História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual
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UNIDADE I UNIDADE <strong>II</strong><br />
UNIDADE <strong>II</strong>I<br />
Aula 1<br />
marginal é aplicado, em regra, para os que estão privados<br />
de direitos sociais fun<strong>da</strong>mentais, como saúde, moradia e<br />
educação. E mais: Que adjetivo você <strong>da</strong>ria aos<br />
privilegiados e poderosos, como empresários, oficiais<br />
militares, magistrados, que planejam, coman<strong>da</strong>m e<br />
acobertam muitos dos crimes praticados por aqueles<br />
marginalizados?<br />
Voltemos a Saviani. Depois de detectar o problema<br />
<strong>da</strong> marginali<strong>da</strong>de a que estão submeti<strong>da</strong>s muitas <strong>da</strong>s nossas<br />
crianças em relação à escola, ele, na condição de filósofo<br />
<strong>da</strong> educação, perguntou como as teorias educacionais<br />
se posicionavam sobre a questão. Daí então procedeu a<br />
um trabalho de pesquisa, em que identificou essas teorias<br />
e apresentou o que ca<strong>da</strong> uma dizia a respeito.<br />
Aula 2 Aula 3<br />
Em nosso caso, na condição de historiadores <strong>da</strong> educação, poderíamos abor<strong>da</strong>r a questão<br />
formulando outras perguntas. Senão vejamos: Por que tão grande número de crianças latinoamericanas<br />
está marginalizado <strong>da</strong> educação escolar? Desde quando as escolas foram cria<strong>da</strong>s na<br />
América Latina, essa situação sempre existiu ou podemos encontrar uma <strong>da</strong>ta para seu início?<br />
Podemos encontrar, na história <strong>da</strong> educação latino-americana, algum momento em que a socie<strong>da</strong>de<br />
agiu de modo concreto no sentido de superar esse problema?<br />
João Fragoso é um estudioso <strong>da</strong> história econômica brasileira. Na Internet, encontrei um<br />
artigo de sua autoria, intitulado “Para que serve a história econômica? Notas sobre a história <strong>da</strong><br />
exclusão social no Brasil”, em que ele relaciona economia e socie<strong>da</strong>de. Sua preocupação recai<br />
sobre o problema <strong>da</strong> exclusão social no Brasil, algo muito marcante na socie<strong>da</strong>de brasileira de<br />
nossos dias.<br />
Fragoso parte de um encontro de economistas e cientistas sociais, ocorrido em agosto de<br />
1999, “sob os auspícios do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplica<strong>da</strong>) [...] para discutir a<br />
desigual<strong>da</strong>de e a pobreza no Brasil, tendo por base as últimas PNADs (Pesquisa Nacional por<br />
Amostragem de Domicílios)”. O resultado desse encontro, mais tarde divulgado em livros, demonstrou<br />
que “o Brasil não seria um país pobre, sem recursos, mas sim, um país de pobres, com muitos<br />
pobres [pois] a pobreza de 53 milhões de pessoas, ou 34,1% <strong>da</strong> população do País em 1999/<br />
2000, seria decorrente <strong>da</strong> má distribuição <strong>da</strong> riqueza e não <strong>da</strong> falta dela”. Na ver<strong>da</strong>de, o Brasil<br />
encontrava-se, em 1999, “entre as maiores economias industriais no concerto <strong>da</strong>s nações [de<br />
modo que] 77% <strong>da</strong> população mundial possuíam uma ren<strong>da</strong> per capita menor que a do Brasil.<br />
Desigual<strong>da</strong>de social no Brasil<br />
Trilhas do Aprendente, Vol. 2 - <strong>História</strong> <strong>da</strong> <strong>Educação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>II</strong><br />
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