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História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual

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UNIDADE I UNIDADE <strong>II</strong><br />

UNIDADE <strong>II</strong>I<br />

Aula 4 Aula 5<br />

Aula 6 Aula 7<br />

Assim como acontece hoje com pós-moderni<strong>da</strong>de, novos paradigmas, sustentabili<strong>da</strong>de,<br />

o tema do subdesenvolvimento era a coqueluche dos anos 1950-1960. Não era para menos:<br />

as desigual<strong>da</strong>des entre as regiões do globo alcançavam níveis alarmantes, levando amplos<br />

setores <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil e política a discussões em torno do assunto na busca de soluções,<br />

dizia-se. Construíram-se teorias (a <strong>da</strong> Dependência, por exemplo), criaram-se órgãos (a exemplo<br />

<strong>da</strong> SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), elaboraram-se planos,<br />

liberaram-se verbas e mais verbas...<br />

Parece que a expressão subdesenvolvimento saiu do mapa, mas o problema persiste. Talvez, ain<strong>da</strong><br />

mais gravemente. Apesar <strong>da</strong> que<strong>da</strong> <strong>da</strong>s taxas de mortali<strong>da</strong>de infantil, do crescimento demográfico, do<br />

analfabetismo (?) e dos indicadores tradicionalmente usados para medir o nível de desenvolvimento <strong>da</strong>s<br />

socie<strong>da</strong>des. Pelo que vemos, a distância entre os países e entre as classes sociais acentua-se a ca<strong>da</strong> dia.<br />

Para discutir essa questão, seria interessante começar pela leitura do que o colunista Mário Prata<br />

escreveu, respondendo à pergunta que ele mesmo formulou: “A gente é o que mesmo?” (Revista ISTOÉ,<br />

1497, 10-6-98, p. 167).<br />

Para aprofun<strong>da</strong>r, por que não voltar no tempo e conhecer trabalhos de quem viveu<br />

àquela época e escreveu apaixona<strong>da</strong>mente sobre o tema? São exemplos: o sociólogo mexicano,<br />

Rodolfo Stavenhagen, autor <strong>da</strong>s “Sete teses equivoca<strong>da</strong>s sobre a América Latina”, escrito de<br />

1965, e o jornalista uruguaio, Eduardo Galeano, autor de As veias abertas <strong>da</strong> América<br />

Latina (Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970). Este último encontra-se disponível, gratuitamente,<br />

na internet, bastando acessar o “Google” e escrever o nome do livro.<br />

Mas, se compararmos a taxa de crescimento demográfico atual com a que o Brasil<br />

apresentava entre o início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1930 e o final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1960, chegaremos a outra<br />

conclusão. Durante esse período, nossa população passou de quase 40 milhões para pouco mais<br />

de 90 milhões, o que significa dizer que, em apenas 30 anos, a população brasileira cresceu mais<br />

de 100%, isto é, mais que dobrou. Esse <strong>da</strong>do nos permite afirmar que, comparando-se as duas<br />

épocas, o crescimento populacional brasileiro é, atualmente, lento. Só não é mais, talvez, porque<br />

o número de adolescentes que se tornam mães é ca<strong>da</strong> vez maior.<br />

Segundo Julienne Gananian, “Cresce, ca<strong>da</strong> vez mais, o número de meninas<br />

grávi<strong>da</strong>s. Um em ca<strong>da</strong> quatro dos partos atendidos pela Rede Hospitalar do SUS<br />

é de mulheres abaixo de 19 anos. Adolescentes que ain<strong>da</strong> estão se transformando<br />

física e psicologicamente dão à luz e ganham a responsabili<strong>da</strong>de de criar e<br />

sustentar uma outra criança. Os números assustam: no ano passado [2000],<br />

foram mais de 32.000 partos de meninas entre 10 e 14 anos.<br />

Para Gananian, “A gravidez precoce tornou-se um problema de saúde pública não só<br />

no Brasil, mas no mundo inteiro”. Gláucia Motta Bueno afirma que, nos EUA, entre 1975 e<br />

1989, a porcentagem dos nascimentos de adolescentes grávi<strong>da</strong>s e solteiras aumentou 74,4%,<br />

e que, em 1990, os partos de mães adolescentes representaram 12,5% de todos os<br />

nascimentos no País. Segundo ela, “No Brasil, a ca<strong>da</strong> ano, cerca de 20% <strong>da</strong>s crianças que<br />

nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com<br />

menos de 15 anos grávi<strong>da</strong>s que na déca<strong>da</strong> de 70”.<br />

Como enfrentar a questão?<br />

Segundo Gananian, “Nos Estados unidos, a ex-primeira <strong>da</strong>ma, Hillary Clinton,<br />

recomendou a abstinência sexual para diminuir as estatísticas. Na França, o<br />

Ministério <strong>da</strong> Saúde autorizou que as adolescentes tomassem, com a supervisão<br />

<strong>da</strong>s enfermeiras escolares, a pílula do dia seguinte, sem necessi<strong>da</strong>de de receita<br />

médica”.<br />

Como você, em sua escola, abor<strong>da</strong>ria essa questão?<br />

Confira em:<br />

http://www.clicfilhos.com.br/site/display_materia.jsp?titulo=Gravidez<br />

http://globallone.sites.uol.com.br/infantil/adolesc3.html<br />

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