História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual
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UNIDADE I UNIDADE <strong>II</strong><br />
UNIDADE <strong>II</strong>I<br />
Aula 4 Aula 5<br />
Aula 6 Aula 7<br />
Mas, se aquela pessoa lesse, cui<strong>da</strong>dosamente, o primeiro quadro desta Aula, franziria a<br />
testa, ficaria com a pulga na orelha diante de sua própria resposta. É que ela não entenderia o<br />
porquê de tanto ufanismo em meio a tanto estrangeirismo. E mais: especificamente, norteamericano.<br />
Se, depois, você perguntasse à mesma pessoa de onde veio aquele entendimento sobre o<br />
nacionalismo, é possível que ela indicasse como fontes opiniões que teria ouvido de pessoas mais<br />
velhas, sem muita escolari<strong>da</strong>de, como ela; talvez indicasse o que ouviu em comícios eleitorais na<br />
rua, no rádio ou assistindo à televisão; talvez, ain<strong>da</strong>, a leitura de algum artigo de jornal ou<br />
revista.<br />
É preciso que você tenha muito cui<strong>da</strong>do com os meios de comunicação de massa, como<br />
o rádio, a televisão, o jornal. Por exemplo, encontrei na edição de sábado, 22 de março último,<br />
no Caderno “....”, do Diário de Pernambuco, p. 6, sob o título “Quem foi D João VI? O rei do<br />
Brasil”:<br />
[...] Depois de 200 anos do episódio (desembarque <strong>da</strong> coroa portuguesa no Brasil, em<br />
1808), os historiadores começam a fazer justiça ao homem responsável pelo grande<br />
desenvolvimento do país no período.<br />
[...]<br />
Para não ter de entregar o trono a Napoleão Bonaparte, imperador <strong>da</strong> França, a Coroa<br />
portuguesa decidiu mu<strong>da</strong>r-se para o Brasil. Depois de uma longa jorna<strong>da</strong> de navio, a<br />
chega<strong>da</strong> ao Brasil foi desagradável para a maioria dos viajantes. D. João, porém, não<br />
parecia incomo<strong>da</strong>do com a simplici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Colônia. Pelo contrário, ficou encantado com as<br />
paisagens do Rio de Janeiro e <strong>da</strong> Bahia, onde havia chegado primeiro. Ex-escravos, índios<br />
e colonos pobres eram bem recebidos por D. João, que logo se tornou amado pelos<br />
brasileiros.<br />
[...]<br />
Aliás, D. João era um homem pacífico.<br />
Mas é possível, também, que ela acusasse a escola.<br />
Agora, imagine que aquela pessoa esteja, hoje, na casa dos 70 ou 80 anos, conheceu o<br />
tempo em que o rádio era o nosso grande meio de comunicação como, em parte, ain<strong>da</strong> é. Ora,<br />
por meio do rádio, ela seria informa<strong>da</strong>, estimula<strong>da</strong> a comprar, de bens de uso a imagens de<br />
políticos profissionais, passando por propagan<strong>da</strong>s de governos. Ela poderia até receber um curso<br />
de educação a distância, como você recebe hoje pela Internet. Mas o que esses meios de<br />
comunicação não fazem é mostrar o que está por trás <strong>da</strong>s coisas. Para isso, ela precisaria <strong>da</strong><br />
escola, onde demonstraria interesse como um bom aprendente, recorrendo sempre àquela<br />
perguntinha mágica: por quê? Essa escola, ao mesmo tempo, deveria contar com ensinantes que<br />
dominassem os conteúdos a serem ensinados e assumissem a responsabili<strong>da</strong>de de uma intervenção<br />
constante e contínua sobre os aprendentes, ousando fazer com eles um trabalho de aprofun<strong>da</strong>mento<br />
e desmascaramento <strong>da</strong>s ideologias, como ensina o historiador <strong>da</strong> educação, Georges Snyders.<br />
A invenção do rádio é atribuí<strong>da</strong>, geralmente, ao cientista italiano Guglielmo Marconi, a<br />
partir de experiências de laboratório anteriormente realiza<strong>da</strong>s por Heinrich Hertz, Augusto<br />
Righi e outros. Isso foi em 1895. Mas há quem atribua a invenção ao padre gaúcho, Roberto<br />
Landell de Moura, em 1893. Autoria à parte, Edgard Roquete Pinto é considerado “o pai do<br />
rádio” no Brasil por ser seu grande vulgarizador, ao perceber sua importância como meio de<br />
difusão <strong>da</strong> cultura popular. A primeira irradiação no Brasil se deu em 1922, durante as<br />
Comemorações do Centenário <strong>da</strong> Independência, realiza<strong>da</strong>s no alto do Corcovado, no Rio de<br />
Janeiro, transmitindo o discurso do então presidente Epitácio Pessoa, embora na cronologia<br />
<strong>da</strong> comunicação eletrônica de massa brasileira o surgimento do rádio no Brasil seja marcado<br />
com a fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Rádio Clube de Pernambuco por Oscar Moreira Pinto, no Recife, em seis de<br />
Trilhas do Aprendente, Vol. 2 - <strong>História</strong> <strong>da</strong> <strong>Educação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>II</strong><br />
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