Círio de Nazaré - Universidade Federal da Bahia

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Antes de passar à análise das fitas, é importante registrar, desde logo,
que dois elementos do Círio são considerados de fundamental importância
para a TV na oferta de imagens que faz ao telespectador durante a
transmissão: a berlinda com a imagem da Santa, e a corda dos promesseiros,
exatamente nessa ordem. Ter a berlinda ao alcance das câmeras durante toda
a romaria é o desejo da TV, mas isso é bastante dificultoso de realizar pela
extensão do trajeto, que exige um número de câmeras difícil de reunir, mesmo
quando várias emissoras operam em pool.
Quando as câmeras não conseguem acompanhar a berlinda, a
tela não permanece vazia, por conta de outros elementos da procissão,
mas as áreas descobertas provocam o que se chama, no jargão
jornalístico, de “buracos de transmissão”. Cobrir eficientemente esses
“buracos”, para que não aconteçam pontos de queda no espetáculo
televisual, com a conseqüente perda de interesse por parte do
telespectador, é essencial na arquitetura de uma transmissão
eficiente.
A corda é outra poderosa fonte de atração do olhar no espetáculo
televisual, proporcionando imagens e depoimentos muito fortes e
emocionantes. Ao mesmo tempo, por sua capacidade de ditar o ritmo
da romaria, a corda é sempre notícia e por isso a TV a acompanha com
particular atenção, especialmente a partir dos anos 90, quando o corte
se tornou mais freqüente.
A Figura 3 mostra como a TV Liberal posicionou seus postos de
transmissão ao vivo no ano de 2000. Nessa transmissão a emissora