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Caroline Valente dissertação de mestrado - Universidade Federal ...

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INTRODUÇÃO<br />

1.1 Araucaria angustifolia<br />

Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze, conhecido como Pinheiro do Paraná,<br />

é uma conífera da família Araucariaceae. Do ponto <strong>de</strong> vista biogeográfico, esta é<br />

uma das famílias mais interessantes entre as gimnospermas, pois representa<br />

árvores das mais antigas (SETOGUCHI et al., 1998). É encontrada especialmente<br />

no sul do Brasil, principalmente nos planaltos frios dos estados do Paraná, Santa<br />

Catarina e Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, sendo a única espécie do gênero <strong>de</strong> ocorrência<br />

natural no Brasil (SHIMIZU & OLIVEIRA, 1981; GUERRA et al., 2000; ZANDAVALLI<br />

et al., 2004). As árvores são monóicas, com 10 a 35 metros <strong>de</strong> altura e 50 - 120<br />

centímetros <strong>de</strong> diâmetro, os troncos são retos quase cilíndricos, a casca é grossa e<br />

resinosa (CARVALHO, 1994).<br />

A árvore teve gran<strong>de</strong> importância econômica no Brasil, sendo muito<br />

explorada, pois <strong>de</strong>la são retiradas ma<strong>de</strong>ira, fruto, fibras e resinas. A ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> alta<br />

qualida<strong>de</strong> tem gran<strong>de</strong> importância nas indústrias, principalmente na produção <strong>de</strong><br />

papel e móveis. A resina serve <strong>de</strong> base na produção <strong>de</strong> verniz, acetona e outros<br />

produtos químicos. Seu fruto tem alto valor nutritivo, sendo consumido por humanos<br />

e também por animais silvestres. Entre estes <strong>de</strong>stacam-se a gralha-azul<br />

(Cyanocorax caeruleus) o serelepe (Scirus aestuans) e os porcos-do-mato<br />

(CARVALHO, 1994; MATTOS, 1994).<br />

A exploração <strong>de</strong> A. angustifolia intensificou-se a partir <strong>de</strong> 1934, tendo seu<br />

auge entre as décadas <strong>de</strong> 50 e 70, com produção estável em torno <strong>de</strong> 2,8 milhões<br />

<strong>de</strong> metros cúbicos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira (MATTOS, 1994). No estado <strong>de</strong> São Paulo, as<br />

gran<strong>de</strong>s reservas <strong>de</strong> mata nativa foram quase totalmente exploradas entre 1930 e<br />

1940. Em 1977, A. angustifolia cobria apenas 4,3% da área original no estado do<br />

Paraná (SHIMIZU & OLIVEIRA, 1981).<br />

Culturas embriogênicas <strong>de</strong> A. angustifolia são obtidas quando embriões<br />

zigóticos imaturos são retirados <strong>de</strong> cones femininos imaturos e inoculados no meio<br />

básico <strong>de</strong> crescimento das células (VON ARNOLD & ERIKSSON, 1981). A indução,<br />

estabelecimento e multiplicação das culturas embriogênicas e o efeito do ácido

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