Círio de Nazaré - Universidade Federal da Bahia

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O momento exemplar do acaso e do improviso que marcam as
transmissões ao vivo é provocado pela corda. A equipe que a acompanha não
está lincada, mas é a única a acompanhar a negociação sobre o destino da
corda, que a Igreja decide levar junto com a berlinda até o fim. O repórter
informa a redação pelo celular. O coordenador de jornalismo decide colocá-lo
no ar mas não há entrada para ele na mesa de áudio. Isso é solucionado pela
eliminação do posto da Sé. O coordenador quer que o repórter converse com o
narrador, mas ele não tem retorno, logo não pode ouvi-lo. Isso se torna
possível depois de nova operação técnica, jogando o áudio da programação
para o celular.
A entrada do repórter, em off, é uma vitória do jornalismo contra as
adversidades da transmissão, que ganha a instantaneidade e a mobilidade tdo
rádio. Ele descreve a negociação em torno da manutenção da corda e o
empenho do bispo-auxiliar junto aos promesseiros. A partir de então, o repórter
volta diversas vezes à transmissão.
A oferta de imagens e, consequentemente, a margem de escolha, vai
sendo reduzida à medida que são desativados os postos, o que acontece
quando não “rendem” mais, ou seja, quando a romaria já se distanciou deles.
Essa decisão é tomada pelo coordenador de jornalismo, que muitas vezes a
retarda se há algum problema com a captação de imagens em outros postos.
Primeiro, é liberado o pessoal do jornalismo e o pessoal da técnica permanece
mais um pouco no posto, com as câmeras ligadas, até que seja considerada
esgotada totalmente a possibilidade de imagens.
Quando a transmissão conta com poucos postos e se prolonga por
muitas horas, como em 2000, a TV luta com a dificuldade de equilibrar a