Caroline Valente dissertação de mestrado - Universidade Federal ...
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(UCP). O alinhamento da seqüência <strong>de</strong> aminoácidos da PUMP <strong>de</strong> Solanum<br />
tuberosum (StPUMP) e <strong>de</strong> Arabidopsis thaliana (AtPUMP) com a seqüência <strong>de</strong> UCP<br />
<strong>de</strong> animais mostra que essas proteínas possuem 41% <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong> com a UCP1 e<br />
43% (StPUMP) e 46% (AtPUMP) <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong> com a UCP2 (RICQUIER et al.,<br />
2000; LALOI, 1999; JESEK & URBANKOVA, 2000).<br />
Laloi et al. em 1997, i<strong>de</strong>ntificaram o DNA complementar da batata (Solanum<br />
tuberosum) que codifica para a proteína <strong>de</strong>sacopladora <strong>de</strong> plantas, chamada StUCP.<br />
Mais tar<strong>de</strong>, Maia et al. (1998) i<strong>de</strong>ntificaram o gene da Arabidopsis, AtPUMP, que<br />
exibe similarida<strong>de</strong> com a StPUMP. Recentemente, genes que codificam para a<br />
PUMP foram i<strong>de</strong>ntificados em algumas espécies <strong>de</strong> mono e dicotiledôneas. Foram<br />
i<strong>de</strong>ntificados seis genes que codificam para PUMP (AtPUMP1-6) no genoma <strong>de</strong><br />
Arabidopsis e cinco homólogos (SsPUMP1-5) também foram encontrados para a<br />
cana-<strong>de</strong>-açúcar (Brazilian sugarcane) (VERCESI et al., 2006).<br />
A ativação da PUMP é feita por ácidos graxos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia longa como o ácido<br />
linolênico, ácido linoléico, ácido oléico, ácido palmítico, ácido mirístico e ácido láurico<br />
e é inibida por BSA, ATP, GTP, GDP e ADP (JESEK et al., 1996; VERCESI et al.,<br />
1998). Em estudos realizados com mitocôndrias <strong>de</strong> tubérculos <strong>de</strong> batata, a PUMP foi<br />
ativada pela adição <strong>de</strong> ácido linoléico, e ocorreu uma diminuição da produção EROS<br />
nessas mitocôndrias. Quando a PUMP foi inibida, ocorreu um aumento do peróxido<br />
<strong>de</strong> hidrogênio (KOWALTOWSKI et al., 1998). Coerentemente, a ativação da UCP em<br />
tubérculos <strong>de</strong> alcachofra <strong>de</strong> Jerusalém por ácidos graxos está relacionada com a<br />
diminuição <strong>de</strong> EROS e com a diminuição da produção <strong>de</strong> ânions superóxidos<br />
(PAVENTI et al., 2006).<br />
Um dos muitos mecanismos propostos para explicar como a mitocôndria<br />
diminui a produção <strong>de</strong> EROS envolve o <strong>de</strong>sacoplamento entre a respiração e a<br />
síntese <strong>de</strong> ATP, resultando no aumento da velocida<strong>de</strong> respiratória. A UCP, bem<br />
como a AOX, são vias dissipadoras da energia (SKULACHEV, 1996).<br />
As funções fisiológicas das UCP estão divididas em diferentes grupos, como a<br />
geração dos metabólitos da termogênese (NICHOLLS & RIAL, 1999), resposta ao<br />
estresse (M∅LLER, 2001), controle da geração das espécies reativas <strong>de</strong> oxigênio<br />
(EROS) pela mitocôndria (SKULACHEV, 1996) e regulação do metabolismo<br />
energético (SLUSE & JARMUSZKIEWICZ, 2000). A função da UCP, em cada um