20.04.2013 Views

História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual

História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual

História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UNIDADE I UNIDADE <strong>II</strong><br />

UNIDADE <strong>II</strong>I<br />

Aula 4 Aula 5<br />

Aula 6 Aula 7<br />

Lei 5.540/68 e do Decreto 464/69, no que se refere à reforma do ensino<br />

superior, e pela Lei 5.692/71, no tocante aos ensinos primário e médio, que<br />

passaram a ser denominados de 1º e 2º graus. Em termos teóricos, buscouse<br />

imprimir uma nova orientação pe<strong>da</strong>gógica [produtivista] inspira<strong>da</strong> na “teoria<br />

do capital humano”.<br />

Dessa forma, situaremos esse período <strong>da</strong> história do Brasil, tendo como parâmetro a educação,<br />

entre os primeiros anos <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1930 e os últimos anos <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1960. Significa dizer<br />

que é difícil estabelecer uma <strong>da</strong>ta precisa para o começo e o fim de um período <strong>da</strong> história, em<br />

geral, e <strong>da</strong> história <strong>da</strong> educação entre nós, em particular. Tanto que, se tomássemos a educação<br />

infantil como parâmetro para estabelecer uma periodização <strong>da</strong> história <strong>da</strong> educação brasileira,<br />

dificilmente poderíamos considerar o início dos anos 1930 como ponto de parti<strong>da</strong> para um <strong>da</strong>do<br />

período, uma vez que o Estado que se constituiu, a partir de então, demorou a <strong>da</strong>r atenção à<br />

educação infantil, embora ele tenha criado o Ministério <strong>da</strong> <strong>Educação</strong> e Saúde Pública, em 1931, e<br />

seu primeiro ministro, Francisco Campos, tenha procedido a uma ampla reforma educacional,<br />

conheci<strong>da</strong> como Reforma Francisco Campos.<br />

Por essa reforma, cujas principais medi<strong>da</strong>s se estenderam entre 1931 e 1932, Campos criou<br />

o Conselho Nacional de <strong>Educação</strong>, dispôs sobre a organização do ensino superior e adotou o<br />

regime universitário, organizou o ensino comercial, dispôs e consolidou as disposições sobre a<br />

organização do ensino secundário; mas o ensino primário, que corresponderia, hoje, à primeira<br />

etapa do nosso ensino fun<strong>da</strong>mental, não foi contemplado, assim como a educação infantil, que<br />

teria de esperar pelo novo ministro, Gustavo Capanema, que assumiria em julho de 1934.<br />

Assim como Campos, Capanema também procedeu a uma reforma educacional. Foram as<br />

“leis orgânicas de ensino”, também conheci<strong>da</strong>s como Reforma Capanema. Essa reforma abrangeu<br />

Os ensinos industrial e secundário (1942), comercial (1943), normal, primário<br />

e agrícola (1946), complementados pela criação do Serviço Nacional de<br />

Aprendizagem Industrial (Senai) (1942) e do Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

Comercial (Senac) (1946). Por essas reformas, o ensino primário foi desdobrado<br />

em ensino primário fun<strong>da</strong>mental e ensino primário supletivo. Para o primário<br />

fun<strong>da</strong>mental, destinado a crianças entre 7 e 12 anos, foram previstas duas<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des: o ensino primário elementar com duração de quatro anos e o<br />

ensino primário complementar, de apenas um ano, acrescentado ao curso<br />

primário elementar. O ensino primário supletivo, com a duração de dois anos,<br />

destinava-se a adolescentes e adultos que não haviam tido a oportuni<strong>da</strong>de<br />

de freqüentar a escola na i<strong>da</strong>de adequa<strong>da</strong>. O ensino médio ficou organizado<br />

verticalmente em dois ciclos, o ginasial, com a duração de quatro anos, e o<br />

colegial, com a duração de três anos e, horizontalmente, nos ramos secundário<br />

e técnico profissional. O ramo profissional subdividiu-se em industrial, comercial<br />

e agrícola, além do normal que mantinha interface com o secundário (SAVIANI,<br />

2004, p. 37-38).<br />

Quanto à educação infantil, a atenção só veio com o Decreto-lei 8530, de 1946, parte <strong>da</strong><br />

Reforma Capanema. Esse Decreto-lei fez parte <strong>da</strong> Lei Orgânica do Ensino Normal, que entregou<br />

aos Institutos de <strong>Educação</strong> a responsabili<strong>da</strong>de pela formação dos profissionais do magistério<br />

primário e do ensino pré-escolar.<br />

Portanto, ain<strong>da</strong> que o Estado nascido com o golpe de 1930 tenha se preocupado com a<br />

educação infantil, essa preocupação só se manifestou, de forma legal, no ano 1946, que, embora<br />

fazendo parte do contexto, é uma <strong>da</strong>ta muito distante de 1930.<br />

Trilhas do Aprendente, Vol. 2 - <strong>História</strong> <strong>da</strong> <strong>Educação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>II</strong><br />

164

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!