de</strong> 1223, a seguir a uma inspiração<br />

eu teve enquanto estava a rezar no ermitério <strong>de</strong> Greccio. Francisco<br />

construiu uma cabana à maneira <strong>de</strong> estábulo, colocou <strong>de</strong>ntro uma<br />

manjedoura, trouxe um boi e um burro pedidos aos habitantes da al<strong>de</strong>ia e<br />

convidou um grupo <strong>de</strong> pessoas para representarem a cena da adoração dos<br />

pastores.<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> reviver o Nascimento <strong>de</strong> Cristo espalhou-se rapidamente por todo<br />

o mundo cristão e <strong>de</strong>pressa passou à utilização das figuras do presépio.<br />

Irmã Gravelina Alves<br />

Lamentamos, mas:<br />

Os Reis Magos lançaram uma OPA sobre a manjedoura e esta foi retirada do estábulo até <strong>de</strong>cisão<br />

governamental;<br />

Os camelos estão no governo;<br />

Os cor<strong>de</strong>irinhos estão tão magros e tão feios que não po<strong>de</strong>m ser exibidos;<br />

A vaca está louca e não se segura nas patas;<br />

O burro está na escola a dar aulas <strong>de</strong> substituição;<br />

<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> e São José foram chamados à escola para avaliar o burro;<br />

A estrelinha <strong>de</strong> Belém per<strong>de</strong>u o brilho porque o Menino Jesus não tem tempo para olhar para ela;<br />

O Menino Jesus está no Politeama em activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> enriquecimento curricular e o tribunal <strong>de</strong> Coimbra<br />

or<strong>de</strong>nou a sua entrega imediata ao pai biológico;<br />

A ASAE fechou temporariamente o estábulo pela falta da manjedoura e, sobretudo, até serem corrigidas<br />

as péssimas condições higiénicas do estábulo, <strong>de</strong> acordo com as normas da UE.<br />

Retirada da Internet<br />

3


Bebendo na fonte…<br />

Não acor<strong>de</strong>s<br />

sem olhar a natureza e louvar o Criador<br />

Não comeces o dia<br />

sem dizer ao coração: amar é trabalhar<br />

Não sorrias a ninguém<br />

sem manifestar a Deus a tua gratidão<br />

Não fales ao próximo<br />

sem intenção <strong>de</strong> ouvir o que ele diz<br />

Não acolhas o sofrimento<br />

sem pousar os olhos na Cruz<br />

Não repares na injustiça<br />

sem uma mão cheia <strong>de</strong> perdão<br />

Não caias segunda vez<br />

sem um sinal <strong>de</strong> arrependimento<br />

Não olhes o próximo<br />

sem o propósito <strong>de</strong> ver nele o positivo<br />

Não ganhes vantagem<br />

sem te mostrares humil<strong>de</strong><br />

Não passes pelo pobre<br />

sem uma mão cheia <strong>de</strong> generosida<strong>de</strong><br />

Não olhes para quem sofre<br />

sem um gesto <strong>de</strong> conforto<br />

Não adormeças<br />

sem fazer o teu exame <strong>de</strong> consciência<br />

Para reflectir neste Natal…<br />

D. Augusto César, Vida Consagrada, Outubro 2007<br />

Se a troca <strong>de</strong> presentes se tornou numa obrigação aborrecida e sem significado,<br />

<strong>de</strong>scobre maneiras <strong>de</strong> lhe renovares o sentido. Conversa com a tua família e<br />

amigos para juntos <strong>de</strong>scobrirem a melhor forma <strong>de</strong> reflectir o amor <strong>de</strong> Deus em<br />

cada presente, em cada gesto.<br />

O Natal é altura para que todos <strong>de</strong>ixemos que as nossas mãos e corações se<br />

toquem. Oferece amor, atenção e paz aos que estão à tua volta.<br />

A magia do Natal, Karen Katafiasz, Edições Paulinas<br />

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