História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual
História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual
História da Educação Brasileira II - UFPB Virtual
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
UNIDADE I UNIDADE <strong>II</strong><br />
UNIDADE <strong>II</strong>I<br />
Aula 1 Aula 2 Aula 3<br />
Em agosto de 2005, veio à luz o novo texto: “As concepções pe<strong>da</strong>gógicas na história <strong>da</strong><br />
educação brasileira”. Dessa feita, o objeto de estudo de Saviani já não era a escola pública, mas<br />
as concepções pe<strong>da</strong>gógicas. Resultado: mu<strong>da</strong>-se o objeto, procede-se à nova periodização. Eila:<br />
Veja que estamos, como Saviani, tratando <strong>da</strong> história <strong>da</strong> educação brasileira. No entanto,<br />
estamos com objetos de estudo diferentes. Ele próprio, trabalhando com dois objetos, recorreu a<br />
duas periodizações. Nosso objeto, no entanto, não é a história <strong>da</strong> escola pública nem as<br />
concepções pe<strong>da</strong>gógicas, mas a história <strong>da</strong> educação infantil. Podemos ensaiar uma periodização?<br />
Deixo isso como desafio para você. Por enquanto, por motivos que passarei a explicar, adotaremos<br />
aquela periodização clássica <strong>da</strong> história do Brasil (figura), inserindo nela o fenômeno educativo.<br />
Primeiro, por já ser muito conheci<strong>da</strong>, acessível a todos porquanto é encontra<strong>da</strong> em qualquer<br />
manual didático de história de ensino fun<strong>da</strong>mental e médio. Sofreremos limites em nosso percurso,<br />
é ver<strong>da</strong>de, mas to<strong>da</strong> periodização tem seus inconvenientes. Aliás, se Mario Manacor<strong>da</strong> (1989),<br />
estudioso italiano <strong>da</strong> história <strong>da</strong> educação, apesar de crítico <strong>da</strong> história e <strong>da</strong> periodização oficiais,<br />
escreveu sua <strong>História</strong> <strong>da</strong> educação obedecendo, em grande parte e sem maiores constrangimentos,<br />
à periodização clássica <strong>da</strong> história geral (figura), por que não podemos fazê-lo?<br />
Em segundo lugar, aquela periodização já foi assumi<strong>da</strong> na primeira etapa do nosso percurso:<br />
história <strong>da</strong> educação no Brasil colonial, história <strong>da</strong> educação no Brasil imperial e história <strong>da</strong><br />
educação brasileira no Brasil <strong>da</strong> 1ª República. Assim, estamos diante de uma linguagem já bastante<br />
familiar.<br />
Por último - o que é mais importante -, a segun<strong>da</strong> etapa do nosso percurso começa em<br />
1930. Não só por convenção, mas por ser uma <strong>da</strong>ta por demais significativa, pois, se a ênfase<br />
que a Europa deu à educação infantil coincidiu com a eclosão <strong>da</strong> Revolução Industrial, isso a<br />
partir de fins do Século XV<strong>II</strong>I, o ano 1930, guar<strong>da</strong><strong>da</strong>s as proporções, assinala o ingresso do Brasil<br />
no rol do mundo urbano e industrial moderno. Esse fato repercutiria na nossa educação infantil?<br />
Façamos mais uma pausa para reflexão e respon<strong>da</strong>mos a novos desafios.<br />
153