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História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual

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UNIDADE I UNIDADE <strong>II</strong><br />

UNIDADE <strong>II</strong>I<br />

Aula 4 Aula 5<br />

Aula 6 Aula 7<br />

AULA 5: CONCEPÇÕES DA HISTÓRIA E DA PEDAGOGIA NA HISTÓRIA DA<br />

EDUCAÇÃO BRASILEIRA<br />

Quando colhemos informações sobre a situação em<br />

que se encontram a criança e a educação escolar no<br />

Brasil de hoje e comparamos com informações obti<strong>da</strong>s do<br />

passado, a primeira impressão que temos é de que a<br />

história se repete, que as coisas foram sempre assim.<br />

Aliás, essa impressão tem sua razão de ser: desde<br />

crianças, uma <strong>da</strong>s formas como a história nos foi ensina<strong>da</strong><br />

foi a forma circular. Vejamos em que ela consiste.<br />

Para entender essa questão, trace um ponto num<br />

lugar qualquer sobre uma folha de papel, o qual representa<br />

o começo <strong>da</strong> história. A partir dele, desenhe um círculo.<br />

É como se a história caminhasse ao longo dessa linha e<br />

terminasse no ponto em que você começou. Agora,<br />

recomece o desenho cobrindo a linha inicial tantas vezes<br />

quantas você queira. Essa é a forma de representar a<br />

idéia de que a história se repete. Mas, será que ela se<br />

repete mesmo? Quando eu digo que o analfabetismo era<br />

uma reali<strong>da</strong>de do Brasil dos anos 1930, como é do Brasil<br />

de hoje, estou diante de uma questão de repetição ou de<br />

permanência?<br />

Havia um filósofo na Europa do Século XIX,<br />

(1770-1831), que pensava assim.<br />

Como ele se fez muito famoso no seu tempo, e muita<br />

gente gosta de imitar os famosos, chegando até a idolatrálos,<br />

mistificá-los, é comum ouvirmos pessoas repetindo<br />

suas palavras. É ver<strong>da</strong>de que ele disse muita coisa bonita<br />

e boa, mas também disse algumas bobagens, revelandose,<br />

até, uma pessoa preconceituosa. Pelo menos em<br />

relação a nós, latino-americanos, como no texto que<br />

segue:<br />

Apesar de termos algumas informações sobre a América e sua cultura,<br />

principalmente sobre o México e o Peru, sabemos que foram povos bem<br />

primitivos, que fatalmente sucumbiriam assim que o espírito se aproximasse<br />

deles. A América sempre se mostrou, e ain<strong>da</strong> se mostra, física e espiritualmente<br />

impotente. Depois que os europeus desembarcaram na América, os nativos<br />

declinaram gra<strong>da</strong>tivamente à sombra <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de européia. Nos Estados livres<br />

<strong>da</strong> América do Norte [EUA], todos os ci<strong>da</strong>dãos são descendentes de europeus,<br />

com os quais os antigos habitantes não puderam se misturar, pois foram<br />

reprimidos. De fato, os nativos assimilaram alguns costumes dos europeus,<br />

como, por exemplo, o de beber aguardente, com resultados altamente<br />

destrutivos. No sul, os nativos foram tratados de forma mais violenta e<br />

utilizados para serviços pesados, para os quais as suas forças eram<br />

Trilhas do Aprendente, Vol. 2 - <strong>História</strong> <strong>da</strong> <strong>Educação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>II</strong><br />

168<br />

Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um<br />

dos mais influentes filósofos alemães<br />

do Século 19. Escreveu sobre<br />

psicologia, direito, história, arte e<br />

religião.<br />

Hegel concebeu um modelo de<br />

análise <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de que influenciou<br />

Marx, Rousseau, Goethe e até<br />

Wagner. Ele debruçou-se sobre<br />

domínios diversos, como lógica,<br />

direito, religião, arte, moral, ciência<br />

e história <strong>da</strong> filosofia e, em todos<br />

eles, viu a manifestação do Espírito<br />

Absoluto que se materializava<br />

através <strong>da</strong> <strong>História</strong> <strong>da</strong> Humani<strong>da</strong>de.<br />

Na filosofia hegeliana, a dialética<br />

permitiu compreender e eluci<strong>da</strong>r a<br />

racionali<strong>da</strong>de do real. Suas principais<br />

obras foram: “Fenomenologia do<br />

Espírito” (1806), “Ciência <strong>da</strong> Lógica”<br />

(1812-1816), “Enciclopédia <strong>da</strong>s<br />

Ciências Filosóficas” (1817-1830) e<br />

“Filosofia do Direito” (1817-1830).<br />

F o n t e : < h t t p : / /<br />

www.netsaber.com.br/biografias/<br />

ver_biografia_c_487.html>. Acesso<br />

em: 06 maio 2008.

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