20.04.2013 Views

História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual

História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual

História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

UNIDADE I UNIDADE <strong>II</strong><br />

UNIDADE <strong>II</strong>I<br />

Aula 4 Aula 5<br />

Aula 6 Aula 7<br />

Vejamos outra questão. O maior crescimento de nossa população se dá, sobretudo, nos<br />

meios sociais mais pobres, na zona rural e na periferia <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des, onde se amplia a favelização<br />

e tudo o que decorre dela. Se a educação escolar não tem conseguido muito aju<strong>da</strong>r a frear o<br />

crescimento populacional brasileiro (ao que parece, isso ocorre mais por meios repressivos e<br />

moralistas do que educativos), o que ela pode fazer diante do fenômeno <strong>da</strong> favelização e de seus<br />

efeitos? Esse poder atribuído à educação não seria uma forma de mistificá-la? Reflita a respeito.<br />

Até onde vai o poder <strong>da</strong> educação? Cambi (1999) afirma que, “Na época<br />

contemporânea, afirmou-se e cresceu o ‘mito <strong>da</strong> educação’ (CAMBI, 1999, p.<br />

390). Eu pergunto a você: o que é um mito, em que ele consiste? Só existem<br />

mitos antigos, como os dos nativos <strong>da</strong> América, dos primeiros gregos ou dos<br />

autores <strong>da</strong> Bíblia? O que dizer dos mitos modernos, como os do desenvolvimento,<br />

<strong>da</strong> democracia e, por que não, <strong>da</strong> educação? A partir de quando a educação<br />

se torna um mito, ou, em outras palavras, em que consiste o mito <strong>da</strong> educação?<br />

Para que você reflita sobre essas questões, sugiro que consulte “O poder<br />

do mito”, entrevista concedi<strong>da</strong> por Joseph Campbell ao jornalista Bill Moyers;<br />

o capítulo “Os mitos”, do livro de Jostein Gaarder, O Mundo de Sofia. A partir<br />

<strong>da</strong>í, leia o item 4 (“Mitos <strong>da</strong> educação”), capítulo I, Parte IV do livro de<br />

Franco Cambi, <strong>História</strong> <strong>da</strong> pe<strong>da</strong>gogia.<br />

Vamos para outra?<br />

Se nossa população era constituí<strong>da</strong>, sobretudo, de jovens (cerca de 40% dela ain<strong>da</strong> não<br />

completara 15 anos de i<strong>da</strong>de em fins <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1960, um quadro só levemente diferente do<br />

apresentado nos anos 1930), hoje é uma população que envelhece. Segundo <strong>da</strong>dos do IBGE<br />

(2002), em 1940, o percentual de jovens (entre 0 e 19 anos) era de 55,42%, e o de idosos (60<br />

anos ou mais), era de 4,06%. Em 2000 esses índices já eram de 40,16% e 8,75%, respectivamente.<br />

Ora, o que provocou essa mu<strong>da</strong>nça? Morria-se cedo no Brasil? Por quê? Apesar do crescimento<br />

e do envelhecimento <strong>da</strong> população brasileira, ain<strong>da</strong> morrem muitos jovens no Brasil. Os motivos<br />

são os mesmos? Quais as implicações de uma população predominantemente jovem ou velha para<br />

a economia de um país? Num caso ou noutro, onde haverá maiores gastos com educação?<br />

Se você já percebeu que não estamos fugindo do assunto, educação, acho que podemos<br />

continuar.<br />

Quando se pensa em educação, pensa-se na formação <strong>da</strong>s novas gerações, seu preparo<br />

para a vi<strong>da</strong> societária, participativa e, dentre outros, que lhes abra perspectivas. Você verifica<br />

isso no Brasil de hoje? E no Brasil do período que estamos estu<strong>da</strong>ndo? Por que se lutou tanto<br />

naquele período por educação escolar? Ain<strong>da</strong> hoje, luta-se no mesmo nível? Por quê? Hoje, existe<br />

garantia de emprego para quem estu<strong>da</strong>? E no período objeto de nosso estudo? Você concor<strong>da</strong><br />

com que quem não estu<strong>da</strong> deve ser excluído do emprego ou só exercer empregos de menor<br />

reconhecimento social? Por quê? E se o não estu<strong>da</strong>r não foi fruto de opção, mas de contingências?<br />

Agora, que a população brasileira envelhece, chega à velhice tendo recebido uma educação<br />

precária, além de ser expulsa precocemente do mercado de trabalho, a educação escolar tem<br />

algum papel a desempenhar nesse processo? Fala-se muito em educação para a terceira i<strong>da</strong>de.<br />

Como, se a <strong>da</strong> primeira ain<strong>da</strong> não foi resolvi<strong>da</strong>?<br />

179

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!